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Felipe Belli

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The conversation discusses the lack of resources and visibility for people with disabilities in Brazil. The experts mentioned various technologies and equipment that can assist individuals with disabilities, such as communication apps, standing equipment, orthoses, and adapted tricycles. They also highlight the importance of technology assistance and the need for multidisciplinary approaches. The conversation emphasizes the role of therapy in adapting materials and developing skills for children with developmental delays. Lastly, they discuss the need for societal change to promote inclusivity and accessibility. Olá, sejam bem-vindos ao nosso bate-papo de hoje. Eu sou o Alexandre Herbinato e hoje a gente vai discutir um tema muito importante e infelizmente ainda negligenciado no Brasil. A falta de recursos e visibilidade das pessoas com deficiência. Esse é um tema que acaba sendo esquecido e que no papel nem deveria ser um problema, já que teoricamente ele já é resolvido pelas vias públicas do governo. Mas que na realidade a gente sabe que não é bem assim. Bom, eu tô aqui com o meu amigo Giovanni Stein, que vai conversar um pouquinho melhor com as nossas convidadas. Pois é, a gente trouxe convidadas que são terapeutas ocupacionais, ou especialistas no assunto, que vão ajudar a gente a entender um pouquinho melhor sobre esse tema. Bom, a gente trouxe a Luciana Mello, especializada na área da infância, Renata Bertolosi, doutora pela UFSCar e especializada em neuroadulto, Patrícia Castanheira, especializada em ortopedia e neuro, e a Ana Carolina, pós-graduada em reumatologia e tecnologia assistiva. Bora pra pergunta, Giovanni. Valeu, Ali. Bom, sou o Giovanni e eu gostaria de saber de vocês como que a clínica de vocês tem lidado com a falta de recursos e a visibilidade para pessoas com deficiência. Luciana. Sobre os recursos, tem uma infinidade, existe muita opção fora do Brasil, mais ainda. É muito caro importar, triplica o valor dos recursos quando a gente tenta. Tem, por exemplo, muita coisa de tecnologia, agora com as impressoras 3D, muita coisa assim, perfeita. Tem nos tablets, tem recursos de comunicação para as pessoas com deficiência que não conseguem falar. Tem aplicativos que falam por elas, elas vão clicando nas imagens e o tablet vai produzindo a voz, o som. Isso exige um treino para o uso. Tem muita coisa, tem muito equipamento para ficar em pé, suspenso, inclusive, por molas. Tem as órteses para os pés, para as mãos, para a perna, tem andadores adaptados, triciclos adaptados para o lazer, carrinhos motorizados para as crianças que não conseguem se locomover aprenderem a dirigir para frente e para trás, ter a experiência do movimento, equipamentos para engatinhar, nossa, tem muita coisa. Então, Carol. Então, atualmente, o que a gente consegue pelo SUS? A gente consegue cadeira de rodas. E aí, quando a gente fala de cadeira de rodas, a gente fala de um braço na tecnologia assistiva. Então, tecnologia assistiva é uma área multidisciplinar, então não é só da terapia ocupacional, mas da fisioterapia, da medicina, da arquitetura, não só da área da saúde. Mas quando a gente fala de tecnologia assistiva, a gente fala de tecnologias que são direcionadas para pessoas com deficiência ou com uma baixa mobilidade ou para idosos que têm uma deficiência ou essa dificuldade que pode ser permanente ou temporária. Então, tecnologia assistiva não é só o produto, mas é uma série de estratégias, de recursos, de serviços e práticas para esse tipo de pessoa. Então, não só o produto final. E você, Renata? Nós podemos pensar aqui em uma criança de 5 ou 6 anos com um atraso no desenvolvimento e que ao entrar na escola, no primeiro ano do ensino fundamental, não consegue realizar registros no papel, registros de letras, desenhos, traçadas. Após uma avaliação das habilidades dessa criança de reuniões com a escola, com a equipe e com a família, nós podemos ir construindo possibilidades para que ela possa estar inserida nessas atividades na escola. De que forma? Nós construímos adaptações nos materiais da escola, no formato de realizar aquela tarefa, aquela atividade e durante as sessões de terapia ocupacional, nós fomos aplicando técnicas para a construção dessa habilidade, desse conhecimento do uso do lápis no papel e das possibilidades que ele traz. Nosso trabalho envolve a construção de conhecimentos e possibilidades de realização de atividades. Agora, Evelyn. Pensando mais em termos macro, sociais, que a gente possa inspirar esses olhares cuidadosos aos cotidianos das pessoas com deficiência, para políticas públicas, para desenhos mais acessíveis, pensando em acessibilidade física, pensando em acessibilidade atitudinal, então as barreiras atitudinais das pessoas, de alguma forma, vão dificultando esses olhares, dificultando essas interações com as pessoas com deficiência. Então, acho que olhar para as potências e para as coisas que as pessoas fazem e como elas fazem é uma possibilidade de a gente ajudar na formação dessa sociedade. Bom, e nosso bate-papo vai ficando por aqui. Esse trabalho foi feito por Giovanni Stein, Enzo Impalá, Felipe Belli, João Gustavo Machado e Alexandre Zerbinato. Até mais.

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