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TUTTI FRUTTI - A Operação Com Dor na Democracia Portuguesa

TUTTI FRUTTI - A Operação Com Dor na Democracia Portuguesa

Que Nome Damos a Isto?Que Nome Damos a Isto?

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Tutti Frutti, um retrato sobre os bastidores de um escândalo político de um grupo de vereadores do PS e do PSD que se envolvem em esquemas de troca de favores, contratos milionários e empregos fictícios nas autarquias de Lisboa que abalou o país. Um olhar de Tiago Campos, com o forte apoio do jornal Postal do Algarve e do Centro Europe Direct Algarve.

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The speaker discusses the Tutti Frutti scandal, implicating the PS and PSD parties in corruption during the 2017 Lisbon municipal elections. Despite the scandal, the speaker predicts that the PS will still win the upcoming legislative elections, albeit with a relative majority. They believe that the scandal will benefit newer parties like Iniciativa Liberal and Chega, as they are not directly involved. The speaker also mentions that António Costa has been adept at handling such crises in the past. They express frustration with the state of Portuguese politics and anticipate that the PSD will suffer in the polls due to the scandal. The speaker concludes by promoting their podcast and expressing gratitude to their colleagues. Olá caros ouvintes, daqui fala Tiacampos, um participante do podcast que não mudamos a isto. Mostrar-vos um do meu episódio individual, sabendo que contamos com a parceria do Europe Direct e do Postal do Algarve, irei falar do caso que nos bombardeou esta semana, que é o caso Tutti Frutti, que apareceu em todas as divisões e em todos os canais informativos como um grande escândalo nacional, potenciado pelo PS e pelo PSD, foram os grandes prejudicados por este grande escândalo, sabendo que esta investigação apareceu sobretudo na TVI através de revoluções diárias que foram aparecendo de terça-feira a sexta-feira neste canal televisivo. Sabemos assim que PS e PSD estiveram em concluio a tentar gloriar uma interligação na Câmara de Lisboa, nas eleições 2017 autárquicas, trocando favores e lugares, naquelas eleições que Fernanda Medina ganhou contra Teresa Leal Coelho, teve um resultado estamposamente fraco, tendo sido mesmo ultrapassada por a Sessão Cristas do CDSPP, sabendo tudo isto acho que é um escândalo de proporções gigantescas, que infelizmente mais uma vez será tapado com a peneira, não resultando em qualquer tipo de consequência. Há investigações particulares em termos de processos judiciais, penso que vá tudo passar por águas de batalhau, daqui a uns meses já ninguém se lembra, ainda assim sabemos que isto vai ter impacto eleitoral, vai ter impacto nas sondagens, vai ter impactos diversos em tudo o que se passa no nosso país em termos políticos, sendo que a sociedade portuguesa ainda não está mobilizada de forma suficientemente convicta contra o governo atual, por isso penso mesmo que o PS votaria a ganhar as eleições, sendo que não seria com a maioria absoluta como ganhou em 2022, mas com uma maioria relativa, acabando assim à frente do PSC. Sabendo isto, que estou à frente de um projeto chamado Intrapúbis, que faz previsões políticas para Portugal e para outros países, a ideia que tenho hoje é que o PS ainda ganharia as eleições legislativas, que o PS é algo atrás, contudo temos que verificar que isto é um caso que prejudica mais o PSD que o PS, e porquê, porque o PS já está avisado em diversos escândalos antes de hoje, enquanto o PSD não. Sabendo agora que tanto o ministro Fernando Medina, como o ministro do Ambiente Duarte Cordeiro estão incluídos neste grande confuso problema, julgo que isto não vai trazer graves problemas para António Costa. António Costa tem sabido lidar com estas crises de forma eficiente, tendo mandado por vezes manter os seus ministros com relativo sucesso, o governo continua de pé, esperando por isso, como nós vimos com Galanda e com outros membros intervenientes do governo, como Cravinho, ministro dos Negócios Estrangeiros, que Costa assegura potencialmente pode acontecer noutros casos no futuro, também existiram outros casos no passado, nenhum deles acabou por ser demitido de forma direta, quando estes escândalos rebentaram, e a maior parte dos governos desterriou o feito, mas não, Costa tenta assegurar ao máximo o governo, de forma que o tempo passe e já ninguém se lembra dos casos. Este é um caso que penso que vai beneficiar tremendamente os partidos novos da Assembleia da República, porque eles não estão tão envolvidos diretamente nesta polémica. Acho que o grande vencedor destas polémicas será a iniciativa liberal, que pode roubar muitos votos ao PSD, por não estar envolvida nestes escândalos, por razões óbvias, já que não existia ainda em 2017. Julgo também que o Cheguem, em menor medida, também será um grande vencedor, não tão grande, porque os votos que podem ir do PSD ao Cheguem já ocorreram, já não há tanto potencial para eles ocorrerem novamente com os que ainda ficaram no PSD. Acho que o POC de Esquerda também será um digno vencedor disto, um partido à esquerda do PS pode tentar transformar isso na sua vantagem, e recuperar votos que perdeu para o PS em 2022, para o PS quando este teve maioria absoluta. Gostava de referir que em 2022 houve uma grande mobilização em torno do Partido Socialista. Fracassou as hipóteses dos outros partidos terem bons resultados dos que tiveram à esquerda do PS, desde PAN, desde o Ivre, desde o POC e o PCP. Julgo que desta vez o PSD está arrumado definitivamente de conseguir uma vantagem decisiva nas sondagens, pelo menos neste ano de 2023. Os eleitores não vão perdoar o que aconteceu neste escândalo. Podemos esperar que o PSD mantenha uma certa hegemonia. Ainda não vimos sondagens, não serão sondagens desde que este caso ocorreu, mas a meu título pessoal tenho cada vez mais nojo, posso dizer, da política portuguesa. Ao mesmo tempo que acredito que os novos partidos, que não estão incluídos neste caso de escândalo porque não existiam ou não tinham intervenientes políticos diretos ou indiretos, ou então simplesmente não têm cargos políticos de relevo, tanto atualmente como antigamente, por medir e sempre propiciar tais situações, mas também já houveram partidos do género em outros países. E mesmo em Portugal, por exemplo, com o PSP em câmaras, com louros e outras, não é de espantar que situações como estas possam ocorrer quando estes partidos ganharem força local e nacional. Para terminar, gostava de dizer a ligação pessoal que nós temos com o Estado Ao Lado e o Europo Direto e com os meus colegas Hugo Fino Marques, Pedro Coito e Pedro Moler, não esqueçam de ver o nosso último programa que fizemos antes deste, foi a Mesa Redonda, que contou com a nossa presença, nós os quatro, como intervenientes. Desejo a todos uma boa semana, proveitosa, feliz, sucedida e não percam os próximos episódios do Que Não Mudamos a Isto.

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