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In this episode of "Soltando a Franca," Paulo Coelho discusses the modern obsession of unanswered messages. He shares personal stories of waiting for replies and the anxiety it can cause. He emphasizes the importance of understanding that people have their own lives and may not always respond immediately. Paulo advises being direct in communication and not taking delayed responses personally. He also encourages disconnecting from digital platforms and giving time to oneself. Olá! Seja muito bem-vindo a mais um episódio do Soltando a Franca. Eu sou o Paulo Coelho e hoje a gente vai falar sobre uma loucura muito moderna, tá? Relativamente moderna, que é a nóia, né? A loucura das mensagens não respondidas. E eu tenho certeza que todo mundo, todo mundo, já surtou esperando uma mensagem. Principalmente as mensagens românticas, vindas de quem a gente quer ter um date. É, é, meus amigos. Bom, vamos lá? Gente, viver no mundo digital tem as suas vantagens, que são muitas, mas também um prato cheio pra desentender muitas loucuras, né? Mais loucuras do que eu esperava. Você manda aquela mensagem, vê que a pessoa visualizou, que a pessoa tá online e nada. Aí a cabeça começa. Será que eu falei algo de errado? Será que a pessoa me odeia? Será que ela foi abduzida por alienígenas? E pronto. A nóia tá instalada. Bom, eu tenho certeza que todo mundo já passou por alguma loucura dessa maneira e eu vou te contar uma história pessoal. Bom, eu tenho várias histórias sobre isso, né? E várias histórias super tóxicas sobre isso. Porque as mensagens que eu espero, normalmente, elas têm um tempo e dependendo da pessoa que é, eu sei o tempo que ela vai demandar pra responder. Porque eu converso com pessoas bem trabalhadoras, porque eu sou do povo, eu sou quase o Lula, né, pro... como que chama? Pro... como que chama? O pessoal lá, né, que trabalha pra ser proletariado. E assim, e às vezes a gente manda uma mensagem pra aquela pessoa que dorme muito cedo, que é umas nove, meia, dez horas. Eu sei que a pessoa vai responder no dia seguinte, mas no dia seguinte, seis horas, tá? Da manhã. E eu acordo às nove, porque eu sou do... eu já falei. Eu sou do povo. E assim, né, dependendo da pessoa, primeiro, dependendo da pessoa a gente tolera e como eu disse, a gente sabe aquele negócio, né? A gente sabe quando a pessoa vai responder, por exemplo, que é o que eu contei aqui. Tem gente que eu converso, que às vezes eu mando uma mensagem dez horas, dez e meia, nove e meia e a pessoa, ela vai responder seis horas da manhã, porque ela dorme cedo e ela trabalha bem mais do que eu, inclusive. E... enfim. Mas assim, eu sempre fui uma pessoa que quando eu comecei a ser jovem, né, é... o que ia acontecer comigo? Eu vim de uma fase jovem, que o jovem começou com a besteirada de pegar todo mundo, de ficar só por ficar. E assim, nunca foi uma coisa que me agradou, né? Porque assim, se você não consegue vencê-los, junte-se a eles, né? E foi o que eu utilizei, foi uma referência que eu utilizei assim pra muitas coisas da minha vida, inclusive nesse aspecto, né? E... mas assim, também, todas as pessoas que eu conversava e conversava no intuito de ter algum relacionamento, né? É... eu fui muito apaixonado, entendeu? E vi uma coisa de paixão mesmo. Por todas as pessoas que eu conversava com o intuito disso, do amor mesmo, né? De ter uma outra coisa. Bebi água, tá? Porque hidrate-se. É melhor pedras no caminho do que pedras nos rins, viu? E aí, né, fui muito apaixonado, sempre, sempre. E a primeira pessoa que eu comecei a conversar foi na sexta série. E era uma pessoa super bonita. Isso é muito válido, tá? Muito válido a gente falar. Não que eu sempre conversei com pessoas feias, muito pelo contrário. As pessoas que eu achava muito bonita e acho até hoje. E era uma pessoa muito bonita. Tão bonita que ela atiçava o lado sexual de todos os meninos da escola. E quiçá meninas, tá? Só que, né, ela era seletiva, mas todo mundo queria namorar com ela, queria beijar ela, queria pegar ela, queria fazer alguma coisa com ela. Porque ela era verdadeiramente bonita, tá? E isso a gente tem que deixar claro aqui. Ou porque ela só era padrão. É, tá bom? É isso aí, eu sou tão do povo que eu falo mesmo. Eu não tenho papa na língua, tá? E assim, era uma pessoa super bonita. E eu mandei mensagem pra ela achando que eu tinha alguma chance. Porque a gente assim, não basta dar só apaixonado. Basta a gente ir com a coragem. Porque o não a gente já tem. E fui com a coragem, mandei mensagem pra ela. E ela demorava pra responder. E eu falei, é uma pessoa, não é? Super despreendida das redes sociais. Tudo bem. E a gente trocando um papo. E eu nunca fui assim. Eu nunca fui assim. Me veio uma coragem de um lugar que eu não posso citar. Mas que começa com duas letras. Porque, gente, começa no que tem duas letras. Porque, gente, eu nunca fiz isso na minha vida. Eu nunca tive coragem. No primeiro dia que eu falei com ela, gente. No primeiro dia que eu falei com ela. Eu já expus as minhas vontades. Para com ela. Eu já falei, olha, eu quero isso, isso e isso com você. Ela, também pra não falar, pra me chutar. Pra não chutar cachorro morto. Ela foi lá e me dispersou do assunto. Me despistou. E eu, como um grande apaixonado, caí. E falei, não vou mais falar sobre isso. Porque, às vezes, a pessoa também tem isso. A pessoa fica desconfortável. Só que ela demorava muito pra responder. Muito, muito mesmo. É mais, né. A gente fica com aquela LED espreendida das redes sociais. Tudo bem. Eu briguei com ela. Aí, a gente ficou conversando. Muito tempo. Aí, primeiro, eu pedi pra falar com ela. E aí, eu vi que ela parou de responder muito. Assim, muito. Durante muito tempo. E aí, eu, depois de muito tempo, também falei. Desculpa se você ficou desconfortável. Porque, claro, tem que falar. Tem que falar. Não é só deixar a pessoa na berlinda. Tem que falar sim, tá. Tem que falar. Tem que falar. E aí, tudo bem. Desculpado, né. E aí, a gente brigou. Porque, o meu pai colocou na minha cabeça que ela não queria nada comigo. E que ela não me tratava bem porque ela não me cumprimentava na escola. Porque eu estudava com ela. Ela estudava de manhã. Eu estudava de manhã também. Na mesma série. Porque tinha uma diferença de idade. Aí, eu sempre fui... Desculpa. Bati no braço articulado. E eu sempre fui isso. Nunca gostei de meninos mais novos. Meninos mais velhos. Experiência de vida. Não sei. Mas era pouca a diferença. Você não vai começar com dois anos de idade. É. Dois anos. Com essa e com outra, um ano só. E assim, né. Ela me desculpou. E a gente brigou. Porque o meu pai colocou na minha cabeça que ela me tratava mal. Porque ela não era a maior para responder. Porque ela não falava comigo na escola. E eu caí na pilha. Como um grande patinho cai no lago. E eu caí na pilha. O que eu fiz? Briguei com ela. Coloquei as cartas na mesa. Eu não existo só nas redes sociais. Tá bom? Favor me contratar na escola. Tudo bem. Um dia, era uma festa lá. Na escola. Aí a gente deu um aperto de mão. Pronto. Acabou. Acabou. Minha noiva também. Poxa. Ela me deu um aperto de mão. Pra quê? Pra quê brigar? Pra quê brigar de novo? Depois disso, ela nunca mais me cumprimentou. Só me cumprimentou aquela vez. Que eu surtei também. E aí foi isso. E aí eu briguei. Parei de falar com ela. Porque também... Minha família e meus amigos colocaram na minha cabeça que eu estava iludido como eu estava. Porque eu estava cego. Eu estava ludibriado. Entendeu? Ludibriado. Ludibriado pelos cantos da sereia. Entendeu? E parei de conversar com ela. Aí eu voltei a conversar com ela de novo. No ano que veio. Que aí eu já estudava à tarde. Ela estudava de manhã. Mudei de turno. E aí ela me tratava mal. Eu perguntava se estava tudo bem. Ela falava tudo. E nem perguntava como eu estava. Entendeu? Isso é tratar mal. Porque isso é educação. Igual aquelas pessoas que passam e não falam boa tarde. Eu tenho uma raiva. Eu tenho uma raiva. Porque isso é educação. Entendeu? Isso é educação. Mas tudo bem. E aí ela parou de... Demorava muito sempre para me responder. Sempre estava online. Visualizava. E assim... No final... Eu fiquei maluco. Entendeu? Fiquei maluco por ela. Fiquei maluco comigo. Entendeu? Para comigo. Porque no final eu não fiquei com ela. Ela não ficou comigo. E hoje ela namora um dos meus melhores amigos. Mas eu não sabia da história. Então assim... É tudo uma grande loucura. O mundo é muito pequeno. Eu ficava muito noiado. Eu não me aprofundei. Mas eu ficava muito, muito louco quando ela demorava para responder. Porque eu sempre fui muito apaixonado. Sempre fui muito apaixonado. Sempre, sempre, sempre. Por todas as vezes que eu conversava numa simples intenção de ter alguma coisa além com essa pessoa. Eu me apaixonava antes de chamá-la para conversar. E sempre foi assim. Fazer o quê? Eu sou assim? Poxa. Sabe? Ninguém me credibiliza. Ninguém credibiliza uma pessoa dessa maneira. Fazer o quê, né? Bom... Vamos para o segmento 3. Segmento 3. Dicas e sugestões. Vamos aprender a lidar. Tentar lidar com essa loucura. Vamos dar tempo ao tempo, gente. É a pessoa às vezes preocupada e tentar relaxar. O mundo não gira em torno da resposta dessa pessoa. Entendeu? Eu, por exemplo, eu espero o e-mail de uma pessoa que eu contatei para vir no podcast até hoje. Essa pessoa não parou de postar stories. Acabei de receber uma notificação aqui que ela postou. Acabei. O mundo não gira em torno da mensagem que a pessoa manda para você. Da mensagem que você manda para a pessoa não gira. Aprenda a esperar. Desculpa. As pessoas trabalham. As pessoas estudam. As pessoas são ocupadas. E às vezes as pessoas só não querem te responder. Isso é válido. Entendeu? Não ache que tem que responder na hora. Entendeu? É válido. É sim muito válido não responder na hora. Eu já fiz isso. Você que teve essa loucura, essa nóia, já fez isso. Então para. Para. Entendeu? Não leva para o lado pessoal. Seja direto. Entendeu? Eu estou falando. Se a mensagem for importante. Tipo. Falta a planilha para eu fechar o tananã do trabalho. Aí você manda. É importante. Por favor responder. Você dá uma cutucada. Seja direto. Entendeu? Seja direto. Não seja assim. Entendeu? Subentendido. Ninguém deve ser subentendido. Entendeu? Só as. Como se chama? Orações que dão a crase. Por exemplo. Oração a moda de subentendida. Essa pessoa escreve a. Machado de Assis. A moda de Machado de Assis. Por isso tem crase. Já levou o conhecimento da língua portuguesa. Poxa. E se desconectar um pouco. Vai assistir uma TV. Assiste uma série. Eu por exemplo. Eu mando uma mensagem. Eu estou assistindo uma novela. Chamada Amor de Mãe. Do Globo Play. Porque eu. Enfim. Eu amo a Regina Casé. Assim. Se eu pudesse sair das entranhas dela. Como um grande filho. Eu sairia. Mas eu não pude. Eu não pude. Eu não pude. Eu não pude. E estou aqui. Entendeu? Então se desconecte um pouco. Vai assistir uma série rapaz. Entendeu? A série da Rainha. The Crown. Da Netflix. É uma hora. Cada capítulo. Igual a novela que eu estou assistindo. E assim. É uma coisa que fala de política. Acontece tantas coisas em um só episódio. Que a gente fica até meio maluco nessa série. Mas é muito legal. Que eu já assisti. Então assista. Bom pessoal. Esse é mais um episódio de Soltando as Frangas. Pra conta. Eu espero que você tenha tido. Que você tenha curtido. E que essas dicas ajudem a diminuir a nóia das mensagens não respondidas. Não se esqueçam de seguir o podcast no Spotify. Deixar um comentário. E compartilhar com os seus amigos. Até a próxima. Ou próximo episódio. Goodbye.