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Visão de Jogo - (01-04-2024)

Visão de Jogo - (01-04-2024)

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"Amorim no Liverpool? Não faz sentido em termos de ideia de jogo"

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The Futebol Clube do Porto has lost three out of four games against Estoril this season. There is no clear pattern to explain these results. The Porto team has been struggling defensively and has been conceding many goals. They have difficulty breaking down teams with deep defenses. The referees' decisions in the recent game against Estoril were controversial, but they did not determine the outcome of the match. The VAR protocol should allow for more subjectivity in decision-making. Overall, the Porto team needs to improve their defensive organization and find ways to break down compact defenses. MÚSICA Boa tarde. Estamos em visão de jogo. O Futebol Clube do Porto voltou a perder com o Estoril. Foi a terceira derrota em quatro jogos nesta época frente ao Estoril. Quinta derrota do Futebol Clube do Porto no campeonato. Luís Freitas Lobo, começamos por ti. Onde é que a equipa de Sérgio Conceição está a falhar quando defrontou o Estoril? Ou estes resultados, na tua opinião, são coincidência? Sim, primeiro lugar, boa tarde. Um grande abraço a todos. Cada jogo tem a sua história. É verdade que o Porto também, a meio desses jogos, venceu um, de forma clara, o da Taça. E foi quando mudou até o sistema tático para quatro a Estoril. Normal é o Porto ganhar o Estoril, não é o Estoril ganhar o Porto. O normal seria o contrário. Seria o Estoril ter uma vitória e o Porto ter três vitórias. Sim, certo. O que eu estou a dizer é que não encontro aí um nexo de causalidade que faça que exista pontos de contacto entre os três jogos. Os jogos são diferentes. Reflete mais uma casualidade, eu diria. Embora o problema do Porto e a forma da equipa jogar nesta época, em muitas das situações, tenha levado a estes resultados. E no caso em particular do Estoril, se olharmos os dois jogos do campeonato, vimos um Estoril inteligente na forma como abordou os dois jogos. Eu acho que a questão está muito longe de ser o problema de jogar com o Estoril, porque o Porto tem perdido pontos nesta época com adversários semelhantes. No caso do Vigil Vicente ou no caso do próprio Marouca. Mas, de boa vista, em muitos sítios. Reuava em casa, por exemplo. Reuava. Este Estoril é uma equipa que tem bons jogadores, mas que percebeu que estes bons jogadores têm em cabeça muitos deles noutro sítio. Sobretudo desde a questão do mercado de Janeiro. Os jogadores são jogadores novos, são jogadores que são apetecíveis, são jogadores comerciais, no sentido de serem apetecíveis hoje e até em termos de negócio do futuro. Mas o Vargo de Seabra conseguiu perceber bem o Porto e este Estoril que tem jogado agora é um Estoril diferente daquele Estoril que dava gosto de ver jogado em termos de um modelo de jogo. Agora percebeu o lado mais... Recoláctico. É, e da realidade do competitivo onde está inserida, jogou num bloco mais médio baixo, soube aproveitar os seus momentos de saída rápida e, portanto, tem conseguido assim dar o salto na classificação. Estes seis pontos foram decisivos. Eu acho que o problema do Porto volta a ser, na minha leitura, independentemente do que se tem dito da questão do lugar comum, da eficácia em termos ofensivos, eu acho que o problema tem sido esta época mais na reação à perda de bola, o problema defensivo em que o Porto vai concedendo muito aos adversários. E isso voltou a acontecer neste jogo, seja por erros individuais, seja sobretudo por erros coletivos na zona de pressão que não é bem definida. Acho que os melhores jogos do Porto foram os mais exigentes. Eu sempre disse que o Porto precisava de jogos exigentes. Na altura em que estava naquela crise de resultados, com os empates com o Rioave, com o Ratanaró, com o Inharó, com o Ipato, com o Gil... E tu encontras uma explicação para isso? Porque são jogos que têm um rigor tático superior do ponto de vista de transição e organização defensiva. E viu-se isso nos jogos com o Benfica, viu-se isso nos jogos com o Arsenal, viu-se até nos jogos com o Braga em casa. Foram os grandes jogos do Porto nesta época, os adversários mais fortes. Agora teremos até um jogo com o Sporting. Contra adversários diferentes, o Porto quer assumir a bola, quer assumir o ataque continuado, e a perda da bola apanha a equipa quase sempre desequilibrada do ponto de vista da reação à perda. Também não foi um Porto bem alvalado, por exemplo? Não, esse jogo foi diferente. Esse foi um jogo em que há um grande mérito do Sporting. Mas isso é um jogo em que o Sporting mostrou a personalidade que tinha, que tem, nos outros jogos, aqui no conforto com o grande. E, portanto, eu acho que a questão do Porto-Castoril foi muito semelhante a este tipo de jogos com equipas de nível médio-baixo, mas com potencial individual interessante em algumas posições, e do ponto de vista defensivo voltou a falhar. Eu acho que a questão está aí na quantidade de erros que o Porto voltou a cometer no momento da perda da bola. Jorge Maia, consegues encontrar também uma explicação para aparecer um Porto que golea o Benfica por 5-0, que dá luta a um fantástico arsenal na Liga dos Campeões e que depois não consegue ganhar jogos frente a equipas acessíveis ou teoricamente acessíveis? Sim, boa tarde a todos também. Eu acho que o Porto tem uma dificuldade considerável para lidar com defesas descidas, defesas muito emprestadas à baliza que limitam os espaços. E tem, por outro lado, uma capacidade diferente quando encontra equipas que querem jogar jogo pelo jogo e disputam jogo pelo jogo. E achas que é um Porto que tem mais dificuldade quando defronta equipas que jogam com 3 defesas centrais ou não? Eu acho que nem sequer é preciso jogar com 3 defesas centrais, ou seja, a estrutura da defesa não me parece relevante. Parece-me relevante a ideia de uma equipa que joga com linhas muito recuadas, na defesa da sua baliza. O Porto tem uma dificuldade tremenda em encontrar espaços. Acho que há jogadores que funcionam muito bem contra equipas ambiciosas, que se espalham no campo e que procuram o resultado, tal como o Porto. O Galeano é um exemplo desses. É um jogador que com espaços é um jogador letal, muitas vezes letal. Foi assim na Liga dos Campeões, foi assim também no Clássico, e não é tanto quando não tem espaço. É um jogador que tem muitas dificuldades para decidir bem e para decidir rápido. E isso é uma dificuldade quando tens uma defesa que multiplica os obstáculos na área. E o Porto tem sentido muitas dificuldades para lidar com defesas dessas. Mas um Porto que até pareceu ganhar outra dinâmica a esse nível quando Sérgio Conceição opta por abrir os flancos com a entrada do Francisco Conceição, com o Galeano aberto na esquerda, com o PP a passar para o corredor central, com a entrada também do Nico Gonzalez para fazer dupla com a Alavarela, parecia que o Porto estava a conseguir desbloquear esse lado do jogo que tu dizes que o Porto encrava quando o jogo entra nessa dimensão. E o que é certo é que, por vezes, parece que esse problema está resolvido, mas depois o Porto volta e meia a encravar. Sim, eu acho que como o Luís tinha dito, foi construído que o Sérgio estreou este novo modelo de jogo e com um resultado na altura bastante interessante em que pareceu encontrar, de facto, uma solução para esse tipo de problemas. Eu não sei até que ponto, por exemplo, neste jogo não terá tido influência à paragem o facto dos jogadores terem estado fora, os jogadores que estiveram na seleção brasileira, os jogadores que estiveram na seleção portuguesa. Não faço ideia se também houve algum impacto dessa ausência dos jogadores durante quase duas semanas que chegaram para fazer o jogo construído, mas, de facto, desta vez o Porto não encontrou soluções. Foi notório desde o primeiro momento do jogo que o Porto não encontrava soluções de penetração e, por outro lado, como dizia o Luís, estava quase sempre exposto, cada vez que perdia a bola, estava sempre exposto a ataques muito perigosos. O Porto queixa-se muito da arbitragem do António Nobre e da videoarbitragem do Tiago Martins. Tem razão na tua perspectiva? Essa é uma pergunta delicada. Eu não gosto muito de falar de arbitragem e acho que é uma posição mais ou menos comum aqui. Eu não acho que o Porto tenha razões de queixa de arbitragem, pelo menos não acho que a arbitragem justifique o descontrolo emocional que aconteceu na equipa do Porto durante os minutos finais da partida. E tenho dúvidas se tem mesmo razões de queixa. Aliás, os árbitros da arbitragem dividem-se entre os que consideram que houve mesmo penalti, os que consideram que não houve penalti de todo. Eu diria que se há algum motivo aqui para o Porto sentir algum tipo de revolta, como os jogadores falavam ontem no comunicado conjunto, se houvesse algum motivo para se poder admitir algum tipo de revolta tinha mais a ver com a comparação entre coisas que aconteceram esta jornada noutros campos e coisas que aconteceram neste jogo, em particular, nesse lance. Talvez essa comparação justifique algum tipo de sensação de que há dois pesos e duas medidas, mas não vou mais longe do que isso. Não acho que tenha sido a arbitragem a determinar aquele resultado. Não. Sendo eu um especialista em arbitragem, nenhum de nós aqui no programa é. Considero, no entanto, que aquele lance, que no fundo é o lance mais polémico do histórico do Porto, o lance entre o Mangalá e o Chico Conceição, Francisco Conceição, é de muito difícil análise. Confesso que em lance corrido me pareceu penalti. Depois tentei perceber o que é que o vídeo-árbitro Tiago Martins estava a ver para dizer ao António Nobre, o árbitro de campo, para reverter a decisão, e confesso que comecei a ficar com algumas dúvidas. Agora há uma coisa que tenho a certeza, e aí concordo com o Jorge Meia, é que não me parece um lance claro e óbvio. E o que está escrito no protocolo é que o vídeo-árbitro deve intervir avisando o árbitro do erro em lances claros e óbvios. Luís Freitas Lobo, não sei se tens alguma coisa também a acrescentar e qual é a tua visão, não de jogo, mas de arbitragem, sobre este lance, que é o lance polémico da partida. Sobre este lance, que só me transfere para aquilo que tenho dito várias vezes em relação àquilo que eu acho que é o protocolo do VAR e que devia contemplar a dúvida clara e óbvia para chamar o árbitro. Sendo, no entanto, o que está no protocolado ser o erro claro e óbvio, acho que este caso não é, como tu disseste, um caso de erro claro e óbvio. Na minha opinião, devia prevalecer a decisão do árbitro em campo. E depois também concordo com outra coisa que o Jorge Meia disse, é que apesar daquilo que estamos a dizer, não me parece, e tenho a certeza que não é, motivo suficiente para aquele descontrole emocional da parte dos jogadores do Flóculo. Isso já é outra coisa. Isso já é outra questão. O Flóculo já ultrapassa essa questão técnica ou até a questão da arbitragem em si. Naturalmente que não, que não é. O motivo para não pode ser nada justifica aquelas reações, mas isso já é algo que acontece em todos os campos, como muitas equipas. No Flóculo Porto, no final, Jorge teve ali aquele momento em que os jogadores estavam completamente... Os jogadores, e não só, de cabeça perdida também. A Conceição ainda tentou tirar ali alguns jogadores, embora fosse também dizendo alguma coisa à equipa de arbitragem e depois também o dirigente do Flóculo do Porto, Luís Gonçalves, que acabou até por ser expulso. Sim, houve duas expulsões durante o jogo, depois ainda houve essa já após a final. Houve uma série de questões amarelas e acho que de facto nada justifica o descontrole emocional do Porto naqueles instantes finais. Desde logo, e acho que de forma mais importante, porque esse descontrole emocional só prejudicou o Porto. Primeiro porque impediu de poder disputar até ao fim o jogo com o Estoril, porque apesar de tudo, mesmo com menos um, o Porto tinha condições, provavelmente, para disputar o resultado até ao fim. Pelo menos o empate, tentar o empate. O problema é que depois fica com menos dois. Depois fica com menos dois. Com a expulsão do Francisco Conceição. Podia ter ficado com menos três, mas o árbitro tem expulso também o outro. Exato. Se calhar houve alguns cartões que não se mostraram, outros cartões que se calhar se mostraram a mais. Depois, naquele caos todo que tomou conta do jogo, é difícil fazer essa contabilidade de uma forma certa. Esse descontrole motivado pelo Futebol Clube do Porto ter tido a noção que se despedia ali da possibilidade de lutar talvez até pelo segundo lugar do campeonato? Eu não consigo propriamente perceber exatamente o que é que leva àquela situação. Acho que se calhar sim. Se calhar a ideia de que uma derrota com o Estoril depois dos resultados dos rivais na véspera tornava o objetivo de pelo menos chegar aos lugares da Champions praticamente uma miragem. Talvez seja isso. Não vejo grande explicação para tudo aquilo. Até porque, como digo, acho que, para além de prejudicar a própria equipa naquele jogo, vai prejudicar a equipa nos próximos. Já a seguir vai ter que disputar... Quarta-feira? Não vai poder contar com o Diogo Costa nem com o Francisco Conceição. São dois jogadores que têm sido importantes neste novo desenho do Sérgio Conceição. E depois, logo a seguir, para o campeonato, não pode contar com o Otávio e com o Evan Nilsson, que viram amarelos, e que completaram ali uma série de cinco cartões amarelos e, portanto, também são baixas para os jogos com o Guimarães, que não são jogos fáceis. O Vitória é uma equipa que vai disputar certamente. A hipótese de estarmos a amor não vai disputá-la até o limite. E, ainda por cima, é uma equipa que tem atrasos e resultados muito ameaçadores. Poso a dar a palavra com o Sporting, que criou grandes dificuldades. Vai criar grandes dificuldades ao Porto e o Porto criou novas dificuldades para si próprio ao perder esses jogadores. Já agora, na vossa opinião, naquele lance que motiva depois a expulsão do Diogo Costa, o atraso do Otávio, acham que há ali mais responsabilidade no erro do jogador, no atraso do Otávio, na forma como ele atrasa a bola para o Diogo Costa, ou depois na abordagem que o Diogo Costa tem ao lance? Luís. São os dois. Agora, a origem é o mau atraso do Otávio. A bola vai como se fosse um ananás para os pés do Diogo Costa. Mas, até por isso, o Diogo Costa podia ter resolvido aquilo batendo de primeira, estilo raquete, na bola. Sim, é aquilo que dizia. Acho que a responsabilidade é dos dois, mas o começo do erro na jogada é o atraso da forma que foi feita pelo Otávio. E, depois, o Diogo tentou controlar aquela bola, que era muito difícil, e, descontrolando a recepção, permitiu a intersecção na jogada do Estrela. Sim, o Diogo Costa que tem um jogo de pés muito bom, como todos sabemos, e talvez tenha tido ali, Jorge, excesso de confiança na forma como tentou recepcionar aquela bola, que, como diz o Luís, parecia uma bola de ananás ou de rugby. Sim, precisamente. Se não tivesse tanta confiança no jogo de pés... Batia de primeira para longe. Não tinha uma solução mais fácil para aquele lance do que tentar controlar a bola. É difícil dizer. A verdade é que percebeu-se muito bem na frustração dele logo no momento imediato ao lance e a ter cometido falta. Percebeu-se muito bem que não gostou... Provavelmente não gostou do passe do Otávio e também não gostou da solução que encontrou para ele, que originou aquele lance, que depois daria ao golo do Estrela. É interessante como se tem aqui, agora, jogos de Taça de Portugal e depois o regresso do campeonato com as mesmas equipas, no caso dos Três Grandes e também o Vitória de Guimarães, a jogarem entre si. Temos já um Benfica Sporting amanhã e depois, no fim de semana, no sábado, o Sporting Benfica e, no caso do Porto e do Vitória, a mesma coisa. Na quarta-feira jogam para a Taça de Portugal, só que é a primeira mão das meias finais da Taça de Portugal e, no fim de semana, jogam para o campeonato, no Dragão para o campeonato, e, em Guimarães, para a Taça de Portugal. Jogos para ver com muito interesse, com destaque, claro, para um duplo derby, Luís, que temos aí à porta já amanhã. A segunda mão ficará decidida quem é que vai ao Jamor, se Benfica ou Sporting. O Sporting tem uma vantagem de um gol. Na primeira mão ficou 2-1 em Alvalade e o Benfica vai tentar recuperar dessa desvantagem no Estádio da Luz. Depois, o jogo do campeonato, que eu penso que até podemos considerar, não sei se vocês concordam ou não, nesta fase, a sete jornadas do fim, podemos considerar o jogo do título. Este Sporting-Benfica, próxima jornada. Sim, os jogos, embora sejam as mesmas equipas, acho que podem ser muito diferentes em face das circunstâncias. Uma ocasião o jogo de Taça, embora haja resistência da vantagem do Sporting de um gol, mas o jogo do campeonato, sim. Aliás, já tinha tido aqui a semana passada, a minha leitura é que esse jogo, o Sporting, se não o perder e depois vencer o jogo em atraso que tem com o Fábio Alicão... Fica com o campeonato muito bem encaminhado. Fica. Por aí, portanto... Deixa-me só sublinhar isso que tu dizes. Se não o perder, ou seja, tu consideras que o empate, nesse jogo do campeonato, é um bom resultado para o Sporting? Sim, porque estamos a falar das duas equipas que estão separadas por um ponto, neste momento, no topo do campeonato. Fica uma grande equipa, independentemente das questões que se pode analisar. Não jogar no seu melhor, questões estratégicas, questões de opções, de um bom sistema... Enfim. Mas acho que para o Sporting, este jogo é para manter a vantagem e poder depois aumentá-la com o jogo que tem atraso. Claro, vai querer ganhar o jogo, mas joga com dois resultados, na minha opinião, em relação àquilo que é um campeonato a seis jornadas do fim. Sete para o Sporting com mais um jogo. Para o Sporting, até oito jornadas. Para o Sporting, ainda tem... Sim, tens razão. O Sporting tem... 26 jogos. Sete jornadas, sim. Para o Sporting e para o Famalicão, oito jornadas. E já agora também, estamos a fazer o programa em direto para o Portimonense e para o Sporting Braga, também oito jornadas, porque ainda não jogaram nesta jornada, deste fim de semana, a 27 do campeonato. Concordas com esta ideia, Jorge Maia, do Luís Freitas Lobo, que no jogo do campeonato o Sporting tem dois resultados que lhe interessam? Concordo que tem dois resultados que lhe interessam, sim. Acho que o jogo pode ser o jogo do título. Se o Sporting, de facto, conseguir ganhar ou empatar, imagino que para o Rubem Amorim seja muito importante ganhar, apesar de tudo ainda há uma deslocação ao dragão do Sporting. E... mesmo com os problemas que o Porto tem tido, a verdade é que nos jogos mais difíceis e com adversários mais do seu nível, o Porto tem jogado bem, tem criado problemas e, portanto, imagino que o Rubem Amorim faça muita questão de aumentar a vantagem para um ponto em que se possa sentir, de facto, tranquilo. Ou seja, ficar com quatro pontos de vantagem sobre o Benfica e um jogo a menos. E um jogo a menos. Claramente seria o ideal, mas é de lá para ali. Ganhar é sempre melhor que empatar, portanto, isto é lapaliciano. Aquilo que me parece é que com uma deslocação ainda ao dragão, o Rubem Amorim vai querer muito acumular esses pontos antes dessa deslocação ao dragão. O Sporting está melhor que o Benfica nesta fase? Na vossa opinião? Acho que o Sporting está melhor que o Benfica e o Porto desde o início do campeonato. Não é só nesta fase. Acho que a equipa encontrou um modelo de jogo que já o trazia da época passada e reforçou bem do ponto de vista do meio-campo com o Ilman e do ataque com o Jokers. Acho que a equipa que tem mais certezas em relação às outras, que têm mais dúvidas, falando naturalmente dos três grandes. E nesta altura acho que dentro da dimensão tática que a equipa tem e a capacidade de jogar mais atrás ou mais à frente em relação ao bloco, um 11 perfeitamente rutinado, redimensionado com o Trincão. No momento em que encolheu o Edward, o Trincão cresceu e foi muito importante nesta fase da época. Tem o meio-campo que agora está a encontrar também uma solução alternativa com o Daniel Bragança. O Porto não joga o primeiro jogo. Já está confirmado que não vai jogar para a taça. Veremos se recupera ou não para o campeonato. A partir de assim, para o campeonato, sim. Sim, vamos ver. Mas acho que o Sporting, sim, porque tem mais certezas de jogo. A questão de estar melhor ou estar pior tem muito a ver sempre com aquilo que é saber aquilo que se quer fazer e fazer bem aquilo que se sabe fazer melhor. As equipas raramente conseguem fazer bem aquilo que não sabem. E quando jogam em cima de dúvidas, tornam isso ainda pior. E se mudam várias vezes à procura de uma solução, é a mesma pergunta que dá-me respostas diferentes semana após semana, como tem acontecido algumas vezes em relação ao Benfica. Mesmo não mudando o sistema, as diferenças entre os jogadores são tantas. Quando é jogar o João Mário num flango, quando é jogar o Neres, por exemplo. Isso não cria rotinas na equipa. E há os problemas que já definidos em relação ao meio-campo e à posição daquilo que seria um terceiro médio nas características de jogar entre linhas. O Benfica joga com um segundo avançado e o Rafa passa para um 4-4-2. O Sporting não. O Sporting mantém um sistema perfeitamente adquirido entre meio-campo e ataque e quando mexe, taticamente, mexe a partir dos centrais. Já o referi várias vezes. É raro encontrar-se uma equipa que taticamente mexe na sua forma de jogar a partir dos centrais. E estou a falar na forma de jogar ofensiva, na construção e no início da construção já relaciono com o meio-campo e no meio-campo há umas equipas que ganham a dimensão de poder controlar jogos. Em Sporting, com meio-campo a 2 e sempre um meio-campo controlador, eu acho que o Maurita marca bem os tempos de jogo e o Ulman marca bem os tempos de pressão. O que tem a ver também com a cor da cooperação. E, portanto, eu acho que com o Ulman no último jogo exatamente no sentido de evitar o amarelo, embora ele tenha jogado os últimos minutos frente à estrelada amadora, arriscou isso numa altura em que o jogo tinha crescido a dimensão de bolas divididas estava em 2-1 e ele soube perceber que não podia entrar numa dividida porque a possibilidade de ver um amarelo era enorme e acho que sendo os jogadores perfeitamente encaixados nas suas características sendo encaixados na forma de jogar e naquilo que o jogo pede à medida que vai decorrendo o Sporting é a equipa que tem mais certezas coletivas e individuais. Agora, estes jogos em si fogem muito ao padrão daquilo que é um campeonato e têm sempre uma margem não só emocional, mas estratégica muito específica. Eu espero no sentido daquilo que pode ser o mais provável é ver um Benfica com o bloco mais recuado e ser capaz de defender com mais pernas atrás e explorar saídas rápidas. No jogo do campeonato? Sim, no jogo do campeonato e no jogo da taça também não acho que vai fugir muito porque podes me dizer, ok, o Benfica está perdido e precisa de marcar e a jogar em casa? Sim, é verdade no jogo do campeonato sim, de forma mais clara mas no jogo da taça eu acho que a equipa não se pode desequilibrar no momento da perda da bola, porque acho que o Sporting fere muito e terá que ser uma equipa no sentido de bloco mais coesa e que possa não ter esse dilema estético de baixar um pouco e depois ter essa velocidade de saída com a Di Maria e com o Rafa e sobretudo no nível do passo do João Neves. Portanto, eu acho que nos dois jogos bloco um pouco mais subido ou um pouco mais descido e o Benfica, não quero utilizar o termo de equipa de expectativa mas vai ser uma equipa mais estática nesse sentido estratégico e isso acho que é interessante lançar essa questão porque se há coisa em que o Roger Schmidt tem falhado é na dimensão estratégica dos jogos embora, repara-se, acordaste por exemplo o Joaquim Braga, que foi o 8º que ele jogou num bloco mais baixo e jogou com o Tengstead e ele tentou repetir essa fórmula depois noutros jogos e não conseguiu se pensas por exemplo o jogo do Dragão isto é, ter a equipa mais junta com um ponto de lança não é que seja defensivo mas é um ponto de lança que sabe reagir melhor à perda e para a equipa se juntar eu acho que é esse o Benfica nessa dimensão tática que vai aparecer frente ao suporte nestes dois jogos embora o bloco pode subir ou descer mais em função da tal questão de jogar em casa e ser um jogo de taça mas num jogo de campeonato não tenho dúvidas que vai tentar ganhá-lo sem se expor defensivamente porque há mil e uma formas de ganhar jogos, todas são legítimas e o Benfica ganhar em alvalade assumir o jogo do ponto de vista ofensivo é muito difícil não está a haver assim não, estou a ver a função de assumir o jogo de um ponto de vista de equilíbrio defensivo para depois atacar melhor mas de outra forma, se lhe dar espaço nas costas vai ser uma equipa mortífera Jorge, concordo com aquilo que o Luís disse sobre a equipa do Sporting, que é um Sporting com um estilo de jogo muito consolidado e isso vê-se até quando o Sporting tem uma pequena adversidade como aconteceu agora na Amadora apanhou-se a perder por um zero o Estrela da Amadora conseguiu ficar em vantagem no jogo em vantagem no marcador e o Sporting não tremeu minimamente, continuou a jogar e acabou por dar a volta àquele jogo mais que isso, acho que se vê também na forma como apesar de haver elementos que são claramente os titulares mais óbvios e mais recorrentes sempre que é preciso uma alteração na equipa as alterações normalmente funcionam sempre no Sporting o Daniel Vargas entra e resulta os jogadores, o Nuno Santos às vezes não é titular e quando é titular também resulta é precisamente isso o Sporting tem um estilo e uma tática e o trabalho do Rubem Amorim permite que a equipa funcione e funcione muito bem e nem sequer depende é um bocadinho o triunfo da forma sobre o conteúdo não interessa muito bem, interessa claro que sim mas é um bocadinho menos importante para o Sporting, que os jogadores é que têm disponíveis do que por exemplo para o Porto ou até para o Benfica onde se falharem dois ou três elementos isso pode ser dramático e tem um Paulinho como poucas vezes teve é verdade, o Paulinho cresceu muito com o Djokovic isto também já foi discutido sim, já falámos disso ele cresceu bastante com ele tem muito mais tem muito mais golo do que o que tinha que era uma das críticas que lhe eram feitas recorrentes parece que não tem tanta aquela responsabilidade de ter que ser ele a marcar e isso liberta-o precisamente e o próprio trabalho do Djokovic é muito importante para ele ganhar essa liberdade também portanto acho que sim acho que o Sporting neste momento é uma equipa se quisermos é uma equipa onde o coletivo funciona muito melhor e o Benfica tem individualidades que podem desequilibrar um jogo a qualquer instante vocês pensam que o Roger Schmidt e o Ruben Amorim vão gerir o plantel neste jogo da Taça de Portugal para apresentar depois as melhores versões no jogo do campeonato que como dissemos pode ser o jogo do título Luís começa por ti não, até para a questão, porque não se coloca as coisas dessa forma eu acho que a gestão enfim, estávamos a falar de uma gestão física basicamente e poupar um ou outro jogador para depois no jogo do campeonato ter ali a equipa em pleno porque apesar de todo o campeonato é mais importante que a Taça de Portugal uma gestão tática que pode levar também a questões de proteção física, mas é uma gestão tática porque os dois jogos, como te referi podem ter patamares de abordagem estratégica diferente como te estava a referir em relação ao Benfica, embora no lado macro de olhar para o jogo possa ser semelhante. O Benfica tem mais como mexer naturalmente com o Sporting do que o Sporting. O Sporting não tem muito para alterar há a questão do Danilo, Daniel Bragança no meio campo, mas depois na frente, ainda por cima com a ausência do pote, já não há tanta hipótese de alterar e mesmo o pote baixar para oito portanto, no Sporting a questão volta a referir tem a ver com mexer na defesa, ou melhor nos elementos da linha defensiva quer um dos centrais, quer a questão dos laterais poder jogar o Eugénio Catama ou jogar o Isgaio, poder jogar o Nuno Santos ou o Matheus Reis portanto, o Sporting trabalha taticamente o seu sistema a partir da linha de trás, da linha de cinco os centrais e os laterais, portanto e acho que aí sim pode haver essa gestão tática e também leva a uma gestão física em relação aos dois jogos no Benfica a questão que eu acho que se coloca mais é a questão Florentino perceber se o Benfica vai optar por ter ali um elemento mais defensivo do ponto de vista de equilíbrio no meio campo Não achas que tem que ter? Eu acho que tem que ter, mas não tem necessariamente ter ali um jogador só para essa missão os jogadores dentro de uma equipa grande tem que fazer mais do que uma coisa do ponto de vista de tático tem que dar mais a um jogo eu acho que ele pode ter um equilíbrio, sim mas a saída de bola que dá por exemplo o próprio Coxu ou o João Neves ou até o João Mário por dentro é superior eu acho que essa questão Florentino pode ser colocada mais no campeonato até do que na taça em função daquilo que eu estou a referir que pode ser a abordagem tática do jogo agora eu acho que este é um momento abordado para Schmidt do ponto de vista daquilo que é a dimensão estratégica dos jogadores que tem e de hipóteses que poder utilizar porque os jogadores são diferentes mesmo a questão de Coxu mais subido e jogar Florentino não voltar a utilizar Coxu no mal e tiram-te completamente fora do jogo já sabes que o melhor bem fica tem sempre o João Mário em campo a marcar os tempos de jogo acho que sem esse jogador temporizador que quando tem a bola diz como é que vamos jogar e põe a tal calma tática no jogo a equipa entra depois de uma abertura em transições de fez ataque muito rápidas e perde o equilíbrio quase sempre quando perde a bola nesse sentido eu acho que o jogo do campeonato sim perde Florentino e João Mário o jogo da taça pode ser diferente eu ficaria surpreendido se Florentino não fosse titular nos dois jogos pois eu também ficaria no sentido em que parece que o meio campo de bem fica é um dos setores que está a funcionar no bem fica o João Neves e o Florentino tem funcionado e tem conseguido garantir alguma estabilidade que no resto da equipa eu acho que não se percebe muito bem nomeadamente no ataque onde o Arthur Cabral marca e joga se não marcar se calhar já não joga o Tengsted entra e depois sai e marca quer dizer, aquele ataque é sempre uma incógnita então a questão do ponta de lança é mesmo uma incógnita sim, de repente pode mesmo o Schmidt recuperar a ideia de jogar com o Rafa naquela posição que nunca deu grandes resultados nunca deu grandes resultados mas nesse sentido parece-me que eu também ficaria surpreendido se não visse o Florentino e o João Neves no meio campo e aquela questão da gestão, de poupar alguns jogadores para apresentar a melhor versão no jogo do campeonato quem pensa? não acredito que o bem fica tenha margem para fazer isso no jogo da taça vai jogar em casa está em desvantagem não acredito que possa fazer nenhum tipo de gestão quando é uma competição que está em causa e um título que está em causa em relação ao bem fica não vejo qualquer margem por isso em relação ao Sporting só no sentido em que a vantagem na iluminatória pode permitir um 11 inicial menos ambicioso se quisermos um bocadinho mais conservador e garantir também margem para mexer o bem fica tem um jogador que é um jogador que quando está bem é genial mas aparece muito poucas vezes no jogo ainda agora foi titular no último jogo do bem fica que é David Nettes um jogador que desaparece muito podemos dizer que os gênios não aparecem tantas vezes assim mas convém que apareçam com maior frequência ele nem sequer era um gênio da lâmpada ele aparecia 3 vezes às vezes não aparece uma única vez o gênio da lâmpada não aparece 3 vezes 3 desejos havia uma história muito engraçada alguém fazia um pedido ao gênio da lâmpada ele apareceu nesses 3 desejos e o gênio concedeu 5 desejos e ele dizia não costumam ser 3? costumam ser 3, mas eu vejo-te tão mau dão-te 2 de bónus sim, David Nettes continuo a achar que é um dos grandes talentos que o bem fica tem é um dos grandes jogadores que o bem fica tem e muitas vezes este tipo de pergunta leva-me a questionar mais a capacidade do Roger Schmidt para retirar aquilo que tem dos jogadores propriamente para questionar se o Nettes ele próprio ia aparecer mais vezes a capacidade do Roger Schmidt que o Nettes não tenha as condições para ser o jogador que nós sabemos que é e acho que é por aí uma outra questão que se tem falado muito é da possibilidade do Ruben Amorim e agora virando aqui um bocadinho a agulha mas falando ainda de um dos protagonistas destes derbys o Ruben Amorim na próxima época ser o treinador do Liverpool vocês acreditam de facto nessa possibilidade? a imprensa inglesa tem falado cada vez com mais insistência nisso principalmente desde aquela conferência em que Xabi Alonso disse que não deixava o Bayern Leverkusen e que portanto não admitia a possibilidade nem de Bayern Múnich nem de Liverpool e que na próxima época continuaria como treinador do Bayern Leverkusen e a partir daí alguma imprensa inglesa ou muita da imprensa inglesa tem falado com muita insistência no nome do Ruben Amorim para treinador para substituto do Jurgen Klopp eu acho que o Ruben Amorim é que tem claramente qualidades para treinar o Liverpool e para ter sucesso no Liverpool também acho que é um presente envenenado especialmente agora que ou pode ser um presente envenenado especialmente agora que o Liverpool está na frente do campeonato e que se concretizar essa vantagem com o título suceder a uma equipa campeão um treinador campeão e sendo esse treinador o Jurgen Klopp com a paixão que ele tem a relação que tem com as bancadas em Liverpool pode ser uma herança pesada para perceber que um treinador é quase irresistível o Xabi Alonso consegue resistir mas não sei se o Ruben Amorim consegue resistir por se confirmar de facto essa chamada do Liverpool eu acho que nenhum treinador em Portugal resistia e no mundo até, visto agora esta questão do Sven Dornan Eriksson que está com o problema que todos sabemos e que teve aquele desejo de treinar a equipa do Liverpool e foi concedido mas isso diz bem da dimensão e do sonho que é treinar o Liverpool, que é de facto um clube especial Luís. Sim, sem dúvida o segredo do boot room na sala das botas do vestiário, eu acho que o Xabi Alonso está a gerir bem a carreira dele de facto é a Cinderela da Europa atualmente, ele e a equipa todos o querem e todos gostam da equipa eu acho que ele terá no projeto de carreira chegar ao Real Madrid ou ao Barcelona não me parece que ele quer agora dar um salto para o futebol inglês, ele que já foi um jogador do Liverpool e campeão europeu mas o Ruben Amorim, o canto de Cinderela também não é propriamente aquelas duas irmãs eu não sei, não faço parte desse elenco então também é uma espécie de Cinderela essas questões mais a questão do Ruben Amorim é por ser que as ideias do jogo do Ruben Amorim se adaptam ao Liverpool o Liverpool de Klopp não tem nenhum ponto de contacto com a ideia de jogo do Ruben Amorim portanto, isso não sei se é verdade ou não parece-me que é um nome que está em cima da mesa eventualmente irá ser entrevistado pela direção do administrador do Liverpool porque é assim que funcionam muitas dessas contratações nessa conversa, mas a forma para o conhecer até na liderança e na personalidade as equipas jogam como é que o treinador se comporta e tu não consegues imaginar o Ruben Amorim treinador do Liverpool a jogar de uma forma diferente do Ruben Amorim treinador do Sporting ou seja, que ele tenha essa flexibilidade de apresentar em Anfield Road um futebol diferente daquele que apresenta no Sporting até em termos de sistema tático, de ser uma ideia de jogo diferente acho muito difícil não vejo isso, sinceramente, neste momento previsível não acho que o Ruben Amorim treinador novo, nem 40 anos tem ainda portanto, aquilo que me parece é que ele tem uma ideia muito vincada daquilo que é o jogo e não vai agora mudar o modelo mudar o sistema é uma coisa diferente para uma linha de quatro mas não me parece que isso neste momento, nunca o fez seja a sua ideia e a forma de jogar do Liverpool que eu acho que ainda mais se for campeão este ano como parece que vai ser e quem viu os grandes jogos deste fim de semana frente ao Brighton e viu como o Manchester City teve muitas dificuldades frente a um Arsenal num bloco baixo lá está, como é que o Arsenal jogou 8-9 gilas atrás da linha da bola de uma forma incrível para o 0-0 e o City não encontrou soluções agora a forma de jogar do Liverpool neste momento é fortíssima dentro de um modelo de jogo muito diferente daquele que o Ruben Amorim tem pelo que não faria sentido essa mudança sempre achei que o novo treinador do Liverpool fosse o Gerrard dentro daquele 4-3-3 e eu acho que não seria boa ideia nem para o Liverpool esta contratação, muito sinceramente isto vem de grande valor no Ruben Amorim mas não me parece que nesta altura faça sentido em termos de ideia de jogo do que é este Liverpool quase que antigo o Ruben Amorim tem 39 anos menos de 40 anos só fará 40 anos em janeiro agora ele viu-se na pergunta que lhe fizeram que essa possibilidade existia e falaste disto pode ser mau para a equipa do Sporting nesta reta final da época Jorge Maia, o que é que pensas sobre isso? falaste desta possibilidade da saída do treinador? é um treinador com o peso que o Ruben Amorim e que o Sporting acredita muito nomeadamente o Frederico Varandas ainda na época passada não ficou no quarto lugar e não foi isso que fez com que o Frederico Varandas e toda a estrutura do futebol do Sporting deixasse de acreditar em Ruben Amorim não estou no balneário do Sporting mas aquilo que é a relação que me parece que existe entre o Ruben Amorim e o plantel e até o presidente do Sporting com o Ruben Amorim eu não vejo este tipo de notícias até pelas respostas que o Ruben vai vendo e que são sempre inteligentes e diplomáticas não parece que isto afeta a equipa até porque estas conversas sobre o interesse de clubes estrangeiros em Ruben Amorim já existe há algum tempo e eu nunca vi nenhum sinal de que isto afetasse a equipa no rendimento ou até que afetasse a relação entre o presidente e o treinador portanto não acredito que haja aqui nenhum impacto disto no rendimento nesta etapa final do Sporting E também pensas que para o Liverpool em termos de ideia de jogo daquilo que é a ideia de jogo do Ruben Amorim podia não ser muito boa a ideia contratar o Ruben Amorim? Acho que isto tem razão o Liverpool não joga de todo como joga o Sporting não sei também se o Ruben acredito que o Ruben não é o treinador de um sistema só há de ser um treinador em evolução e que certamente também encontrará outro tipo de soluções para o seu futebol agora de facto olhando para aquilo que é o Sporting e olhando para o que joga o Liverpool não é o mesmo tipo de jogo e de facto seria um desafio pegar uma equipa campeã e jogar daquela forma e queria dar-lhe outro formato outra forma de jogar seria sempre um desafio muito complicado E o Artur Jorge pode hoje no Algarve fazer o último jogo como treinador do Sporting Club Braga e ir para o Botafogo? Pois isto é uma daquelas coisas que vai mudando ao longo do dia já foi praticamente certa a saída E agora já se diz que os dois milhões da final podem não chegar tão rapidamente quanto isso Parece que estará andado para trás e que o António Salvador terá fechado a porta pelo menos neste momento para a saída Eu confesso que quando estávamos a entrar para o estúdio estava a ler as últimas informações não conseguia ler até ao fim A ideia com que fiquei foi essa que António Salvador não teria ficado satisfeito nem com a perda do treinador agora nem com a dificuldade que está a ter para garantir um sucessor imediatamente Que seria o Daniel Sousa, não é? A partida, o preferido Curiosamente na próxima jornada já no próximo Forte Semana temos Braga e Arouca Sim, vão-se defrontar, também é uma situação desconfortável Mas creio que a situação neste momento pelas últimas informações que tive acesso antes de entrarmos para o estúdio estaria nesse ponto em que o António Salvador afinal não autoriza a saída do Horto Jorge ou que terá pedido mais dinheiro ao Botafogo para permitir a saída do Horto Jorge Luís, qual é a tua leitura sobre esta novela mais recente que pode terminar com a saída do Horto Jorge do Braga e a ida para os brasileiros do Botafogo Eu penso que é evidente já ficou notório nos últimos meses que o António Salvador quer mudar de treinador no final da época Ou seja, podia até resolver aqui um problema o Botafogo resolver aqui um problema o António Salvador que ainda ganhava dinheiro ainda encaixava dinheiro saindo do treinador ficava sem treinador agora para esta reta final da época Mas podia isto resolver aqui um problema o António Salvador? Estando o Braga num quarto lugar como se fosse uma ilha, isto é seguro em relação ao quinto lugar e já com muitas dificuldades de chegar ao terceiro sim, resolvia-lhe esse problema agora Seguro relativamente ao quinto? Estou-te a dizer, se estivesse numa ilha do quarto lugar em que estivesse seguro em relação ao quinto lugar e mesmo distante do terceiro sim que lhe resolvia esse problema no sentido até de ser um treinador à casa A questão é que o Braga ainda pode olhar para cima mas também tem que olhar para baixo Eu acho que os resultados deste fim de semana e vamos ver o resultado do Braga em Portimão podem colocar o Braga a dois pontos do terceiro lugar e que nesta alternou mudança de treinador não era aconselhável e portanto eu acho que as coisas no futebol mudam muito de pressa para o presidente do Braga nesta altura o Braga não precisa de dinheiro desta forma nupcial de vender, o Braga é um clube que gera muito bem os seus orçamentos e as suas vendas e nesse sentido o presidente do Braga é dos presidentes que negocia melhor dentro do futebol português não é o melhor e tem margem para isso e portanto eu acho que vai querer ficar com o treinador até o final da época e tentar atacar o terceiro lugar e só depois resolver o problema em relação à próxima época se a volta a fogo vai esparar ou não penso que não, vai querer já ter um treinador já para o início do Brasileirão mas para o Salvador e para o Braga neste momento o ponto de vista desportivo, a prioridade é manter o Artur Jorge para ficar em terceiro lugar Para além do Daniel Sousa que é o nome mais falado se o Artur Jorge sair do Sporting Club Braga aparece também o nome do Sérgio Paunovic ele que foi técnico do Chivas do México, conhece este treinador as capacidades que tem Luís? Conheço desde o Mundial Sub-20 daquela bela seleção da Sérvia que chegou Também foi campeão da Europa, tudo de novo Sim, mas lembro-me mais acho que é o Mundial da Nova Zelândia que ele foi campeão com o Brekal, com o Extremos com uma equipa muito ofensiva do ponto de vista da utilização das faixas não sei qual é o empresário que o traz porque não é evidente que o Braga se lembre dele isso tem empresários por trás não sei se é promoção ou se é verdade no sentido de que muitas vezes este treinador quer vir para a Europa e ser colocado no mercado e no Braga que já é um clube que está desigualizado a notícia sai em todo o lado Há uma coisa que o favorece que é a questão de apostar muito em jogadores jovens Isso sinceramente favorece no sentido de ele apostar nos jovens com qualidade apostar em jovens para ajudar dois minutos enfim, acho que a questão de apostar em jovens é sempre relativa eu gosto de treinadores que apostam em bons jogadores que sabem avaliar bem os jogadores para mim podem ter 30 ou 19 o que eu acho é que se foge completamente à lógica daquilo que tem sido as contratações do Braga para treinador o Braga tem valorizado o Braga vai sempre procurar o treinador que está em destaque no campeonato que vai ter essa qualidade e tampouco contrata como o deixa cair o Braga teve ali por exemplo o Bruno Pinheiro no Estoril estava em destaque ele estava já apontado para treinador do Braga a meia época e deixou de ser o Daniel Souza tem um trajeto ainda muito curto para ser treinador do Braga mas a forma como joga o Oroca pode já cativar o presidente do Braga agora neste momento não me parece que seja que seja tema que deva ser tema para o Braga falar no treinador o Braga tem um campeonato para jogar ainda e as hipóteses chegaram no terceiro lugar e tem que segurar o quinto também porque não há confrontos diretos com Vitória e nesse sentido todo este ruído à volta do Artur Jorge é completamente despropositado Nós temos um minuto e meio para o final do programa e vamos ter uma pincelada rápida da desilusão que foi o jogo da seleção na Eslovénia depois daquele jogo muito bom em Guimarães frente à Suécia O que é que ocorreu mal? O que ocorreu mal é uma coisa muito evidente a mudança total de um sistema alteração do princípio de jogo de jogadores fora de posição e portanto como eu referi no comentário indireto enfiar a equipa de cabeça dentro de um tubo de ensaio ela ficou de pernas para o ar basicamente foi isso que aconteceu e a Eslovénia soube parar e de repente viu que até que podia ganhar o jogo em face da forma desequilibrada posicionalmente como Portugal estava acho que não fez sentido nenhum esta experiência de laboratorial do Roberto Mardinas meteu a equipa num beco sem saída quando devia sobretudo trabalhar já os princípios e as rotinas que temos temos feito um grande jogo contra a Suécia, porque é que de repente é que de repente e fazer aqui uma experiência em que os jogadores entraram num território estranho sentiram-se estranhos e perderam de forma clara A questão esta é que Portugal temos pouquíssimo tempo, mas Portugal vinha de um jogo muito bom frente à Suécia e de repente voltaram muitas dúvidas e muitos fantasmas Sim, aliás ainda na semana passada estávamos aqui a dizer quantas equipas era possível fazer, quantos onzes fortes era possível fazer com os jogadores a disposição do Roberto Mardinas e depois chegamos à conclusão que se calhar é só um mesmo acho que também é um exagero se calhar não foi assim tão mal tão mal foi não é tão definitivo que sirva para traçar uma sentença terrível para a seleção é fácil de resolver, o jogo com a Slovenia é relativamente fácil de resolver é só fazer o que estava a fazer Mas dá vontade de voltar três dias atrás Voltaremos a esse tema, teremos oportunidade porque vem aí mais jogos da seleção nacional por hoje, o Visão do Jogo fica por aqui, vamos sair daqui a pouco estaremos também com o especial para acompanharmos o Porto Imonense Sporting de Braga, mas o Visão do Jogo fica então por aqui voltaremos na próxima segunda-feira para mais um Visão do Jogo, você já sabe não chega a olhar para o jogo, é fundamental ver o jogo um abraço e até para a semana

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