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Eletricast - 09-05

Eletricast - 09-05

Mariana Saar

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In this episode of EletriCast, the discussion focuses on space exploration. The origins of space exploration can be traced back to Isaac Newton and his studies on physics and gravitation in the 17th century. The development of calculus also played a significant role in advancing knowledge in this field. In the 20th century, the race for space began with the launch of the first satellites by the Soviet Union, followed by the United States. Yuri Gagarin became the first human to venture into space in 1961, and Neil Armstrong famously became the first person to set foot on the moon in 1969. The space race led to advancements in technology and the establishment of space agencies such as NASA. Despite conspiracy theories suggesting the moon landing was fake, the evidence and technological capabilities of the time support the historical event. Sejam todos muito bem-vindos a mais um EletriCast, hoje nesse episódio sobre exploração espacial. Me chamo Gustavo Gomes e estou aqui presente hoje com mais três petianos. Meu nome é Mariana Sala. O meu é Gustavo Garcia. E eu sou a Ana Mussi. E para a gente começar a falar sobre exploração espacial, a gente inicia lá no século XVII com os estudos de Isaac Newton e a remota possibilidade de exploração espacial. Foi nesse momento que o Isaac Newton começou a explorar a física, a partir de estudos do Galileu Galilei também, que focavam no heliocentrismo. Foi do Isaac Newton a descoberta da Lei da Gravitação Universal, né, que é a base para a exploração espacial. É, e foi nesse momento que eles descobriram que era possível explorar o espaço, mas ainda não tinha tecnologia para fazer isso. E com a evolução do cálculo também, para poder trazer mais conhecimento na área da física, mais desenvolvimento, entre aspas, invenção ou descoberta do cálculo, ajudou bastante nesse quesito. É, ainda no século XVII, o Galileu Galilei aprimorou a lunita astronômica e isso possibilitou diversas descobertas, como a observação de crateras e montanhas na Lua, as lanchas solares, as fases de Vênus, constituição estelar da Via Láctea e alguns satélites de Júpiter. É, efetivamente que o fascínio pelo céu, pelo cosmos de maneira geral, vem de muito tempo atrás. Tanto desde Newton, quanto algumas representações artísticas que a gente tem, que representam muito bem como era o céu, como na verdade ele continua sendo, na verdade. É um exemplo, no caso, A Noite Estrelada, de Van Gogh, de 1889, e Le Voyage dans la Lune, de Georges Méliès, em 1902. Le Voyage dans la Lune foi o primeiro filme a ser exibido, e é interessante porque ele mostra uma viagem à Lua, só que de uma maneira totalmente diferente do que realmente foi, já que foi um filme lançado em 1902. Sobre a história da exploração espacial, acho que é muito importante a gente lembrar a trajetória dos foguetes para a gente chegar no que a gente tem hoje. A primeira pessoa notável na história dos foguetes foi Konstantin Tsiolkovsky, eu não sei como que fala o nome dele, mas ele foi pioneiro na teoria astronáutica. No artigo dele, que foi o trabalho mais notável dele, Exploração do Espaço Sideral Usando Dispositivos de Reação, que foi lançado em 1903, ele provou pela primeira vez que um foguete poderia realizar um voo espacial. Seguindo mais na história, o primeiro foguete de combustível líquido de sucesso foi lançado em 1926, e o criador dele foi o Robert Goddard, que é considerado pai da astronáutica. Então aí, em 1903, foi provado teoricamente que era possível realizar um voo espacial com foguete. Em 1926, o primeiro foguete foi lançado com sucesso. Agora, no contexto da Segunda Guerra Mundial, a gente teve um passo muito importante, que foi o primeiro foguete a atingir o espaço. Ele ultrapassou a chamada linha de Kármán, que é reconhecida como o limite entre a atmosfera da Terra e o espaço superior. Infelizmente, ele era usado como arma de longo alcance pelos nazistas. O principal cientista na construção desse foguete foi o Werner Von Braun, e apesar de ter sido usado de forma indevida, marcou o início da era dos foguetes como objetos capazes de atingir o espaço. Ainda é interessante a gente falar sobre essa ideia de pioneirismo, ainda sobre o Robert Goddard, que é o pai da astronautica, que foi a pessoa que construiu o primeiro foguete em 1926. Como qualquer pioneiro, como qualquer pessoa, fazer uma coisa pela primeira vez foi algo bem experimental, bem na ideia de um protótipo. Como, por exemplo, quando o Sandro Dumont voou pela primeira vez, sabe? Algo bem simples e tal. Mas à medida que a tecnologia foi evoluindo e com as pesquisas, principalmente na época da guerra, de 1939 a 1945, a gente conseguiu bastante evolução nesse âmbito dos foguetes. Então, o primeiro foguete efetivo a ultrapassar realmente a barreira do espaço, por exemplo, infelizmente foi usado como arma, mas também foi utilizado como uma forma de aprimorar os estudos da astronautica muito tempo depois. E aí a gente acaba no pós-guerra entrando no contexto de corrida espacial entre os Estados Unidos e a União Soviética. Logo depois da Segunda Guerra Mundial, nesse contexto do lançamento do foguete V2, a gente tem o início da Guerra Fria e a disputa tecnológica entre as duas maiores potências da época, que são os Estados Unidos e a União Soviética. Nisso inicia-se uma corrida espacial. Não foi uma guerra à mão armada, e sim uma disputa entre conhecimentos e descobertas. Por exemplo, o primeiro feito entre as potências foi o lançamento do primeiro satélite em órbita. Foi realizado pela União Soviética e esse satélite foi o Sputnik 1. Ele foi lançado em 1957 e ele ficou na órbita por 22 dias. E ele enviou sinais de rádio fundamentais para o estudo do planeta. Logo depois, a União Soviética também foi responsável por lançar o primeiro serviço no espaço, que foi a cadela laica a bordo do Sputnik 2, continuando essa saga do Sputnik. E esse satélite, inclusive, se desintegrou ao entrar em órbita. Até então, os Estados Unidos estavam bem atrás na corrida espacial. E foi só em 1958 que eles foram responsáveis por lançar o primeiro satélite artificial deles, que foi o Explorer 1. E ele foi responsável por descobrir uma região radioativa ao redor da Terra, que é o centrão de Van Allen. Nesse mesmo ano, foi criada a NASA, que é a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço. E é muito famosa até hoje, né? O seu primeiro projeto tripulado foi o Mercury e ele funcionou entre 1958 e 1963. Voltando para a União Soviética, a primeira sonda espacial a orbitar o Sol foi responsabilidade deles. Aconteceu em 1959 e essa sonda é denominada Lunik 1. Logo depois disso, foi lançado o primeiro homem no espaço, que foi o Yuri Gagarin. E ele é responsável pela famosa frase, a Terra é azul, que foi a primeira pessoa a, literalmente, sair da Terra e poder ver como é a aparência dela de fora. E isso foi em 1961. Em 1969, os Estados Unidos estavam cansados de ficar para trás. Então, logo que o Yuri Gagarin foi ao espaço, o John Kennedy, que era o presidente dos Estados Unidos na época, fez um plano para que o homem conseguisse chegar à Lua até o final da década, para que eles parassem de ficar atrás da União Soviética na Corrida Espacial. Então, em 1969, eles conseguiram, a partir do projeto Apolo, e o Neil Armstrong foi o primeiro homem a pisar na Lua a partir da nave Apolo 11. Ele fala a famosa frase também, esse é um pequeno passo para o homem, mas um gigante salto para a humanidade. E finalizando a Corrida Espacial, em 1971, a União Soviética lançou a primeira estação espacial, que é a Salyut 1. Ainda falando algumas coisas sobre essa época até 1971, que é bastante interessante da gente falar, mas no sentido de curiosidade mesmo, em primeiro lugar, sobre o satélite Sputnik. Ele pode ser detectado da Terra por diversos operadores de rádio. Então passava que se você tivesse um aparelho de rádio com esse mesmo necessário, ficasse ele procurando, sintonizando a frequência correta, e você podia escutar como se fosse um bip-bip, que era uma transição desse satélite, do Sputnik 1. Então, isso foi e é utilizado até hoje, na verdade, como prova de que a União Soviética foi o primeiro país a colocar um satélite em órbita. Afinal, ele era detectado na Terra por qualquer pessoa que tivesse o conhecimento necessário e um aparelho de rádio. Gente, seguindo fora do roteiro aqui, vocês já tiveram uma fase de pensar que o homem nunca foi à Lua e que isso era tudo mentira? Não, teve muita gente que já falou isso. Já vi muitos vídeos na internet. Tem uma galera também que fala, tipo, terra plana esse negócio aqui. Porque, assim, eu li um livro com 13 anos que era basicamente falando que... tipo, descrevendo a viagem à Lua como algo que, na verdade, não existiu, né? Tipo, que eles montaram um estúdio de filmagem e filmaram eles indo pra Lua. E, na verdade, tem várias teorias da constelação que envolvem essa ida à Lua que... Ah, eu não vou lembrar agora. Mas é umas paradas de ficar... a bandeira ter flutuado. Sim, eu lembro disso. Tem uma coisa de sombra também. É. Enfim, por muito tempo eu fiquei, nossa, será que o homem foi pra Lua mesmo? Não, isso na minha cabeça seria, tipo, muito número de ilusionismo, sabe? Porque, tipo, a tecnologia naquela época, por mais que a gente tivesse a capacidade de ir pra Lua, não era lá uma coisa muito a ponto de você conseguir fazer, sei lá, uma modelagem computacional ali, uma modelagem 3D pra poder, sabe, colocar, sei lá, um chroma key e não deixar as pessoas meio que verem aquilo que tá acontecendo, sabe? Então, acho que isso é uma coisa meio absurda de pensar. É bem teoria da constelação. Cara, um dos principais argumentos que eles usam é, tipo assim, se em 1900 e não sei o que lá, qual que é o ano? 1969. 1969, o homem foi na Lua, como é que a gente não faz excursão pra Lua hoje? Sendo que passou tanto tempo. E a tecnologia é muito mais avançada hoje em dia do que na época. É, a gente vai falar um pouco mais sobre isso mais pra frente, na verdade. Na verdade, sobre excursões pra Marte, mas... Ah, a gente vai falar também sobre a Lua também. Porque é uma coisa bem interessante. É que, tipo, sobre essa questão de ilusionismo, isso meio que já aconteceu na Terra, sabe? A gente tava falando aqui sobre a Segunda Guerra Mundial e tal, sobre o Verne Bombral, e aí eu lembrei de uma coisa que aconteceu, que tipo, eu não sei exatamente entre quem foi, mas fizeram como se fosse tanque de guerra, sabe? Coisa assim, tudo de coisas infláveis, sabe? Pra poder meio que mascarar a movimentação de tropas e tudo mais, pra poder meio que desestabilizar a defesa dos inimigos. Se eu não me engano, foi o pessoal, foram os aliados que fizeram esse meio que número de ilusionismo contra o eixo. Então isso, poxa, é muito bacana. Mas assim, eram coisas infláveis e tudo mais, não era meio que, tipo, pular uma viagem pra Lua. Depois então, a gente entrou na era das missões robóticas, sendo a primeira delas a Voyage, que aconteceu em 1967, consistia em duas sondas. A Voyager 1 e a Voyager 2, que tinham o intuito de estudar os planetas exteriores do Sistema Solar. Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Foram missões bem sucedidas da NASA, que continuam ativas até hoje. E por causa dessa missão, a gente conseguiu descobrir muitas coisas que a gente não sabia antes sobre os planetas exteriores. Como os anéis, em torno de Saturno, Júpiter, Urano e Netuno também. As Luas de Júpiter, informações sobre elas, como vulcões ativos em uma das Luas de Júpiter. Dados sobre o ambiente interestelar e a heliosfera. E uma coisa muito interessante sobre elas, é que elas têm uma gravação, que se chama Golden Record, que contém saudações da Terra, uma seleção de músicas, pra tentar fazer uma comunicação com possíveis vidas extraterrestres. Conta com diversas imagens de mercados, de pessoas, e inclusive saudações em português também. São mais de 50 línguas gravadas, 50 diferentes. Tem estudo, tem música, é tudo mais. É também da gente pensar que uma das imagens mais famosas da Terra, é a Terra como um pontinho pequenininho. Assim, quando a Voia Gerum estava lá perto de Saturno, e ela mirou pra Terra, a câmera, e tirou uma foto. E essa foto é atualmente uma das mais famosas conhecidas da Terra, que é a foto do Pale do Ponto Azul. Então, assim, todas as pessoas que já viveram, desde o início do planeta, tudo que existe, sabe? Tudo que a gente vê hoje, e que parece tão grandioso, lá de fora, lá de muito longe, lá perto de Saturno, está tudo concentrado em um pontinho minúsculo, que mal dá pra ver na imagem. E isso é muito doido. É, pensar na dimensão do espaço é algo que me pega muito. Me dá crise essencial. É muito doido. Não, e pensar que, se eu não me engano, não tenho exatamente certeza desse número, mas atualmente a Voia Gerum está a 24 bilhões de quilômetros da Terra. Então, a Voia Gerum é o objeto que está mais longe dos limites do Sistema Solar. Ela já ultrapassou o Plutão. E, tipo, a Mariana também falou sobre ela carregar os discos dourados lá e tudo. E, poxa, esses discos contêm diversas informações sobre a Terra, inclusive meio que a localização que a gente está. Cara, isso é muito doido. Não, e se eles acharem, resolvem exterminar a gente? Vocês conhecem um negócio que é tipo Floresta Negra? Acho que é hipótese da Floresta Negra. Exatamente, hipótese da Floresta Negra. Não, tá, pra quem não conhece, basicamente é o seguinte. Imagina que você, sei lá, que você vai entrar numa floresta e tudo, e você não consegue ter muita ideia do ambiente, porque está meio escuro, meio... Assim, você não consegue ter as percepções necessárias. Como é que você vai entrar nessa floresta? Você vai ficar fazendo um montão de barulho, um montão de tardalhaço? Ou você vai entrar quietinho, tipo, na sua ali, vai ficar na manha? A vó e o Jerum estão fazendo a gente entrar fazendo barulho. Exatamente, exatamente. E aí isso junta também com outra... Outra hipótese dessa sobre vida inteligente extraterrestre, que é a hipótese do Berserker. Não sei se vocês conhecem. Não. Mas, então, basicamente é uma... Conheço o anime, sim. Ah, sim, é bom. Mas é como se fosse uma evolução da hipótese da Floresta Negra. Então, é como se... Meio que parte do princípio de que as outras civilizações, elas não têm noção daquilo que a gente é capaz de fazer, sabe? Então, elas não têm ideia das nossas intenções. Então, se a gente mostra onde a gente está, e existe alguma civilização que, porventura, ache esse disco e a gente não consiga entender o que a gente está dizendo, a posição que a gente está, elas não vão saber quais são as intenções que a gente tem. Se a gente é meio que do bem ou do mal. Então, basta que elas tenham o mínimo de entre-atos maldade pra que elas possam decidir meio que erradicar a nossa civilização pra poder proteger elas mesmas. É, o intuito de toda civilização é sobreviver, né? É, sobreviver. Acho que é uma coisa natural da vida. Não é que a gente só conheça a nossa, mas... Poxa, mas vocês acham que existe vida fora o... Ou que, sei lá, eles são capazes de um dia vir pra cá, se eles existem? Que a gente vai conseguir ir pra lá? Sabe, você já ouviu falar do sinal UAU? Aham. É uma coisa tipo... Foi um radiotelescópio que recebeu esse sinal. E aí, é um sinal que é completamente diferente de tudo aquilo que já foi ouvido, entre astros, ou recebido por um radiotelescópio. E aí, a pessoa, quando viu esse sinal no papel, circulou com uma careta vermelha e escreveu UAU. WWW, sabe? E aí ficou conhecido como o sinal UAU. E só pra deixar claro, gente, não foi como se a gente tivesse recebido uma mensagem tipo um oi, tudo bem, a gente tá aqui, sabe? Mas não, foi uma coisa que foi distoante da radiação de fundo que a gente normalmente recebe. Então, lá no logzinho, no papel, onde mostra os resultados das observações feitas, daquilo que foi recebido, a gente tem normalmente um monte de zero e um, enfim, uma sequência padronizada. E quando esse sinal foi recebido, a gente tem algo bem distoante daquilo que é o padrão. E foi recebido também uma frequência muito específica, que é a frequência de 140 MHz. E é muito interessante que essa frequência é exatamente a melhor frequência possível pra poder fazer comunicação entre astras interestelar, justamente porque ela é invisível, a poeira cósmica. Então, ela transpassa muito bem, sabe? É uma coisa bem abedrontadora, eu diria. Depois, eu mais imagino que, tipo, ah, sei lá, que a Voyage, em algum momento, chegue a alguma civilização, vamos supor, daqui a mil anos, chegue a uma civilização, mas é bem provável que isso não aconteça, mas enfim, que daqui a mil anos ela chegue a uma civilização, essa civilização seja capaz de entender e ela tenha a capacidade de vir até aqui. Mas, até lá, é interessante a gente pensar no quão evoluído a gente também estaria. Isso se a gente não se autodestruir também, né? Mas enfim. Porque, poxa, se a gente parar pra ver, a partir do passado, a evolução da tecnologia é algo bem exponencial, assim. Tipo, de tudo que a gente falou aqui, por exemplo, sobre a evolução dos foguetes. A gente teve um cara, lá em 1906 ou 1903, não me lembro, que teorizou pela primeira vez que um foguete teria surgido. 1903. 1903. Aí, lá em 1920 e poucos, teve um cara que fez o primeiro foguete. Só que ele fez o primeiro foguete, meio que assim, no protótipo, sabe? Na planta ali ainda. E aí, já logo em 1969, a gente estava criando o maior foguete até pouco tempo atrás, que é o Saturno V, que levou a primeira pessoa pra Lua. Então, se você parar pra pensar, não é uma distância de tempo muito grande. E depois disso, depois do fim da corrida espacial, a gente tirou muita tecnologia da exploração espacial. Então, colocar diversos satélites em órbita, a gente tem, por exemplo, hoje o Starlink. Então, a gente tem internet no mundo inteiro. A gente tem a própria internet também. Transferência de informação a uma velocidade... Isso é incrível, sabe? Então, é muito louco. Então, se essas pessoas fossem um dia virem pra cá, a gente já estaria bastante evoluído se a gente não se autodestruísse. Depois dessa viagem que a gente te deu aqui agora, falando de vida extraterrestre, de sinal alto, vamos voltar pro que está o nosso alcance pra vida real. E vamos falar sobre a Lua. Você tinha pontuado um tempo atrás aí sobre por que a gente não faz excursão pra Lua, sendo que em 1969, muito tempo atrás, a gente já levou a primeira pessoa, sabe? O que aconteceu que a exploração da Lua parou? Bom, acho que é porque não tem o que um humano fazer na Lua, sabe? Ele vai lá apenas por ir. Não tem um objetivo. É melhor mandar rovers pra explorar a Lua do que correr o risco de colocar um humano, sabe? Expor um humano a riscos. Arame que essa parte do risco que você falou é bastante interessante. Tipo, lá na década de 60, quando o presidente falou que até o final da década tinha que colocar um ser humano na Lua, aquilo era pra poder ganhar com o espacial. E então, assim, meio que o governo dos Estados Unidos disponibilizou dinheiro infinito pra NASA ali pra eles poderem fazer o que tinham que fazer. E pra poder analisar quem que foi em cada missão Apollo, eram sempre, sei lá, pilotos de teste, militares, esse pessoal, sabe? Mas aí, pros dias atuais, eu acho que é mais interessante a gente levar pessoas que serão capazes de fazer pesquisas mais aprofundadas. Por exemplo, com as atuais observações da Lua, com coisas em volta, estratégias em volta da Lua, a gente descobriu a existência de hélio 3. Pra quem não conhece, hélio 3 pode ser usado como combustível pra estabilizar a fusão nuclear e gerar energia completamente limpa. Então, já tem diversos países pesquisando sobre isso e talvez esse seja o maior incentivo pra que no futuro a gente estabeleça uma, entre aspas, colonização da Lua. Que pode ser muito interessante. Na verdade, tem uma missão pra Lua programada pro ano que vem, possivelmente. É da NASA, inclusive, não é? Sim. E ela pretende explorar o palo sul da Lua, onde as áreas ocultas têm depósitos de solo rico em gelo de água. As futuras missões, elas podem explorar esse recurso pra produzir água, oxigênio e combustível pra foguete, além do hélio 3. Então, imagina, se a gente vai pra Lua, a gente estabelece uma colônia e a gente pode expandir a exploração espacial a partir da Lua. Porque a gravidade da Lua é bem menor do que da Terra, então a gente precisa, na teoria, de muito menos combustível e um foguete pra poder sair da Lua e entrar no espaço, efetivamente. Mas também a gente pode pensar em, por exemplo, política espacial. Quem vai mandar na Lua? Se a gente for, sei lá, se for um monte de países, vai ter uma constituição intergaláctica, um negócio meio espalhoso. Por exemplo, o hélio 3. Se a gente for explorar o hélio 3 pra poder fazer um reator de fusão nuclear. Esse hélio 3 vai ser de quem? Ele é da humanidade? Ele é da pessoa que explorou? De todas as pessoas que contribuíram? Será que vai ter uma guerra espacial por causa disso também? Com certeza. É bem provável, né? A gente vai ser mesmo enviados a fazer guerra. Dando continuidade nesse assunto de exploração espacial, e sobre mais? O que vocês acham? Você acha que é possível? Você acha que falta muita tecnologia pra isso? Cara, é um pouco difícil. Um pouco não, muito difícil, né? Eu acho que principalmente por causa da questão da microgravidade, que o nosso corpo não reage bem a ela, porque eu acho que é praticamente impossível. Em questão de dimensão, construir algo que tenha gravidade artificial dentro, uma gravidade parecida com a da Terra. Além disso, tem a questão da radiação cósmica, né? Porque lá em Marte não tem campo magnético. Então a gente não sabe quais efeitos essa radiação que tem em Marte poderiam causar no ser humano a longo prazo. E nessa brincadeira aí também, a gente esqueceu de falar que demora meses pra poder chegar em Marte. Então, tá meio longe. E durante todo esse tempo de viagem, vai ser os astronautas lá recebendo a radiação cósmica também, os raios cósmicos. E a pessoa que passou mais tempo no espaço, nem foi tão no espaço como foi na Estação Espacial Internacional, foi um astronauta norte-americano, o nome dele é Scott Kelly. Ele passou 300 e poucos dias na Estação Espacial. E é muito louco que ele tem um irmão gêmeo, e ele voltou meio, assim, diferente do irmão gêmeo dele. É porque o tempo passa diferente, né? É, o tempo passa diferente, tem uma questão relativística também por trás disso. E todos os efeitos que teve da microgravidade e também possivelmente dele ter recebido bastante radiação. Tem uma coisa também que principalmente homens são mais propícios a desenvolver problemas de visão quando estão em microgravidade. Nossa, um homem? Aham. Por quê? Não sei. E, poxa, ele desenvolveu isso, ele voltou meio diferente do irmão gêmeo dele. E aí a gente quer entender por quê, sabe? Porque também para uma exploração de, por exemplo, Marte, ou então para a colonização da Lua, que também não tem lá uma atmosfera, um campo magnético, a Terra, uma gravidade completamente diferente. A gente não sabe que efeitos isso vai gerar numa pessoa, sabe? Hoje em dia é muito mais interesse da NASA, das agências espaciais, estudar esses efeitos no corpo humano do que criar algo para eliminar esses efeitos. Por exemplo, quando eu estava estudando sobre gravidade artificial, eu ouvi falando que não faz sentido para eles construírem uma nave gigante em gravidade artificial, sendo que o intuito, no momento, é estudar os efeitos da microgravidade no corpo humano. Talvez não seja necessário tudo isso. Talvez pequenas exposições a uma gravidade parecida com a Terra, por algumas horas por dia, possam mitigar os efeitos dessa microgravidade. Eu acho que isso é uma questão de biologia, de medicina, um negócio tudo meio junto. Mas eu acho que já estudando o caso que a gente tem para poder estudar, que no caso é do Scott Cage, a pessoa que passou um ano na estação espacial, a gente já pode ter alguma ideia, sabe? Mas também acho que é uma ideia, no caso mora só no campo das ideias, a exploração de, por exemplo, Marte. Porque, vamos supor que estavam falando para 2030, 2030 e poucos, a gente enviar o primeiro ser humano para Marte. Meio que assim, a gente vai desenvolver todo um aparato para que ele consiga se estabelecer lá. Até porque a janela de ida para Marte é muito curta, eu não venho nem na casa dois anos. Então, é um negócio meio difícil demais para a gente atualmente, eu acho. Não tenho certeza exatamente. Mas é uma realidade a gente precisar mais atenção na Lua. Afinal de contas, a gente tem, por exemplo, lá no Paulo Sul da Lua, gelo de água. Tem o Hélio 3 também para poder explorar. Só que também tem algumas outras questões que a gente tem que ver aí, né? Tipo, esse negócio entre ações política e espacial. Sim, eu acho que é importante, antes da gente sair enviando um humano para Marte e tudo mais, a gente estudar a evolução dos sistemas planetários. Porque é como se fosse a evolução da vida, né? Assim como Darwin estudou sobre a evolução da vida, é nosso dever estudar sobre a evolução dos sistemas planetários. E onde que a gente vai poder chegar para, assim, a gente ter uma ideia realmente para onde a gente está indo. Tipo assim, não faz sentido a gente enviar alguém para Marte, sendo que o telescópio espacial James Webb está descobrindo outros planetas que são mais parecidos com a Terra e que seriam mais propícios de existir vida humana. É, realmente. Tem sobre, por exemplo, a questão do James Webb, que ele está aí observando o espaço e tudo mais, descobrindo bastante coisa. E existe, inclusive, realmente esse projeto de pesquisa, de observação, para procurar exoplanetas que são parecidos com a Terra e tudo mais. Só que, tipo, eu acho que também seria bastante um problema para a gente, porque, no geral, eles estão muito longe. Por exemplo, a estrela mais próxima da Terra, depois do Sol, fica 4 anos de distância. É, só inventaram o teletransporte. É verdade, né? Só que ainda assim, demoraria 4 anos para chegar lá. Poxa, é aquilo que a gente estava falando mais cedo. A dimensão do espaço é inimaginável e a gente é muito pequeno. É, tipo, tem, sei lá, acho que 300 mil quilômetros daqui até a Lua. E, poxa, a gente tem, no máximo aí, sei lá, 1,90 de altura. Poxa, cara, a gente é muito pequeno comparado a tudo isso, sabe? 1,90 de altura, certo? Não, uma pessoa alta, sabe? Uma pessoa alta a gente tem uma dimensão aí. E, tipo, é muito pequeno. Mas, mesmo assim, a gente tem uma coisa que é bastante interessante, que, no caso, é a inteligência para algumas coisas, na verdade. Bom, e a gente também tem as Luas de Europa e Célodon, que, hoje em dia, a gente está estudando muito sobre a vida microbiana, né? Porque tem as principais características para o desenvolvimento da vida, que é a água, se não me engano o carbono também tem, e pequenos vulcões subterrâneos. Então, nós estamos interessados mais na estudar a vida dessas Luas. Mas vocês acham que tem a possibilidade de a gente, um dia, tentar explorar elas? Ah, eu acho que a possibilidade sempre existe. E quanto à existência de vida nelas... Bom, eu acho que tudo depende da vida, sabe? A gente não sabe exatamente como que surgiu, então não dá bem para a gente elencar se tem, se não tem. Na minha cabeça, tem. Eu acho que é possível de existir, porque as condições são propícias. É onde a gente encontra, mais ou menos, aqui na Terra. Talvez já existiu. Talvez já existiu também, e a gente está pensando em... sei lá. De onde a gente for procurar, talvez a gente ache. Eu acho que a possibilidade existe de tudo. Uma pessoa que nasceu, sei lá, no século XV, nunca imaginaria que, hoje em dia, o homem já teria pisado na Lua. Então, daqui a um tempo, talvez a gente já tenha pisado em planetas fora do Sistema Solar. É, não tem muito como a gente fazer as previsões exatas, sabe? O pessoal, há um tempo atrás, achava que em dois mil e poucos, a gente teria carros voadores. Não, a gente não tem carros voadores, assim, abertamente ao público. Mas a gente pensa em explorar a Lua para ir atrás de um combustível que seja eficiente para a fusão nuclear. Então, eu acho que, sinceramente, isso é bem mais legal do que carros voadores. É que carros voadores é muito legal. Bom, e para finalizar esse episódio, só fazendo uma recapitulação do que a gente viu hoje, nós vimos a história da exploração espacial, como começou, como ela influenciou na arte, como os rovers e satélites foram importantes para a exploração espacial e também alguns questionamentos, né? Teorias das conspirações, possibilidades da existência de vida, exploração de Marte, Lua. Então, é isso. Obrigada por ouvir o episódio. Eu sou a Ana Muschi. Eu sou a Mariana Sá. Eu sou o Gustavo Gomes. Eu sou o Gustavo Garcia. O EletriCast é produzido e apresentado pelo PET Elétrica e é uma realização do projeto de extensão Rádio Facom, da Universidade Federal de Juiz de Fora, com orientação dos professores Álvaro Americano, Ricardo Bendendo e Danilo Pereira. Fique bem e até o nosso próximo programa.

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