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Eu Sou Podcast - Edson Jr
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Eu Sou Podcast - Edson Jr
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Eu Sou Podcast - Edson Jr
Walter Pinheiro, a dancer and music enthusiast, discusses his passion for soul music and its influence on his life. He talks about his origins, his love for dance, and the cultural significance of soul music in Brazil. He mentions his influences, such as James Brown and other soul artists, and discusses the importance of preserving and promoting soul culture. Walter also expresses his desire to spread this culture through his dance and music, and his involvement in social work. He shares his contact information for those interested in connecting with him. Está começando Eu Sou, podcast com Edson Júnior. Eu sou. Neste momento nós devemos dar início a nossa primeira entrevista no nosso Eu Sou, podcast aqui com Edson Júnior. Eu estou falando do nosso convidado inicial. Ele está brilhantando aqui o nosso espaço, o Walter do Sou. Ele que vai trazer pra gente aí muitas informações, falar um pouco das suas origens, falar um pouco de como tudo iniciou na sua vida e principalmente da sua moeda, que é a dança. É um mestre no passo do Sou Music e que muita gente tenta dançar, mas nem todos têm esse swing, essa ginga e essa pisada dentro dos passos corretos do Sou Music ou do Funk Music. Bem, Walter Pinheiro, me fala como tudo começou na sua vida, como é que o Sou entrou na sua carreira musical ou de dança e me fala também de onde você é e há quantos anos já você vem nessa empreitada bacana de grande estimulador desse estilo musical que tem na sua alma, no contexto exatamente da palavra, o swing, como a moeda de maior força, em nosso Eu Sou podcast. Edson Júnior, meu nome é Walter Pinheiro, mais conhecido como Walter Pinheiro do Sou. Eu moro na capital mineira Belo Horizonte, mas nasci no interior de Minas, em Baguari, Governador Valadares. Com cinco anos eu vim para a capital mineira e como todo jovem, né, década de 70, 80, eu fazia aquelas coisas normais para aquela juventude daquela época, que era jogar futebol, brincar e ouvir música. E são coisas que eu sempre gostei e adorei de fazer. Então, na maioria da juventude, o que a gente aprendia a fazer? Era dançar e ouvir a música sou. E a música sou era uma influência grande na comunidade, nas favelas, na periferia. Naquela época, a periferia era muito menor, existiam muitas favelas. Então, assim, o que a gente tinha de diversão e distração naquela época era a dança, a música e o futebol. Então isso influenciava muito. E eu cresci ouvindo James Brown e o sou, né. E por que não, naquela época, os bares que a gente frequentava, que eram os bares nos bairros ou nas casas das pessoas, então tinha que tocar a música sou. E a gente começava a dançar. E o estranho é que nós, nessa época, não tinha aula de dança, não aprendia. Era uma coisa de dom, de alma, de coração. A gente ouvia música e, assim, ia criando os passos. Alguns filmes a gente via, alguns dançarinos na televisão. Naquela época que a periferia, as favelas não tinham isso, a gente não tinha uma condição influenciada de ter televisão como a coisa melhor. A única coisa que a gente via era a gente aprendendo e ensaiando. Mas era legal. Essa é a vida, né. E eu tenho aqui... Minha vida toda foi ouvir sou, mas há 19 anos atrás, em 2005, eu comecei novamente com o resgate do sou em Belo Horizonte. Eu e algumas pessoas. E esse resgate procedeu todo o país, todo o Brasil. Então, muitas cidades que sou estava morta, como Rio, São Paulo, outros estados, tudo voltou praticamente como era antes. E o grande problema do sou é que a gente não é um tipo de mercadoria que se vende. É um tipo de cultura muito boa e a gente não consegue vender isso na televisão, nas mídias sociais. Mas eu venho fazendo o meu trabalho, um trabalho social, esses 19 anos com o resgate novamente do sou, e tentando ajudar um pouquinho as pessoas com minhas danças, meus passos, com meu swing, e com a minha vontade de ajudar as pessoas. Hoje eu sou formado em direito, eu trabalho normalmente, mas assim, eu não posso perder aquela coisa que eu tinha, que eu gostava de fazer, que era dança, futebol, e de querer ajudar as pessoas. Olha, Walter, o bom é que a gente vai ouvindo você e também vai aprendendo. Eu acho que você tocou num fator importante, e essa é a interação entre o seu grupo de quando mais jovem e hoje você procurando retribuir também de uma maneira positiva através de uma música que realmente fala com a alma. A música e a dança também. Uma dança gostosíssima de se dançar, uma dança não violenta, uma dança bem coreografada e com certeza quem conhece e ainda não viu o Walter Pinheiro dançar, procure na descrição do link que lá no final a gente estará passando pra vocês ele mesmo, os contatos e etc, pra que você possa aprender um pouco mais desse universo sou que nós temos aqui pra lhe apresentar. Bem, seguindo o nosso primeiro entrevistado daqui do nosso Eu Sou Podcast com Edson Júnior, a gente pergunta, Walter, me diz o seguinte, na questão de influência, quando mais jovem você citou o James Brown, mas eu acredito que você também tenha escutado muitas outras bandas como Sugar Hill Funk, o Kurtz'n'Roll, me diga o que você pode também observar no cenário nacional, pra gente sempre fazer esse duo entre a influência norte-americana aqui para nós e o que é que nós aqui como brasileiros, principalmente os artistas brasileiros, influenciam e trouxeram também essa pegada do sou do funk norte-americano, trazendo claro que para o Brasil a sua roupagem diferenciada lá no Rio de Janeiro, mas que foi muito bem preservada em outras regiões como São Paulo, aí no caso de Minas Gerais e quem sabe aqui em Pernambuco também, sobre um sou mais original, aquele sou mais cadenciado, mais voltado às emoções e que muitas vezes se aprende dentro da igreja e suingue todo lá nos Estados Unidos e aqui no Brasil não ficou tão diferente, então me diga o que você também lembra e o que é que te influenciou na questão musical, você tem talvez aquele ídolo, talvez esse termo, que estão já citados durante a história, mas qual é o profissional, o artista que te influenciou mais, foi de fato apenas o James ou você poderia citar mais alguns aqui pra gente? Com certeza Edson, naquela época, década de 70, 80, algumas pessoas tinham televisão, mas nem todo mundo morava em favela, tinha televisão, a gente podia ver alguns programas, inclusive o programa do Chacrinha, que tinha uma grande referência, que era com um cara que dançava e tinha alguns dançarinos que participavam com ele, pra mim era o Jesson Cortez como, foi uma grande influência do sou, e é um cara que nunca ficou famoso, entre outras pessoas tinha o Tom Entornado, que foi mais famoso, o Sandra de Sá, então ele tinha uma relação com as pessoas, Wilson Simoninha, então assim, não era um cara que influenciava muito na dança, mas fazia parte de uma fama grande. Jesson como pra mim no Brasil, foi o James Brown brasileiro, um cara que não conseguiu alcançar a fama, mas no tempo que ele participou dos programas de televisão naquela época, ele dançava muito, tinha um grupo que acompanhava ele, e aquilo foi uma imensa influência no Brasil pra gente, e nos programas de TV, e como os norte-americanos, tinha Rufus Thomas também, James Brown, como você falou, Cúrcio Sbrow, Aretha Frank, K-City, a Charlie Ban, Jim Bohone, Bras Constrúctes, então assim, era muita influência, mas assim, a gente que gostava do sou, que tinha aquela paixão, a paixão pelo sou mesmo, aquela coisa de alma, James Brown era inverente, era um cara que era como a gente, negro, não era rico, era pobre, um cara que sofreu muita coisa, então pra gente, James Brown fora do Brasil era a maior referência, como pra mim, Jesson como pra mim aqui no Brasil, foi o cara de referência melhor, não foi um cantor famoso, não teve a sua oportunidade, mas foi a maior referência que eu tive no Brasil, e assim, eu acredito que naquela época a coisa era muito alma, o soprano naquela época era um movimento de resistência cultural e política, a dança nossa hoje e antigamente não é uma dança simplesmente por gostar de dançar, era um movimento, era um protesto contra a desigualdade social, era um protesto contra os pequenos salários, a falta de educação, a falta de justiça, a falta de saúde, então hoje ainda o movimento sou aqui em Belo Horizonte vem pra rua pra fazer isso, não simplesmente pra dançar, a gente vem fazer um protesto, a gente vem dar voz à periferia, à favela, então o sou sempre vai ser isso, a gente nunca vai ser um bobo da corte, a gente vai ser aquela pessoa que vem pra rua dançar com a alma, com a disposição, mas pra trazer cultura, pra trazer influência, pra trazer algumas respostas pra população, porque a gente é um movimento e sempre vai ser um movimento de resistência cultural e política, a gente não pode deixar isso morrer em hipótese alguma, porque querendo ou não, a gente tem que ajudar a população a pensar por si próprio, cara. Olha Walter Pinheiro, tá sendo uma tremenda satisfação estar aqui contigo conversando e aprendendo e dividindo, você falou do Gerson Combo, cara, eu fiz uma pesquisa sobre ele, assine embaixo tudo que você falou, com certeza era uma referência e ele sim, na região mais sul sudeste, ele fez o diferencial, até você me fez lembrar, ele no Chacrinha, é uma vaga lembrança meu caro amigo, muita vaga lembrança, mas eu já conhecia porque a internet nos permite hoje a gente pesquisar, e você me fez lembrar de muita gente boa. Falando ainda de música, Walter, nós temos uma influência na nossa própria música, o nosso próprio MPB sofreu essa influência magnificamente, cara, você deve talvez ter essa mesma opinião, não sei, mas vamos lá ver se a gente comunga dessa opinião, que é os cantores como Cassiano, Dom Beto, o Da Fé, a Lady Zul, o Tim Maia, entre outros que a gente poderia botar uma fila aqui. Olha, eu quero inclusive, como já foi anunciado no nosso primeiro podcast, dizer que o Eu Sou Podcast, ele tem a proposta justamente de trazer esses artistas também em destaque aqui na nossa programação. Então meu amigo, eu concordo e assino embaixo do que você disse, agora eu vou finalizar fazendo mais uma pergunta. Dançar soul, é difícil para aqueles que estão nos ouvindo? É difícil? Qual o segredinho? Tem que ter swing, tá no sangue? Claro, de repente, esse é um fator, mas é difícil ou é mais fácil dançar do que a gente pensa? Você responde aí. Com certeza, eu acho que assim, projeto, a gente tem muito, eu tenho muito, eu fico triste que a gente tem um grande problema. A mídia televisiva hoje, ela está focada em São Paulo e no Rio, em Belo Horizonte, no seu estado, em outros estados, é muito difícil. A gente tem um canal de televisão onde dá essa oportunidade às pessoas de falarem da cultura e de melhorar e de expor seus projetos. É muito triste isso, que isso acontece nos outros estados. Mas mesmo assim, a gente não desiste, né? A gente está aqui pelas ruas, pelas redes sociais, fazendo isso. Cara, assim, eu como sou um cara de periferia, de favela, não sou rico, não tenho poder adquisitivo para investir nisso, o que eu pensei nos últimos tempos, né cara, foi obrigada a pensar em entrar na política, ser um representante do povo. Eu penso assim, não ser um político, mas um representante, então essa eleição me propus ser candidato a deputado federal, eu sei que é praticamente impossível de ser eleito, mas mesmo assim, a partir de segunda-feira, do dia 3, eu volto, ativo assim, muito mais do que era antes com meus vídeos, levando a cultura, o som a todas as pessoas, independente de quem ela seja, dos seus ideais políticos, religiosos. Então a ideia é fazer que isso se expanda para todo o Brasil e no exterior. Eu acredito, né, que no exterior tem muitos vídeos meu rodando, muitas pessoas, e eu acredito que uma hora dessa, essa coisa que a gente faz, essa dança, que é simples, que não é um produto que se vende nas mídias sociais, alguém possa abraçar essa causa e a gente conseguir, junto com esse projeto de dança, de música, levar um pouquinho de cultura, de educação, de trabalho para as pessoas. Então assim, eu tenho o sonho de viajar para os outros estados, viajar pela cidade interior do meu estado, até outro país, levando um pouquinho dessa cultura e da nossa irreverência, né, que deveria ser feita quando jovem, mas hoje, a juventude somos nós, né, os coroas que são irreverentes nas ruas, nas músicas, nas danças. Então assim, o meu sonho é esse, é poder fazer que isso chegue em todos os estados, em todas as cidades brasileiras e no exterior, e mostrar que a nossa cultura, né, que a cultura soul não é uma cultura norte-americana, somos nossa, influenciada pelos nossos ancestrais, os negros, e querendo ou não, nós somos negros, nós viemos da África, nossos ancestrais vieram da África, e essa cultura não é norte-americana, ela é brasileira, como de todos os negros de todos os continentes. Então assim, o meu sonho é esse, é levar a cultura, mudar um pouquinho a cabeça da juventude e mostrar que o brasileiro, o pobre brasileiro, tem cultura, conhecimento, educação e espaço pra entrar em qualquer lugar. Então eu agradeço aí a imensa oportunidade de participar do seu podcast, agradeço mesmo, e espero a gente poder falar mais vezes, a gente conversar, tentar algum dia colar aí no seu estado, e a gente fazer alguma coisa juntos. Então muito obrigado aí, irmão, tamo junto, e viva o soul, viva a cultura negra, e viva a dança, cara, não precisa ser dançarino pra dançar, só basta ter um pouquinho de swing, de dança, de sentimento, ouvir a música, a batida do som, e deixar a melodia nos levar com os nossos simples passos, mas que cativa as pessoas por aí, em todo canto do Brasil, em todo canto do mundo. Valeu, irmão, tamo junto aí, é isso. Meu amigo, você falou tudo, é isso mesmo, eu acho que a gente vai se afinar bastante, se Deus quiser, manteremos novos contatos, e você que está nos ouvindo aqui no Eu Sou Podcast com Edson Júnior, não perca as oportunidades de estar participando aqui conosco, interagindo, trazendo suas informações. Mas pra finalizar, de fato, batendo o martelo, realmente a hora nos imprensa, o que é que a gente vai dizer agora? É que o nosso amigo Walter Fieri, deixe seus contatos aí pelas redes sociais, como é que a gente mantém contato contigo, meu chefe? Como você pode ser contactado? Me dê também aí o seu canal, quem está nos ouvindo, o canal do YouTube, o que você puder pra que a gente possa continuar aí divulgando o som pelo Brasil e pelo mundo afora. E é isso mesmo, tudo que você falou já diz que assinei embaixo, senão a coisa vai se alongar, porque a vontade de falar é grande. Desejo que a gente se encontre novamente, seja aqui pela rede social, seja aqui pelos contatos que nós temos diversos, e também presencialmente, se Deus quiser. Muito obrigado Edson e as pessoas que querem meu contato aí, gente, pelo Instagram vocês vão me encontrar como Walter Pinheiro do Sou e Movimento Sou BH, são dois Instagram. Pelo Facebook você vai encontrar Movimento Sou BH Cultura de Rua, Walter Pinheiro do Sou, candidato a deputado federal, você vai achar também Walter Pinheiro do Sou, Turma do Passinho Oficial, isso no Facebook. No YouTube você me encontra como Movimento Sou BH ou então Mr. Sir Walter Sou, são dois canais no YouTube. E no TikTok você pode me encontrar como Walter Pinheiro do Sou ou Walter P Presidente ou Walter Sou. Então são três TikToks com alguns seguidores, bons seguidores. E é isso aí, quem puder no meu perfil pessoal, como na página Movimento Sou BH, tem meu telefone de contato também, me acha é fácil, tudo o que você precisar, Walter Pinheiro do Sou, Walter Sou, alguma coisa assim, você vai me encontrar no Google, então qualquer coisa que você perguntar por Walter Sou, Walter Pinheiro do Sou ou Mr. Sir Walter Sou, você me encontra pelo Google. Então muito obrigado aí a oportunidade de participar e um abraço a toda a população brasileira de todos os estados. Obrigado aí. Um forte abraço, que Deus nos abençoe a todos nós e Walter está sempre convidado, portas abertas aqui no nosso Eu Sou Podcast. Valeu mesmo. Fatos da história, curiosidades, influências, depoimentos, pesquisas, entrevistas, shows e muito mais. Eu Sou Podcast com Edson Júnior. Você não vai se arrepender.