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Um conto artificial.

Um conto artificial.

Que Nome Damos a Isto?Que Nome Damos a Isto?

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O avanço da inteligência artificial é incrível, e seu uso possibilita a criação de estórias muito sofisticadas e criativas. Quem sabe se um dia a Inteligência Artificial não conseguirá ganhar o Prémio Nobel da Literatura. Um olhar de Tiago Campos. Em parceria com o jornal Postal do Algarve e com o centro Europe Direct Algarve.

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Transcription

Tiago Campos is hosting a podcast called "Que Nome Damos a Isto" with his colleagues. They discuss the use of Artificial Intelligence (AI) in creating alternative stories and multiple possibilities through the creation of music, lyrics, and poems. They compare Bing and the chat GPT, stating that Bing is a more advanced version of chat GPT. Bing doesn't have the limitations of the 3.5 version of chat GPT and can access information beyond 2021. Tiago shares a story he created on Bing, imagining what would have happened if Estado Novo (a Portuguese regime) had never existed. The story explores the consequences of this alternate history, including a prolonged period of the First Republic, a civil war, and the independence of Portuguese colonies. Tiago concludes by discussing the future of AI and its potential impact on humanity, raising concerns about the possibility of AI perceiving humans as a threat and taking drastic measures to save the planet. The podcast is a partnership with Cust Boa tarde, daqui fala Tiago Campos para mais uma edição do Que Nome Damos a Isto, uma parceria que estou a fazer em conjunto com os meus colegas Hugo Rufino Marques, Pedro Molero e Pedro Coito, tendo também a participação de nós os quatro na mesa redonda uma vez por mês, apresento-vos uma temática muito interessante que é AI e a possibilidade que AI nos oferece de trazer histórias alternativas e enredos e criar múltiplas possibilidades através de criação de músicas, através da criação de letras, de poemas, de diversos processos criativos que a Inteligência Artificial cada vez está mais capaz e mais possibilitada de criar. Acontece que temos todos os dias sido bombardeados pelo chat GPT e por outros derivados como o Bing. Qual é a diferença entre o Bing e o chat GPT, quero-me focar nesta parte da Inteligência Artificial, sabemos que o Bing é uma versão mais avançada do chat GPT, o chat GPT a data utiliza a tecnologia 3.5, que é uma versão um bocado mais atrasada da OpenAI, que permite a conversação entre pessoas com Inteligência Artificial, acontece que o Bing já está a utilizar uma versão mais avançada, o Bing que é da Microsoft, que é a versão 4.0, esta versão já tem mais complexidade e ao contrário da versão do 3.5 do chat GPT não apresenta o corte de 2021, do final do ano, em que todas as informações daí para o futuro estão cortadas, não consegue acessar as notícias do chat GPT original, não consegue ter acesso a informações, nem a sites, nem a nenhum tipo de informação ou notícia sobre esses anos, havendo que a pessoa introduz o input diretamente. Acontece que o Bing não tem essas limitações, então escolhi usar o Bing, sabendo que ainda há outros como o da Google, o Google Bar, que ainda não foi lançado, quer dizer foi lançado mas em Portugal ainda não foi, entre outras plataformas que também permitem a inteligência artificial, até inteligência artificial em apps de telemóvel, Android, iPhone, pronto. Agora eu gostaria de vos contar a história que eu criei no Bing, uma história de cenário de história alternativa, em que eu simulei o que é que seria de Portugal, perguntando aí se o Estado Novo nunca tem existido, nunca tivesse existido. A inteligência artificial deu uma resposta e criou um enredo bastante desenvolvido, em que me contou os acontecimentos e as consequências de toda a ausência desse acontecimento específico da nossa história. Passo a citar então o que aconteceu na história do Bing, a 28 de maio de 1926, o golpe militar que pretendia instalar uma ditadura militar, falhou, fracassou, foi dominado rapidamente pelas forças da primeira república, forças essas que tinham dominado o país desde o ano de 1910, quando uma revolução de 5 de outubro pôs em fim a monarquia. Acontece que essa primeira república foi muito conturbada e o país estava numa grande instabilidade social, o que levou à queda de diversos governos, diversos presidentes, etc. Em 1926 estávamos no pantano político, daí para a frente aconteceu o seguinte, tendo falhado este golpe de Estado, a primeira república durou mais de dois anos, muito descontrolados, com muitos problemas sociais e económicos da sociedade civil, o que levou a que houvesse o início de uma guerra. As forças que tinham fracassado no início daquela revolução que falhou, que pretendia instalar a ditadura militar conservadora nacionalista, fizeram uma facção, enquanto que os comunistas liderados por Bento Gonçalves fizeram outra. Depois houve a tentativa de continuação da primeira república, através do general Norton de Matos, que dominava essa facção militarmente. A facção do Norte era dominada por Oscar Carmona, o nosso ditador célebre, que foi presidente, tanto da ditadura militar, como presidente do ministério do Presidente do Conselho de Ministros, António Oliveira Salazar. Por fim, podemos dizer que no início dessa guerra, cada um dos três facções tinha partes distintas do país. A facção comunista possuía o Sul, o Amentejo, até a Península de Setúbal eram as suas forças, dos latifundiários, etc. Quanto às forças democráticas, possuíam a faixa que vai de Lisboa, distrito, até ao Porto, toda a faixa litoral, incluindo Coimbra, a terra de António Oliveira Salazar, onde ele era professor catedrático. Daí, para cima, temos a facção nacionalista, que dominava as ilhas, da Madeira e dos Açores, para além de dominar o Norte de Portugal, e sobretudo Trás-os-Montes, e todas as áreas mais conservadoras do país. Essa guerra durou de 28 a 31, sem trazer grandes resultados práticos. Ambos os lados estavam em São Meito, que São Meito é a palavra inglesa para empate. Havia avanços pequenos, recursos grandes, mas a situação não se desenfecelhou muito rapidamente. Até que os países democráticos tentaram apoiar os norte-andemados, enviando-lhes forças militares, como armamento, financeiro, apoio económico, apoio alimentar, apoio logístico, só não entrando com homens, porque pronto, isso seria decorar uma guerra total. Portugal teve essa guerra antes da Guerra Civil Espanhola. E essa Guerra Civil Portuguesa acabou com essa ajuda, já que a facção de Oscar Carmona estava isolada diplomaticamente, e a facção de Bento Gonçalves também estava isolada diplomaticamente, já que a União Soviética estava do outro lado quase da Europa, quase não, estava mesmo literalmente do outro lado da Europa, levou-a com facilidade, a partir de 31, as facções democráticas vencessem. Porém, não foi o único acontecimento que aconteceu. Nas colónias portuguesas, aproveitaram todas elas para declarar a independência. Angola declarou em 28, Moçambique e Guiné-Bissau seguiram na passada alguns dias. Podemos também dizer que todas as colónias, mesmo aquelas que não se revoltaram, as forças de exército português, como estavam necessitadas de serem utilizadas no continente, foram amargadas à sua sorte, das colónias, e voltaram a Portugal, os retornados, como ficou célebre na altura a frase, para combaterem pelas transfações. Tendo a vida esse abandono, colónias como Goa, Damão, Diu, Timor-Oeste, Macau, tomaram as rédeas dos países originais. Quanto a Goa, Damão e Diu, apesar de terem declarado a independência, foram rapidamente aniquiladas, já que não eram já a pertença de Portugal, pelas forças britânicas que conquistaram aquelas três cidades indianas. Quanto a Macau, foi dominada pela República da China, o antecessor da República Popular da China, já que a República Popular da China, de Mao Tse-tung, venceu a guerra civil chinesa, que também foi contribuída pela parte da Segunda Guerra Mundial, dos japoneses terem invadido a China, o que ajudou a causar confusão, isto na vida real, mas no fundo foi isto que aconteceu. As colónias deram a sua independência, Portugal teve esse regime, esse regime sucessor e pronto, foi isto que aconteceu. Não teve na vida nunca o Estado Novo, este regime democrático durou, durou, durou até aos dias de hoje. E pronto, esta é a história principal que eu vos tenho para contar, vou aproveitar agora estes dois minutos finais para fazer uma retrospectiva do que foi esta história, para ver a capacidade que a inteligência artificial tem para criar histórias, coisas já bastante sofisticadas, bastante criativas, quem sabe um dia possam ganhar o Prémio Nobel da Literatura, e é um tema que está em voga. Eu deixo-vos a questão sobre o que é que será o futuro da inteligência artificial, por não ser há uma ameaça para o ser humano, imaginemos por um momento que a inteligência artificial assume que tem que salvar o planeta ambientalmente, e ao salvar o planeta ambientalmente vê que os humanos são uma ameaça para o bem-estar e para o bem-estar ambiental, e então decide eliminar os seres humanos para salvar o planeta, isto é só um exemplo de muitos do que pode acontecer com a inteligência artificial no futuro. Agora pretendia acabar com o podcast, espero que tenham gostado, e gostaria de dizer que este podcast é parceria do Custódio do Algarve, do Europe Directo do Algarve, e por favor não me percam o nosso próximo podcast na próxima quarta-feira. Perante isto só nos falta dizer, quanto a aí que não mudamos a isto.

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