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Divina pastora, Carlos Drummond de Andrade, esse ressaigo de pureza que a cada um guardou um louro, o sentimento do universo contido em simples esculturas, a comunicação com os santos, o inefável, a meninice restituída, o caminho de rodas, as imagens indelene, o altar, o êxtase, o profundo. Gente verde, senhora dos humilhados, senhora dos tortos e dos marinheiros e dos passos incêntricos e de todas as invocações que não sobem das minas, mas o coração as murmura. Ó, na sombra consoladora de todos os salvos olhos, triunfante Madonna, os pintores do renascimento, entre azuis e asas de ascensão, sobrinos e intercidenas, Estela Mares, luminatriz coerente, Nossa Senhora das Igrejas do Recôncavo, pincel do Adalito e das Estantas de Primeira Comunhão, ornato do apartamento do templo, candeia do pobre, intercessora do humano gênero, abatido, faz-nos de novo, crianças, e leva-nos a brincar nos jardins do céu com teu filhinho de ouro.