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Shirlene-áudio-2019

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The speaker studied at MAPO for eight years, left, attended another high school, then returned after passing a contest. They mention that MAPO was better in the past, with better government funding and infrastructure. The teaching was excellent and strict, with limited freedom for students. They mention two memorable teachers, one of whom has passed away. The speaker currently works at the school but wants to pursue a career in administration. They love working with students and feel a strong connection with them. The conversation ends with gratitude for the opportunity to share their story. Então, eu estudei no MAPO durante oito anos, saí daqui, fui para outra escola de ensino médio, depois eu fui para a USPA, passei no concurso e agora retornei. Então, o MAPO fez parte da minha vida de estudante e agora faz parte da minha vida profissional. Na época que você estudava no MAPO, como era a infraestrutura daqui? Era melhor do que é hoje. Era muito melhor. Naquele tempo, as verbas do governo eram melhores, a escola tinha uma estrutura, mas o perfil da escola era outro. Não tinha laboratórios formais, porque antes de tempo não tinha, a gente queria fazer pesquisa inicial para o Centro 1. Enfim, era outro perfil de escola. Mas a estrutura em termos de sala de aula, de ventilação, dessas coisas, era bem menor. Com o passar do tempo, lógico que foi deteriorando, mas reformando para a escola. Como era o ensino na época de aluno no MAPO? Olha, quando eu estudei aqui, o MAPO era uma referência. Era uma das melhores escolas do estado, já na Ribeira. Então, era muito bom, os professores eram muito bons, a gente tinha uma estrutura bacana, com relação até para pessoas de corredor, as pessoas, a gente não tinha essa liberdade, vocês ficavam passeando, andando, a gente não tinha isso, a gente vivia no verdadeiro quartel. A gente não podia sair da escola, a gente só vinha estudar, realmente. Você tem alguma professora ou professor do MAPO inesquecível? Qual o nome e qual era a disciplina? Olha, tem dois, um já morreu, infelizmente, mas outro eu acho que já deve ter sido professora de você que é professora de artes, professora de Zelda. Foi minha professora aqui quando eu estudei. Muito boa. O que fez você trabalhar na escola e em qual professoração? Na verdade é assim, quando eu fiz o concurso público, eu não sabia se eu ia estudar, porque eu vinha trabalhar justamente aqui. Então, eu fiz o concurso para a SEDUC, e quando eu ganhei a minha convocação para morar aqui perto, eles pegaram e me lotaram aqui. Não foi uma escolha minha, foi uma escolha deles, mas graças a Deus eu vim ficar. Você tem vontade de trabalhar na função que a senhora está atendendo? Não. Porque é assim, eu estou consultada a nível operacional, e aí eu estou estudando para fazer uma consulta a nível superior, mas pretendo ainda continuar na Secretaria de Educação do Estado. Então, você deseja seguir outra profissão, uma da escola? Sim, sim, eu sou administradora, então eu quero fazer para administração. Perfeito. Quando você estudava aqui, você se imaginava trabalhando aqui mesmo? Jamais. Nunca. O que mudou na sua visão sobre ser estudante da escola e agora funcionária? Estudante dá muito trabalho. Eu dava muito trabalho. Agora que eu estou do outro lado, eu sei quanto eu dava trabalho na escola. E como é que você se sente, sendo uma colaboradora da escola? Eu amo trabalhar com alunos. Eu amo vocês. Apesar de termos ganhado outros masquetes, mas é assim, para ser parte da minha vida, eu tenho pouco contato com os meninos da manhã, só quando vem a educação física da tarde, mas os meninos da tarde, que é com quem eu convido, são todos meus sobrinhos, eu amo todos. Se eu tiver que brigar, eu brigo, se eu tiver que abraçar, eu abraço. Então, a gente passou a fazer parte de uma caminha. Todo dia eu estou aqui, todo dia eu me perfumo, todo dia eles me perfumam. Tá bom, foi isso. Ah, já acabou? Já. Muito obrigada por compartilhar a sua história e um pouco de tudo o que você já passou. Eu que agradeço por terem me escolhido.

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