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Ambientes filhote

Ambientes filhote

Filipe Pedroso

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The podcast discusses the importance of preparing the home for a new cat. It suggests having a separate space for the new cat initially to allow for a gradual introduction to existing cats. It also emphasizes the need for education when children are present, teaching them to treat cats with care and respect. The podcast highlights the importance of cat-proofing the home by installing screens on windows and creating vertical spaces and hiding spots for cats. It also mentions the importance of providing multiple water and food sources in different areas of the house. The podcast advises against using water sprays as a form of punishment, as it can cause stress and anxiety in cats. Overall, the podcast emphasizes the need for patience and understanding when integrating a new cat into the home. Bom dia, boa tarde, boa noite a todos os gateiros desse Brasil que acompanham o nosso podcast. Eu sou o Filipe, estou aqui com a doutora Cristine Martins e a gente vai falar agora uma continuação. Antes a gente falou sobre o gato novo, né? E agora a gente vai falar sobre esse gato novo no ambiente, que é a sua casa. Então, professora, acho que tem dois casos, né? Tem as pessoas que não têm animais e vão adotar o seu primeiro gatinho e aí elas vão entender um pouco mais a frente. Mas vamos falar um pouquinho agora daquela pessoa que tem um gatinho. O que eu faço? Eu posso pegar um gatinho, adotar e já colocar no ambiente e ele que se vire com os meus outros gatos. Como é que isso funciona? Ô Filipe, uma coisa que é muito comum é as pessoas não se prepararem para isso, né? Então a gente já falou que como é importante esse comprometimento, você está mudando a vida desse animal, né? Adotando ele, tirando ele da rua, tirando de outro lugar. Mas eu também não posso colocar ele num outro problema e outra coisa. Eu não posso criar problema para os meus animais que já existem. Então, se a gente tomar a decisão de adotar um novo gato, eu tenho que passar por um período de adaptação. Então, a princípio, eu não posso deixar esse gato nos mesmos ambientes que os gatos que já vivem nessa casa estão. Então, o ideal é que eu tenha um espaço que pode ser um quarto, um banheiro, um ambiente que eu possa deixar fechado, que os outros gatos sintam o cheiro do gato novo, mas que ainda não tenha contato. Para que os gatos que já vivem nessa casa sintam o cheiro do gato novo e vão se adaptando lentamente. Esse processo é super importante para que todos convivam em harmonia. Então, beleza professora. Agora, um outro ponto muito importante. Pessoas que têm criança em casa. Existe alguma adaptação específica para quem tem criança? Lembrando sempre de educar as crianças que os gatos são indivíduos que sentem dor, que podem reagir quando manipulados de forma, vamos dizer assim, mais agressiva. E para evitar que haja acidentes, um gato arranhar ou morder uma criança, porque às vezes a criança acha que o gato é um brinquedo. Então, eu acho que é uma questão de educação, os pais ficarem de olho nisso. E é uma ótima oportunidade que pai e mãe têm para educar a criança de que aquilo é uma vida e é precioso e sente dor e deve ser manipulado com carinho. Inclusive, professora, eu tenho muitos artigos já mostrando a importância da presença de animais no processo de educação da criança, do crescimento da criança em diversos aspectos. A gente não entra aqui agora, mas talvez em um podcast futuro. Então, professora, agora vamos falar um pouquinho do ambiente. Isso aqui é para todo mundo, para quem tem o primeiro gato, para quem tem cinco. Então, vamos lá. Para começar, fala um pouquinho da importância da tela para o tutor, porque ele precisa entender que o apartamento tem que ser telado. Por que disso? Então, existe um ditado antigo que diz, a curiosidade matou o gato. Por quê? Porque o gato sobe em todo lugar, ele quer saber o que está acontecendo, ele ouve um barulho, ele vai pular, ele vai subir. Então, as pessoas subestimam a capacidade do gato de entrar em espaços apertados, de subir em alturas. Então, é super importante, em um apartamento, telar todas as saídas que você acha que o gato pode passar e aquelas que você acha que ele não pode passar também. Aí, a gente pega, por exemplo, o vasculhante de banheiro. Ah, tem uma janelinha minúscula no banheiro, que é a dois metros e meio de altura. Eu acho que ele não chega lá. Se ele estiver motivado, ele chega. Então, é aquela história, a diferença é a motivação. Se o gato quiser, ele vai subir no vasculhante do banheiro e vai pular. E ele pode ou fugir, se for uma casa, ou, pior, ele pode pular de uma janela de apartamento e, infelizmente, ter danos irreparáveis. Então, a tela é obrigatória para quem mora em um apartamento. Se você não consegue fazer isso, infelizmente, você não vai viver tranquilo, porque toda hora o gato pode, ainda mais agora, quando está fazendo muito calor, você quer deixar as janelas abertas, o gato tem curiosidade de ver o que está acontecendo lá fora. E, muitas vezes, você acha que ele não vai cair, mas o gato cai não é porque ele pula, não. É porque ele tem excesso de confiança. Ele acha que dá tempo, ele acha que consegue se equilibrar, aí ele vê uma mosca, uma borboleta passando ali, uma cigarra, e acaba achando que consegue caçar sem cair e, infelizmente, os acidentes acontecem. Isso é bom, até, porque algumas pessoas que sempre pensam assim, ah, o gato não é burro, ele não vai pular da janela. Mas não é questão de ser burro, às vezes é um acidente. Então, os animais estão pré-dispostos a sofrer acidentes e a gente tem que sempre prevenir. E a tela é uma ótima maneira de prevenir isso. Então, falamos da tela, agora vamos falar um pouquinho sobre hidratação. A gente falou da fonte no último episódio, mas só queria reforçar, fala pra gente um pouquinho da importância de localizações diferentes da fonte do alimento na casa. Como a gente já comentou, os gatos não gostam que a comida e a água ficam muito próximos uma da outra. E a água corrente é sempre a melhor. Então, o ideal seria a gente espalhar vasilhas de água ou as fontes pela casa, em vários lugares que o gato frequenta, pra ele ter essa disponibilidade e essa facilidade. Principalmente quando a gente tem gatos que competem entre si, que não são amigos. Então, geralmente os gatos que competem entre si, eles acabam competindo por essas fontes de alimentação, fontes de água, locais pra dormir. Então, o ideal é que tenham essas opções pra eles não precisarem entrar em conflito pelas fontes de sobrevivência, vamos dizer assim. Professora, você falou aí de locais de esconderijo, lugares pra fugir. Fala um pouquinho da importância disso também. Os gatos, os cachorros, eles têm algumas necessidades estruturais na casa. Então, fala um pouquinho pra gente, explica pros tutores o que são esses pontos de fuga, esconderijo e por que são tão importantes pros gatos. Então, o gato gosta de estar em controle da situação. Então, por que ele gosta tanto de subir nos lugares? Porque ele sobe, ele consegue ter contato visual com o ambiente e ao mesmo tempo ele se sente seguro. Então, quando você tem um ambiente e você quer que o gato fique à vontade, o ideal é ter espaços verticais. Hoje tá muito fácil fazer isso, você pega um arsineiro ou já compra as prateleiras prontas e você enche a sua casa, o corredor da casa, a área de serviço, seja o que for, de espaços verticais pro gato subir. Ele se sente mais seguro. E aí, junto com essa segurança vertical e em alturas, a gente tem os esconderijos. Os esconderijos podem ser uma caixa de madeira na parede e pode ser uma caixa de papelão. O gato gosta do espaço porque isso remete aos seus antepassados que ficavam em tocas. Eles tinham que se esconder por serem pequenos e uma caixa de papelão simula uma toca. Não é à toa que os gatos são apaixonados por caixas de papelão. Então, em casa de gateiro, sempre vai ter uma caixa de papelão dando sopa no meio da sala, se for o caso. Então, isso faz parte do enriquecimento ambiental. Outra coisa que faz parte do enriquecimento ambiental, que pode simular o ambiente externo, são os arranhadores. Então, o gato tem a necessidade de afiar as suas unhas. E afiar não é necessariamente o que realmente acontece. Ele tira a camada externa da garra dele e, ao mesmo tempo, é uma maneira de marcar território. É uma maneira de esticar os seus músculos, de fazer alongamento. Então, os arranhadores... tem gato que prefere arranhadores verticais, tem gato que prefere arranhadores horizontais. E hoje também está muito fácil a gente encontrar arranhadores super baratos, feitos de papelão também. Então, isso deve ser espalhado pela casa, principalmente se você quer poupar o seu sofá. Então, os gatos acabam caindo em arranhar o sofá por falta de opções. Se a gente quer que o gato poupe o sofá, a gente dá essas opções de arranhadores espalhados pela casa. Senhora, aproveitando que você falou disso, eu queria falar de um tema bem polêmico e acho que é muito importante, porque ainda está muito na cabeça do tutor e é um pouco problemático. Que são os borrifadores d'água. Os tutores veem alguns vídeos na internet e tudo mais que, para educar o gato, a gente pode usar borrifador d'água sempre que ele fizer uma besteira. Só que isso não é bom para o animal. Você pode explicar para a gente o porquê e talvez uma maneira de superar esses problemas? Infelizmente, borrifar água na cara do gato pode trazer apenas desconforto naquele momento. Então, educar um gato requer uma paciência. Por quê? Porque, na verdade, ele responde mal quando você faz um castigo. Se você dá um castigo, que é o caso de borrifar água, ele vai responder mal. Então, de repente, na hora que você virar as costas, ele vai repetir o comportamento ruim, o comportamento não desejado, do mesmo jeito. E uma coisa que a gente tem que lembrar é que, por exemplo, arranhar o sofá não é um distúrbio de comportamento. Muita gente acha que o gato tem problema de comportamento. O que ele faz? Ele arranha o sofá. Não. Arranhar o sofá não é distúrbio de comportamento. É um comportamento natural. Se eu coloquei esse indivíduo dentro da minha casa, eu tenho que facilitar os comportamentos naturais. E castigar o gato, brigar, gritar, bater, não funciona. Muito pelo contrário. Você vai criar mais estresse, mais ansiedade. E, de repente, esse gato vai responder a esse estresse e ansiedade arranhando outro lugar, urinando fora do lugar. Então, o gato acaba respondendo de maneira física a esse estresse de ser castigado. Então, a gente tem que ter paciência e oferecer opções. Afinal de contas, você se comprometeu a adotar esse gato. Nós temos que ajudar a casa a se adaptar a ele, e não o contrário. Eu acho que a educação dos gatos, professora, vai muito em contrapartida. Muitas pessoas pensam, ah, eu não quero que o meu gato suba na pia da cozinha. Então, eu tenho que oferecer um lugar alto para que ele possa subir, para ele não subir na pia da cozinha. E quando a gente usa os borrifadores, muitas vezes os animais não associam, ah, eu não posso subir na pia da cozinha. É, cara, essa pessoa está jogando água na minha cara, eu vou sair de perto dela. Então, se você não quer que seu animal tenha medo de você, borrifador da água é uma coisa que você não pode usar. Professora, então a gente já falou de água, de comportamento, de comida. Mas e o banheiro, como é que funciona para os gatos? É uma coisa que é interessante para quem nunca teve gato, é que o gato já vem, já sabe usar o banheiro desde filhotinho. Geralmente ele aprende com a mãe dele, ou até gatos órfãos aprendem muito rápido. Ele já vem com aquele instinto de enterrar as suas fezes e a sua urina. Então, cabe a nós, tutores, principalmente se é de primeira viagem, você faz parte do kit. Quando você adota um gatinho, além das vasilhas de água e comida, você compra uma caixa para o gato urinar. Caixa ou caixas, né, o ideal é pelo menos duas por gato. E você vai usar um granulado sanitário, que é vendido especificamente para isso, que tem características próprias para isso. E a gente vai escolher os lugares interessantes para colocar essa caixa de areia, de preferência logicamente longe da comida. Isso é uma coisa muito importante, a gente já gravou um podcast sobre isso também. Então, o tutor de gato de primeira viagem vai conhecer como que é a educação que esse gato já tem. A gente não precisa ensinar para ele, a gente precisa dar soluções e opções de banheiro que ele vai usar certinho, ele já sabe. Professora, então muito obrigado pela sua presença. Queria agradecer também a todo mundo que escutou. Agora você já pode dizer que você pode adotar um animal. Seguindo essas dicas, você com certeza vai ter um ambiente feliz em casa. E espero que vocês tenham gostado do podcast. Um abraço e um ronron para todo mundo e até o próximo episódio.

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