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Cronicas de Tecnologias Aplicadas ao Ensino

Cronicas de Tecnologias Aplicadas ao Ensino

Paulo Brito Do Prado

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00:00-07:43

Loucuras de um professor que já pirou e agora inventou de gravar suas peripécias.

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Crônica de Tecnologias Aplicadas ao Ensino. Causas e vivências de um Goiano no Nordeste. Boa noite, pessoal. Aqui é uma ousadia feita por professor que já pirou e está prestes a sair doido, puxando os cabelos e arrancando a roupa. Brincadeirinha. Mas quem quiser ver sem roupa, já sabe, hein? Só chamar pra frescar, que eu vou. Estou aqui pra contar um pouquinho das minhas peritécias, e para isso escrevi uma crônica. Bora ouvir? Pois já tô lendo, hein? Escuta aí. Boa noite, gente. Sou professor de histórias, desenhador nas horas vagas e um leitor faminto por novos achados bibliográficos. Como se tudo isso já não fosse muita coisa para uma pessoa só fazer, dada a conjuntura da vida, que é doida, muito doida, me vi diante da possibilidade de me tornar um podcaster. É sério isso? Isso é profissão? Parece que sim, né, gente? Enfim, pois deixe ela com o podcast dela, mulher. E deixe ela contar a história dela, mulher. As aulas são uma correria só, um batidão de horas que precisam ser percorridas em uma semana e meia. Quando vou me aproximando do finzinho, quase nem lembro da água que preciso tomar, ou mesmo do meu nome, e as horas de planejamento capaz de cumprir toda a dinâmica das aulas. Menino, é coisa de doido. Ontem eu esqueci que havia tomado banho duas vezes? Pois não é que tomei um banho uma terceira vez? O bom foi que fiquei limpinho. Se quisessem comer minha barriguinha de lobó, estava liberado. Estava tão cheiroso. A gente trabalha com aulas durante todo o dia. E no fim, retornamos para casa cheios de afazeres profissionais para executar. Vocês acham que eu iria dormir, comer ou transar? Ah, quem me dera. Eu bem queria. Afinal, eu adoro. Mas só que não. A pobre coitada aqui foi a trabalhar. Do contrário, como faria para aprender os graduandos em minhas aulas? Por oito horas ininterruptas. Companheiro, é bicho feio. A professora que existe em mim sofre mais que subar de aleijado, e o planejamento precisa estar bem amarradinho para a galera não honcar. Se bem que há aqueles que quase fazem isso, não é mesmo, dona Maria da Graça? Mas não se aperreie não. Eu compreendo que o batidão é bruto, viu, minha gente? Quem está de fora acha que não fazemos nadinha, mas o peso e a responsabilidade com o estudo das ciências humanas e sociais tem sido bem registrada. Pois vai ler quinze artigos e compreende-los em apenas uma semana? Eu me sinto seguro para dizer o quanto vocês e nós, os professores, tiramos de letra essa doideira toda. Para quem está de fora, ficou aprendizado. Vem planejar, dar, assistir sessenta horas em uma semana e meia e sair de posse das suas faculdades mentais. Venha, pois venha. Mas minha passeada pelo mundo dos vocais se dá por outra razão. Já é um entendimento geral de que quem ensina aprende à medida que executa suas aulas. Nas aulas aprendemos um pouco de tudo, desde as relações com gerações diferentes das nossas até costumes e outras culturas. É um exercício de alteridade, se bem que é isso que se dá para quem permite ser afetado. Aprendemos novos sotaques, não é mesmo, mulher? Pois não é que, enquanto elaboro meu plano, me pego ouvindo Erika soltar sua retórica esperta para se desenfilhar nos textos? E o traqueiro de Luana, enumerando aquilo que aprendeu sobre tecnologia e educação, não deixa de vir junto de seu sonoro oxi-pronunciado, vez ou outra durante as aulas. Como mágica, uma a uma vai passando no fio de minha memória. É Sabrina com seu cuscuz para lá e para cá. É Kelly partindo para o quintal levando junto o público do Instagram. É Pamela me surpreendendo por sair um dia de cabelo castanho e por voltar no outro com ele todo azul. É Edilânia e Tatieli ficando vermelhas a cada expressão típica do meu goiás que solto nas aulas. É Jaqueline afavorada tentando desligar o celular que tomou vida própria na aula. É Benedito, bendito ao fruto, porque eu virei fruta, me apresentando um novo repertório musical. É um Nordeste todinho para eu conhecer. É muita alegria pela boa recepção dada a esse matuto do pé rachado que ousou furar a própria identidade cultural e viver nos confins do outro, em um estado abençoado pelo São João. Obrigado, minha gente, e agora deixo para vocês o Nadson, o ferinha, que não saiu de minha cabeça e entrou na minha trilha sonora diária. Brigadão, Benedito, adorei a sugestão. Beijão para vocês, porque lá em Goiás é assim que a gente faz. Abraça todo mundo e chama para Rua Epiqui. Legendas pela comunidade Amara.org Legendas pela comunidade Amara.org Legendas pela comunidade Amara.org Legendas pela comunidade Amara.org Legendas pela comunidade Amara.org

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