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"É legítimo que Villas-Boas opte por Vítor Bruno. Parece-me uma boa escolha"
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"É legítimo que Villas-Boas opte por Vítor Bruno. Parece-me uma boa escolha"
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"É legítimo que Villas-Boas opte por Vítor Bruno. Parece-me uma boa escolha"
. Muito boa tarde, bem-vindos à semana fotovolística em análise, como sempre, à segunda-feira, com Jorge Maia, o diretor do jornal O Jogo, Luís Freitas Lobo, comentador da TSF. E, antes de começarmos aqui a detalhar os temas que temos para o Visão de Jogo, nesta segunda-feira, fica um abraço para o João Ricardo Pautaro e também os votos que a nova aventura profissional corra pelo melhor. Dito isto, mãos à obra, que foi o que disse André Villas-Boas assim que tomou posse como o presidente da SESAD, sendo que André Villas-Boas e a Jorge Maia, boa tarde, terá sido surpreendido com tanto rebuliço à volta deste problema Sérgio Conceição, os adjuntos, tudo aquilo que se falou, sendo que, para já, é o próprio André Villas-Boas e também Sérgio Conceição que não têm qualquer declaração em relação a toda esta confusão aqui gerada quanto à equipa técnica do Futebol Clube do Porto. Sim, surpreendido exatamente, não sei se ficou. Já conhecia o contrato que tinha sido assinado por Sérgio Conceição a dois dias das eleições. Era um contrato complicado, unilateral, que só defendia basicamente o lado do Sérgio Conceição e era um contrato que era complicado de proteger o Porto ou não protegia todo o Futebol Clube do Porto numa decisão de uma eventual troca de treinador. Nesse aspecto acho que não ficou surpreendido. Os desenvolvimentos ao longo da última semana foram de facto algo mais surpreendentes. Desde logo quando se tornou mais ou menos claro que a opção ou uma das opções para o lugar de treinador do Porto para substituir o Sérgio Conceição era o Vitor Bruno. E ficou certamente surpreendido, isso sim, com as declarações que surgiram depois de elementos da referente equipa técnica, declarações algo violentas em relação a Vitor Bruno. Acredito que terá ficado surpreendido por isso. Por isso mesmo é que também anunciou a possibilidade ou o estudo de eventuais procedimentos disciplinares em relação a esses elementos que ainda são funcionários do Porto. E agora está toda a gente à espera do resultado de uma reunião entre advogados do Porto e do Sérgio Conceição para perceber se há alguma hipótese de uma saída limpa ou pelo menos tão limpa quanto pode ser já depois desta semana e destas confusões de que falamos. Luís, conseguiste já encaixar todas as peças deste puzzle que se foram desintegrando na última semana? Difícil, mas em primeiro lugar, boa tarde, um grande abraço a todos. Difícil porque faltam-nos evidentemente dados que naturalmente, só internamente, serão conhecidos de forma mais específica quer em relação a como todo o processo foi conduzido, sobretudo no pós-eleições, e as posições que foram sendo tomadas por todas as partes. E quando falo em todas as partes não é só o Porto e o Sérgio, também é o próprio Vítor Bruno, e o timing em que isso foi feito, quer em relação ao fogo do Porto, quer em relação também depois daquilo que me parece existir também aqui, é uma questão pessoal, entre o Sérgio e o Vítor, ambos ainda não falaram sobre isso de forma clara, mas falaram, como dizia o Jorge, os elementos da equipa técnica e até a família do Sérgio, que manifestou de facto essa animosidade em relação ao Vítor Bruno. Portanto, em relação a isso, não me posso pronunciar naturalmente, porque não sei de forma alguma os timings em que as coisas foram feitas, porque é perfeitamente legítimo que o André Velas Boas olhe para aquilo que é a possibilidade do novo treinador para o Porto e escolha o Vítor Bruno. E penso que é uma boa escolha, diga-se já agora, não de passagem, mas de forma clara. Agora, aquilo que se coloca é que existe um contrato, e este é um contrato que foi feito de uma forma que se percebeu que não é da forma mais natural, um contrato a dois dias das eleições, em que todos nós o interpretamos como, sobretudo, uma manifestação de apoio por parte do treinador do Porto, o Sérgio Conceição Pinto Costa. Algo que já tinha sido, para mim, até aqui eu elogiei a sua forma de estar e de ser, e de não ter receio de aparecer quando foi a apresentação da candidatura do anterior presidente. Agora, outra coisa é fazer um contrato. Fazemos um contrato e isso já vincula o Porto. Não vincula um apoio a um candidato, vincula um clube, independentemente de quem for o presidente. E o presidente agora é outro, é o André Velas Boas. O Sérgio já disse que a primeira coisa que ele disse, aliás, depois da taça, é que não seria nunca problema e que iria embora sem querer um céntimo. Foi o que ele disse, o que penso que lhe fica bem em relação àquilo que nós estávamos a entender desse contrato. O que se passou depois e a questão pessoal que parece-me que ele não gostou de ver se tratada daquela forma, o convite que foi feito ao Vitor Bruno e se o Vitor Bruno lhe comunicou ou não, são os tais dados que me encaixaram das peças que me parecem importantes para este momento de reação do Sérgio Conceição. E, portanto, também é que me parece um pouco abusivo ou bastante abusivo ouvir um treinador dizer que quem vai decidir o meu futuro sou eu. Portanto, quem tem que decidir o futuro de um treinador não é o próprio treinador, é o clube em relação a esse treinador, ou quanto muito os dois juntos, em função de haver um contrato. Portanto, não se pode pôr acima do clube, Sérgio, qualquer treinador em qualquer clube do mundo. E, portanto, nesse momento penso que aí já se percebeu que as coisas podiam ir em rota de colisão e foi o que aconteceu. Que isso impeça que as pessoas se sentem à mesa e falem uma com a outra causa-me alguma impressão. É o que está a acontecer. Pelo menos pelas notícias que tenho. Porque independentemente da diferença de opiniões, do desacordo, até daquilo que há, às vezes, o exacerbar de posições em relação de uma parte à outra, se enfrentam-se, dialogam, podem não chegar a acordo e, se chegarem a uma zona mesmo de litígio, as vias próprias existem. As coisas estão a ser tratadas, pelo que sei, por advogados, pelas notícias que temos, o que demonstra que existe mais esse afastamento e isso causa-me um pouco de impressão, porque estamos a falar de duas pessoas, neste caso o Presidente e o Sérgio, o Presidente André Velas Boas, que são, além de profissionais, Presidente e Treinador, também grandes esportistas, dentro daquilo que é a dedicação, o amor e o estar do clube. Isso tem que estar acima, às vezes, daquilo que é, na minha opinião, alguns orgulhos pessoais de como as coisas foram feitas. Isso não está a ser preservado. O maior prejudicado, neste momento, é o timing de reparação da época do Porto, porque as coisas passam muito depressa e penso que a situação tem que ser resolvida rapidamente em função disso. Não sei exatamente qual é a posição, porque já não foi expressa, que é aquela que me interessa mais perceber neste momento, que é do lado do Porto, do André Velas Boas, em relação a tudo isto. Porque ele tinha dito que o treinador dele também gostava que o treinador fosse o Sérgio. O André Velas Boas disse isto. Sim, disse que tinha o perfil, não disse necessariamente que era o treinador dele. Sim, mas chegou a dizer que achava estranho nunca terem renovado com ele, que já deviam ter renovado. Eu acho que demonstra que sim, que queria o treinador, embora pudesse depois entender que já se calhar não era a melhor ideia, por outras razões, mas nunca deu o final de não querer o treinador durante a campanha. Mas parece-me muito claro que a escolha está feita. A Georgie será Vitor Bruno. Parece-me que tudo aponta nesse sentido, sim. Parece-me que tudo aponta no sentido que Vitor Bruno seja a escolha de André Velas Boas para substituir o Sérgio Conceição. De resto, toda esta confusão que se gerou ao longo da semana que passou prejudica essencialmente o Vitor Bruno, para além de prejudicar, como é óbvio, o Futebol Clube de Porto. E prejudica-o de várias formas, desde logo na relação que poderá ter, ou na reação que poderá ter numa parte dos adeptos do Futebol Clube de Porto. Ainda muito emocionalmente ligados ao Sérgio Conceição. Muitos deles também emocionalmente ligados a Pinta Costa. Mas eu acho que o Sérgio Conceição tinha uma relação com as bancadas muito especial. A sensação, ou a saída do Sérgio, com a sensação de que, ou com a afirmação de que houve uma traição, é logo um problema extra que o Vitor Bruno, a ser o treinador de Portos, pensava. Esse cenário, Jorge, certamente também passou pela cabeça de André Villasburgo. Eu acho que passará agora, não terá passado propriamente na altura de um eventual convite, porque acho que, sinceramente, toda esta turbulência não creio que fizesse parte do plano. Esta turbulência, estas afirmações, seja da família do Sérgio Conceição, seja dos adjuntos da restante equipa técnica, esta parte acho que não fazia parte do plano. Há aqui um desgaste imediato de imagem do Vitor Bruno. Quem o conhece melhor tem dificuldade em acreditar que houve ou que pode ter havido algum tipo de deslealdade. Acho muito difícil acreditar nisso, para quem o conhece. Algum tipo de traição, como falaram algumas das pessoas que tiveram afirmações ao longo desta semana. Custa muito encaixar na personalidade do Vitor Bruno algo desse género. E depois acho que também há outras questões, questões que são prementes nesta altura. Desde logo a constituição de plantel, a ligação que alguns jogadores têm ao antigo treinador. Ainda agora vários foram embora de férias e manifestaram essa forte ligação ao Sérgio Conceição. Há um jogador em particular, o Francisco Conceição, é o pai. Todas estas situações que creio que não estariam propriamente no plano de André Vilas Boas, que houvesse esta turbulência, esta animosidade e que pode de facto ter influência naquilo que é a montagem da equipa e a relação do novo treinador com os jogadores. Luís, este era um processo prioritário, delicado também para André Vilas Boas, que está aqui a começar um bocadinho mal, digamos assim, a criar todo este larizo à volta de um tema que seria importante resolver. Sim, é verdade. Como é evidente, as coisas poderiam ser feitas e deveriam ter sido feitas de outra forma, a este ponto. Mas volto a referir aquilo que é completamente atípico, é a realização de um contrato de quatro épocas, dois dias antes de umas eleições, com valores avultadíssimos. Já se utilizou mesmo a palavra unilateral, porque exatamente protege-se uma das partes, verdadeiramente, e que foi feita num quadro, claro, eu diria quase superior eleitoral. É mesmo assim. A partir daí, que isso fosse uma pedra para agarrar um treinador com o perfil e o caráter de concessão ao Porto, acima dos valores que têm que estar, que eu acho que são a defesa do Porto, por mais que o Sérgio possa se sentir traído e sem ter nem o mínimo conhecimento do processo, parece-me que não deveria ser assim, porque há outros valores que são mais altos. Deixa-me dizer também, que é em relação ao Vitor Bruno, eu não sei se esse contrato, pelo que sei, pelo menos pelo que foi dado a conhecer, não envolvia a equipa técnica, os adjuntos, o que desde logo desvincula os adjuntos dessa questão. Sim, o DMLE, em declarações, por exemplo, a TSF explicou esse processo já em anteriores declarações, o DMLE. Portanto, era normal este tipo de procedimento, que o Sérgio Conceição assinava o contrato e depois discutia, a posterior, a questão dos adjuntos. Nunca houve por aí problema, mas era esse o procedimento normal. Acredito que seja um procedimento normal, mas aquela não foi uma renovação normal, nem num tempo normal. Esse é que eu acho que é o problema. E a partir do momento em que pode ter existido esse convite do Vítor Bruno, ou essa sondagem do André Villas-Boas relacionada ao Vítor Bruno, quem gera os timings de comunicação, os timings daquilo que, de forma correta ou errada, atenção, é o próprio Vítor Bruno. Portanto, custa muito acreditar, colocar na mesma frase o nome do Vítor Bruno e a palavra traição. Não é coisa que me atreva a fazer de forma alguma, pelo que conheço dele, que não é muito agora, mas é, talvez, bastante. Até devido à ligação familiar, da amizade com o Vítor Manuel, com o seu pai. E de conhecer o Vítor desde miúdo. O Vítor não fez outra coisa que eu não conheço, que eu não saiba, do que ver futebol. Portanto, desde os tempos em que o Vítor treinava o Braga, constantemente levava o Vítor Bruno sempre a ver os jogos todos, desde miúdo. Portanto, custa muito acreditar que, com os valores, a ética e os princípios de vida que foram transmitidos ao Vítor Bruno, possam alguma vez serem capazes de serem julgados e atribuídos com palavras como traição. Pode haver, naturalmente, uma decisão num timing que não tenha agradado ao Sérgio de Conceição, mas a questão que se coloca é que há, antes disso, um lado profissional e também olhar aquilo que é muito o percurso dos treinadores e do que é o mercado e como ele funciona. O André Velasboros também, quando seu treinador do Porto, o convidado imediato, quando o presidente Pinto Costa percebeu que o André já estava a passar tempo demais, fim de semana demais em Londres, foi convidado o Vítor Pereira, antes até de saber exatamente que as coisas iam-se desenrolar desta forma. É verdade que as pessoas podem não ter feito a melhor forma, mas de todos os lados podem não estar isentos de culpas e, portanto, eu acho que deveriam assumir cada um aquilo que não fez de melhor sobre o temporal, daquilo que é o mais importante, que é o que ele falou com o Deporto. E atendendo também à próxima temporada, Jorge, tudo isto resulta, digamos assim, o Porto a perder tempo para acertar a próxima temporada? Essa é outra questão que certamente também os adeptos quereram ver resolvida, este assunto treinador para passar à próxima fase. Claramente o Porto está a perder tempo até porque os principais rivais não perderam tempo e já definiram as respectivas equipas técnicas. Realmente já se fala de forma muito clara de reforços para a Benfica e o Sporting. O Braga também já definiu o treinador, também já está ativo no mercado. É evidente que o mercado dura muito tempo e ainda há algum tempo para se poderem fazer alterações nos plantéis, mas há um atraso evidente do futebol que o Porto neste mercado de verão, neste arranque da próxima época, com esta questão do treinador que não se define. E não se define nenhum do treinador, é muito difícil definir o que vai ser o plantel, que opções vão ser tomadas para o plantel, como é que se vai reforçar, acrescentando a isso o facto de que o Porto não está numa situação financeira particularmente saudável e, portanto, ter de buscar soluções se calhar mais criativas do que pura e simplesmente fazer compras com dinheiro que provavelmente não têm. Provavelmente será preciso vender primeiro, será preciso procurar empréstimos junto de clubes que tenham jogadores excedentários. Terá de ser uma coisa mais criativa. Tudo isso continua dependente do treinador. É um problema em cima de um problema. É importante que toda esta situação fragilize um pouco a entrada de Vítor Bruno como treinador do Porto. É verdade. Naturalmente que nada disto lhe dá força, mas a maior força que ele tem, isso não tenho dúvidas nenhumas, é a interior e a convicção da sua competência. E quem não consegue estar no futebol vivendo sob pressão não pode estar no futebol. Está aqui um bom teste, sem dúvida nenhuma. Ninguém consegue entrar fraco e depois achar que vai ganhar força com o decorrer do tempo. Não, é forte. Estou à espera que ele também tenha uma manifestação de força, pronunciar-se sobre tudo isto no momento certo. E acredito que nesse momento iremos perceber que Vítor Bruno, independentemente de ter feito coisas que poderia ter feito de forma diferente, como todos nós na vida, é alguém que sabe lidar com a pressão e que poderá ultrapassar esta questão toda que está a ser, não digo construída, irguida de uma forma que me parece que há demasiados egos aqui, demasiado crescidos. O Porto está muito, muito acima de um treinador, seja ele qual for. Está mesmo acima de José Maria Pedroto, terá que estar também acima de Sérgio Conceição. Para fecharmos este dossiê futebol do Porto, na vossa opinião, e Sérgio Conceição? Em relação ao futuro, como fica, Jorge? Sérgio Conceição é um treinador com mercado, acredito. Fala-se muito do interesse de Marçalha, tem-se falado com insistência. Hoje voltou-se a falar na imprensa francesa com a insistência do interesse de Marçalha. É uma das hipóteses. Acredito que Sérgio Conceição não vai ficar parado muito tempo, certamente, depois de desvinculado o Porto. E também a tua opinião, a tua ideia, Luís? Sim, é evidente que vão aparecer clubes. Agora, se vai aparecer o clube com a tal dimensão que acho que a carreira do Sérgio, nesta altura, poderia justificar e ele merecer, já não é fácil. Porque estas coisas são preparadas com tempo. Sabemos bem como isto funciona, além da competência, das influências, e aquilo que é o futebol dos empresários, para perceber exatamente um mercado, em uma terra tal como a Espanha e a Alemanha. E, nesse sentido, sendo o Sérgio mais vocacionado, até pela sua carreira para o futebol italiano, era aí que eu via, de forma mais natural, do que entrar num clube tão complicado como o Marçalha, que não lhe garante grande estabilidade até para colocar em prática um projeto, uma ideia, e por cima num campeonato que é dominado por uma bomba atual como o PSG. Portanto, não me parecia que fosse uma opção. Aliás, o Sérgio já teve um campeonato francês no Nantes, onde fez um bom trabalho, mas num nível diferente ainda. Portanto, vamos ver. Agora, os timings, naturalmente, vão-se encurtando para encontrar essa opção. Mas sabemos bem que... Acho que é das apiadoras, acho que é a pior das frases, aquela frase que se diz que o cavalo de poder só passa a nossa porta duas vezes, só que na segunda já vem montado. Acho que é a pior das frases. Acho que passa várias vezes, só que não passa da mesma forma, nem é o mesmo cavalo. É mais essa. Eu, quando vejo o Mourinho optar agora por ir para o Fenerbahçe, sinto alguma perturbação, sinceramente, naquilo que é o Mourinho não ter encontrado um espaço dentro das quatro grandes ligas. Acaba por ser tudo muito estranho. Acaba. É evidente que é um contrato faraónico, também é uma bomba atómica dentro do campeonato turco, da liga turca e do que é a Turquia atualmente, no cenário do futebol internacional, mas custa-me muito ver o Mourinho, aos 61 anos, não ter espaço para um grande clube dentro das quatro grandes ligas. Pelo que eu te digo, os cavalos vão mudando, a passagem do tempo, passam pela nossa porta. E o cavalo que tem que passar agora pela porta do Sérgio Conceição não pode ser o cavalo de um arcelho, na minha opinião. Tem que ser o tipo de cavalo. Em relação ao Mourinho já é uma questão diferente. Já estou a fugir aqui um pouco à tua questão. Vamos abrir aqui espaço de discussão para o Sporting, que acaba de assegurar a contratação de um guarda-redes, o Bosnia-Herzegovina e o Vladan Kovacevic. Era fundamental também para o Sporting, mais uma vez, tal como o ano passado está a trabalhar bem no mercado. Mantendo aqui a expectativa, e o mercado é muito grande e não vale a pena, porque vão surgindo diariamente, e surge novamente o nome de Ócares apontado a outro clube. Há uma reação do próprio jogador, a publicação e tudo isso levanta muitas questões, mas vamos ter esta novela, digamos assim, por ainda muito tempo. Mas há aqui esta certeza, Kovacevic, este gigante bosnio. Era preciso um guarda-redes para o Sporting? Era preciso um guarda-redes para o Sporting. O Adan está de fora, saiu. Franco Israel foi uma solução, eu acredito que foi uma solução de recurso, do Adan se ter lesionado, mas também ter feito algumas exibições que não foram tão afirmativas como isso. Acho que era claramente o elo mais fraco da equipa campeã nacional, era a baliza. E a contratação do Kovacevic parece-me que vem mudar esse paradigma. Um excelente guarda-redes, como disseste, um gigante. Acho que é claramente o titular da próxima temporada será ele e acho que é uma forma de atuar no mercado muito mais meticulosa, voltada para aquilo que são as necessidades claras da equipa. Detectar essas necessidades, procurar as soluções exatas para essas necessidades. O Sporting tem feito isso muito bem, fez muito bem o ano passado. Está a começar a fazer muito bem, parece-me, a partir deste ano. Claro que, como dizia, também falta muito mercado. O Sporting, como todos os clubes portugueses, é um clube vendedor. Ainda há pouco estávamos a ver que o Gonçalo Inácio está na lista do Manchester United, salvo eu. E, portanto, algumas coisas vão acontecer ainda ao plantel do Sporting, em termos de saídas, que provavelmente vão justificar outro tipo de intervenção. Mas aquilo que o Sporting nos tem habituado nos últimos anos é precisamente essa capacidade para detectar onde estão os problemas e encontrar soluções para esses problemas sem se dispersar muito no mercado ou à procura de soluções que não interessam ao treinador ou a multiplicar soluções que não fazem parte daquilo que é o plano estratégico traçado para a equipa. Os problemas do Sporting e um dos problemas, Luís, aqui é a questão do guarda-redes, como estava com a contratação do Kovácevic. Parece que tem um guarda-redes interessante, uma boa contratação. Sim, parece, e é sobretudo algo que o departamento do Scouting do Sporting já conseguiu nos últimos tempos, é deixar os seus adeptos descansados, porque o Sporting antes tinha contratações duvidosas, não é preciso andar muito para trás para lembrar o tempo dos Eze, do Balassi, dos jogadores que eram contratados de forma até um pouco enigmática. Mesmo quando foi a contratação do Adam foi numa altura difícil de entender e também reconheço que naquela altura tive algumas dúvidas porque era uma altura em que, depois de ser do Rui Patrício, o otomíodo, o Max, estava sem pôr bem, estava a mostrar qualidades, mas percebia-se que tinha algumas coisas ainda para trabalhar naturalmente, mas esse potencial, e o Adam era um guarda-redes que vinha já um bocado machucado, digamos assim, e machucado de algumas exibições no futebol espanhol. E acho, no entanto, que foi decisivo para o primeiro título do Sporting e salvou o Sporting muitas vezes. Agora, percebesse que o ciclo de Eze tinha terminado e a partir daí ao departamento do Scouting do Sporting, portanto podia buscar um guarda-redes fora do óbvio. Como disse em relação ao Jokers, o grande segredo do bom Scouting é ver além do óbvio, porque os grandes guarda-redes e os grandes jogadores estão à vista de todos. Agora, ir buscar mercados ditos periféricos, grandes valores, tendo qualidade mesmo, se gasta um pouco mais de dinheiro, mas sabendo que é a aposta certa, contratar poucos, mas bons, e depois tentar encontrar uma peça ou outra que dê mais certo, acho que há essa vantagem, há essa margem para acreditar no Scouting do Sporting na aposta de guarda-redes, que sinceramente não estou a dizer que o conheça muito bem. Também a avaliação de um guarda-redes é uma coisa que acho que é muito técnica e específica, que foge a uma análise lateral-direita. A um guarda-redes é mesmo preciso. Acho que é uma coisa muito importante no futebol a especialização do treino do guarda-redes, para explicar todos os posicionamentos em todas as áreas, em todas as zonas 1, 2, zona 1, zona 2 do guarda-redes. Tudo isso está muito bem definido hoje em dia, então nas bolas paradas, e portanto se o Sporting faz essa avaliação acredito que vai com competência. O Sporting, de forma cirúrgica, é essa a vossa ideia, vai preparando também já a próxima temporada. Parece tudo muito tranquilo. Calma, três mais uma calma. É isso que falávamos há pouco. Mas em termos de alvos identificados. Estando à espera, por exemplo, não será surpreendente para a estrutura do Sporting uma possível saída de Gonçalo Inácio. Certamente será algo que terá que atacar. Acho que ajuda muito também o Sporting o facto de ter um treinador que sabe exatamente o que quer. Há alguns treinadores que ou não sabem exatamente o que querem ou são demasiado sensíveis àquelas que são as pressões eventualmente que acontecem dentro dos próprios clubes para determinados negócios. Parece-me que o Rubem Amorim, nem o Sporting parece que tem grande margem financeira apesar de estar saudável financeiramente. Não tem margem financeira para gastar mal, para gastar dinheiro mal gasto. E ajuda muito ter um treinador que sabe exatamente o que quer. Porque há um modelo de jogo muito específico. Sabes quais são as peças que tens que meter em cada local. Exatamente. E até foi curioso, aquelas habituais entrevistas aos adeptos quem foi a grande figura e muita gente inclinava-se para Rubem Amorim. O melhor que poderá ter acontecido ao Sporting é a continuidade de Rubem Amorim para além de qualquer movimentação que possa existir aqui no plantel. Não tenho dúvidas nenhumas sobre isso. Acho que o Rubem Amorim é peça-chave do primeiro título há quatro anos. É peça-chave também neste título. Apesar de toda a influência, enorme influência e impacto que teve Geóqueras no futebol português. O próprio facto de Rubem Amorim, com o Guilherme também, mas Rubem Amorim o ter identificado como o elemento que faltava àquela equipa para ser mais do que ela era. Acho que o próprio facto de ter sido Rubem Amorim e identificá-lo como o avançado que o Sporting precisava acho que é mais uma demonstração da qualidade que ele tem da forma como ele olha para o futebol e da forma como ele olha para a equipa e para o que ela precisa e é disso que vai à procura. Portanto, Luís, é fundamental a continuidade do treinador para este projeto do Sporting. Como seria um rombo mais notado? Uma possibilidade do treinador? Como seria? Porque mais do que a questão do treinador em si é as ideias que estão ligadas ao treinador, uma forma de trabalhar e um poder de decisão perfeitamente bem definido daquilo que se quer. Não há uma navegação à vista. Há claramente desde o início o que se percebe e o que se quer para uma determinada forma de jogar. O Sporting não colocou isso em causa mesmo ficando em 4º lugar do campeonato. Eu acho que seria impensável. Olhar para aquilo que é o Porto e o Benfica e ficar em 4º lugar do campeonato e não colocar em causa tudo. O Sporting aprendeu isso e aprendeu que ganhou durante tantos anos e teve a ver muitas vezes com a forma como mudava época após época e o paradigma do seu futebol aprendeu a não fazer isso e penso que o treinador é chave nessa componente com as suas ideias e com a interligação com a equipa diretiva naturalmente. Aproveitando aquilo que refereste fazendo aponto para o Benfica mantém também o treinador Rui Costa em termos do Benfica há aqui muitos pontos de interligação em relação à próxima temporada. Saídas poderão existir várias. Há aqui também um avançado grego que surge também como possibilidade Vangelis Pavlidis, saída de Artur Cabral também. Mas há aqui mais dúvidas que certezas neste Benfica que sossegou e foi preciso terminar a época para haver algum sossego também no Benfica mas tudo pode ser diferente quando a bola começar a rolar. Precisamente o Benfica é um bocadinho não vou dizer antídoto porque não será antídoto completo mas é um pouco como antídoto do Sporting esta possibilidade de contratação de Pavlidis. Mas antes vamos transferir o avançado que contratamos na última época que era o avançado que vinha para marcar golos e para ser referência do ataque da equipa. Chegarmos ao fim de uma época e desistirmos completamente dessa ideia e passarmos para a próxima acho que é precisamente a diferença que existe neste momento entre o Benfica e o Sporting. O Benfica continua à procura sem querer ser demasiado duro parece-me que o Benfica quer comprar sucesso e garantir que o jogador é sucesso. É preciso trabalho é preciso uma construção da equipa é preciso haver uma ideia para a equipa e parece-me, o Luís falava há pouco que o Sporting ficou em quarto lugar e seguiu o projeto e foi campeão nacional. O Benfica pode dizer mais ou menos a mesma coisa este ano ficaram em segundo, não foi uma boa época só conquistaram a supertaça mas apostam no projeto. Aquilo que me parece é que se no ano passado havia uma estrutura do Sporting que já permitia perceber que aquela equipa podia funcionar com duas ou três peças fundamentais que o Sporting encontrou no Ulmen no Diokras aquilo que sobrou do Benfica no final da época eu tenho alguma dificuldade em perceber que essa seja uma estrutura aproveitável para a próxima temporada que não seja preciso começar do zero outra vez lá está, contratando um novo, falta de lança e de outra vez à procura dos laterais à procura de peças que possam funcionar automaticamente não como resultado de uma construção do projeto que vem da época passada. Será um risco, Luís, manter esta ideia? Benfica precisa de aprender o que em relação a esta temporada quanto à nova? Exatamente a questão de ter uma ideia de jogo bem definida desde o início e contratar os jogadores para isso e depois utilizá-los da forma preferencial os jogadores mais indicados para cada posição desde o início e rotinar um 11 base ou pelo menos um 5 ou 6 base dentro daquilo que é a construção de uma equipa. E foi a coisa que não aconteceu nesta época onde a Benfica teve, de facto, meia época de grande nível em que praticamente não puxou no 11 teve que fazer um playoff ainda de apuramento para a Champions depois teve aquele período que foi um ano atípico que tivemos mundial em dezembro perdeu o Enzo e depois a partir daí a equipa começou a ter algumas hesitações mas tinha uma margem pontual que lhe permitiu aguentar e ser campeão. No ano seguinte acho que sobreverteu totalmente aquilo que foi a construção desde o início da época anterior e não encontrou nunca os jogadores certos para os locais certos mesmo tendo bons jogadores isto é, ter o melhor plantel e o pior 11 o que é algo que parece um pouco paradoxal mas pode acontecer quando não tens uma ideia de jogo perfeitamente definida e quando pegas naquele teu jogador que é o melhor a pressionar e que foi decisivo no título anterior, como o Austin e de repente dizes que ele é um joker, utilizando a palavra do Rui Costa sobretudo a lateral direito para onde só tinha contratado um jogador portanto, era o bá, só tinha o bá portanto, nesse sentido tem que existir primeiro uma ideia de como se quer jogar definir a estrutura, o esqueleto todo do plantel mas sobretudo do 11 e depois os jogadores para aquela ideia independentemente dos egos que dominaram muito o balneário nesta época e veremos a capacidade do Roger Schmidt mexer com eles e dominá-los nesta época, os problemas de Maria Coxu, desde até a questão do guarda-redes tantos, a qualidade destes jogadores nunca está em causa mas está em causa depois o seu rendimento por razões satélites que é a falta de uma definição clara de uma ideia de jogo é um problema quando estes jogadores se tornam um problema sim, um pouco isso, não são jogadores fáceis em geral o que eu digo sempre, atrelado a um jogador de futebol vem um ser humano, e às vezes vem um ser humano que tranquilo, a coisa resolve, às vezes vem um ser humano que é um problema com duas pernas e a coisa não se resolve tão facilmente isto é assim, é assim na vida e em qualquer profissão e no futebol ainda mais do que estamos a falar e acho que o Benfica tem que começar por aí, por essa definição e acredito que essa conversa tenha existido para o Rui Costa falar com aquela convicção toda, de todos os problemas que aconteceram porque eu estava a ver o Rui Costa, é na semana passada que conversávamos o Rui Costa fazia um diagnóstico e chegava a uma conclusão e eu fazendo aquele diagnóstico podia chegar à conclusão totalmente oposta porque aquilo que ele utilizou para dizer que não, mas este ano vai ser diferente poderia ser para chegar ao ponto de dizer, não, não podemos continuar assim ele decidiu continuar, teve essa coragem de presidente e bem, é para tomar decisões, existe um presidente mas agora tem que haver, e acredito que tenha existido já, essa conversa e essa ideia de jogo de forma clara na próxima época e não vai existir estas hesitações e as dúvidas e os problemas existenciais que existiram com os jogadores e com a forma de jogar durante a época toda. Sendo que a margem é muito curta já para agardar os adeptos e certamente estarão muito atentos e ansiosos pelo ingresso. A margem de tolerância é mesmo muito curta é claro que esta pausa de verão vai servir para acalmar os ânimos estavam muito exaltados no final da época em relação ao treinador admito com algumas reservas que as próprias palavras do Rui Costa possam ter servido para alguma acalmia dos adeptos agora, Roger Schmidt vai ter margem de tolerância zero tem de começar a ganhar não só os jogos, a ganhar os adeptos de volta para o Benfica porque o crédito que é o primeiro desliza a primeira dificuldade, as bancadas vão voltar a manifestar-se porque aquilo que era a margem de tolerância com o treinador alemão juntou-se na última temporada aliás, o Benfica até teve a felicidade e o mérito também mas a felicidade de garantir o apuramento direto para a fase da Liga dos Campeões é uma vantagem significativa não ter de fazer pré-eliminatórias podia ser um teste demasiado cedo e provavelmente um teste difícil e que se corresse mal podia provocar desde logo um clima muito complicado de gerir em relação ao resto da temporada Precisamente porque o ano passado começa em estado de graça e transmite completamente o oposto do cenário nesta altura. A questão que se coloca e mesmo o que lhe dizia é perceber a ideia que o Benfica vai ter para a sua forma de jogar é pouco anterior a equipa tinha ali um ovo perfeitamente definido tu identificavas bem até mesmo a questão de jogar com falsas alas porque tinha outros jogadores que pressionavam muito e forte como o Ortnas, como o Enzo e o próprio Gonçalo Ramos como ponta de lança e isso permitia que o João Mário jogasse como organizador porque ele não pressiona e defensivamente já tem muitas lacunas e ele próprio sabe isso e portanto é um Benfica sem Rafa na próxima época veremos como vai resolver o problema O Benfica encontrou o melhor a ponta de lança que pressionava mas está muito longe de ser o melhor a ponta de lança do Benfica para marcar golos ou para ser o ponta de lança de referência em termos de qualidade Começa desde aí um problema conheço bem esse grego, é um bom jogador mas já está há muito tempo no gabinete holandês sempre me estranhou um pouco que ninguém pegasse nele no Pavlidis mas tem qualidade, não sei como é que ele vai entrar no futebol português mas precisa de um enquadramento tático que, repara, não existindo o Rafa o Benfica vai jogar de forma diferente Coxu vai jogar a 10 e é um médio o Rafa é um segundo avançado portanto vamos ter muito tempo naturalmente para conversar sobre isso mas há aqui uma ideia de jogo que tem que ser definida para o Benfica Portanto, a atualidade mais recente do futebol do Porto se porta em Benfica avançamos para o tema seleção no segundo dia desta operação europeu 2024 Portugal estreia-se no dia 18 de junho frente à Checa e amanhã tem o primeiro de três particulares antes da chegada do europeu contra a Finlândia em algum lado, jogo que a TSE vai transmitir com relato e temos também deste segundo dia uma novidade Otávio Prelusão não vai estar no grupo vai sair e temos a chamada de Mateus Nunes Há uma semana estávamos aqui a discutir se Mateus Nunes não teria ou não deveria ter lugar na seleção de repente tem lugar na seleção não necessariamente pelas melhores razões a lesão do Otávio não parece que seja uma boa notícia não é uma boa notícia certamente para o Otávio e também não parece que seja uma boa notícia para a seleção acho que Mateus Nunes tem lugar na seleção se calhar tinha lugar noutra vaga e depois também se coloca aqui a questão das justificações que vão sendo dadas pelo selecionador nacional que são sempre um pouco contraditórias há uma semana ou há cerca de uma semana quando foi a convocatória Mateus Nunes não teve lugar na seleção quando foi a convocatória Mateus Nunes não estaria nas melhores condições para fazer parte do lote de convocados esta semana já está em condições para substituir o Otávio também não parece que seja exatamente o jogador o selecionador deu um pouco a entender que era um jogador que fazia as tarefas do Otávio parece-me que o Mateus Nunes não é um jogador como o Otávio um médio diferente com mais chegada em tudo diferente do Otávio que é mais intenso se calhar na pressão e noutras situações de jogo portanto não é exatamente um clone do Otávio mas é um grande jogador o Otávio também é lamento que o Otávio não vá ao europeu que acho que podia ser muito útil eu acredito que o Mateus Nunes vá porque é um jogador que pode ser muito útil embora nenhum dos dois me pareça que sejam titulares indiscutíveis na seleção nesse propósito Luís quem faria mais falta no campeonato da Europa não sendo jogadores que propriamente entrem no 11 não estamos aqui a vê-los a entrada do 11 inicial mas depois é preciso mexer e é preciso alterar alguma coisa Otávio não é Mateus Nunes, Mateus Nunes não é Otávio não alterar alguma coisa com a outra eu acho que nós temos de facto a melhor geração de sempre na minha opinião em termos de quantidade, relação e qualidade acho que sim, não há grandes dúvidas em relação a isso penso que é uma afirmação pacífica independentemente da questão das gerações já não ser o miúdo e olhares para o lado e também tens a começar depois que a Conceição aparecer deixa-me só interromper porque em entrevista à Liga Árabe o Cristiano Ronaldo já projeta a próxima época e já fala em 24, 25 para ajudar o clube e também a seleção e acho bem, é um animal competitivo não há dúvida nenhuma, mas o que eu te dizia é que nós temos tanta qualidade estou a ver vocês se calhar a série sobre o Romário que é espetacular e ele diz uma coisa muito simples, quando lhe perguntam o melhor treinador que teve ele diz, e o melhor treinador é aquele que não atrapalha e basicamente é perceber que o Antxalote tem muito de tático, atenção é verdade que não atrapalha, mas sabe gerir bem a equipa também taticamente, não é só domar os egos onde eu quero chegar quando digo isto é que não quero um treinador que atrapalha a qualidade que nós temos e os criativos que nós temos e que não faça do Otávio um Matheus Nunes e do Matheus Nunes um Otávio porque isso não é possível ele diz que eles estavam a reproduzir os mesmos tipos de princípios de jogo um e outro, jogando um ao outro agora sabemos muito bem que o Otávio é outro tipo de jogador um criativo, do ponto de vista até ofensivo, que pode jogar a partir de uma ala ou com um segundo avançado entre linhas o Matheus Nunes é um 8, saída de bola, de progressão é completamente diferente, não há ponto de contacto entre uma coisa e outra e o que se perde a Roberto Martínez, sendo um treinador que tem essa diplomacia comunicacional, sem dúvida nenhuma é que diz-se muito sempre que se quer que eles falem os treinadores chegam e têm que falar a língua portuguesa não é nada disso, acho o contrário, devem falar exatamente na língua em que se expressam melhor para evitar mal entendidos quando se fala português muitas vezes as coisas não ficam exatamente na ideia que ele quer a ilusão em espanhol é uma coisa diferente do que em português em português é criado uma coisa que não existe em Espanha é criado exatamente o contrário é uma expressão que vais conseguir, é totalmente diferente e acho que há aqui uma mistura de conceitos em relação às características dos jogadores que pode de repente chocar com a nossa ideia de jogo a nossa melhor forma de jogar e isso é que me preocupa um pouco, acho que há algumas contradições na convocatória já o disse, não há muita coerência em relação às vezes ao jogador que se diz, ou joga este se eu não jogar a este, para esta posição, acho que muitas vezes a ideia não bate certo, porque se mexe com a ideia de jogo mexendo numa posição, às vezes podes mexer numa forma de jogar do jogador que está ao teu lado, não é tanto nessa posição, ou mexe nas duas e este caso parece-me um bocado desses porque não há ponto de contacto agora, que eu prefiro esta opção prefiro, acho que o Otávio é um grande jogador a jogar numa liga periférica em que eu não consigo avaliar neste momento qual é o seu estado competitivo acho que seria em termos de características um cromo repetido em relação ao que nós já temos na nossa convocatória e com Mateus Nunes sim podes acrescentar muitas coisas e boas em muitos jogos amanhã temos esse primeiro de três testes antes da entrada em ação no campeonato de Europa a Finlândia, depois a Croácia e a Irlanda sendo que Portugal depois se afronta no campeonato de Europa a Chequia a abrir, dia 18, a Turquia e a Geórgia aparentemente aqui a Turquia poderá trazer mais problemas propriamente a Chequia e a Geórgia mas falta-nos aqui Jorge, e outras eleições já experimentaram essa realidade, um choque diferente em termos de futebol, um adversário diferente até porque há partida e estamos aqui a fazer contas de cabeça depois desta fase de grupos poderá haver esse tal choque Sim, falta desde a qualificação a qualificação foi brilhante Portugal fez uma qualificação a todos os níveis brilhante 100% vitoriosa com apenas dois golos referidos e muitos golos marcados, creio que foi essa ação que marcou mais golos mas desde essa altura que se sente a necessidade de confrontar esta equipa com adversários que lhe coloquem tantos problemas para defender a baliza de Diogo Costa como colocam para atacar a baliza adversária e acho que Portugal ainda não teve um teste desses inevitavelmente Já não vai ser um teste vai ter um confronto necessariamente mais cedo ou mais tarde com equipas do mesmo calibre França, Alemanha, Inglaterra equipas desse calibre e acho que de facto faltava nesta fase de preparação se calhar o agendamento também não é fácil mas faltava nesta fase de preparação um choque com uma equipa que permitisse ter uma noção mais concreta de qual é o nosso lugar no lista de candidatos de facto a vencer o europeu A qualificação inflacionou bastante as expectativas em relação à seleção eu mantenho sempre esta reserva por não ter visto ainda Portugal uma equipa treinada por Roberto Martinez com tanta qualidade, com excelentes jogadores de facto enfrentar um adversário do mesmo calibre que lhe coloque problemas mais sérios na defesa e que permita avaliar exatamente qual é o nível a que estamos para enfrentar este europeu É grande a expectativa contra isso quando tal acontecer Na preparação, os últimos particulares lamentei um pouco Portugal não ter conseguido encontrar um adversário desse nível para jogar porque eu neste momento vejo 4 seleções acima da média Alemanha, França, Inglaterra e Portugal essas 4 grandes seleções depois pode apostar numa segunda linha e forte naturalmente Espanha, própria Itália, Campeão Europeia, Croácia E estas 4, repara, nesse último jogo na preparação, a França e a Alemanha jogaram entre si a Inglaterra também teve grandes testes entrou também a seleção do Brasil a jogar e confrontou a Espanha e Portugal acabou a jogar com todo o respeito com adversários claramente de outro nível que foi a Eslavénia e o jogo de sistema tático completamente sem sentido que o Roberto Martínez fez e perdemos na Eslavénia não é até perdido, é deitar fora um jogo de preparação com uma experiência tática que não fez sentido e o jogo com a Suécia, aqui em que a Suécia apareceu muito abaixo e acho que Portugal se foi a custar com muitos problemas e portanto, falta de facto esse jogo não foi encontrado esse jogo, a Federação não terá tido essa possibilidade que me causa um pouco de impressão, ou pelo menos de estranheza que nós temos atualmente e claro, a questão Ronaldo daria para um grande confronto desses não foi possível e vamos para o campeonato da Europa agora vamos ter mais três jogos de preparação interessantes mas com adversários que também não vão testar tanto a seleção a esse nível que vocês falam, da organização defensiva a transição defensiva, mas o Roberto Martínez falou nisso antes jogou com a Suécia, que a Suécia tem dois pontos de lança que não se ia testar defensivamente não havia hipótese, aquela equipa não funcionava e portanto, nesse sentido sim aquilo que é pedra na engrenagem da preparação do crescimento desta seleção que tem grandes jogadores, mas ainda falta de facto a prática para eles mostrarem isso, porque uma coisa é saber o que eles valem outra coisa é o conjunto e esses jogos mesmo que esses jogos corressem mal e perdêssemos crescíamos muito com eles, como havia a Alemanha e portanto isso era decisivo não vou pôr em questão acho mais preocupante o que disse antes em relação às ideias do treinador não é andarem para cima e para baixo e terem uma reflexão clara de como quer jogar na seleção em relação a esta fase de grupos Chequia, Turquia e Georgia é aqui, digamos assim, já o primeiro ponto que coloca Portugal como principal favorito Sim, claramente Portugal é favorito nesse grupo, onde acredito que a Turquia possa colocar alguns problemas normalmente costuma-se dizer que ninguém tropeça em montanhas que são os pequenos obstáculos que provocam as grandes quedas mas por aquilo ficou demonstrado esta seleção na qualificação já demonstrou que este tipo de equipas com esse calibre são presas fáceis para o futebol que esta equipa joga portanto vejo uma fase de grupos relativamente fácil relativamente acessível e onde a Turquia provavelmente talvez seja o adversário que pode colocar mais problemas a Portugal, ainda assim não vejo que seja possível ou que seja expectável, aceitável que Portugal não passe a fase de grupos de forma tranquila vamos, e temos mais 6 minutos pela frente vamos voltar a falar do José Mourinho Luís Feitas Lobo e este novo desafio para a carreira do treinador, este admirável mundo do José Mourinho que agora vai para o futebol turco, para o Fenerbahçe isto nos últimos dias com também algumas surpresas companhia no bairro de Munique no bairro de Marens ou Maresca em Siflik, um bocadinho diferente porque isto traz já uma bagagem ganhadora e é o noitinhador do Barcelona mas vamos então falar do José Mourinho e desta surpresa para ti sim, confesso-te falaste agora aí num nome que eu achava que Mourinho podia encaixar que era o bairro de Munique mas vimos o Mourinho entrar facilmente numa lia dessas e num clube desses até porque Campany, no Burnley, a equipa ficou em penúltimo sim, embora o Governo possa acreditar na ideia de jogo do Campany mas que teve um bom professor que foi o Guardiola naqueles tempos no sítio e acho que é por aí acho que tem aí qualquer concelho do Guardiola mas eu acho que o Mourinho entra numa fase que se percebe o que ele quer é seleção esse timing agora porque estava na Roma e imaginou de facto que as coisas na Roma pudessem ser mais sólidas do que ele imaginava em termos de projeto, não foi e agora tentou tudo acredito com o seu empresário para chegar a uma grande liga não é que o dinheiro seja problema para ele mas naturalmente não acho que ele encontre um estímulo competitivo no lado asiático e por cima da Turquia o Fenerbahçe chega do lado da Ásia nas margens do Bósforo devolver o título ao Fenerbahçe o Fenerbahçe bateu o recorde de pousos nesta época 99 e mesmo assim não foi campeão foi o Galatasaray com 102 que atraia um treinador como o Mourinho em condições normais só que essas condições são enormes para o treinador Mourinho com 61 anos espero que seja feliz não tenho dúvidas que vai ganhar mais do que perder e esperar pelo momento dele na seleção é também a tua ideia Jorge, mais uma etapa até chegar a esse sonho de treinar a seleção acho que sim quem conheceu o Mourinho há 15, 20 anos não imaginava vê-lo a treinar na Turquia sempre imaginei o Mourinho a treinar as grandes ligas o Luís falava do Bayern até o facto do Bayern ter tido 4, 5 hipóteses para treinador ter visto Portas baterem no nariz e mesmo assim nunca ter equacionado a hipótese do Mourinho se calhar diz alguma coisa sobre o momento que ele atravessa no mercado de treinadores é um treinador com uma qualidade tremenda vê-lo na Turquia de facto não é propriamente aquilo que se esperava aquilo que eu esperava do José Mourinho talvez sim, talvez esteja à espera da oportunidade de o pegar na seleção mais adiante nem os turcos estariam sozinhos nem os turcos estariam à espera ontem foi uma loucura o próprio presidente reconheceu a melhor surpresa foi ele ter acesso isso abre aqui para o Mourinho também que tipo de obrigação para este clube a obrigação é ganhar e ser campeão no futebol a obrigação na Turquia o Galatasaray é fortíssimo Galatasaray há pouco tempo foi treinado pelo Jorge Jesus que também jogava bem mas não foi campeão não é fácil ganhar aquele campeonato embora seja um campeonato muito subinado para essas grandes equipas não temos muito tempo aqui para dissecar a correlação de forças do futebol turco é um futebol completamente enlouquecido temperamental o campo de equipas inteiras a trabalhar no jogo com o Fenerbahçe são coisas loucas que acontecem no futebol turco o Mourinho sempre foi um metódico na forma de jogar das suas equipas talvez mais conservador que melhorou um pouco a Turquia já tem um pouco mais de equilíbrio e também da influência de um treinador como Vincenzo Montella na seleção que deu um cariz mais estático e que salvou a equipa da eliminação e o apoio europeu e o Mourinho entra nessa linha mas fora das tais grandes 4 ligas que me causam a impressão de ver um treinador como o Mourinho Chegamos ao fim de mais um Visão do Jogo obrigado a Jorge Maia e Luís Freitas Estamos de regresso na próxima semana a partir das 7 de Maio foi um prazer, boa tarde, boa semana.