Bate-papo - Riscos e Casos de Colaboradores não Engajados com a Empresa

Agora claro né gente, agora vamos conversar, claro, é fácil, desligar uma pessoa é uma decisão difícil, ok, para um líder, de verdade, não é uma mentira, porém você precisa fazer uma pergunta, o que é melhor para o negócio? Existem pessoas na organização, na sua organização, que estão esperando você tomar a decisão pelo destino delas, porque elas não têm coragem de tomar essa decisão, e quando você toma essa decisão por elas, você está libertando essas pessoas para serem felizes ou produtivas em outro lugar. O que você tem que entender é que assim, não é sua responsabilidade, a responsabilidade da performance ela é individual, e você como líder precisa sair da operação, enxergar de helicóptero e entender que se você não for justo desligando quem precisa ser desligado, você está sendo injusto com quem entrega e performa, porque essas pessoas que entregam e performam, elas vão carregar um fardo muito pesado por aquelas pessoas que não entregam. Quem não entrega, está tornando a vida de quem entrega muito mais difícil. Então esse é o olhar que você precisa ter no ato, agora óbvio a gente não se sensibiliza quando existem pessoas que falam no filho, mas e meu filho, como é que eu vou sustentar minha família, eu não tenho mais o plano de saúde, meu filho está em tratamento do plano de saúde, e agora meu filho tem leucemia, vá por mim, quem trabalha em grande empresa já viveu esse cenário em algum momento, e nesse momento é o momento de você, com um dorno, esse é o momento de você olhar e dizer ok, eu entendo, mas esse não é um problema teu, a família do outro é a sua responsabilidade, não, por mais que você se solidarize, por mais que você tenha empatia, essa responsabilidade não é sua, esse fardo não é seu, e a pessoa teve a chance de aproveitar, porque eu penso assim ó, quando você tem família, quando você tem um filho que precisa do plano de saúde, você trabalha duas vezes mais, você se dedica com muito mais afim, você é o primeiro a chegar e o último a sair, sabe porquê? Porque você sabe que a sua família precisa de você, se essa pessoa negligenciou, por que que é você que vai ter que assumir essa responsabilidade, a carreira é dele, dentro ou fora da empresa onde ele está hoje, dentro ou fora da sua empresa, a carreira é do outro, você sabe o que eu quero falar, é legal falar sobre o que aconteceu, ou não? Durante o desligamento, eu tive um funcionário que ele estava fazendo trabalho externo dentro da empresa, dentro da empresa de escritório, só que foi uma fase que a gente estava assim, então eu de férias, então a gente não acompanhou muito, e quando eu voltei eu soube, puxei nas câmeras, como se vive, era um funcionário que a gente tinha um ótimo relacionamento, confiava-se muito nele, até por isso que ele me entregava as coisas no prazo, então eu nunca desconfiei que estava acontecendo as coisas erradas, alguma coisa estava ali, um problema aqui, mas assim, pontual, afinal Diana é aquela loucura, então todo mundo está ajudando como dava, e durante a nossa conversa, eu falei, eu acabei falando o motivo, e ele pegou, aceitou, assumiu aquilo, foi para a mesa dele, eu assim, nunca tinha passado por isso na minha vida, foi para a mesa dele, e ele resetou o computador, ele fez um backup no computador, apagou tudo, porque tinha coisas lá de clientes dele, e tinha coisas da nossa empresa, então ele não queria que a gente tivesse isso como prova, mas assim, a gente tinha mandado ele embora e não foi nem por justa causa, então não sei se ele ficou com medo de a gente fazer alguma coisa em relação ao processo, mas quando ele voltou lá, ele já sabia que o que ele tinha feito tinha sido muito errado, porque não pode apagar dados da empresa, e ele já chegou assim, super pavãozão, já querendo processar a gente por coisas que assim, não tinha cabimento, e eu meio que me arrependi de falar para ele o motivo, sabe, e eu falei só por conta do relacionamento. Agora eu entendi a sua pergunta, pensa assim, a justiça trabalhista é a mais permissiva com o funcionário do que com o empreendedor, eu falo que a única benevolência que nós temos enquanto empresários junto à justiça trabalhista é o período de experiência para poder desligar o funcionário, agora o que eu sugeriria, eu quero que a Thalita, se ela puder, ela comenta, mas para mim é assim, o momento do desligamento você tem que dar a menor justificativa possível para não caber nem a sede moral, nem processos, etc. Eu não focaria no motivo, mas na causa da demissão, pense, não é o que ele fez, mas é a não entrega dos resultados, então eu focaria assim, fulano, eu estou te desligando por performance, porque você não nos entregou isso, negligenciou com esse trabalho, isso para a gente é muito importante, então neste momento eu opto por desligar você, não focaria, ah, porque eu peguei nas câmeras, porque eu evidenciei que através do seu computador, que você está trabalhando para outra empresa, não, foca na tua empresa e na não entrega das coisas que ele deveria entregar e não entregou. Pense que quando eu estou desligando, eu estou apagando as verbas recisórias e por lei eu não preciso nem justificar, que é o desligamento sem justa causa, eu não preciso justificar nada, porém é justo, é digno que pelo menos uma frase você utilize para que a pessoa não saia dali no vácuo de falar, cara, mas eu não sei, lembrando que o papel do líder é realmente dar o feedback antes e eu já vi, não que eu goste disso, para mim a verdade ela é libertadora, ela é libertadora não só para a pessoa que está sendo desligada, mas um recado para o time, que a empresa trata com verdade e com seriedade, mas eu já vi empresas que justificam em reestruturação todos os desligamentos, olha, o motivo de todos os nossos desligamentos daqui para frente é reestruturação, reestruturação é amplo, pode ser reestruturação porque a vaga acabou, pode ser reestruturação porque você vai mudar a função, é o termo mais abrangente possível, eu Lilian gosto da verdade, se é performance, performance, suponhando que seja comportamental, eu foco só assim, o seu desligamento é por motivos comportamentais, ponto, mas qual é o motivo comportamental, qual é, o que aconteceu, enfim, neste momento não é o momento de justificar, é uma decisão da empresa e eu espero que você entenda, foca na decisão irrevogável, vou dar um exemplo para vocês, essa parte você não bota no ar não, um funcionário nosso teve um caso com uma funcionária no escritório, a esposa descobriu, foi na empresa e deu um barraco na empresa por causa do escândalo, ambos assumiram que era verdade para o RH da empresa, os dois foram desligados, porque é uma premissa da empresa, primeiro porque é uma premissa da empresa que a gente não contrata só parentes, não contrata casal, mas a gente não permite o relacionamento entre funcionários, principalmente na mesma área, a gente até teve casais que se conheceram dentro da empresa e se tornaram casais comunicando a liderança e essas pessoas trocaram de área, elas não respondiam mais umas às outras e respondiam de área diferente, nesse caso era um líder e uma subordinada, nesse momento do desligamento a gente faz o que, porque eu falasse que vocês tiveram um caso, não, por um descumprimento das regras da companhia, eles já sabem, foi um problema, pelos motivos comportamentais a gente vai seguir com o desligamento, então eu, depois está livre se você quiser complementar, mas eu faço da maneira mais simples e menos detalhada possível no momento do desligamento, antes gente, no feedback, muito cuidado com o feedback também, principalmente o feedback formal, quando você documenta, quando você manda e-mail, quando você manda whatsapp, tudo isso é prova diante da justiça, então cuidado com o tratamento, áudios, provas, pense, todos os processos trabalhistas, as provas foram criadas dentro da empresa e normalmente pelo seu líder, essa semana eu chamei a atenção da Aline no grupo, acho que foi ontem né meu amor, por uma situação pontual que aconteceu, que ela colocou no grupo de líderes, num grupo, na verdade, e eu falei com ela, e eu falei, eu vi a boa intenção dela, vou falar, porque eu não queria falar, porque sua subordinada está aí, mas agora você fica aí amor, pense, nós temos um grupo do time, ela foi lá, tirou uma foto das pessoas trabalhando no domingo, colocou no grupo e disse, olha quanta alta performance, a grave, trabalhando no domingo, eu sei o que ela estava fazendo, porque eu faço o povo de escravo aqui não, ela estava num processo para se tornar treinadora e ela veio na empresa, usar a sede da empresa para gravar a palestra dela para o processo seletivo de treinador, só que isso, para quem está mal intencionado, querendo cobrar horas extras, dizer que a empresa obriga a pessoa a trabalhar sábado, domingo, isso é prova, isso é um, isso é doce na boquinha de criança, porque ela pega uma líder da empresa, elogiando a alta performance de alguém que trabalha no domingo, ela não precisa nem provar que ela trabalhou no domingo ou não, que houve pagamento de hora extra ou não, ela vai dizer, está vendo como os funcionários são tratados dentro dessa empresa? Então, a maior provas, o maior contingenciamento de provas que são geradas dentro de uma organização são feitas pela própria empresa, pelos próprios líderes, e às vezes, cheio de boa intenção, boa intenção, para entender? Mais um texto fora do contexto, bora minha advogada. Só para, todo mundo sabe o que é a sem justa causa e a por justa causa, o único problema da justa causa é que nós temos que entender que o ônus é sempre do empregador, então quando a pessoa entra para um processo, o juiz, primeiro que ele até inverte a oitiva da parte, sendo que o processo trabalhista, sempre quem é ouvido primeiro é o reclamante e quando é a justa causa é o empregador, porque se naquele momento ele já não se convencer da verdade que foi falada, ele já reverte a justa causa de automático. Então tem que ser algo muito grave mesmo para não gerar dúvidas, porque se tiver dúvida é igual no criminal, absolve. E aí é o que a Lília já falou, sem justa causa é isso mesmo, ninguém precisa falar o porquê que foi demitido, é questão de dignidade, mas não é obrigatório para estar falando para ninguém, então é só para complementar mesmo. Então se você não demitiu por justa causa a pessoa que fez alguma coisa errada, então por que você vai ficar falando que ela fez tal coisa se você já optou em demitir sem justa causa, que é justamente para você não correr o risco lá na frente de ter um processo trabalhista para pedir a reversão. Pensa assim, esse casal, esse caso que teve na empresa, eu poderia desligar por justa causa, só que isso dá uma trabalheira para a empresa, amiga, para provar, e aí vem a palavra do outro contra a tua, mas não era, agora é assédio moral porque você está dizendo que eu tive um caso que eu não tive e agora você está de alguma maneira detorçando a minha imagem. É tanto trabalho que você fala, manda embora, pagando as ervas recesoras e diz para ele que você está mandando ele embora por um problema de infringir as regras, ponto. Paga o que tem que pagar e fica livre. É a minha opinião, porque dá tanto trabalho provar, eu já aconteci com casos, não na Febracis, mas na Johnson, de a gente pegar gente roubando, literalmente roubando a companhia e a gente não desligar por justa causa, desligar como se fosse um problema comportamental. Quer falar mais, Fladão? Não, não. Total, e amiga, hoje tudo é gravado, antigamente tinha que ter permissão para gravar, hoje em dia toda gravação ela também é prova. Inclusive ele chegou lá gravando. Ele chegou lá gravando. Suponhamos que você se justifique demais, embanane demais no meio do caminho e ele está gravando, você pode produzir prova contra você. Então quanto menos você falar, e porque que é essa técnica de você dizer assim para o outro, eu te entendo, eu te entendo. É para que a outra não veja você como alguém contra ela, você está do mesmo lado, você entende, apesar de ser um momento difícil, eu te entendo. Porque você está dizendo, eu estou do seu lado, não estou contra você, não estou do outro lado da mesa. Por mais que ela se rebele e poderia ficar aqui por horas. E outra, suponhamos que ela ficasse nessa ladainha aqui mais uma hora, ok? Com todas as justificativas que a gente já sabe. Você também não precisa continuar respondendo, sabe o que você pode fazer? Olha, eu te entendo, tudo bem, você não precisa assinar, eu vou assinar junto da minha testemunha, eu vou assinar junto da minha testemunha, eu te entendo que nesse momento talvez você não esteja segura para assinar, mas eu estou assinando diante da minha testemunha e a nossa decisão vai continuar, vai permanecer. E ela vai falar e você vai, ok, eu te entendo, eu te entendo, mas a decisão é revogada. Eu te entendo, mas a decisão é revogada. A decisão já foi tomada, eu te entendo. Aí você fala, Lilian, mas é falsidade você pedir um abraço? Não, pense, se esse foi um comportamento que você sempre teve com seus funcionários, porque eu abraço todos os meus funcionários, o Rei até um dia ficou falando, quanto tempo você demora para abraçar cada um? Conforme favorito. Mas eu abraço, então quer dizer que no dia do desligamento eu não abraço? Para mim é uma comunicação minha, se você nunca abraçou, não vai abraçar só no dia do desligamento, entende isso? Mas é o seu comportamento, se você sempre o cumprimentou dando um aperto de mão, continue assim, mas não é porque está desligando que você vai tratar o outro de uma maneira fria, continue com o mesmo tratamento. Pense que o que há desabona é profissionalmente, não é pessoal, não é nada pessoal. Lilian, uma coisa importante de atentar é assim, as vezes o funcionário que está sendo mandado embora, quando ele é muito antigo, ou então ele tem uma empatia entre o time dele, causa uma comoção no time. Por exemplo, eu tinha uma funcionária lá que todo mundo era apaixonado por ela, mas produzia pouco, não conseguia entregar. Mas o comportamento dela, todo mundo era apaixonado, no dia que ela foi mandada embora, fizeram uma comitiva até a porta, todo mundo junto, levaram ela até a porta e tal, e o clima caiu, a frequência diminuiu, ficou assim um negócio estranho. Então ter essa preocupação em saber conversar com o time, pelo menos foi a decisão que eu tomei, não fui eu que demiti, mas eu sabia que isso ia acontecer. Então ter essa preocupação e não deixar, por quê? Eles vão conversar. Não deixar nem voltar. A empresa injusta, não merecia, e aí começa a contaminar o time, cai a produção de todo mundo e vira um negócio terrível. Então tem essa preocupação. Isso que o Rei está falando, gente, é importantíssimo. Mesmo em grandes empresas, o líder sempre justifica o motivo do desligamento da pessoa para as outras pessoas da empresa. Também tem muito detalhe, ok? Mas ele justifica. Não se finge demência quando se desliga alguém. Ah, desligou alguém da equipe, finge como se aquela pessoa nunca existisse na empresa. Não. Meu time sabe. Toda vez que eu sempre desliguei alguém, eu não sempre reuni com vocês e expliquei o motivo do desligamento? Não dei uma satisfação? E detalhe, sempre a mesma resposta que eu dei para o desligado, eu dei para eles. Muitas vezes, para os líderes, me aprofundando, mas para o time de operações, não tanto, e bola para frente. Ou então para fazer aprendizado, tá? Você já desligou alguém que você quer fazer lição para os outros? Então você desliga e aproveita aquele momento e já diz, olha, na nossa companhia, o nosso olhar para a performance é muito preciso. A gente precisa ser justo com quem performa. Uma coisa importante que eu descobri, eu não sabia, recentemente eu descobri, que não é legal demitir a pessoa na sexta-feira. Essa era a minha pergunta. Disse que na sexta-feira, tem um índice, uma pesquisa aí, não sei se foi americana ou se é brasileira, mas existe um índice de pessoas que se matam no final de semana por causa da sexta-feira, da rejeição, né? Sabia. Então, por exemplo, eu não sabia isso. Então, demitir antes de sexta para a pessoa ficar ali na semana e tal. Uma dúvida que eu tenho, doutora Thalita, eu estou com uma funcionária lá que ela estava em via de ser demitida, ela só não foi por causa de logística de um feriado, era final do ano, e no dia seguinte ela me apresentou que estava grave. Coisa linda. É uma delícia. E essa figura, ela já fazia isso antes e agora ela está exagerando, atestado toda semana, e se recusa a fazer determinado serviço, em subordinação, o que eu tenho que fazer com essa criatura? Manda embora? Manda embora mesmo assim, paga tudo para ela. Não. Pois é, mas como é que... A casidade é cara. Mas o motivo do atestado é que estão sempre pela mesma SID. Então, não estou sentindo bem, não estou sentindo bem, vai no médico. Então, o que acontece? Você tem que olhar desde o período... De 15 dias. De 15 dias, se for sempre pela mesma SID, deu 15 dias... Afasta. Manda pela SS. Mas não é a mesma. Não, é 2, 3 dias. Então, mas 2, 3 dias. Aí daqui, na semana que vem... Mais dois, mais dois. Você está reparando se é o mesmo SID? O código do afastamento? Porque geralmente é, eles não vão... Geralmente é, eu não vou reparar. Não, mas eles não é, eles são espertos. Quando é de má fé, não é o mesmo SID. O bom que eles sabem que eles se afastam. Mas eu queria saber o seguinte, eu posso dar uma advertência, digamos, por... Não pode ir pelo atestado. Não, não, não pode ir pelo atestado. Ela é uma pessoa... Ela é uma pessoa... Ela é uma pessoa... Ela é uma pessoa... Ela é uma pessoa... Ela é uma pessoa... Ela é uma pessoa... Ela é uma pessoa... Ela é uma pessoa... Ela é uma pessoa... Ela é uma pessoa... Ela é uma pessoa... Ela é uma pessoa... 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