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In this podcast episode, the host visits the CEI Claudete de Oliveira da Vera Cruz and talks to various people about their pedagogical project. The focus is on the importance of listening to children and being sensitive to their needs. The teacher Silene emphasizes the significance of hearing and understanding children's expressions, while also acknowledging the challenges of doing so in a busy environment. The psychologist Leonardo discusses the role of the family in the educational process and the importance of their involvement. Mirelle, a mother of a child attending the CEDETRAN, expresses her satisfaction with the project and how it has positively impacted her child's development. Finally, Ordália, the former teacher and current CEI manager, explains the process of creating the pedagogical project and the importance of incorporating different approaches to education. Olá pessoal, tudo bem? Eu me chamo Vitória, eu sou acadêmica de pedagogia do oitavo semestre e esse é o PODPROM. No episódio de hoje, nós estamos aqui no CEI Claudete de Oliveira da Vera Cruz, localizado no Doutor MS, e nós vamos conversar um pouquinho com a galera que trabalha aqui sobre o projeto político-pedagógico deles, como é essa implementação e como isso acontece na prática, né? Vou falar daqui a pouquinho com a Silene. Então, pessoal, agora eu tô aqui com a professora Silene, ela é professora de turma 1 aqui no CEI Claudete, com crianças de 1 ano e 6 meses até 2 anos de idade. Ela está há mais de 28 anos na profissão e... Boa tarde, Silene. Boa tarde. Eu gostaria de saber de você, o projeto pedagógico do CEI, né? Ele trabalha com uma pedagogia da escuta e esse olhar mais sensível pra criança e eu gostaria de saber pra você qual é a importância disso que tá registrado no plano do projeto pedagógico de vocês. Então, professora, esse projeto também tá sendo muito importante. Estou aprendendo muito, né, com ele, esse tempo todo, esses anos, né, de trabalho, eu nunca vivi essa experiência que eu tô vivendo hoje. O novo, né, porque esse projeto, é, nos traz o objetivo que nós temos que aprender a ouvir mais as crianças, né? Escutar, é, ouvir o choro, porque o choro, ela está expressando algo, algo que tem que ser escutado pela professora. E muitas vezes, nós, professores, não se atentamos a esse momento, né? Mesmo pela correria do dia-a-dia, fazer tudo rápido, você acaba deixando a criança do lado e não dá aquela atenção que ela precisa ter. É ouvi-la, né? E saber entender o que que a criança está expressando para nós. Qual é o maior desafio pra você nessa escuta que acontece diariamente? É, é como eu falei, né, a correria. Muitas vezes você acaba fazendo tudo por ela e ela tá ali chorando, né, se expressando. E aí você acaba fazendo uma outra coisa, se direcionando a outra criança e não dá atenção devida para ela. É escutá-la, ouvi-la, né, o que que ela está transmitindo e nós temos que estar atentos, né, a esse momento que é muito importante. Saber o que que está acontecendo, o que que ela está expressando naquele momento. É a escuta sensível, né? Isso, isso. E é muito importante, né, que hoje nós vimos que isso acontece até dentro de casa. A criança está chorando, está ali expressando algo e muitas vezes acontece, os próprios pais acabam calando a boca da criança, cedendo algo que ela quer, um celular, um outro objeto. E aí por quê? Porque eu não quero escutar, eu não quero ouvir o choro daquela criança. Então eu acabo, né, calando ela e cedendo algo que ela quer. É isso. Obrigada, Selene. Foi um prazer conversar com você e até a próxima. Obrigado, professora. Agora estamos aqui com o Leonardo, ele é o psicólogo do Sei! Detran. Bom dia, Léo. Bom dia, Vitória. Léo, o projeto político-pedagógico do Sei! ele é muito inovador, né, e ele é ancorado em duas metodologias, duas abordagens, sendo que uma delas é a de MP, que é uma metodologia voltada para a educação infantil, que ressalta a criação de vínculos da criança com os adultos, da criança com seus pares, a autonomia escoltativa. E a família tem um papel muito importante nisso, né? Assim, pra você, como é feita essa relação família-escola aqui dentro do Sei!, qual é o seu papel nessa relação? Bom, essa relação família-escola é uma relação muito importante, né, não só nessa instituição como em várias outras instituições de educação. Bom, a importância dela se dá pelo fato de que, a partir de uma contribuição da família com as práticas pedagógicas que são desempenhadas na escola, o olhar de escuta dessas famílias para as vivências, assim, das crianças na instituição se faz importante pelo motivo seguinte, né, que é somente com o apoio dessas famílias, com a atenção, com o olhar para essas crianças, com a preocupação, a partir dela, de acordo com as demandas que são feitas dentro das escolas, que se dá, eu acho que, essa relação. Essa relação é importante pelo fato de que a escola não pode ser somente a única responsável pelas crianças, né, mas eu acho que levar também essa participação mais frequente e mais ativa em primeira pessoa é das famílias. Então, qual é o papel do psicólogo na instituição escolar? O meu papel é de fazer essa mediação entre família e escola, né, no sentido de que, bom, na escola tem se observado, né, algumas questões referentes à criança, né, que são questões muito individuais, né, parte do coletivo para o individual, para que a gente consiga olhar no um a um como estão essas crianças. Legal, obrigada, Léo, pela sua colaboração e parabéns pelo trabalho desempenhado aqui no CEDETRAN. Eu que agradeço. Pessoal, eu estou aqui agora com a Mirelle, ela que é mãe de uma das crianças matriculadas no CEDETRAN, ela é funcionária do TMS e eu vou conversar um pouco com ela para saber qual é a visão dela, enquanto mãe de uma criança que é assistida por esse projeto pedagógico do CEDETRAN. Primeiramente, bom dia, Mirelle, obrigado por aceitar participar dessa entrevista. Eu gostaria de saber de você como você enxerga essa prática no dia a dia, né, porque o projeto pedagógico do CEI é um projeto que visa a escutativa da criança, o desenvolvimento da autonomia, né, a criação de vínculos, além disso, né, ele tenta atender as crianças em suas individualidades, em suas múltiplas linguagens e eu gostaria de saber de você como mãe, como você enxerga essa prática sendo implementada no dia a dia e como você se sente em relação a isso, de saber que o seu filho está sendo assistido por essa equipe pedagógica que é amparada, né, por esse projeto pedagógico. Oi, Vitória, é um prazer participar, né, desse podcast, desse programa e ser a porta-voz das mães do CEDETRAN. O Pedro chegou no CEI com 9 meses, ele ainda não andava, né, só engatinhava e, assim, hoje o Pedro está com 14 meses, praticamente, e é um bebê totalmente diferente, totalmente independente. Eu acho que o seu filho desenvolveu demais, né, nesse período que ele está com o CEI, com essa equipe pedagógica, sendo assistido com essa metodologia que vocês aplicam no CEDETRAN. Todo dia, quando eu atravesso aquela porta para deixar o meu filho, eu tenho certeza que ele está em boas mãos. O cuidado que cada um de vocês tem com ele, assim, é indescritível, né, na verdade. Vi, outra coisa que eu acho muito importante a gente reforçar e externar isso, né, que o CEDETRAN é como se fosse uma extensão da nossa casa. Nós, mães, nos sentimos assim, pelo menos as mães dos bebês, né, que eu converso mais, que eu tenho mais contato. Todas elas têm esse pensamento em comum de que o CEI é uma extensão da nossa casa. E esse papo sempre rola ali no momento do mamar. Nós chamamos aquele cantinho ali de mamódromo, né, que tem as duas poltronas e que é a sala da coordenação também. Então, é um momento bem especial para a gente e a gente sempre está trocando figurinhas ali, né, com relação à vacina, com relação às nossas crianças, ao desenvolvimento de cada uma delas, porque cada uma delas, elas vão se espelhando umas nas outras e aí estão cada dia mais independentes. Agora eu estou aqui com a professora Ordália, ela que dedicou mais de 30 anos da sua vida à docência, né, na UFMS, e hoje, depois de aposentada, ela se deveria, né, com esse desafio de estar à frente da gestão do CEI. Bom dia, Ordália. Bom dia, Vitória. É um prazer estar aqui com vocês e partilhar este momento. Obrigada. Primeira coisa, eu gostaria de saber como foi o processo de construção desse projeto, esse negócio do CEI. Este projeto, ele, inicialmente, ele foi pensado a partir dos fundamentos da educação da infância, resultado de todo um trabalho. Eu, particularmente, fui desenvolvendo a minha vida profissional dentro da UFMS, dos estudos que realizei no mestrado, no doutorado, no pós-doutorado em sociologia da infância e na prática pedagógica no curso de pedagogia. Então, a partir de todas essas referências, quando recebi o convite para vir assumir esse projeto, eu me perguntei, na verdade, eu perguntei à administração do NITRAN e também à nossa reitoria, se eu poderia pensar num projeto conforme eu imaginava, conforme eu entendia ser o ideal de uma educação infantil. É claro que sabendo que, na prática, muitas coisas precisam realmente de uma adaptação, de uma reestruturação. Mas esse foi o princípio de tudo. Você é reitor, então é um corajo na sociologia da infância, nas abordagens de enciclia e régimen emília. Gostaria que você falasse um pouquinho qual é a importância dessas abordagens para além da prática realizada aqui no centro. Veja bem, o nosso país, ele é um país muito diverso por conta da sua dimensão geográfica. Nós vivemos aí culturas muito diferentes em cada uma dessas regiões ou em cada um dos estados. E a partir do momento que eu tive a oportunidade de fazer o meu pós-doutoramento em sociologia da infância na Universidade do Minho, em Portugal, por um ano, buscando os fundamentos constitutivos dessa referência teórica que traz em evidência a criança como sujeito do processo educativo, reconhecendo essa criança como sujeito de direito, protagonista desse processo educativo. Então, obrigada por vocês estarem aqui. Obrigada.