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Estoque de carinho e o Pé de feijão

Estoque de carinho e o Pé de feijão

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crescer, ensinar, doar, como conduzir o crescimento em um lar de acolhimento

Podcastcarinhoafetividade, experiência

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Transcription

The speaker discusses the joy and satisfaction of learning in children. They mention how children often develop nicknames due to difficult situations and the importance of reading and curiosity in learning. They also talk about the child's creativity and observance, as well as the importance of communication and a harmonious home environment. The speaker compares the child's development to a growing bean and emphasizes the need for love, care, and attention. They discuss the child's past struggles and the importance of collaboration, creativity, and a positive mindset in their growth. The speaker also mentions the importance of planting seeds of love and harmony in society. Boa tarde, queridos amigos ouvintes. A inquietação. A inquietação diária de aprendizado. Como é incrível, né? A gente perceber quando a criança começa a entender as coisas. Então, ela começa naquele interesse, naquela alegria, naquela satisfação, porque ela tá entendendo. A gente gosta muito de dar nomes. Então, cada criança, ela vem de uma forma sem identidade. De tanta situação difícil, ela não gosta de pronunciar o nome dela. Isso a gente tem percebido ao longo dos anos de acolhimento. Então, começa a vir a questão dos apelidos. E o nosso amadinho do momento se chama Didi. Ele ama ser o Didi, porque o Didi representa pra ele todo aquele aprendizado do afeto, todo aquele carinho, toda aquela demonstração de atenção. E o Didi agora tá numa fase muito bacana, que ele tá na fase de aprender a ler. Tudo que ele vê é uma placa, uma folha de mercado, uma revista, algo na televisão, uma embalagem, e ele começa a soletrar. E quando ele consegue ler, aquilo traz, assim, uma felicidade tão grande que é contagiante. Mas ele quer muito aprender a ler, porque ele é muito curioso. A curiosidade faz com que ele aprenda a entender. E como nós temos o hábito da leitura, ele também quer ler. E isso é maravilhoso, como a gente contagia e como a gente é contagiado. Uma outra coisa muito interessante no Didi é que ele olha as coisas e ele é muito observador. Agora, como a gente tá na época do inverno, essa época de renovação, de mudança, de limpeza, de organização. As árvores, o jardim precisa ser limpo, as árvores precisam ser podadas. E ele está junto conosco, nos ajudando nessa tarefa, com muita alegria, ele se sente feliz. E as árvores depois vão agradecer com os frutos, com as flores. E isso exige essa observação. Já era pra gente ter a lenha pra usar no inverno. E ele observando as madeiras, né, eram aqueles paletes, que nós estávamos cortando, são tipo umas madeirinhas curtas, um sarrafim. Ele olhando aquilo e ele disse nossa, isso aqui dá um robô. Ele ficou tão entusiasmado, ficou tão animado com aquilo. Olha só, a criatividade, tudo que ele olha, nada é lixo, tudo é algo para ser renovado e montado. Isso vem muito da nossa criatividade também. A criança capta muitas coisas. Então, a gente teve que retirar um tempo pra fazer esse robôzinho pra ele, porque tinha que botar os preguinhos, os parafusos. Então, de toquinhos de madeira, ele fez um robôzinho. E é assim que, de ponto em ponto, de conversa em conversa, de aprendizado em aprendizado, de troca, ele vai construindo um novo ser a cada dia, a cada momento. Isso é imenso, a nossa gratidão por essa oportunidade do universo de convivência, de compartilhar. Falando também um pouquinho sobre a comunicação não-violenta, que a gente tenta colocar no nosso dia-a-dia. Então, uma criança pequena é nos gestos, uma criança maior é nos exemplos. E ela vai repetir isso. Como a minha vida pode transformar a vida do outro em momentos felizes. A doação. Não estou fazendo nada porque eu sou obrigado, porque eu sou exigido ou porque eu sou cobrado, mas estou fazendo porque eu entendo que é importante pra mim, para o meu bem-estar e para o seu bem-estar, essa minha maneira de agir e essa minha maneira de fazer as coisas, de termos essa oportunidade de olhar, receber e doar. Porque a criança compreende que aqui é um lar. Então, ela compreende que ela faz total diferença aqui no nosso lar, porque ela é a única e nós estamos para ela, nós somos para ela nesse momento que ela precisa. Então, essa vivência no lar faz com que a criança se sinta bem em contribuir, porque no começo você precisa criar aquela disciplina, mas depois se sente grata em fazer o dia, a nossa vivência cada vez melhor, cada vez mais alegre, cada vez mais integrada mesmo com essa satisfação de conviver num lar harmonioso. Também me lembrei de meu pai, costumava dizer que os filhos são feijões. Então, quando eu estava grávida, ele olhava pra mim e dizia assim, é um feijãozinho, um feijãozinho menino ou um feijãozinho menina, porque ele queria dizer que era tão pequenininho e estava se desenvolvendo tão lentamente, mas com tanto carinho, com tanto apreço, que a coisa que ele mais gostava era plantar e ele adorava plantar feijão. Isso foi uma lembrança que eu tive na primeira vez que eu mostrei que ele deu outra ação, ele disse, ai que feijãozinho lindo e que nos traz essa esperança de acolhimento, de amor. Seguindo essa analogia de pensamento do meu falecido pai, do feijão, eu também comecei a observar e comparar a nossa criança que nós temos com esse feijão, porque na verdade ele veio já plantado. A gente começou a cuidar dele com muito carinho, da amor, da atenção, da cuidado e ele começou a se desenvolver. E esse pezinho de feijão, ele já está começando a se soltar ramos, a crescer, a se fortificar, porque ele já está começando a desenvolver a criatividade. A criatividade que essa criança não tinha, ele tinha esquecido como é que era brincar, ele tinha esquecido como é que era ser criança e ao mesmo tempo que ele é extremamente agitado assim, e hoje a gente comenta muito sobre isso, ai a criança é agitada, tem que dar remédio, ai a criança é hiperativa, tem que dar remédio. Não é que o remédio não seja bom, dependendo dos casos, das situações, ele é. Mas, enfim, o remédio não vai curar a dor do feijão. Esse feijãozinho precisa de cuidados diferentes. Então, não importa muito o tamanho dele. Se você der atenção e der cuidados, ele vai acabar se desenvolvendo. Quando ele começa a desenvolver essa criatividade de desenhar, pintar, recortar, criar, está sendo muito bacana, porque agora sim, agora ele está interagindo, está colaborando e a colaboração dele conosco é por amor. Não é porque a gente está exigindo, não é porque a gente está pedindo. E esse feijãozinho vai se transformar num lindo adolescente, cheio de raiz, cheio de segurança, de perspectiva, de intuição. Esse é o nosso ponto de acolhimento, a nossa felicidade. Que esse feijãozinho se transforme em um feijão adulto, consciente e amado, e que saiba exercer o amor. Porque a mentalidade dele era de uma criança grande já, de uma criança muito sofrida, muito inteligente, muito observador, mas que tinha deixado todas essas características de lado e desenvolvendo, assim, muito uma rebeldia, uma certa inquietação ruim, de não colaborar, de não querer melhorar, de eu não consigo. Então, toda uma mentalidade já fixa, jogos de computador, não queria estudar, não queria escolar os dentes, não queria tomar banho. Então, toda aquela rebeldia que costuma se ver em crianças pré-adolescentes, que estão chateadas com a vida. E era natural ele estar também, porque ele vivenciou muitas coisas difíceis. Mas agora, esse feijãozinho criança, com risadas, com alegria, contemplando realmente a fase da infância dele, que ele é muito pequeno. Nós estamos falando de uma criança entre 6 e 7 anos. Lembra quando a gente ia na escola? Agora vou dar mais detalhes da minha idade. Quando a gente ia na escola, as professoras pediam muito pra gente fazer aquela experiência do feijão, colocar dentro de um copinho com algodão. Então, quando começa a sair o primeiro brotinho, a gente fica super animado, né? Nossa, tá dando certo! Então, é as experiências da vida, são essas. E o que é a nossa vida, testando de família, se não é plantar? Plantar, colher. Então, fazer um lar, um lar nosso, um lar para quem não tem. Então, ele é plantado na lavoura desse infinito que é a nossa vida. Talvez a gente nem vá colher agora esse benefício, mas a gente está plantando. Então, um lar que acolhe, um lar acolhedor, não necessariamente de pai, de mãe, mas de avó, de tia, de vizinha, de conhecido. Todos nós podemos plantar essa sementinha da convivência, do compartilhar, do amor, de família, que a gente tinha quando a gente era menos envolvida com essa política de tudo é meu e nada é do outro, para mim tudo, para o outro nada. Acho que a gente era mais feliz quando a gente compreendia que todos temos direitos e liberdade e merecimento e que Deus é nosso pai e aqui é nossa casa. Plantar algo muito melhor para que ele escolha um mundo muito mais feliz e alegre.

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