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Politicando 2

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The podcast episode is about the presidential elections in Paraguay and Argentina in 2023 and the participation of women in politics. It discusses the political systems, the main candidates, and the historical background of each country. It also explores the concept of democracy and the role of the state in elections. The podcast highlights the unequal participation of women in politics and the challenges they face. The episode aims to analyze the power dynamics and interests at play in these elections. Fala galera, bem-vindo ao Politicando. Eu sou o Mauro, internacionalista, pra quem não sabe, estudante de relações internacionais. Esse é o Politicando, um podcast feito por aspirantes e diplomatas, cientistas políticos, analistas de políticas externas, direitos humanos, entre outros. Esse podcast é pra você, que assim como nós, se interessa por política e que está em busca de aprender. Hoje vamos falar sobre as eleições presidenciais na América Latina e a participação das mulheres no cenário político. E pra me ajudar, estão presentes eu, Kellen e Júlia. Vamos trazer as principais informações sobre as eleições presidenciais de 2023, de dois países parceiros importantes do Brasil na América Latina, Paraguai e Argentina. Esse podcast será dividido em dois blocos. No primeiro bloco, vamos trazer informações sobre a data das eleições, sistema político de cada país, quais são os candidatos com mais destaque, histórico político e qual participação das mulheres. No segundo bloco, vamos explicar o que é democracia, como o poder é exercido em uma democracia, se os direitos de homens e mulheres são iguais e qual o papel do Estado nas eleições. Mas antes de começarmos, roda a vinheta. Olá, sejam muito bem-vindos de volta. Esse é o primeiro bloco do Politicando e quem vos fala é a Kellen. Você sabia que as eleições presidenciais na América Latina têm sido um fenômeno político observado de perto, com grupos de estudiosos interessados em política, ação social e dominação. Com as eleições marcadas para acontecer em diferentes países da região, vamos falar especialmente do Paraguai e Argentina. No Paraguai, as eleições estavam marcadas para 30 de abril de 2023. Então, quando vocês ouvirem esse podcast, o Paraguai já terá eleito seu novo presidente. Eu estava gravando esse podcast no dia 29 de março, então as informações que eu trago são bem recentes. Mas antes de falar dos candidatos, vamos entender o sistema político do Paraguai, que é uma república com democracia, representativa e presidencialismo. Mais ou menos o que a gente tem no Brasil. O sistema eleitoral no Paraguai elege o presidente pelo voto direto, através de uma urna eletrônica e o mandato no Paraguai são cinco anos, diferente do Brasil que são quatro. Os principais candidatos que disputam até o momento são Santy Penhas e Entrainha Leque. Santy Penhas, do Partido Colorado, é um político paraguaio que ocupou o cargo de chefe de gabinete civil da presidência do Paraguai durante o governo de Horácio Castro. Eu não vou entrar em detalhes quem é Horácio Castro, mas vale ressaltar que ele entrou para a lista de um dos políticos mais corruptos do mundo. Santy Penhas também feminiza as relações exteriores do Paraguai e embaixador do Paraguai na Organização dos Estados Americanos. Penhas é membro do Partido Colorado do Paraguai, sigla, que comanda o país desde a ditadura de Alfred Stroessner. Eu não vou entrar em detalhes também quem foi Alfred Stroessner, mas vale ressaltar que ele foi um ditador paraguaio e que tem na sua conta 150 mil presos políticos, 3 mil mortos e deu abrigo a vários nazis. O Partido Colorado é um ator influente no cenário político do Paraguai. É considerado um partido conservador de direita, econômica e politicamente no mundo ocidental. É um partido de força dominante mais duradoura de um país, tem 65 anos e tem 70 anos de potência, o que deixa para a gente morrer de fome. O Partido Colorado é um partido conservador de direita, econômica e politicamente no mundo ocidental. É um ator influente mais duradoura de um país, tem 65 anos e tem 70 anos de potência, o que deixa para a gente morrer de fome. É possível se respeituar no poder e em uma democracia. É estranho. Alegre é um político paraguaio que foi censurado presidencial pelo Partido Liberal Radical Alvende nas eleições de 2013 e 2018. Ele foi senador, deputado e além de ter ocupado casos ministeriais em governos anteriores. Alegre é considerado uma figura importante no PLRA. É um dos principais partidos políticos do Paraguai. O PLRA surgiu para fazer oposição ao governo autoritário de Colorado. Defendiu ideias democráticas, liberdade de imprensa e separação entre igreja e Estado. Ideia de John Locke, aproveitando a veja para mostrar para as pessoas que o mundo não falteia a valores contratualistas. Para o meu país, eu quero algo melhor. Eu posso fazer, eu sei que posso fazer. O povo vai poder formar parte do mundo. Vai ser parte do mundo. Como deve ser. Como deve ser. Um governo pode desenvolver uma política de espada. A gente sabe o que lhe passa. Na Argentina, o sistema político é uma democracia representativa com república constitucional, federal e presidencialista. As eleições presidenciais acontecem no segundo semestre do ano de 2023. E um dos temas é a coalizão peronista frente de todos. A carga do governo, cujo mandato se encerra em dezembro. Tem a colisão juntos por El Cambio, juntos pela mudança em tradução livre, que concentra partidos de direita e de centro-direita. Foi nessa colisão que Maurício Macri chegou à presidência em 2015, consolidando sua base eleitoral e inaugurando, assim, uma fase neoliberal da qual o país ainda não conseguiu sair. Sem Fernandes, sem Macri e sem Cristina Kirchner nas eleições deste ano, o papel do Frente de Todos é incerto. todos e todas, uma torta genuína para melhorar o debate político que nos merecemos. Ninguém deve deixar-se enganar. Não tudo é o mesmo na política. Aqueles que entregam a liberdade são os que mais fazem para estabelecer um sistema socialmente justo. No próximo 10 de dezembro de 2023, é o dia exato em que cumpramos 40 anos de democracia. Esse dia, entregarei a banda presidencial a quem haja sido elegido legítimamente em razão, por o voto popular. Trabalharei ferventemente para que seja um companheiro ou uma companheira do seu espaço político, que represente a quem seguimos e seguiremos lutando por uma pátria justa, com equidade e felicidade para todos e todas. Na oposição à aliança Juntos por El Cambio, concorre ao cargo Horácio Rodrigues Larreta, chefe do governo de Buenos Aires, que tem uma armação política com outros dirigentes do Partido Proposta Republicana, o PRO, e forma uma aliança com os radicais. O PRO é um partido de centro-direita formado por políticos e empresários. O partido tem uma política baseada em valores como democracia, liberdade individual, igualdade de oportunidades e o livre mercado. Outra candidata, Patrícia Bullrich, presidente do PRO. Bullrich tem um discurso mais orientado à direita, de mão dura e menosão, a favor de reformas do mercado mais marcada. Nessa disputa, vale ressaltar como a participação das mulheres ainda é desigual em relação à dos homens. A participação das mulheres na Argentina é a maior da América Latina, segundo a Agência Câmara de Notícias. Nos últimos dez anos, o percentual de mulheres na Câmara do país variou de 34% a 38%. No Senado argentino, o índice variou no mesmo período entre 35% e 43%. Essa média é superior à mundial. A Argentina possui leis que garantem igualdade de gênero e incentivos à participação feminina na política. Porém, a participação das mulheres em outros países é bem pequena em comparação aos homens. No Brasil, por exemplo, a participação feminina na Câmara é de 8% e no Senado de 12%. Cristina Kirchner foi uma das mulheres mais poderosas a concorrer à disputa presidencialista. Seu mandato foi de 2007 a 2015. É atual vice-presidente e apresenta altas intenções de votos nas pesquisas eleitorais individualmente, mas disse que não se candidataria a nenhum cargo político nas eleições de 2023. Bem-vindo de volta. Já que estamos falando em eleições democráticas, nesse segundo bloco vamos falar de democracia. O que a democracia quer? Democracia marrom é um sistema político que se baseia na decisão coletiva, na participação dos cidadãos e no respeito pelos direitos humanos. Em uma democracia, o poder é exercido pelo povo, seja diretamente ou através dos seus representantes eleitos. Nascida na Grécia Antiga, a democracia surgiu como uma alternativa à tirania. Ela surge através da proposta de conceder o direito ao voto aos cidadãos atenientes, às assembleias e às ativações públicas. Mas a democracia antiga não incluía mulheres. Podemos assim perceber os motivos da tardia e ainda bem menor cesta dos homens à participação das mulheres no cenário político. Todos os cidadãos do sexo masculino, menos os escravos e estrangeiros, eram livres para assistir e votar nas assembleias, que debatiam e ratificavam as decisões dos cidadãos. Para que a democracia seja respeitada e defendida contra os adeptos das ditaduras, é importante destacar o Estado. E o que é o Estado, Júlia? O Estado, tal qual conhecemos hoje, teve influência de grandes pensadores como Thomas Hobbes, John Wall e Jean Jacques Rousseau. A origem do Estado, de acordo com o pensamento de Hobbes, surge no absolutismo. Para Hobbes, as pessoas deveriam abrir mão de parte da sua liberdade em favor do Estado, que teria o poder de manter a ordem e a paz, em troca da proteção e da segurança do cidadão. Neste modelo de Estado, onde o poder é absoluto e impõe suas leis e autoridades sobre todos os indivíduos, não havia espaço para a democracia, mas o conceito de Estado foi sendo envolvido até o modelo atual. Porém, ao contrário de Hobbes, Locke diz, onde não há lei, não há liberdade. Locke afirma que a função do Estado é interferir o mínimo possível na vida dos indivíduos, atuando apenas na mediação de conflitos e na defesa do direito à propriedade. Já para Rousseau, o homem nasce bom e a sociedade o corrompe. Para Rousseau, este Estado de bondade ocorre quando um indivíduo imposto de uma propriedade privada surge como motor gerador de desigualdade e de violência. O Estado de posse trava uma luta entre os que possuem e querem preservá-la daqueles que não têm e podem tomá-las. E hoje, qual é o papel do Estado? A função do Estado atual é garantir segurança e a ordem pública, fornecer serviços públicos como saúde, educação, infraestrutura e promover o bem-estar social e econômico. Podemos dizer que o Estado Democrático de Direito é uma evolução da democracia, garantindo a proteção dos direitos individuais e coletivos e estabelecendo limites claros para o exercício do poder. O Estado Democrático é uma estrutura mais ampla que política, judicial e as instituições públicas da sociedade. Em uma democracia, como o Estado Democrático de Direito, são vários os grupos de poder. Diante de tudo que foi dito e apresentado, é possível perceber que no jogo de poder político, mesmo em uma democracia, existem grupos que exercem poder sobre os outros. Isso fica evidente no Paraguai, onde o Partido Colorado se mantém no poder durante 70 anos. Outro grupo que se mantém no poder são os homens sobre as mulheres. Mesmo sendo uma sociedade dividida entre homens e mulheres, podemos perceber que as mulheres desde o nascimento da política até os dias de hoje sofrem restrições culturais, sociais e políticas. A Argentina tem feito um progresso maior nesse que exige inclusão das mulheres em um âmbito político, mas como vimos, as mulheres enfrentam obstáculos significativos para se lançarem como candidatas e ocuparem mais espaço no cenário político. Ao mostrarmos o cenário das eleições na Argentina e no Paraguai, podemos perceber o jogo político através dos candidatos que têm um histórico na vida pública tentando se perpetuar no poder. Procuramos mostrar o que é a democracia e o papel do Estado para assim reconhecer os candidatos que mais se alinham com esses conceitos, na tentativa de reconhecer os grupos de poder que usam a democracia para exercer o poder e interesse próprio. Legendas pela comunidade Amara.org

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