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Podcadas de Enfermeiro- Ep.1, Bruna Carmo

Podcadas de Enfermeiro- Ep.1, Bruna Carmo

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The Podcadas de Enfermeiro podcast is introduced by Maria, the Coordinator of the Marketing Department, and Inês. They discuss their plans for the podcast, which aims to share information and academic topics with the community through interviews. They also talk about the challenges of creating the podcast and how they came up with the name. They then play a game related to nursing and reminisce about their first days at the nursing school. Overall, they are excited about the podcast and its potential to connect with the nursing community. Podcadas de Enfermeiro! Uh! Alô malta, sejam bem-vindos e bem-vindas ao Podcadas de Enfermeiro. O meu nome é Maria, sou Vogal Coordenadora do Departamento de Marketing e comigo para apresentar este podcast tenho a Inês. Sou Vogal do Departamento de Marketing, peço a desculpa pela minha voz. Este vai ser um espaço onde nós vamos conversar, entrevistar diversas personagens aqui da nossa comunidade. O Podcadas de Enfermeiro promete ser um espaço de muita conversa e partilha com o objetivo de dar a conhecer à comunidade o mundo da informagem e os melhores assuntos académicos. Pretendemos fazê-la através de entrevistas a diversas figuras da nossa área. Mas agora vamos então passar para aquilo que interessa. Como primeira convidada não podíamos ter outra que não a nossa caríssima Presidente Bruna Carmo. Ela que é conhecida por várias por ser Presidente da Direção da AESFP pelo sum do ano consecutivo. Os amigos dêem uma olho noxa e sabem o quão maluca é por estar aqui a liderar pela segunda vez. É apaixonada por animais, sejam gatos, cães ou periquitos e tem uma família deles lá em Guimarães. Não passa por sem abrigos sem os cumprimentar, não pisa à rela dos jardins e não sabe o que é ir dormir cedo. Está no auge dos seus 23 anos e os seus planos para a vida são mais do que muitos. Seja muito bem vinda Bruna. Obrigada, obrigada Inês. Foi ótimo, foi ótimo. Gostaste? Gostei sim. Eu acho que esta apresentação... Não, gostei. É engraçado porque efetivamente ontem obriguei a Gabi a não calcar selva. Portanto, não existe essa frase. Muito bem. Olha Bruna, queríamos falar aqui um bocadinho, queríamos aliás falar um bocadinho nós os três sobre a criação deste podcast. E em que é que vai acontecer? Queres explicar um bocadinho? Posso, posso explicar um bocadinho. Nós surgimos desta ideia do podcast até foi mais ou menos bem mesmo no início deste ano civil em janeiro. Só que na altura nem sequer tinha entrado para o nosso plano de atividades porque nem tínhamos a certeza se iríamos realizar ou não. Precisamente por causa da falta de material. Mas entretanto já conseguimos resolver esse problema. O podcast era uma ideia que já estava nos nossos planos há pelo menos dois anos. Na altura até ia ser um nome diferente. Ia ser AISFP1. Era assim qualquer coisa. E isto foi há dois anos atrás. E na altura até se tinha feito um take com, um take não, um vídeo com a presidente da altura que era a Diana Cardoso. Só que na altura não tinha ficado com muita qualidade e foi por isso que o projeto não tinha avançado. Mas nós sempre tivemos, pretendemos fazer este podcast porque a verdade é que a nível de marketing é mais uma estratégia para nós conseguirmos não só estar próximo da nossa comunidade estudantil, mas também para trazer alguns assuntos que sejam pertinentes não só acerca da informagem mas também para a nossa comunidade. E foi basicamente este ano levarmos um bocadinho mais esta ideia a ser concretizada. É verdade, é muito curto. É tipo o nosso departamento de marketing. Ficou assim um bocadinho receoso e ficamos assim, não sei, era uma coisa um bocadinho ainda incerta. Exato. Estávamos com um bocadinho de medo que não fosse ser muito abisão, que não fosse ser um projeto mega feliz. Mas pronto, agora estamos muito mais entusiasmadas aqui com o podcast de enfermeiro. Eu diria que o departamento de marketing está em grande. Eu também acho que sim. Deve-se afirmar isso. Deve-se afirmar isso há algum tempo. Mas acho que o marketing está lá na topo. Aliás, a frase que eu digo para o nosso departamento é, desde o ano passado que eu digo isto, que eu peço qualidade, vocês dão excelência. Ah, estamos lá. Estamos lá. Olha Bruna, e o nome do podcast, como é que surgiu? Consegues explicar? Sim, pois, como vocês sabem, foi extremamente difícil. Chegámos todos ao mesmo tempo. Era Picadas de Enfermeiro, era já nem sei o que foram as outras ideias que nós tínhamos mencionado. Como vos disse há uns anos atrás, a ideia que nós tínhamos tido era Ais em Especão. E pronto, é assim. E foi muito difícil arranjar esse nome. Tanto que lá estávamos mais inclinados para a Picadas de Enfermeiro. Mas depois tivemos um dos nossos colegas. Tivemos a excelente ideia de adaptar de Picadas para podcast. Está top. Eu acho que é claro. Está super fixe. Para transformarmos esta conversa um bocadinho mais num momento de... Uma coisa mais dinâmica. Exatamente. Vamos então agora passar para um pequeno joguinho para descontrair esta nossa conversa. E claro que os nossos jogos vão ser todos relacionados, pelo menos para já, com a enfermagem. E portanto, preferes colocar uma sonda nasogástrica ou um catéter urinário, Bruna Carmo? Deixa-me pensar. Sabes que eu nunca coloquei uma sonda nasogástrica? Nunca. Sonda? Nunca, nunca. Olha, nunca aconteceu. Porque na altura... Porque no ensino clínico... Normalmente é o ensino que te permite ter mais dessas oportunidades. Eu nunca coloquei. Acredito que tenha sido por isso. Portanto, só posso mesmo ir para o catéter urinário. É a única experiência que eu tenho. Ok. Para mim, catéter urinário, all the way. Bruna, ainda te lembras do teu primeiro dia na EZEP? Eu não sei se foi o primeiro dia. Eu lembro-me dos meus primeiros dias. Conta lá. Eu até também gostaria de contar esta história, mas nem sei se foi para a nova equipa. Na altura, foi basicamente a história do porquê... Está um bocadinho ligada também do porquê de eu me ter ligado a... Ah, desculpa. Foi porquê de eu me ter ligado a... Para quem não percebeu, eu disse à Bruna para ela se escarar a microfone. Sim, desculpa. Antes mesmo que eu comeste, é que um papagaio em frente à minha cara um bocado sai. Não estou habituada. Não é o que eu estava a dizer? É o primeiro dia. Não foi exatamente o primeiro dia, mas não foi o primeiro, foi o segundo. Aliás, não há mentira. Lembra-me. Eu estava a sair... Na altura, eu ia e vinha todos os dias em Marais. Mais particularmente, Moreira de Conos. E metia-me lá no meu comboio. Para depois sair em São Bento e apanhar o metro. Na altura, eu tinha apanhado esse comboio por acaso com uma amiga minha. Da minha zona também. Que também tinha estado na primeira fase... Num ano anterior ao meu. Tinha estado na primeira fase em formagem. Só que depois na segunda foi para a direita. Ou seja... Mas imagina, ela sabia mais ou menos o caminho. Pronto, então nós fomos no mesmo comboio. Saímos também em São Bento. E ela no metro veio comigo, porque ia por acaso para aquela zona. E eu saí no IPO. E ela ia até o hospital de São João. Até a última paragem. Pronto, eu lembro-me perfeitamente desse momento. Porque estava eu toda nervosa. Mas ao mesmo tempo feliz por estar a sair da paragem no IPO. Porque ao invés de virar para o sítio certo. Tu sais na paragem do IPO e viras para a esquerda. Eu estava a virar para a direita toda. Estavas a fazer o pequeninho foco para a gente. Liga-me ela. Olha, por onde é que tu estás aí? Eu estou a ir para a Iséia. Mas a Iséia está para o outro lado. E lá tive eu que dar a volta outra vez. Pronto, depois na altura fui para o auditório. Não conhecia ninguém. Mas lembro-me perfeitamente... Aliás, eu lembro-me perfeitamente de quem estava ao meu lado. Acho que era a Rita Sá. Estava a ver se conhecia alguém. Quer dizer, conhecia não. Porque eu sabia que não ia conhecer ninguém. Mas estava a ver se conseguia conhecer alguém para ser do teu grupinho. Sim, do turno da tarde. E na altura tinha reconhecido também uma rapariga que era da minha zona. Até juntámos outras raparigas. E ficámos com elas durante esse dia. E não me lembro se foi nesse dia. Ou se foi no dia a seguir. Que eu tinha visto a banca da Associação dos Santos. Que na altura estava a Joana Gadeira. E depois estavam dois rapazes também ao lado dela. Que eram também da Associação na altura. E... Não sei o que é que me passou pela cabeça. Eu fui ter com eles. E disse-lhes. Eu gostaria de saber como é que posso fazer para... Fazer parte da Associação. Assim logo, uma plena caleira. Sim, sim. Eu não sei o que é que me passou pela cabeça. Sim, mas eu, por exemplo, no ensino secundário. Eu tinha feito parte de uma lista. Para me candidatar para a Associação. Só que haviam duas listas e a nossa perdeu. Opa, ou seja, nunca pertenci efetivamente a uma. E quando vejo a banca. Simplesmente pensei. Eu vou perguntar e vou dizer que tenho interesse em fazer parte. E a Associação dos Estudantes do Ensino Secundário. Não tem nada a ver com a Associação dos Estudantes do Ensino Superior. Inclusivamente. Nem vamos começar a falar dos orçamentos. Mas é preciso ter motivação. Para uma pessoa querer continuar. Claro, sim. Na altura, na lista do secundário. Eu tinha um cargo de vogal. Já nem sei que vogal é que era. Mas era das pessoas mais participativas. Nem queria saber. Eu ajudava em tudo aquilo que podia. Acho que até foi um bocadinho. Desse pouquíssimo tempo que eu estive. Neste caso, foi na lista. Eu entrei assim depois. Não sei porquê. Vi a banca, vi a Associação. Fiquei com eles. Eles, na altura, apontaram o meu nome. Dois meses é que fui contactada. Achava mesmo que não ia ser contactada. Porque na altura eu achei que os mandatos. Eram muito mais cedo do que o que nós dizíamos. E quando sou contactada em novembro. Claro que de certa forma não estava à espera. Não estava à espera. Ah sim, não disse que não. Mas não estava à espera. Já voltamos aqui um bocadinho a falar da Associação. Mas ainda queria saber como é que tu te sentiste. Assim logo na ESEP. Entraste em Enfermagem. E agora? Não te lembro. Não, como assim? Não me percebo a perguntar. Gosto do primeiro dia. E como é que te sentiste? Pensava assim. Sentaste no auditório e disseste fogo. Onde é que eu estou? É que aquele auditório. O auditório todo cheio. Porque nos primeiros meses ainda vai toda a gente às aulas. E a seguir também vão, não é? Mas pronto, como é que te sentiste? Eu sentia-me nervosa. Mas acima de tudo entusiasmada. Era a Enfermagem que tu querias? Lá está isso. É que é outra história. Para aqueles que não sabem, eu tenho 23 anos. Isso porquê? Eu quando terminei o 12º ano, eu queria, supostamente, Medicina. Isso é outra história. Porque Medicina nunca teve os meus planos até uma dada altura da minha vida. E posso estar mesmo compartilhando sem problema nenhum. Foi por causa do meu avô. O meu avô sempre quis que eu fosse médica. Só que na altura dizer, não, eu gosto tanto de animais, que nem pensava em passar a roupa veterinária. Pronto, só que ele, em 2000... Desculpa. Voltando, voltando. Só para dar um enquadramento. Nós temos uma janela em cima de nós. Não estava a contar que passasse uma pessoa pelo teto. Bruna Karam, como é que te sentiste? É isso, vamos situar. E foi para aí em 2012. O meu avô faleceu. Na altura, desde então, o meu discurso mudou. Era do tipo, em honra ao meu avô, eu vou tornar médica. Portanto, era esse o meu foco. Terminei 12º. Eu não sei para que lado é que iria. Porque eu era muito boa a línguas. Só que ao mesmo tempo, psicologia também me encantava. Só que ao mesmo tempo, também estava a sofrer um bocado, e é verdade, estava a sofrer um bocado de pressão social por eu querer psicologia. Porque na altura, aquilo que me diziam, atenção, aquilo que me diziam, psicologia, eu ser psicóloga, não ia chegar lá a nenhum, ia para o desemprego. O desemprego era mais do que garantido. Na altura, diziam regularmente isto. Obviamente que isto me abafava um bocado, de certa forma. Então, eu como queria tomar uma decisão ponderada, fiz um ano de pausa. E nesse ano, supostamente, ia-me dedicar aos exames. Só que o que é que se passou? E, efetivamente, fui falar com na altura a minha escola, a escola secundária, dizia que queria voltar a fazer as aulas do 12º ano. E eu, uma, do 11º ano, que era espanhol, que eu queria fazer o exame de espanhol, caso quisesse ingressar em línguas aplicadas, que era aquilo que eu também tinha tentado candidatar-me. Sim, porque quando acabei o 12º ano, candidatei-me para línguas aplicadas, nas duas primeiras opções, e depois nas duas a seguir psicologia. E eu entrei na 4ª opção, que era psicologia, mas era em Braga. Mas eu não queria ir para Braga, porque era mais difícil. Tipo, é irónico, sim, porque é Guimarães, mas para mim, para o sítio onde eu vivia, era muito mais fácil ir para o Porto. Pronto, então não entrei, decidi fazer o tal ano de pausa, fui até Janeiro todas as semanas, quase praticamente todos os dias, às aulas. Sim, 12º ano. Sim, 12º dia de espanhol, 11º. Só que depois cheguei a Janeiro e fiquei cansada daquilo. Sim, eu já não me lembro o que é que se passou nesse período, porque depois em junho, agosto, trabalhei. Tive um trabalho de verão. Agora, se me perguntasse o que é que eu fiz em janeiro e junho, é quase como se fosse um ponto branco, exatamente na hora que eu fiz. Mas pronto, como é que informar entre um dos meus planos? Nessa altura, portanto, em janeiro, mais ou menos, janeiro, fevereiro, eu tive o Dia da Defesa Nacional, e fui sozinha, porque eu não conhecia ninguém, porque eu andei sempre nas escolas que não eram do meu conselho. Era sempre o conselho... Eu gostava de ser diferente. E pronto, e fui, e não estava de toda a espera de ter gostado tanto de ter visitado aquele dia. Você é a primeira pessoa que eu vejo. Isto porquê? Porque ele era muito boa. Ele foi enfermeiro na tropa, no exército. Percebem? E pronto, ou seja, de certa forma, aquilo despertou vários sentimentos em mim. E eu lembro perfeitamente, nesse dia, quando vim embora, estava totalmente sesmada, só que eu vim para casa e lembro perfeitamente, era de noite, estava grávida como toda, eu estava a chorar, porque eu pensava, meu Deus, o que é que eu tenho que fazer para conseguir chegar a este patamar? Eu sabia que tinha que fazer tais provas e eu sabia que nunca iria passar na prova física porque eu tenho problemas de saúde. Eu já sabia que eles não me iriam aceitar. E na altura, isso para mim foi muito difícil de digerir a nível emocional. Então foi a partir daí que eu pensei, ok, olha, e se não for em formagem militar e se for em formagem normal? E foi aí que comecei a procurar o plano curricular da ESEP e tudo. O plano curricular. Fui ver as cadeiras que tinham, as unidades curriculares, as instituições e eu, olha, pronto, vou-me candidatar a este e vamos ver o que acontece. E a sua candidatura foi a Escola Super de Enfermagem do Porto, primeira opção? Foi. E depois entraste. Exatamente. E não me posso dizer que no primeiro e segundo ano era certo aquilo que eu queria. Não. Porque eram só aulas, era muito difícil de nos dar, efetivamente, uma visão do que é ser enfermeira. É um contexto totalmente diferente. E foi quando cheguei ao terceiro ano que pensei, ok, é a enfermagem que eu quero para a minha vida. Portanto, foi foi nesse momento que eu percebi que é enfermeira que eu quero ser. Então, voltando aqui só a continuar a nossa dinâmica, outra pergunta do Preceires. Quando administras medicação, preferes fazê-lo por via intravenosa ou intramuscular? Intravenosa. Não tenho a melhor forma de falar. É só perguntar algo específico. Imagina, mais indesejante, eu diria. Porque imagina, já tens lá o cateter colocado. Não é mais indesejante, é mais fácil. Para mim é mais indesejante porque eu gosto de estar a passar tranquilamente com as minhas mãos. Quando é intramuscular, eu sinto-me obrigada a ter que segurar em tudo. Porque é para nada desconectar. Ou seja, eu simplesmente faço as coisas com mais cuidado, mas mesmo assim eu sinto que ainda estou um bocado tensa. O meu corpo está relaxado. Quando é administrar medicação intravenosa, estou muito mais relaxada. Olha, cai-se para cima! Olha que bota! Olha, Bernardo, como é que começa aqui? Eu sei que já falaste um bocadinho sobre o teu caminho e a tua primeira presença com a ISFP. Mas, explica-nos lá um bocadinho como é que começou este teu caminho a sério na Associação de Estudantes da Escola Superior de Informação e do Porto. Ou seja, tu pediste para fazer parte. E depois? Contactaram-te em novembro. Exato. Imagina, eu fiz o pedido em setembro. Passou setembro, passou outubro, não tinha recebido contactos de ninguém. Novembro também já estava a terminar e ninguém me tinha contactado. Eu pensei, ok, de certeza que me rejeitaram. Porque eu na altura ainda não tinha percebido que nós funcionávamos através de candidaturas, por listas. Nunca imaginei que fosse essa também a realidade. E na altura, eu lembro-me, estava com os meus pais no carro e recebi, na altura, a Bárbara Jorge era a presidente da direção, e recebi uma chamada dela a dizer que queria falar comigo por causa do meu interesse não sei o que mais. Eu disse, neste momento não posso falar, depois achas que podes me ligar quando for a casa. Eu lembro-me perfeitamente, chego esse dia, vou logo para o quarto, ligo-lhe, ela começa a me explicar, na altura a equipa já estava praticamente fechada, porque normalmente no primeiro ano são aqueles que é sempre mais difícil de encontrar. São basicamente aqueles que são deixados para o fim, entre aspas. E na altura, eu tinha duas vagas à escolha. Uma que era para ser vogal do departamento de apoio aos santos. E outra para ser vogal do departamento de marketing. Ah, não digas isso. Não é por ter recusado. Eu não recusei. Eu fui para apoio aos santos porque não é marketing. O que é que pensas de marketing? O que é que te incentiva? O que é que te incentiva? Qual é um talento que vocês duas têm em comum? São ótimas a fazer powerpoints. Ah, por acaso não. Não? O que é? Ótimas a fazer powerpoints? Claro, a nível estético. Não, a nível estético. Não, eu acho que por exemplo, eu acho que a comunicação aliás, eu acho não. Eu tenho a certeza que a comunicação no departamento de marketing é essencial. E depois tens a comunicação verbal, mas também tens tudo aquilo que envolve redes sociais, estarmos ali é aquele primeiro contato que as pessoas têm. Mas é estética. A transmissão de informação são os departamentos que fazem chegar, porque pode ser que o trabalho é mais estética. É verdade, mas é isto o que dizes como é que dentro, por exemplo, o departamento pede uma certa coisa, uma divulgação, uma encomenda. E és tu que vês as tuas imagens, és tu que escolhes aquilo que tu queres passar para o outro lado. Eu diria que nós acabamos por dar vida às ideias dos outros. Exato. Mas na altura eu pensei, ok, já estou tão habituada a trabalhar com isto, quero uma coisa diferente. Então foi por isso que eu fui para o departamento para ajudar. Não queres mais powerpoints? Sim, basicamente sim. Porque acho que vai ser interessante estar a falar com empresas e arranjar material. O material que seria algo mais... Só fazer aqui um encontramento, nós atualmente temos o departamento de logística comercial e apoio aos estudantes. Antigamente o apoio aos estudantes era o responsável por fazer as encomendas das batas. Era o atual departamento de apoio aos estudantes mais logística. Exatamente. E na altura foi isso. Não sei se a pergunta era para eu responder mais alguma coisa do resto do meu percurso. Não, sim, agora temos outra pergunta. Sim, queremos-te perguntar o que é que te levou efetivamente a candidatar-se a presidente pela primeira vez? Passando já os primeiros anos na associação, agora para presidente. Como é que isso surgiu? Em dezembro de 2019 eu tomei posse enquanto vogal do departamento de apoio aos estudantes. Depois, passado exatamente um ano, em dezembro de 2020 eu assumi o cargo de vice-presidente para as relações internas da direção. Eu mantive-me nesse cargo até julho de 2021. Provavelmente por motivos negativos, as coisas não estavam a correr bem e eu senti necessidade de ter que sair. Só que nessa altura em que já tinha saído, eu já tinha tomado a decisão de que, ok, e vocês conhecem, eu sou muito aquela pessoa que se algo está mal, eu não vou estar exatamente a criticar. Nem é fazer melhor. Se eu acho que algo está mal, eu não vou estar aqui só a criticar, eu tenho que tentar efetivamente ver se a minha ideia de que as coisas vão correr bem, ou seja, tentar seguir esse procedimento para ver se as coisas correm bem. E foi isso que eu pensei na altura. Eu não posso sair a criticar da forma como as coisas estão a suceder e não tentar fazer com que as coisas corram melhor. Pronto, e acho que tinha sido e foi bastante cedo na minha opinião, eu fui para aí em abril, abril, maio, e tinha decidido que ok, eu para o ano não quero ver as coisas assim, tenho a minha ideia de ver as coisas e quero experimentar para ver se corre bem. Portanto, vão-me candidatar para o ano para ser a próxima presidente. E pronto, portanto, em julho na altura tinha-me demitido e em novembro, dezembro foi quando começou a campanha para ser Como é que foi? O processo de adquirir todo o conhecimento que é necessário para ser presidente de uma associação de estudantes. Foi horrível. Foi horrível. Foi um processo muito complicado e ainda por cima lá está, porque na altura eu tinha-me demitido, eu no meu ano tinha restruturado o cargo de vice-presidente das relações internas porque, só para vocês terem uma noção, a vice-presidente das relações internas antes, pronto, antes do cargo, não existia uma atividade de sim-building. A vice-presidente das relações internas não estava nos grupos do WhatsApp, ela não acompanhava o trabalho dos departamentos. Pelo menos da forma como nós atualmente acompanhamos, percebem? Era algo muito diferente, por exemplo, era efetivamente esta pessoa que fazia os contatos direitos com a escola, era esta pessoa que fazia a organização do horário de abertura da sede, mas era algo extremamente básico a nível de acompanhar os departamentos, isso não acontecia. Pronto, e na altura nesse aspecto nós mudamos muito isso, e foi por isso até que, e foi isso, aliás, foi principalmente isso que me deu bases fortes para eu assumir, porque eu tinha bastante conhecimento de todos os departamentos, porque eu fazia a questão de, pronto, de acompanhar todos os departamentos como deveria ser. Só que lá foi muito difícil, porque depois em julho demiti-me e estamos a falar aqui de quase meio mandato que foi perdido em que eu não pude acompanhar as atividades como queria, por exemplo, uma das nossas maiores atividades é o Congresso Científico, eu não estive lá para o dinamizar. Percebem? Foi extremamente difícil, porque o ano passado eu tive que acompanhar tudo e a sua dinamização, mais ajudar a equipa também a integrar-se, obviamente nós tínhamos elementos antigos que já tinham participado, mas foi muito complicado. Foram os primeiros meses da transição que foram mais difíceis, mais desafiantes, mas acho que todos nós o ano passado conseguimos dar um bocado de volta a isso, até porque, vamos também ter aqui uma coisa de atenção, que foi, o ano passado tivemos a Barraquinha da Queima, e eu nunca, no mandato meu, tinha tido uma, não é? Por causa da Covid, etc. Exatamente, percebem? Portanto, existiram várias atividades o ano passado que foram retomar, pronto, a sua atividade, percebem? Presidencial. Aquilo que deveria ser. Sim, exatamente. Coisa que, por muito que, por exemplo, a Diana me tivesse passado na passagem de partido, nunca iria ser o mesmo, porque ela teve uma experiência mais online e nós mais presencial, então, foi todo um ano de experiências. Veronesco, longe de encontro presidencial, é a fé. E agora cuidado com essas respostas. Sou sincero. 0 a 10. 0 sem dor. 0 a 8.5. Estou extremamente feliz, mas não posso mentir que tenho os meus dias... Há momentos estressantes, não é? Há dias, semanas, meses, eu estou num loop de stress, às vezes. Mas também tens as tuas coisas boas, muitas coisas boas. As pessoas que tu ganhas, acho que é tão importante. E aquilo que eu digo muito, que é, eu acho que a coisa mais bonita que nós temos em ser dirigentes associativos é conhecer outras pessoas que lutam pelo mesmo que nós lutamos. Isso é, para mim, a coisa mais bonita que nós... É o que eu mais gosto por estar na Associação de Santos. Morona, nós pedimos para trazeres um objeto que tu possas apresentar-se. Que objeto é que trouxeste? Mostra lá. Ora bem, como vocês veem aqui, foi muito difícil escolher este objeto. Ok. Nós até chegámos a fazer uma atividade destas, que é... Acho que foi no teu primeiro mandato, Maria. No meu primeiro mandato? Sim. Não te lembras até que eu trouxe o meu gato? Não, isso não foi no meu mandato. Ou então eu faltei? Claro, não estavas. Porque nós tínhamos dito, traga-me um objeto... Então eu trouxe os meus demos, que eu ando sempre com a Maria, com as coisas delas... E eu mostrei o meu gato para a Câmara, não te lembras? Não, isso não foi isso. O meu objeto, claro, mas pronto, isso é uma minha vida. Trago então aquilo que basicamente eu não vivo sem, que é o meu calendário. Ah... Peraí, agora eu estava a pensar que eu comprei uma agenda, porque a Bruna Carmo me disse, eu escrevia tudo em post-it, e ela reclamava dos meus post-it. Peraí, um post-it perde-se toda a semana inteira de trabalho. Então eu senti-me obrigada a comprar uma agenda, e agora tenho lá tudo, e ando com a agenda sempre. E a minha agenda é um calhamaço. Maria, desculpa dizer-te que existem agendas que não são calhamaços. Mas imagina, nem sei o que é pior, porque ela tem uma agenda e anda sempre com ela. Eu tenho duas agendas, nunca ando com elas, percebes? Comprei-as para não andar com elas, para depois apontar coisas no meu calendário, ou então no bloco de notas. Sim, vocês não perceberam, mas o calendário é no telemóvel. Então pronto, é fácil. Porque o telemóvel, se há coisa que anda de tempo com isso, quer dizer, mais ou menos. Porque se não esteja enfocado, tudo em todo lado. Última pergunta, Bruna. Como é que tu consegues conciliar o facto de seres presidente, com os estágios e com a tua vida pessoal? Acredito que não seja muito fácil. Como é que eu faço? Com muito desespero. Sim, com muito desespero. É aquilo que nós também já falamos um bocadinho. A palavra que melhor caracteriza isso é o sacrifício. Porque nós não podemos... Nosso tempo não é infinito. O dia só tem 24 horas e eu com esse dia tenho imensas tarefas para fazer e tenho que as cumprir de ponto. Porque não posso deixar mais tarefas acumuladas para o dia a seguir, porque eu também tenho imensas tarefas. Portanto, tem que ser o sacrifício. Sacrificar o nosso tempo com a nossa família, sacrificar o nosso tempo com os nossos amigos e sacrificar também um bocadinho o nosso tempo a nível pessoal. Portanto, sem dúvida alguma é nesse aspecto. Sentes que tiveste que deixar, por exemplo, algum hobby que tinhas anteriormente e que tiveste que deixar alguma coisa em prol de dares mais a ti a associação e a tudo o que envolve? Eu não consigo responder a essa questão. Porquê? O único hobby que é mais difícil de conciliar é o ginásio. É o único. Isso porquê? Porque eu sendo estudante de informagem basicamente o meu percurso associativo é desde o primeiro ano em que estou em informagem. E depois, para além de ser guimarães, nos dois primeiros anos não. No primeiro ano e meio eu vinha e ia todos os dias, portanto ainda conciliava as coisas. Mas depois quando vim para cá viver, definitivamente, quer dizer, definitivamente, sendo agora eu deslocada, a minha vida é isto. Percebem, portanto, a nível de passatempo é isto. É isto. Ser deslocada é o meu passatempo. Muito bem, Bruna, última pergunta do nosso jogo. Preferias trabalhar enquanto enfermeira para o resto da tua vida ou mudar para Medicina Veterinária? Agora? Claro, claro, enfermeira, claro que sim. Ninguém foi só por isso, imagina, eu na altura tinha deixado Medicina Veterinária de parte porque eu se vejo um animal... Em sofrimento? Imagina, basta queixar-se com a duma unha, com a unha cravada. Eu, eventualmente, ia começar a xixar com ele. Então, eu não conseguiria atuar em tempo útil. Os mínimos, os mínimos. Ok, mas olha que isso em formagem, tem-se que atuar em tempo útil. Pois tem, mas aí a nível de estofo emocional já consigo reagir. Percebes que os animais, não sei porquê, o meu corpo simplesmente bloqueia, mas com as pessoas felizmente consigo reagir, apesar de que mesmo assim não preciso ter muito estofo emocional. É verdade, é verdade. É muito complicado. Ora bem, infelizmente, estamos ao fim do nosso primeiro episódio. Óóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóó óóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóó óóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóó

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