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Quartinho com Varanda

Quartinho com Varanda

Sinal da fenixSinal da fenix

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Quartinho com Varanda, a YINQUIETAÇÂO nos traz o YOGA Entre o SER e o ESTAR, existe o ENCONTRAR-SE no corpo, no caminho na VIDA

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Transcription

The speaker reflects on the misconceptions surrounding yoga, emphasizing that it is not just about physical poses but a process of self-discovery, acceptance, and respect for one's own body. They share their personal experience of striving for flexibility and perfection, only to realize that everyone's body is different and has its own limitations. They explain that progress in yoga comes from self-awareness, not comparison or competition. The speaker also discusses the broader aspects of yoga, such as non-violence, self-reflection, and acceptance of impermanence. They highlight the transformative power of yoga in connecting with oneself and others, and emphasize that yoga is more than just a physical practice. The speaker encourages individual preferences in different aspects of yoga, such as meditation or philosophy. They conclude by emphasizing that yoga is a daily practice that extends beyond the physical poses. Sobre o Yoga, aproveitando para a gente fazer uma reflexão, que a maioria das pessoas ao ouvir essa palavra Yoga, associa a prática física ao asana, se colocam muitas vezes limitadas porque nunca vão conseguir fazer aquilo que o Instagram mostra, que as revistas mostravam, mas que não é a verdadeira essência do Yoga. Faz parte, os asanas fazem parte, mas fazem parte de todo um processo de busca, de autoconhecimento, de impermanência, de diversos aprendizados teóricos, filosóficos que o Yoga nos traz. E o maior deles é a liberdade e o respeito ao teu próprio corpo, ao teu próprio limite. Então uma aula, por exemplo, de asana não é a perfeição, o objetivo é você se alinhar consigo mesmo, dentro daquilo que o seu corpo é capaz de fazer. E essa é a verdadeira beleza do Yoga, nesse sentido de prática física, é esse respeito, é esse limite individual, sem comparação, sem olhar para o lado, sem olhar para o espelho, sem competição, simplesmente a plenitude de estar fazendo aquilo que o meu corpo é capaz, com amor e com aceitação. Na minha prática pessoal mesmo, quando comecei a praticar o Yoga, há mais de 20 anos atrás, eu também me deparava assim como... eu tinha a pretensão de ser mais flexível, alcançar uma plasticidade na postura, conforme as pessoas que estavam ao meu lado, mas aqueles corpos eram muito mais elásticos do que o meu. Eu achava que um dia eu teria um corpo flexível e plástico, então eu ficava horas treinando e me cobrando, e por algumas vezes me machucando. E eu nunca tive a tal flexibilidade que eu esperava, mas depois de um tempo percebendo e estudando o conhecimento anatômico do corpo, eu entendi que o meu formato, os ossos mais protuberantes, eles limitam um pouco o movimento das articulações, um pouco menos de massa muscular, até um ponto, esse é o meu ponto, é ali que eu paro, continuo dentro de uma inspiração, na inspiração avanço mais um pouco. A gente com o tempo vai ganhando, ganha mais espaço, ganha mais flexibilidade, ganha uma flexibilidade interna na mente, que aquilo reflete no seu corpo, no seu movimento, consequentemente no seu áfama, mas é um trabalho de desconstrução, de não querer chegar lá, não existe um objetivo, existe um avanço carinhoso, de acordo com o próprio corpo, com o próprio formato, com a própria estrutura, onde há um ganho na prática, na dedicação, naqueles 40 minutos, 50 minutos, onde não há um cansaço, não se atrapalha um limite de tempo, onde para que não haja um corpo machucado, não haver um corpo machucado é o que a gente chama de arrensa, que é a não violência, não é apenas a não violência com os outros, é a não violência conosco mesmo, nesse sentido de respeito. Eu vejo hoje em dia muitas pessoas alimentando excessivas exigências em relação à prática do yoga e inclusive desistindo de frequentar uma aula, um curso, porque não conseguem chegar lá, se sentem importadores de alguma limitação física e na maior parte dos casos isso não é real, isso está só dentro da inflexibilidade da mente mesmo de cada um, porque não existe o chegar lá. A partir do momento que você tem esse autoconhecimento, essa leveza, esse respeito com o seu próprio corpo, os movimentos por si próprios irão avançar, vai ter um ganho, porque você está exercitando, mas não tem um chegar lá. Isso tudo na prática de asana. O yoga é muito mais abrangente, ele trata da arrensa, da não violência, ele trata dos yamas e niyamas, que são as condutas para a gente levar a nossa vida com mais leveza, com mais seriedade, com mais verdade, aceitando as coisas como elas são, analisando o momento presente como o único que existe no momento e estar de acordo com o que tem que estar na nossa vida, entendendo que por mais que nós façamos planos, de repente tudo muda e essa impermanência está dentro de um plano divino, está dentro de uma ordem, não está no nosso controle. Fazemos planos, temos que ter foco, objetivo, mas na hora que a gente imagina que as coisas estão se concretizando, tudo muda. Entender, aceitar ou confiar que essa mudança foi exatamente porque deveria ser, isso é muito yoga também, isso é muito prática mental e filosófica, esses ensinamentos do autoconhecimento que o yoga também nos traz. Então eu digo que o yoga nos traz um contato sincero e pessoal consigo mesmo, consequentemente a aceitação, o acolhimento das experiências da vida que fazem parte dessa dinâmica do autoconhecimento. O contato com o yoga desperta um mundo de vida em nós, abre um caminho para conhecer desde partes adormecidas do nosso corpo e lugares escondidos na nossa mente, que é o que está criando as limitações. É um caminho que lhe revela tanto o nosso lado mais difícil de enxergar, quanto a beleza que podemos oferecer ao mundo. Por isso que o encantamento com o conhecimento, com a prática do yoga, ilumina o amor, revela a paz, traz a presença, o que cada um de nós tem de melhor, abre uma possibilidade de caminho, de encontro com o outro. E aí muitas pessoas querem compartilhar, querem colocar as suas experiências em prática na vida dos outros, no sentido de que pra mim deu certo, vá fazer também, entre nessa aula, procure tal professor. Isso é muito legal, mas ao mesmo tempo cada um vai com uma busca, uma identificação com uma prática. Alguns vão preferir um pouco mais de meditação e um pouco menos de asana. Alguns vão preferir um pouco mais de filosofia. Enfim, tudo dentro desse yoga. Então pensando numa série de atitudes, conduta, pensamento positivo, aceitação das diversas situações no dia, como se apresentam, o autocuidado, o amor, o carinho consigo depois com os outros. Pensando que tudo isso faz parte do yoga, o asana dura 40 minutos, uma aula, mas a prática do yoga é diária e o tempo todo. As situações se encerram, mas o yoga continua.

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