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Cyberbullying e violência nas mídias Sociais

Cyberbullying e violência nas mídias Sociais

Luanapv12

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Podcast Psicologia social, cyberbullying e violência nas mídias Sociais. Alunos: Luana Vitória Patrício dos Santos: 202232034 Willyan Soares de Souza Silva: 202232016 Jeann Guilherme de Souza Ferreira: 202232027 Letícia Cristina Lima: 202232032 Bárbara Fassheber de Moraes: 202232024 Fernando de Miranda Alencar: 202173024A Vandirlei Chaves Leal Júnior: 202051015

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Transcription

The podcast hosts Jean and Luana are joined by guests from psychology and economics to discuss cyberbullying and violence on social media. They talk about the impact of cyberbullying, the case of Monica Lewinsky, and how social media has amplified the issue. They also discuss the lack of control and regulation on multiple platforms, the influence of media on violence, and the need for mental health awareness. The conversation touches on the dangers of online groups and the romanticization of crime in movies and series. They conclude by highlighting the importance of addressing these issues through public policies and healthcare systems. The podcast ends with a thank you and a promise of more episodes in the future. Bom dia! Você já acompanha a gente no nosso podcast. Como é que chama o podcast, Luana? O froidcast! Estamos aqui no nosso primeiro episódio. Eu sou o Jean. E eu sou a Luana. E a gente vai apresentar aqui, junto com os nossos convidados, graduandos em psicologia. Temos aqui a... Letícia. O... William. Bárbara. E os nossos graduandos em economia. Fernando. E Vanderlei. E qual foi o tema de hoje, Luana? Hoje a gente vai falar sobre cyberbullying e violência nas mídias sociais. Então, né, dando bom dia mais uma vez a todos vocês. O que nós temos para falar sobre esse tema, galerinha? Olha, o cyberbullying eu acho que é um tema realmente importante da gente estar falando. Uma coisa que eu acho que é importante a gente pensar quando a gente fala na questão do cyberbullying é pensar numa palestra que a Mônica Levinsky passou falando sobre o cyberbullying depois de anos que ela ficou um pouco isolada com relação ao bullying que ela sofreu, sendo ela a primeira vítima de bullying em escala global. Antigamente as mídias eram consumidas apenas através de revistas, através da sua rede de contatos mais próximas. E com a questão do boom da internet, a Mônica Levinsky acabou sendo a primeira vítima em escala global de sofrer bullying e sentir toda essa pressão mundial. E aí eu pergunto a vocês, como vocês percebem essa questão do bullying, por exemplo, nas múltiplas mídias sociais que nós temos? Porque antes a gente só tinha, ainda era uma coisa muito nova. A gente tinha uma só no Orkut e hoje em dia é uma infinidade. Como vocês percebem isso? Normalmente a gente vê, só antes de alguém responder a pergunta, uma coisa muito interessante. Ela foi a primeira pessoa a receber esse tipo de carga, essa pressão em uma escala global. Realmente é dispensar o que ela passou. E é interessante também a gente pensar que a gente está num grupo com idades bem variadas, de pessoas que, como eu hoje em dia, consomem da mídia mais atual, o Twitter, o Instagram, o Facebook nem tanto, mas se encaixa também. E pessoas como o Fernando, que já tem mais uma familiaridade com as redes mais antigas, que é o Orkut. Eu acho isso muito interessante, que a gente dá pra fazer um... Eu acho isso bem legal. O Fernando trouxe esse questionamento pra gente. Eu vou pedir pro Fernando repetir, só pra gente... Só pra gente repetir um pouco a pergunta. Como é que a Mônica Levins, que ela tinha apenas como uma mídia, como foco, como a Luana falou, a gente usava muito Orkut, era a primeira, mas hoje em dia a gente tem múltiplas. A gente tem o Discord, a gente tem o Reddit, a gente tem o Twitter, a gente tem várias. E aí a questão do bullying, ele agora tá em múltiplas plataformas. E como vocês percebem essa questão do bullying porque, antigamente, nem todo mundo ainda tinha acesso à internet. A internet não estava a um custo acessível pra todo mundo na palma da mão. A internet era discada, era caríssima. Mas hoje em dia você tá na sala de aula e todo mundo tem acesso a múltiplas mídias sociais. Então realmente é uma coisa que você começa na sala de aula e ao mesmo tempo essa mesma sala de aula, que é o meio que você tá vivendo, além de toda a escala mundial, já tá a par daquilo instantaneamente. Não existe essa diferença que existia na minha época, de você ter que ir pra casa, conectar, fazer a internet discada, que era caríssima. Eu acho que a pressão agora é maior. E eu acho também que, por exemplo, essa questão de ser mais rápido e você pode ir postar na hora que você quiser, tira um pouco, por exemplo, de você estar com raiva e tal, quer falar muito mal de alguém, e aí você tem que esperar você chegar em casa pra ligar a internet, aí você já fica assim, ah, nem vou falar não, não dá muito trabalho. Mas quando você tem na sua mão, você fala assim, ah, vou xingar até agora mesmo, que eu tô com raiva, vou xingar aqui. Eu tenho uma conhecida minha que tava passando por alguns problemas com uma colega de quarto dela. E aí, realmente, tudo que a gente posta ali, a pessoa falava coisas sobre ela no Twitter e... Falava de baixo calor. E é esse tipo de coisa, exatamente por isso. E realmente é algo que você posta ali e já se espalha, sabe? A globalização trouxe isso pra gente agora. E é importante destacar a falta de controle. Como que não tem ninguém ali vendo esses tweets, essas mensagens que ficam ofendendo as pessoas? Tem que ter uma plataforma ou um gerente pra controlar isso, por causa que acaba ofendendo as pessoas, acaba machucando. Você vê, eu acho que o Twitter é o maior proporcionador disso, né? Hoje em dia a pessoa faz um Twitter, uma opinião de momento, as pessoas já caem matando em cima, porque discordam da opinião. E vira aquela pessoa, tipo, apedrejada, é igual chutar cachorro morto. A pessoa já fala, não, desculpa, gente, falei besteira. Mas as pessoas continuam atacando, e a pessoa vira o famoso cancelamento, né? Sim, cancelamento. Eu acho que o problema agora vem muito dessa agilidade, da disseminação da informação, de você estar ali na mão, poder expressar uma opinião, falar o que você quiser, sem filtro a qualquer momento. E pra abrangir um pouco mais o debate, fazendo um paralelo, eu vejo essa questão como muito parecida com quando Gutenberg inventou a imprensa, ali na Idade Média, porque, querendo ou não, aquilo também foi uma nova forma de disseminação de informações, de conhecimento, e apesar de disseminar mais rapidamente o conhecimento, também causou muito extremismo, era mais monopólio da Igreja Católica, por exemplo, a interpretação da Bíblia, surgiu, sei lá, os protestantismos, mas também surgiram muitas feitas extremistas. E ninguém sabia muito o que fazer pra controlar isso, não tinha meio que uma resposta. Eu acho que hoje é uma situação muito parecida. O que vocês acham? E isso vai muito com o que a Letícia e o William comentaram, que as pessoas simplesmente fazem, e não tem muito quem filtre isso. E como a Bárbara mencionou antes, você vai muito no impulso, então você está indo pelo impulso das emoções, você não tem quem filtre isso, como o pessoal comentou aqui, o que eu achei bem interessante. A velocidade das coisas, como as coisas se dão, hoje em dia é tudo muito rápido. O Fernando está falando que, assim, numa sala, se alguém fala alguma coisa, em poucos minutos já todo mundo já está sabendo. Realmente é algo impressionante. Antes de dar seguimento ao debate, como é que vocês acham esses efeitos da imprensa, da mídia, queria que vocês falassem um pouco mais disso, se alguém tem mais alguma coisa a dizer. Então, vou dar um exemplo também agora, que você perguntou isso, porque teve até uma reportagem ultimamente que falava dos perigos que tem o discórdia. Que não é o discórdia em si, mas as pessoas, esse acesso rápido e tal à internet e à comunicação. Eles tinham vários grupos, assim, de difícil acesso, e só tinham adolescentes, pessoas de menor idade, raros eram os de 20 anos, e eles estavam fazendo apostas. Por exemplo, eles estavam gravando vídeos de esofilia, de maltratar animais, de estupro de vulneráveis. Tinham até mulheres que estavam sendo obrigadas a se automutilarem e gravarem, e quando elas postavam, o pessoal reagia de forma assim, aplaudindo, ou fazia uma live lá no discórdia de todo mundo. Isso aí bate mesmo no gatinho. E não tem uma fiscalização também disso. Eu acho que o pessoal deixa livre e ninguém quer entender muito bem o que está acontecendo ali. Então, acabou ficando um roubo escuro isso, a gente não sabe muito bem o que está acontecendo. Você falou isso no discórdia, você viu aquela entrevista, aquela reportagem daquele grupo de pessoas que, não sei direito, alguém sabe bem do assunto melhor para poder falar? Tipo, daquele menino que saiu na reportagem. É sobre isso mesmo. Vocês viram isso? Essa reportagem desse menino? É, ele estava, tem um vídeo dele saindo, sendo preso, e ele falando como se nada tivesse acontecido, como se fosse super tranquilo. Desenhando, né? Sim, desenhando, debochando. Eles não acham realmente que isso é uma coisa séria, eles acham que é brincadeira de internet e é isso. Realmente é perigoso isso. Totalmente. E eu acho que não só em discórdia, né, por exemplo, a gente pode pensar como filmes e séries também podem influenciar nessa questão da violência. Por exemplo, hoje em dia está muito comum romantizar serial killer, por exemplo. Tem um exemplo familiar meu, que meu primo ficou obcecado pelo Dummer, né, que é aquele psicopata que ele matava as pessoas e comia, né, ele era canibal. E o meu primo ficou obcecado por ele. Isso acontece muito, assim, pode realmente ser por conta de uma doença mesmo, da pessoa já ter um transtorno e se identificar, mas pode ser também questão de influência, da pessoa ver aquela pessoa como uma pessoa poderosa, se inspirar. E assim, ele participou de vários grupos no WhatsApp, assim como tem no Discord, tinham grupos no WhatsApp com conteúdo gory mesmo, que era foto de pessoas mortas, conteúdo extremamente pesado e pessoas que influenciavam outras pessoas a fazerem maldade. Você falou com um bichinho, incentivava a matar, tinha um cara que mandou mensagem pra ele falando que ele tinha que matar gato porque gato era mais fácil, não fazia muito barulho. E meu primo chegou realmente a ser influenciado e fazer maldade com o animal, sabe? Então, acho que a gente precisa muito pensar nisso, essa relação até que ponto uma série, um filme pode influenciar as pessoas e até que ponto as pessoas também influenciam as outras pessoas. Às vezes a pessoa nem tá praticando aquilo que ela tá falando, mas ela incentiva a outra pessoa a fazer só por... ela não acha que aquilo realmente vai acontecer, ou por ser na internet, ela não... acho que, sei lá, não tem contato com aquilo. Ah, Deus. Seu primo matou um gato? Não, ele matou dois cachorros. Ah! Exatamente. Eu acho que se for olhar também pra esse lado do sentido patológico, a influência não é só a pessoa que vê esse tipo de mídia e vê que isso aí é um ator, isso aí não é o que realmente aconteceu, isso é muito dramatizado. Tem gente que não consegue distinguir isso, não consegue distinguir o ficcional da vida real. E essa galera, às vezes, é muito negligenciada. E daí, às vezes, a pessoa precisa de um tratamento, de uma... tipo assim, de um... de uma visão de uma pessoa mais... que entende direito do assunto sobre isso, e não tem. E não procura. E daí, fica nisso. Acaba que tem esses grupos, as pessoas fazem maldade por fazer maldade, elas se influenciam, e por causa da doença patológica que ela tem, isso vai ficando mais grave, e é muito importante também essa conscientização sobre a saúde mental. Nesse sentido também. E é importante destacar a falta de sensibilização das pessoas, né, que hoje em dia, quando tem um acidente, as pessoas tiram foto pra compartilhar nas redes sociais, e cada vez mais tá aumentando isso, tá saindo das telas de cinema pra ir pra realidade, sabe? Verdade. Outro dia, teve, há pouco tempo atrás, alguns meses, né, antecipei quando você ia conversando com as pessoas assim, não sei se vocês estavam, mas teve um motoqueiro que foi morto porque ele caiu debaixo da roda de um caminhão, ali na... aquela rua ali, da Zona Morte ali. E assim, eu não duvido que em breve já tenha um... vídeos e fotos de pessoas ali, ao invés de, sei lá, chamar uma ambulância, fazer alguma coisa, tem pessoas lá filmando, sabe? Realmente é algo muito estranho, essa dessensibilização. Totalmente. E só pra retomar um pouco, porque eu lembrei agora de um outro exemplo que você tinha falado do Jeffrey Dormer lá, das séries e tal, dessa romantização, tiveram mais duas outras séries, eu acho que uma eu posso falar aqui, que foi da Elisa Matsunaga, que é meio que, é documentário e tal, mas tem aquela romantização do cinema, né, de falar nossa, olha o crime que ela cometeu, que atrocidade. Nossa, ela é muito inteligente. Sim, tipo assim, conversando com ela, e a pessoa falou assim, ó, claro que você tem que entender o lado, mas assim, quando você vê uma série dessa, ela romantiza muito, a pessoa falou assim, ai, esse crime aí, olha que legal esse crime, achei muito interessante esse crime. É, você vê pessoas se comparando como assim, olha, seria um monstro de alquilho, eu pensaria isso, sei lá. Realmente é algo você pensar assim, tipo, como que essas plataformas de séries e mídias também tem tanto papel e influência, como a gente está falando. Tipo, o que que isso influencia? As pessoas, principalmente os mais jovens, que estão tendo esse bombardeio de informação, como que isso influencia eles pra realmente, tipo, nas ações deles, sabe? Realmente, é algo a se pensar. E uma coisa que é interessante é que isso que você falou de comentar, William, né, e o que a Letícia comentou, né, sobre essa questão da romantização, Bárbara também comentou, a gente consegue ver muito essa questão, tanto das mídias, né, como também da questão da psicologia e também até um pouco da questão econômica, quando a gente pensa, por exemplo, no filme Coringa, por exemplo, né, porque a questão do filme Coringa, a questão é o personagem em si, na história, ele usava o serviço público social pra cuidar da saúde mental dele, ele usava também o serviço público pra ter medicamentos, pra ter consultas, e aí por causa de uma política econômica que acabou mudando um pouco a política aplicada na cidade pras verbas destinadas ao serviço de saúde público, ele acabou ficando sem esse tratamento, ficando sem essas coisas, e aí ele acabou desenvolvendo certas patologias e acabou indo pras ruas e tudo mais e acabou convocando as pessoas a se revoltarem contra essa nova administração. E aí vai muito no que o Jean comentou, as pessoas, acabou de acontecer, aí no filme, tinha acabado de acontecer e as pessoas já estavam nas ruas fazendo aquilo ao vivo. Então a gente consegue ver também, como mencionou antes, a Barbara, essa romantização desses personagens, mas que podem trazer um paralelo interessante quando a gente pensa na questão da saúde mental e das políticas públicas, as políticas econômicas aplicadas na cidade. Acho que a questão, ela sempre volta pro teor econômico da coisa, porque essa romantização, essas coisas, elas existem desde, sei lá, desde o Charles Manson, nos anos 60. Eu acho que a grande questão é como a gente consegue lidar, usar do Estado pra não marginalizar os efeitos negativos que isso causa na sociedade. Sei lá, tratar de questões como a saúde mental, como combater essas patologias, esses adefícios e tudo mais. Realmente, esse é um assunto que gera muitas questões, muitas dúvidas, muitos posicionamentos. É algo que a gente, eu acho que se a gente ficasse falando, a gente ficaria uns três dias seguidos falando sobre isso. E não chegaria uma resposta, uma solução, porque é uma coisa que, infelizmente, vai continuar acontecendo, as coisas só estão crescendo. E a globalização é extremamente forte. Mas, é isso. Espero que vocês tenham gostado do nosso podcast. A gente está encerrando o episódio por aqui. Tá acabando, chegando ao fim. A gente se agradece pelo convite. Muito obrigado. A gente se agradece. É um prazer ter vocês aqui. A gente está esperando pra vocês em programas futuros. A gente está esperando que possamos fazer muito mais. Um abraço a todos e até mais. Tchau.

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