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Continuação do estudo de Mateus
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Continuação do estudo de Mateus
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Continuação do estudo de Mateus
Na primeira parte do livro, Jesus ensina na montanha e uma grande multidão o segue. Um leproso vem e adora Jesus, pedindo para ser curado. Jesus é visto como o curador divino e rei, com autoridade sobre doenças e demônios. O ato de adorar Jesus é visto como um sinal de reconhecimento de sua autoridade e poder. No Antigo Testamento, há referências a pessoas que se curvam diante dos reis como uma forma de reverência e adoração. Esta passagem foca no poder de cura de Jesus e o apresenta como o verdadeiro curador, curando tanto o corpo quanto a alma. E terminamos a primeira parte, que foi do capítulo 1 até o capítulo 7. E essa parte começa de forma bem interessante, e diz que, descendo ele do monte, seguiu uma grande multidão. E eis que veio um leproso e o adorou, dizendo, Senhor, se quiseres podes tornar-me limpo. E uma das coisas que nós falávamos no capítulo 5, é que vemos Jesus a subir para o monte, e uma multidão os seguidos, entre eles os teus discípulos. E é lá no monte onde Jesus abre a boca e ensina. O abrir a boca simboliza, marca, o lado da inspiração, a palavra que vem de Deus, que Deus pôs em Jesus. E nós falávamos que há um paralelo muito interessante. No caso de Moisés, Moisés sobe ao monte sozinho, recebe a lei, a inspiração e desce e fala para o povo, não no monte, mas na base do monte. No caso de Jesus, ele sobe para o monte e o pessoal lhe segue ao monte. Ele ensinou primeiro aquilo que nós vemos no capítulo 1 até 7, e agora ele desceu do monte, e com ele uma grande multidão. E falávamos um pouquinho da simbologia que está neste ato de Jesus subir e com ele o povo, que é nada mais do que elevar o povo a uma dimensão que o Velho Testamento não dava para o povo. Essa é a dimensão que Jesus espalha para todos que são seus discípulos. A dimensão de subir com ele ao monte, de estar com ele na presença de Deus, de ouvir-lhe. Na verdade, ele acaba sendo mesmo esse portador da glória de Deus. Já Moisés entrou na glória de Deus e ficou lá 40 dias e 40 noites. Jesus acaba sendo esta pessoa que nele habita a própria glória de Deus. Então ele vai descer e vai seguir uma grande multidão. E aqui o texto nos diz no versículo 2 que aparece um leproso e o adora. Essa palavra adorar é a palavra prostrar-se, ou beijar as mãos. É interessante como essa palavra vai ser usada no Velho Testamento e no Novo. Os reis recebiam uma espécie de homenagem, um ato de respeito, de honra, que muitas das vezes os seus súbditos se prostravam. Não é algo dado a qualquer pessoa. Tipicamente é uma homenagem a uma pessoa que está na posição de autoridade. Mas também a mesma palavra, por vezes, é mesmo traduzido como adorar. Então, aqui quando o Nosso Senhor Jesus tem esse leproso que vem aos seus pés e se curva perante ele, podemos sim dizer que Jesus foi adorado por esse leproso. Porque essa palavra também pode ser traduzida como adoração. 2. Podemos entender que era um ato de homenagem a uma autoridade. E nesse caso Jesus está a ser visto como essa autoridade, como esse rei. Por essa razão é que o subtítulo que nós demos ao nosso estudo de hoje é Jesus Cristo, o Divino Rei Curandeiro. Curandeiro por quê? Porque usando da nossa cultura, o curandeiro é tipicamente diferenciado do Quimbandeiro porque acredita-se que o curandeiro é aquele que cura, aquele que conhece alguns segredos de medicina tradicional e tal, mas é mais ou menos visto como alguém que faz bem. Essa figura que na nossa tradição africana é o quimbandeiro ou um ganga, dependendo da língua, mas no norte é mais ou menos isso, um ganga. Essa figura em Jesus encontra o original, Jesus é o original curandeiro. Ele é que cura de verdade, não é que cura com truques de mentira ou com poderes malignos ou com influências estranhas. Jesus é o curandeiro verdadeiro porque ele é da verdade. Ele é que dá a cura permanente, a cura da alma, a cura do corpo, enfim. Este cenário que nós estamos a introduzir, se estamos a ver alguém a se curvar perante ele o mínimo que nós entendemos é que estamos diante de um rei. O segundo é que este rei tem autoridade inclusive sobre doenças, demônios e enfim. Na verdade essa passagem que nós vamos ler hoje tem muito disso, é focado na cura que Jesus traz. Então por essa razão é que estamos a ver Jesus Cristo como se sendo apresentado como o rei curandeiro. Então ele vai se dobrar perante o Senhor e vai dizer, Senhor, se quiseres podes tornar-me limpo. Por quê? Porque ele era um leproso, porque ele tinha uma enfermidade na pele. E na visão do Velho Testamento uma pessoa com uma enfermidade daquele tipo era considerado impuro. E o que é que acontecia com as pessoas impuras? As pessoas impuras eram mantidas distantes. Tinha que existir uma separação entre o leproso e quem não é leproso por causa da contaminação. Mas também havia naturalmente um sentido de desonra por parte de quem sofria da enfermidade. Vamos lembrar do que nós falamos no início dos vídeos que eu tinha pedido que assistissem sobre a honra e vergonha. E falávamos que a cultura do Mediterrâneo é uma cultura focada em honra. A diferença é muito grande entre honra e vergonha. Quem estivesse a sofrer uma situação como, por exemplo, o caso de Lepra, era uma pessoa pobre aos olhos da sociedade. Porque não tinha honra, não tinha respeito. Era impuro. Então era um indivíduo afastado. E eu estou a focar nisso porque o Nosso Senhor Jesus vai fazer uma coisa aqui um pouquinho fora do comum que acontecia naquele tempo. Mas antes nós irmos aí. Lembram que eu disse que esse termo aqui usado ou traduzido como adorar é literalmente traduzido por beijar as mãos, ajoelhar e simbolicamente vai ser essa de reverenciar ou adorar. E eu queria, antes de nós irmos para os outros versículos, ver o sentido de beijar as mãos. Em Salmos 2, o versículo 12, bom será ler mesmo o Salmos todo. Não vamos poder ler tudo, mas isso fica já para tarefa. Esse Salmo é um Salmo que aponta para o Messias, para Jesus Cristo. E uma das partes desse Salmo, no versículo 12 em específico, nós vamos ler. Beijai o Filho, para que não se ire e pereçais no caminho, quando em breve se acender a sua ira. Bem-aventurados todos aqueles que nele confiam. Quer dizer que o Velho Testamento já apontava para Jesus nessa posição das pessoas se dobrarem diante dele, se curvarem diante dele. É o mesmo conceito lá no fundo, é de reverenciá-lo ou de adorá-lo. Em Génesis 27, versículo 28 a 29, e estamos a falar disso porque faz confusão no seio cristão e não só, essa ideia de Jesus ser adorado, não é só Deus que deve ser adorado, como é que as pessoas se prostam diante de Jesus? Por que que isso é algo que os cristãos praticam? E em Génesis 27, de 28 a 29, nós vamos ter aquele cenário, nós já estudamos o livro de Génesis, onde Isaac vai abençoar Jacob, pensando que estava a abençoar Esaú. E vejam só as palavras que ele vai usar nessa benção. Assim pode-se de Deus do orvalho dos céus, e das gorduras da terra, e a abundância de trigo e de mosco. Sirvam-te povos, e nações se incurvem a ti. E nações se incurvem a ti. Se prostem diante de ti. Sê senhor de teus irmãos, e os filhos da tua mãe se incurvem a ti. Malditos sejam os que te amaldiçoarem, e benditos sejam os que te abençoarem. É verdade que numa visão mais simples, estas palavras se referiam a Jacob. Mas quando nós entendemos que Jesus é o verdadeiro primogênito, logo sabemos que isso se aplica a Jesus. E quando estamos a ver pessoas se prostrando perante Jesus, estamos a ver o cumprimento destas profecias aqui. Isso tudo no Velho Testamento era sombra. Em Jesus temos a realidade da profecia. Em Apocalipse 22, de 8 a 9, temos um cenário bem interessante que precisamos equacionar aqui na nossa meditação. Das várias coisas que João foi vendo, foi experimentando espiritualmente, em algum momento acontece isso que nós vamos ler aqui. De versículo 8 a 29. Ele diz, e eu João só aquele que vi e ouvia estas coisas. E havendo-as ouvido e visto, prostrei-me aos pés do anjo que mais mostrava para o adorar. E disse-me, olha, não faças tal, porque eu só conservo o teu e de teus irmãos os profetas e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus. É outras palavras, prostra-te diante de Deus. Então aqui entra logo aquela situação, até o anjo negou que alguém se prostrasse diante dele. Por que que Jesus aceita? Aceitou como rei ou aceitou por uma coisa superior a um simples rei? Atos 10, 24 a 26. Aqui estamos a ver o contexto aquela de Pedro, quando ele teve aquela visão dos animais e apareceram os enviados de Centurião. No versículo 24 nós lemos, e no dia imediato chegaram a Cesareia, quer dizer, Pedro saiu com os enviados do Cornelio. E Cornelio os estava esperando, tendo já convidado seus parentes e amigos mais íntimos. E aconteceu que entrando Pedro, saiu Cornelio a recebê-lo, e prostrando-se aos pés, o adorou. Agora vejam a reação de Pedro, mas Pedro, mas Pedro, o levantou, dizendo, levanta-te, que eu também sou homem. Em outras palavras, não me faças isso, que eu sou como tu, carne e osso. Então vemos que o anjo negou que se prostrassem diante dele, o apóstolo também negou que se prostrassem diante dele, mas o Nosso Senhor Jesus aceitou. Que rei é esse, se olharmos como um rei? Se é mais do que rei, quem é Jesus? Quem é Cristo que tem tamanha autoridade para que aceite que se prostrem diante dele? No livro de Hebreus, nós vamos ler Hebreus 1, versículo 6. O autor vai citar Deuteronômio 32, versículo 43, da Bíblia Septuaginta, não a típica que nós usamos. E outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, lembram do termo primogênito? Falamos do caso de Jacó? E outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, no caso aqui é Jesus, diz, E todos os anjos de Deus o adorem. Então o autor de Hebreus entende nas palavras de Deuteronômio 32, versículo 43, da versão Septuaginta, ou ainda podemos também ler Salmos 97, versículo 7, mas não vamos ler, só fica aí como referência, passagens que apontam para Jesus e a sua imagem e a imagem de Yahweh parecem coincidir, Yahweh e Jesus parecem coincidir. Então aqui estamos a ver que o autor de Hebreus está a dizer assim, não, Jesus, o primogênito, quando é apresentado, o Senhor diz aos anjos que o adorem, os anjos, porque se alguém estiver meio que a tremer porque viu um homem se prostrar diante de Jesus, agora o autor de Hebreus elevou ainda mais, diz, até os próprios anjos se prostram perante a Jesus. E a nossa tradução é, o adoram, porque essa palavra pode e muitas das vezes aparece como adoração. O que é que está a acontecer em relação ao Nosso Senhor Jesus? Em Filipenses 2, de 5 a 11, encontramos talvez a maior descrição ou resumo da missão e da posição que Deus levou ao Nosso Senhor Jesus. Nós lemos, Paulo a dizer, De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens, e achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte e morte de cruz. Versículo 9 Por isso também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo nome. Nome aqui não é João, não é Antônio, não é Pedro. Nome tem a ver com autoridade. Por isso também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome sobre todo nome. Verso 10 Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho, se dobre todo o joelho, dos que estão nos céus, seres espirituais, e na terra e debaixo da terra, os vivos e os mortos. Esse é o nível de autoridade que Deus deu ao nosso Senhor Jesus. Versículo 11 Toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor. E esse ser Senhor acaba sendo indistinguível do ser o rei, ser o soberano, ser aquele que tem a autoridade. E toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor para a glória do Pai. Outras palavras é da própria vontade do Pai que o Pai seja glorificado em Jesus. E um pouquinho mais a frente voltaremos a tocar num ponto que ainda está no meio dessa conversa, porque fica sempre assim, mas como é que Jesus recebe essa adoração? No versículo 13, então, vamos. E Jesus, estendendo a mão, tocou. Tocou quem? O leproso. Como é que você vai tocar o leproso se ele está infetado? E quando você, segundo a lei, toca em algo impuro, você fica ritualmente impuro. E Jesus não estava preocupado com se tornar ritualmente impuro. Ele toca-o e o texto diz, dizendo, quero ser limpo. E logo ficou purificado da lepra. Disse então Jesus, olha, não digas a alguém, mas vai, mostra-te ao sacerdote e apresenta a oferta que Moisés determinou para me servir de testemunho. Segundo a lei, quando alguém, tinha lepra e depois curava, ele tinha que se mostrar no templo para ser observado pelos sacerdotes, para conferir se realmente está curado ou não. E depois tinha que apresentar um sacrifício, uma cerimônia sacrificial no templo. Acredito que envolvia pombos, alguma coisa assim. Mas essa parte até é quase simples. O que eu acho muito interessante aqui é a questão do Nosso Senhor Jesus tocar no leproso. Aí tem uma mensagem muito profunda. Porque o leproso não era tocado por ninguém. O texto não nos diz quantos anos é que ele viveu com lepra. Imagine alguém que está um ano, dois anos ou mais, não pode se aproximar dos familiares. As pessoas lhe veem distante, ele só pode ficar mesmo distante. E a primeira pessoa que lhe toca é o Senhor Jesus. No nosso livro, A Herança dos Desgraçados, no final do livro nós temos um apêndice que tem como... o título é como apoiar pessoas vítimas de desgraça, mais ou menos assim. E tudo o que nós temos lá é baseado naquilo que o Nosso Senhor Jesus fez. E um dos pontos que temos lá é exatamente esse, de tocar. Tocar é muito forte e é muito íntimo. Nem em todos os casos é para tocar, mas é algo muito forte. Uma das razões do tocar ser muito forte é porque o órgão, o maior órgão do corpo humano é a pele. Quando alguém toca na tua pele, todo o teu corpo tem a sensação que foste tocado. A pele acaba sendo esse órgão que representa a totalidade de quem nós somos. É um bom representante disso. A nossa presença física é captada pela nossa pele. E, claro, a nossa presença espiritual é captada por aquilo que está dentro da nossa pele. Mais ou menos essa imagem. Então, quando o Nosso Senhor Jesus toca o leproso, a mensagem que passa a esse leproso é algo que nós só conseguimos imaginar, porque nenhum de nós já sofreu de lepra ou alguma situação desse tipo. Mas não deixa de ser algo muito profundo. Nós veremos outros casos, por exemplo, quando o Senhor Jesus vai lidar com o mudo. Também parece que vai tocar na boca. Ou o cego vai tocar nos olhos. O ser humano é um ser social. Nós não nascemos para caminhar sozinhos. E ser tocado é uma das formas mais profundas de dizer assim Eu estou contigo. Não estás sozinho. Aliás, o estar sozinho é o quê? É exatamente não receber toque de ninguém. Mas quando o Jesus vem, o Senhor Jesus toca. Porque Ele sabe que é essa coisa que essa pessoa não tem. Essa coisa que as pessoas não lhe podem dar e não lhe têm dado. E outra coisa é, a falta desse toque encarna o desprezo também que Ele tem sofrido. Tipo, tu és impuro. Vamos tocar naquilo que é impuro, por quê? Aliás, quem é que toca em cocô? Não, as pessoas não querem tocar em cocô. Exceto quando está a lavar a tua filha, é isso. Mas você não vai tocar em cocô. Então, uma pessoa que ninguém lhe toca foi desvalorizado. Foi esvaziado de honra, de qualquer valor social. Ela é só uma coisinha que está aí. É como se algo sujo, algo impuro. Mas o Senhor olha para essa pessoa e vê que não é um ser humano. Apesar de ter lepra. Apesar de todos não estarem em condição, e nós não estamos a falar isso no lado negativo só. Tocar um leproso, você se põe no perigo de pegar lepra também. Há essa realidade aí. Então, o Nosso Senhor Jesus não somente toca na perspectiva de passar essa mensagem de que te valorizo, vejo em você alguém criado segundo a imagem e semelhança de Deus. Mas também toca para dizer que eu não sou um homem qualquer. A doença não tem autoridade sobre mim. Eu sou esse Senhor que sou acima da doença. Essa mensagem também está ali. Então, é a compaixão e o poder e a autoridade do Nosso Senhor. E assim também nós, como cristãos, precisamos nos perguntar se temos buscado viver uma vida onde o Cristo que está em nós passe essa mensagem às pessoas à nossa volta. Porque muitas das vezes o mundo julga as pessoas com os olhos. Não julga sabendo que eu estou diante de alguém que foi criado segundo a imagem e semelhança de Deus. E por essa razão é digna de amor, digna de respeito. Mas o cristão não pôde tratar as pessoas do mesmo jeito que o mundo trata. Nós precisamos, também no Espírito de Cristo, ter uma postura que passa as pessoas irrespetível da posição e do estado em que estejam essa mensagem de que são valorosas as nossas idades aos olhos de Deus. De que têm valor, de que importam. Nós não podemos seguir um caminho diferente. Esse é o princípio que o Senhor Jesus está a ensinar aqui. Não quer dizer que se encontrarmos com uma pessoa com uma doença contagiosa temos que a tratar como se não fosse doença contagiosa. Não é isso. Estamos a dizer que é preciso entendermos a mensagem profunda do Senhor Jesus. E encarnar isso na nossa vida, valorizar as pessoas irrespetível da situação, do sofrimento, ou da debilidade que tenham. Nós somos os primeiros que temos que levantar as pessoas. Aliás, é isso que o Senhor Jesus fez, levou as pessoas para o monte. Então nós também somos chamados a ter a mesma mentalidade. Então o Senhor limpa com a sua palavra, né? Quero ser limpo e logo ficou purificado das lebras. Foi com a palavra do Nosso Senhor. Falou e aconteceu. E o que é que isso nos faz lembrar? Gênesis. E disse o Senhor, haja luz e houve luz. Estavas doente, estavas em trevas. Ele diz, quero, haja luz e há saúde. É a mesma autoridade que está aqui a ser apresentada em Jesus. E entrando Jesus em Cafarnaum, chegou junto dele um centurião rogando-lhe. E dizendo, Senhor, o meu criado jaz em casa paralítico e violentamente atormentado. E Jesus lhe disse, eu irei e lhe darei saúde. Vejam só a liberalidade com que o Nosso Senhor Jesus respondeu a esse centurião. E o centurião respondendo disse, Senhor, não sou digno que entres debaixo do meu telhado. Eu sou gentil, tu é judeu, vai vir no meu telhado eu que sou gentil? Isso é contrário a vossa cultura judaica. Eu sei que eu sou gentil, eu sou como um cão, como um porco. Aos olhos de muitos de vocês, como é que tu virás na minha casa? Não, não faça isso. Tu és uma autoridade muito alta para vir na minha casa. Por favor, Senhor, não faça isso. Isso que está acontecendo aqui é constrangimento. A simplicidade do Nosso Senhor Jesus constrangiu o centurião. Isso não pode. Essa autoridade está vindo na minha casa. Não, não, não. Não pode fazer isso, por favor, não faça isso. Ele ficou totalmente constrangido. Ele está a dizer, Senhor, não sou digno que entres debaixo do meu telhado. Não faças isso. Mas diz apenas uma palavra e o meu criado a te fará. Do mesmo jeito que o sarou, o leproso, falando, vem esse centurião e diz, não, não. Basta que tu fales, eu sei o que vai acontecer. Ele também acredita que o poder e a autoridade de Jesus se manifesta mesmo só com uma palavra dos seus lábios. Algo muito interessante porque estamos diante de um gentio e não diante de um judeu. A fama do Nosso Senhor, naturalmente, que já tinha espalhado e ouviam muito sobre ele. Ele vai dizer assim no versículo 9. Pois também eu sou homem sob autoridade e tenho soldados às minhas ordens. E digo a este, vai e ele vai. E a outro vem e ele vem. E o meu criado faz isso e ele o faz. É muito interessante o que se passa aqui. Mateus está tentando chamar a atenção à autoridade do Nosso Senhor Jesus. O Senhor Jesus tinha uma autoridade, tem uma autoridade espiritual que quem notou primeiro foi um gentio. Claro que a autoridade do Nosso Senhor Jesus, no capítulo 7, já se fala um pouquinho sobre essa autoridade. Mas aqui Mateus quer nos levar a observar um pouquinho com mais calma e perceber que quem meditou um pouquinho mais a fundo na autoridade do Nosso Senhor foi um gentio e não foi um judeu. É algo bem interessante. E o que ele está a dizer aqui quando está a dizer que eu também sou homem sob autoridade? O centurião está a dizer assim, a minha posição como autoridade nas forças armadas romanas me faz entender como a autoridade funciona. Eu vejo em você a autoridade, tu és uma autoridade espiritual. Eu sou uma autoridade militar. Mas há um paralelo. Do mesmo jeito que eu mando os homens fazerem isso ou aquilo, aqueles que estão debaixo da minha autoridade, eu entendo que tu tens uma autoridade espiritual e quando tu falas as forças espirituais te obedecem. É essa a compreensão. E eu acho essa forma dele de analisar as coisas muito interessante. Porque podem nos ajudar a repensar a forma como nós, cruzeiros, interpretamos a Bíblia ou entendemos a Deus. Por quê? Se Deus é pai, nós vamos encontrar muitas ideias erradas que muitos têm sobre Deus, só porque não paramos para pensar qual é o papel de um pai e qual é o papel de um filho. No sentido não natural, primeiro, se Deus é pai, o que é que se espera de um pai? Se eu sou filho, o que é que o pai espera de um filho? Temos várias ideias, há muitos sermões, muitos ensinos, muitos livros que apresentam um Deus que não se enquadra na imagem sequer de pai natural, que devia ser a nossa base para aprendermos alguma coisa. E o centurião, pelo menos, aplicou uma forma correta de interpretar as coisas. Então acho que também podíamos aprender a, por vezes, nos fazermos perguntas com base ao que nós já conhecemos da vida. E depois chegarmos até aí, eu lembro, por exemplo, vem assim como exemplo, aquela parte em que nosso Senhor Jesus vai dizer assim Se vocês são maus, quando os vossos filhos vos pedem pão, não dão pedra, quando vos pedem peixe, não dão cobra, porque que o Pai Celestial não teria boas coisas para dar? É a mesma forma de interpretação, então precisamos aprender também a pensar desse jeito. Então, é muito interessante. Em Mateus 7, no capítulo anterior que nós estudamos, de 28 a 29, vemos uma alusão a essa autoridade do nosso Senhor Jesus. Nós lemos, e aconteceu que concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina, porquanto os ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas. Era esse um dos elementos fundamentais que separava Jesus dos escribas, dessa autoridade. Já aqui no capítulo 8, essa autoridade está a ser apresentada sobretudo na questão de poder de curar. Palavra que cura. Jesus fala e as coisas acontecem. E essa é uma imagem naturalmente de Aue, do Velho Testamento. Não há como separarmos esse entrosamento. Quem tinha a palavra que fazia efeito imediato, quem é apresentado assim, é o Deus do livro de Gênesis, que cria, confia-se com a palavra. É porque esse Deus está em Jesus, está a fazer de novo a sua obra de criação, mas de um outro jeito. Versículo 10 a 13, e maravilhou-se Jesus ouvindo isto, as palavras do centurião, e disse aos que o seguiam, em verdade vos digo, que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé. É interessante, porque o que ele está a chamar de fé aqui, não é algo inventado, não. Porque nós vemos que o centurião explicou como ele entende a autoridade, e a explicação do centurião é lógico. Faz sentido, é real, é prático. E muitas das vezes nós temos a ideia de que a fé é algo que não faz sentido. Ter fé é acreditar em algo que não faz sentido. Mas não é essa a interpretação que estamos a ver aqui. O centurião explicou como é que ele entendia a autoridade de Jesus, porque ele era um homem de autoridade. E essa explicação dele, lógica, é coerente, e é isso que Jesus está a chamar de fé. Então a suposta fé que não faz sentido, não é a fé que Jesus admira. A fé que Jesus admira aqui é claramente aquela que faz sentido. Mas eu vos digo que muitos virão do Oriente e do Ocidente, e assentar-se-ão à mesa com Abraão, Isaac e Jacó, no reino dos céus. E por que Mateus está a incluir essa linguagem? Para dizer assim, olha, estamos diante de um gentio. É o gentio que está a entender a autoridade do Nosso Senhor. Muitos dos judeus não estão, ao contrário, estão a ser escandalizados. E essa é a mesma imagem que ela aplica para os povos. Quando está a dizer assim, muitos virão do Oriente e do Ocidente, e assentar-se-ão à mesa com Abraão. Muitos virão de outras tribos, de outras nações, e estes vão herdar o reino de Deus. Aqui Abraão, Isaac e Jacó estão a ser usados como referência do reino eterno de Jesus. E aqui no verso 12, e os filhos do reino, quem são os filhos do reino? Israel, biológico. E os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores. Por quê? Porque não entenderam a autoridade de Jesus. Porque rejeitaram a autoridade de Jesus. Aliás, muitos deles já estavam a rejeitar a autoridade ou a mensagem de João Batista. Então ele vai dizer, ali haverá pranto e ranger de dentes, onde, no lugar de trevas exteriores, no lago do fogo. Então disse Jesus ao centurião, vai e como creste, te seja feito. E naquela mesma hora, o seu criado Sarão. De novo, Mateus está a tentar nos apresentar que ele fala as coisas acontecem. É a autoridade do Nosso Senhor. Mas antes de nós irmos para o versículo 14, queria ver algo que é muito interessante. Essa mesma história que nós acabamos de ler agora, em Lucas, como é contada. Tem aí um elemento, tem uns elementos bem interessantes de contraste. Lucas 7, vamos ler do versículo 1 até 9. E depois de concluir todos estes discursos perante o povo, entrou em Cafarnaum. E o servo de um certo centurião, a quem muito amava, estava doente e morrendo. E quando ouviu falar de Jesus, enviou-lhe um dos anciãos dos judeus, rogando-lhe que viesse curar o seu servo. A pergunta é, quem foi ter com Jesus? Foi o centurião ou foram os anciãos dos judeus que o centurião mandou? Perceberam a diferença? Verso 4, e chegando eles junto de Jesus, eles, desculpem, chegando eles junto de Jesus, rogaram-lhe muito, dizendo, é digno que lhe conceda visto. É digno. Quer dizer, que tem um caráter, tem um comportamento que esse pedido que ele fez devia ceder. Porque há algo de bom neste gentio aqui. Nós lemos, eles continuam, verso 5, porque ama a nossa nação. Ele é digno porque ele ama a nossa nação. E ele mesmo, vejam, nos edificou a sinagoga. É mesmo ele que criou o nosso tempo aí, da comuna X. É boa gente, ele é bom, ele deixa cair a massa para nós. Dá para ver que ele tinha um sentimento positivo para com os judeus. Que não era comum, sendo ele romano. Verso 6, e foi Jesus com eles. Não com o centurião, mas com os anciãos judeus que o centurião havia enviado. Mas quando já estava perto da casa, enviou-lhe o centurião uns amigos. Esse centurião percebeu, o mestre está vindo a minha casa, não pode, não faça isso. E enviou uns amigos, dizendo-lhe, senhor, não te incomodes, porque não sou digno de que entres debaixo do meu telhado. E por isso nem ainda me julguei digno de ter contigo. Diz, porém, uma palavra e o meu criado parará. Diga só uma palavra que eu sei que o meu criado parará. E o restante das palavras que eu vou falar aqui, são do mesmo tipo que nós já lemos lá em Mateus. No versículo 9, e ouvindo isso Jesus maravilhoso dele, e voltando-se disse à multidão que seguia. Digo-vos que nem ainda em Israel tenho achado tanta fé. Então é como? Há uma contradição entre Lucas 7 e Mateus 8 ou não? É contradição? Qual é a explicação que vão mostrar? Aqui o que eu gostaria de dizer é que o chefe, o centurião, ele não se achou indigno de perder também porque ele nos mandou a questão também de Deus. E aí, foi trazido ao mercado, assim que Jesus se aproximava, ele falou lá, não chegue aqui porque eu não posso dizer quem é minha mãe. Mas diga apenas uma palavra e o meu criado parará. E aí, em Mateus, também disse que o centurião, em Mateus resumiu, não são os detalhes. Há mais detalhes. Mas vão mostrar um paralelo assim um bocadinho? Ele vai dizer. E entrando Jesus em Cafarnaum, chegou junto dele um centurião, rogando-lhe. Mateus diz que o centurião chegou até Jesus. Lucas diz que o centurião mandou os anciãos judeus. Mas quando se aproximou a casa do centurião, o centurião foi ao encontro de Jesus e disse que não, o chefe ficou muito indigno. Em Mateus, diz que o centurião se aproximou e disse, não te aproximes que eu não sou digno. Em Lucas, vai dizer que ele mandou os amigos e disseram, não te aproximes que eu não sou digno. Então, isso acaba, na cabeça de muita gente, fazendo uma confusão. Mas, na forma cultural do tempo, não há nenhum problema aqui. O que que acontece? Nós falamos dessa cultura de honra e vergonha. Também falamos sobre a questão de mediador. Lembram que muitas vezes falamos que Jesus é o mediador da nova aliança? Então, o mediador é um interceptor. Ele é um representante, ele é uma ponte. E o que que acontece? O mediador, muitas vezes, naquela cultura, fazia o papel da pessoa que lhe envia. Então, em Lucas, Lucas está a explicar que foram os mediadores ter com Jesus. Em Mateus, ele está a concluir, porque os mediadores representam o enviado. Essa é a ideia fundamental. E Jesus faz exatamente esse papel em relação a Deus. Quando ele disse assim, você me viu, você viu o Pai, porque eu sou o mediador do Pai. Por isso que a palavra de Deus diz que o Senhor Jesus ascendeu à destra, ele é o braço direito do Pai. Tudo que Jesus manda, fala, é a representação do Pai. É muito importante entendermos isso. Porque quando começarmos a entender isso, vamos perder algumas confusões com alguns textos. Ah, está com fé porque Jesus representa o Pai, assim. Essa é uma explicação assim, nós falamos um pouquinho mais a fundo disso naqueles vídeos que eu tinha pedido que assistissem antes de começarmos com tudo de Mateus. Estamos aonde agora? Verso 14, não é? Sim, ficamos de ir para o verso 14. Mas antes de irmos para o verso 14, vamos ler Hebreus 1, de 1 a 4, ainda nessa questão de Jesus como mediador. Por quê? Eu acho que Mateus inclui e interpreta desse jeito de propósito. Porque ele já está a criar em nós essa compreensão de que aquilo que Yahweh fez em Gênesis é mais ou menos o que está a fazer em Jesus. Fala e acontece. O que Jesus fala, acontece. Então há aqui uma, como é que podemos falar? A imagem de Yahweh está a ser vista em Jesus. Daí que também alguém se droga, se prostra perante Jesus. Então, quando já vemos essa questão cultural do intercessor ou do moderador, já conseguimos ver mais ou menos a forma de pensar de Mateus e dos autores do Novo Testamento. Em Hebreus, acredito que o mesmo pensamento está aí também. Ele vai dizer assim. Havendo Deus antigamente falado muitas vezes e de muitas maneiras aos pais, pelos profetas, a nós falamos nestes últimos dias pelo Filho. Ele é o portavoz de Deus. Agora vejam no verso 2 a 4. A quem constituiu o herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo? Por quem fez também o mundo? Quer dizer que a criação se entende em Jesus. Aquilo que nós falamos, Deus criou o mundo, é válido dizer que Jesus criou o mundo. Mas como? Porque Deus em Jesus criou o mundo. Ele é o mediador. Nós vamos ver no versículo 2. A quem constituiu o herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo? O qual, sendo o resplendor da sua glória e a expressa imagem da sua pessoa. Vejam. O resplendor da glória de Deus e a expressa imagem de Deus. E sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder. Pela palavra do seu poder. Havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados. Acentou-se a destra da majestade nas alturas. É o braço direito. Que no braço direito, no representante de Deus vemos Deus. Por isso é que Jesus ao dizer que quem viu, viu o Pai. É totalmente coerente no contexto cultural em que ele falou aquilo. No contexto espiritual em que ele falou aquilo. Feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles. Já lemos mais ou menos aquela passagem. A do senhor em Filipenses 2. Herdou nome acima de todo nome para que ao nome de Jesus todos os joelhos se dobrem. O pensamento é o mesmo. Do 14 a 17, os últimos versículos do nosso estudo de hoje. E Jesus entrando em casa de Pedro. Depois de ser curado. Primeiro curou o leproso, depois curou o servo do centurião. E agora mais uma narrativa de cura. E Jesus entrando em casa de Pedro, viu a sogra deste acamada e com febre. E tocou-lhe na mão e a febre deixou e levantou-se e serviu-nos. Quer dizer, é uma transação assim. Ele cura falando, mas não somente falando. Ele cura tocando. Do mesmo jeito que ele tocou o cego. Agora também tocou, aliás o leproso, desculpem. Agora também tocou a mulher, a sogra do Pedro que estava de febre. E ela curou. Versículo 16. Chegada tarde, trouxeram-lhe muitos endemoniados. Claro que a fama passou. Tanta fama e só está a curar. Está a curar para os endemoniados, para os doentes. E aqui olha. Trouxeram os endemoniados. E ele com a sua palavra expulsou deles os espíritos e curou todos os que estavam enfermos. Jesus não somente cura as doenças da carne, mas cura as doenças do espírito. A sua autoridade não é somente para tratar doenças, mas também tem autoridade sobre os demônios. Ele é este super Davi. Porque quando Saúl estava endemoniado, estava a ser atormentado, Davi tocava. Davi tocava. Foi tocando os demônios por algum momento ou os espíritos. Ou o espírito que assolava Saúl e deixava durante o momento de tocar Davi. Mas aqui o nosso Senhor Jesus, a sua palavra é superior à música Davi. É uma música mais música. A melodia é mais doce. A mensagem é mais profunda. E a autoridade e o poder é incomparável. Então aqui estamos a ver o nosso Jesus. Falamos Jesus Cristo, o Divino Rei Curandeiro. E aqui nós lemos no versículo 17, o último para a nossa meditação de hoje, como sempre aquela fórmula que Mateus já começou a usar desde o princípio, sobre o cumprimento da lei. Sobre o cumprimento das profecias do antepasamento. As profecias do antepasamento diz, para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças. Isaías 53, boa parte dos últimos capítulos de Isaías são muito messiânicos, e esse é um dos principais. Mas há uma franja dos cristãos que tem uma interpretação um pouquinho estranha sobre isso. Eles vão dizer assim que o cristão verdadeiro não pode ficar doente. E eles vão dizer assim, está escrito que o Senhor Jesus levou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças. Se você está doente é porque alguma coisa entre você e Deus não está bom. Se você está doente é porque alguma coisa entre você e Deus não está bom. Tem que ter aí algum negócio que não está bem, porque não pode. Tem que ver bem a tua fé ou o teu relacionamento com Deus. E eles vão então dizer que as nossas enfermidades e as nossas doenças foram todas pagas quando Jesus aceitou ser crucificado na cruz. Então, se nós abraçamos Jesus, naturalmente que a cura tem que ser a nossa realidade. E muita gente tem seguido esse tipo de interpretação. E muita gente tem morrido por causa desse tipo de má interpretação. Ou se nós nos lembrarmos, sabemos por exemplo que temos o caso de Paulo que tinha aquela situação que ele diz, aquele espinho na pele. Tá bom, vamos dizer que aquilo não era doença, era uma outra coisa, tá bem. Mas como é que vamos explicar o caso, por exemplo, do Timóteo? Que Paulo vai dizer assim, olha Timóteo, por causa do teu problema de estômago, toma um pouquinho de vinho. É claro que ele tinha uma doença, tinha uma enfermidade no estômago. Por que que Paulo não diz, oh Timóteo, a tua fé é muito fraca? Como é que você não acredita em Jesus que ele levou as tuas enfermidades e as nossas doenças na cruz? Tu és um falto discípulo. Não! Paulo elogia a fé de Timóteo, diz que ele não tinha ninguém como Timóteo, que amava tanto a igreja como Timóteo, que se dedicava tanto como Timóteo. Paulo não tinha um discípulo assim. Então como é que vamos entender essas palavras? Eu acredito que o sentido mais correto de nós interpretarmos essas palavras, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças, é que o nosso Senhor Jesus se pôs no lugar das soas que ele curou. O nosso Senhor se pôs no lugar das soas que ele curou. Ele compartilhou das suas aflições e das suas dores e por compaixão ele curou. Então ele sentiu a dor dos feridos, sentiu a dor dos endemoniados, sentiu na sua pele o que fria, o que doía na pele dos outros. É compaixão. Essa é uma forma de falar que o nosso Senhor era cheio de misericórdia e cheio de compaixão, que ele se identificava com os sofredores, com os pobres, com os feridos, com os doentes, com os endemoniados. Eu acredito que é o mesmo sentimento que o fez com que o nosso Senhor aceitasse subir naquela cruz para ser crucificado. Porque ele entendia que se não fizesse aquilo, o que seria de nós? Onde estaríamos nós quando estaríamos a adorar os deuses dos nossos antepassados? A fazer um monte de coisa errada? Muitos estariam ainda nas drogas, na bebedice, na fornicação, no adultério, na mentira, na injustiça. O Senhor Jesus pensou sobre nós. A palavra de Deus nos diz o quê? Pelo que Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu fim, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha vida eterna. O amor do nosso Deus em Jesus nos olhou e nos teve compaixão. Em Jesus é a encarnação da compaixão, do amor de Deus. Esse é o nosso rei divino e o verdadeiro curandeiro, Jesus Cristo, o nosso Senhor. Amém? Amém!