Details
Exposição de Mateus 9:18-31 pelo Ir. Norman
Big christmas sale
Premium Access 35% OFF
Details
Exposição de Mateus 9:18-31 pelo Ir. Norman
Comment
Exposição de Mateus 9:18-31 pelo Ir. Norman
Creative Commons 0
Others can copy, modify, distribute, and perform the audio, even for commercial purposes, all without needing to ask permission from the author.
Learn moreVamos então continuar com o nosso estudo de Mateus, estamos no capítulo 9, a última vez fomos até o versículo 17, onde terminamos com as palavras do Nosso Senhor Jesus a falar sobre não se põe vinho novo em recipiente de couro velho, do contrário se rompem e derrama-se o vinho e os recipientes se perdem, mas põe-se vinho novo em recipiente de couro e assim ambos se conservam. Nós explicamos a vez passada que isso tinha a ver com os hábitos, com uma mentalidade já formatada a ver as coisas de um certo jeito e quando algo novo vem, faz confusão e o que o Nosso Senhor Jesus estava a introduzir é uma nova forma de entender as coisas que os fariseus, inclusive os discípulos de João, também encontraram dificuldades de abraçarem e entenderem. Então o texto continua, na verdade essa parte que nós entramos agora, depois de Mateus 5, 6 e 7, que era sobretudo sobre os ensinos de Jesus, agora entramos numa fase em que o foco são os milagres e a manifestação do poder e autoridade de Jesus. Então é assim que no versículo 18 nós vamos ler, dizendo-lhes d'Ele estas coisas, eis que chegou um chefe e o adorou, dizendo-lhe, minha filha faleceu agora mesmo, mas vem e põe-lhe a tua mão e ela viverá. É interessante a forma como Mateus relata esse facto, porque Marcos e Lucas não o relatam desse jeito. Para Marcos e Lucas o relato tem a perspectiva de que a filha ainda estava viva, mas estava gravemente doente. Mateus parece contar já da perspectiva de que ela morreu, então conta já da perspectiva de que ela estava morta. Acho que não há nenhuma contradição. Em Marcos, visto que nós vamos encontrar no capítulo 5, de 25 a 34, e em Lucas, no capítulo 8, de 43 a 48. Então aqui aparece este chamado chefe, que passará apresentado como um chefe. Mas não vai-lhe chamar de chefe, vai-lhe chamar de principal da sinagoga. Marcos 5, 22 a 23, o mesmo relato é assim apresentado. E eis que chegou um dos principais da sinagoga, por nome Jairo, e vendo-o prostrou-se aos seus pés. Vem que aqui em Mateus nós lemos que o adorou, não é isso? A última vez já falávamos que essa palavra é prostrar-se. Então em Marcos usa o termo prostrou-se aos seus pés. No versículo 23 de Marcos 5, e rogava-lhe muito, dizendo-lhe, minha filha está moribunda, quer dizer que ela está para morrer, rogo-te que venhas e me pões as mãos para que saia e viva. Ele tinha essa certeza que se Jesus impusesse as mãos à filha, enquanto ela estava viva, embora quase a morrer, ela viveria. Já Mateus apresenta na perspectiva de que, olha, se tu impuseres as mãos a ela, ainda que ela esteja morta, ela vai ressuscitar. Eu acredito que é mais naquela perspectiva de Mateus saber que ela, como já estava quase a morrer, na verdade ela depois morre, então ainda assim, tendo ela a consciência que já não havia nada a fazer, ainda acreditou que Jesus podia fazer alguma coisa. Então nós lemos em Jesus 19 a 21, e Jesus levantando-se, pediu a ele e aos seus discípulos, e este uma mulher que havia já doze anos, padecia de um fluxo de sangue, chegando por detrás dele, tocou a orla de sua roupa, porque dizia consigo, se eu tão somente tocar a sua roupa, ficarei sangue. Muito interessante essa história. O Senhor Jesus é confrontado por esse principal da sinagoga, que vai clamar por sua ajuda para ir salvar a sua filha, e é interessante que em Lucas, acredito que dá-se a idade, essa filha, a filha de Jair, é apresentada como tendo aproximadamente doze anos, e doze anos era, na mentalidade judaica, a idade da maturidade, ou da responsabilidade. As pessoas antes dessa idade eram consideradas crianças, mas depois dos doze, era já alguém que já conhece o bem e o mal, já pode ser considerada como uma adulta, já sabe discernir as coisas. E eu estou a falar do doze porquê? Porque esse número vai ser apresentado também em relação a essa mulher que se aproxima de trás e toca a orla da roupa de Jesus. E é muito interessante porque imaginemos o pai aflito pela filha, a filha que está a morrer exatamente ao aproximar-se ou ao entrar da sua idade adulta. E depois temos o caso de uma adulta que, embora viva, praticamente é como se fosse uma pessoa morta, por causa do tipo de doença que tem. Vê como é que Marcos conta a história dessa mesma mulher. Marcos 5, de 25 a 27. E certa mulher, que havia doze anos, tinha um fluxo de sangue e que havia padecido muito com muitos médicos e dispendido tudo quanto tinha, nada lhe aproveitando isso, antes indo a pior, ouvindo falar de Jesus, veio por detrás, entra a multidão e tocou na sua veste. Uma coisa muito poderosa aqui que nós estamos a ver. É só imaginarmos tanta gente à volta de Jesus e essa mulher determinada, eu vou tocar a Jesus. Marcos vai trazer essa informação, que ela tinha procurado médicos de todo tipo, que todo o dinheiro que ela tinha provavelmente terá sido uma mulher de uma família rica. Todo o dinheiro que ela tinha gastou a busca de tratamento e ao contrário, só foi ficando de mal a pior. Então ela pôs no seu coração que se tocasse apenas na roupa de Jesus que ela ficaria curada. E há um promenor assim bem interessante também em relação à roupa de Jesus. O lugar onde ela vai tocar, veja que Mateus versículo 20 diz, tocou a orla de sua roupa. Em Lucas também acredito que se enfatiza que tocou a orla, é como se desse uma direção ao local onde se tocou, não fosse somente a roupa, mas a orla. E há quem diga, em outras partes provavelmente vamos ter um pouquinho dessa luz, que os fariseus daquela altura, por serem aqueles que buscavam ostentar publicamente e receberem aplausos e seguidores, a forma que eles vestiam, se a roupa deles tinha orlas muito grandes e eles acreditavam que isso passava uma ideia de autoridade ou de unção. Então aqui é possível que o que está a ser apresentado é que enquanto os fariseus buscavam ostentar e passar essa imagem de que são ungidos, são santos, que têm roupas com essas marcas de muita unção, de muita autoridade, não tinham nada disso. Já Jesus é quem tinha. Então há aí esse lado que tem sido apresentado como uma das formas de entender o porquê que é na orla que toca, porque se acreditava que tinha lá alguma unção especial. Embora não preparei aqui de parte, mas realmente aquela história de Saúl e Davi, que de um lado encontramos aquela história de quando Davi vai fazer uma emboscada a Saúl pelo testamento, Saúl parece que estava na casa de banho, alguma coisa assim, e Davi, mostrando que não queria lhe matar, cortou parte da roupa de Saúl. Parece que aquela parte que ele corta tem alguma ligação com a orla de Jesus, nesse sentido que é como se uma parte que acaba simbolizando a autoridade de alguém. É como se ela tivesse tocado na autoridade de Jesus. No verso 22 nós lemos, E Jesus voltando-se e vendo-a, quando ela tocou a Jesus, disse, Tenha ânimo, filha, a tua fé te salvou. E imediatamente a mulher ficou sã. Essa, repetimos, estamos a ler a versão de Mateus. Agora vejam a mesma história contada por Lucas. Alguns pormenores que Mateus quase que ignorou, Lucas vai apresentar. Aqui nós lemos que este que uma mulher que havia já há 12 anos padecia de um fluxo de sangue, chegando por detrás dele, tocou a orla de sua roupa. Esse é Mateus. Lucas 8, 45 a 48 conta do seguinte jeito. Depois dela tocar a Jesus, E disse Jesus, quem é que me tocou? E negando todos, disse Pedro, Estavam com ela, mestre? A multidão te aperta e te oprime, e dizes quem é que me tocou? Como assim, quem é que te tocou? Estamos no meio de tanta gente, todos passam a apertar, todos querem puxar aqui, puxar ali. Como é que tu dizes, alguém me tocou mesmo? É claro que o dizer, nosso senhor Jesus, alguém me tocou, é um sentido espiritual. Ele percebeu algo para além do físico. E nós lemos, e disse Jesus, alguém me tocou, porque bem conheci que de mim saiu virtude. Em outras palavras, tenho a certeza que alguém me tocou, porque algo de mim saiu, e o que saiu é virtude, poder. Algo de Deus de mim saiu a alguém. Então, vendo a mulher que não podia ocultar-se, aproximou-se tremendo, e prostrante ante ele, declarou-lhe diante de todo o povo a causa porque lhe havia tocado, e com um logo sarara. E ele lhe disse, tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou, vai em paz. E aqui, uma das coisas que nós por vezes escapamos de perceber são os elementos culturais e religiosos à volta de certas coisas que aconteceram. Por exemplo, esta história tem alguns elementos que nós precisamos levar em consideração. Essa mulher tinha um fluxo de sangue, fazia 12 anos, e segundo a lei, ela era uma pessoa impura. E a pessoa impura, tudo que tocasse de alguma forma também se tornava impuro. É possível que essa mulher em 12 anos não tocou nenhuma pessoa. Mesmo as pessoas que ela ia buscar tratamento, provavelmente lhe mantinham uma distância, lhe diziam que tinha que fazer isso, fazer aquilo, fazer aquilo, mas não a tocavam. Ela não podia ter contato com outras pessoas do povo judaico porque ela era considerada impura. Se ela, por alguma razão, o texto não nos conta, se em algum momento ela foi casada, o mais provavelmente terá divorciado, porque depois de um certo tempo o marido, segundo a visão da lei que muitos tinham, terá considerado que ela era digna de ser divorciada por causa da situação que ela tinha. Se ela não tinha casado ainda, durante esse tempo ela não podia casar, porque ela não tinha condição nenhuma, quer dizer que era uma pessoa isolada da sociedade, sem dignidade, impura aos olhos de toda a gente. É isso que ela era. Então, para ela decidir tocar ao Senhor Jesus, ela põe na sua cabeça, no mínimo, não importa se a pessoa que eu vou tocar vai se tornar impura. Eu só sei que eu tenho que tocar. Então, ela toma uma decisão ousada. A sua fé é a necessidade de descartar toda essa visão tradicional religiosa que ela cresceu e que a sociedade dela tinha. É por essa razão que ela estava a tremer, porque ela tocou ao Senhor enquanto ela estava impura. Então, é por isso que nós lemos como é que está aqui. Então, vendo a mulher que não podia ocultar, se aproximou-se, tremendo e prostrante a ele, declarou-lhe dentro de todo o povo a causa que lhe havia tocado. É muito interessante isso. Alguns de nós já tivemos algumas experiências. Não vou dizer que é igual, mas já eu me lembro de ter orado por alguém e depois de orar, dessa pessoa aí, se for falar, orar impondo as mãos, e eu senti que alguma coisa saiu de mim. Essa ideia que está aqui, quando o Nosso Senhor Jesus diz que saiu de mim alguma virtude, eu acho que tive uma experiência parecida. Já tive uma experiência parecida. E não sou o único. Devem ter muitos outros servos de Deus por aí que podem dizer assim. Não, eu já orei por alguém e senti que alguma coisa de mim saiu. Agora, como explicar isso teologicamente, não sei. Só sei que você vai perceber alguma coisa. É como se ficasse um pouquinho mais fraca. Uma coisa assim estranha. Depois dessa oração não estou igual. E tu sabes que não é físico porque não fizeste nenhum esforço, exceto orar por alguém. Mas senti uma coisa diferente. Lembro-me também, por exemplo, que a primeira vez que eu preguei depois de me ter convertido, e a pregação não foi lá de muito tempo, mas eu voltei para casa com um cansaço estranho. Lembro-me que hoje já não acontece do mesmo jeito. Mas nos primeiros meses depois de me converter, pregar a Palavra de Deus metia-me cansado. Só sentia um cansaço abnormal. Então acho que se enquadra talvez nessa coisa de virtude que o Senhor Jesus está aqui a falar. Vejam o que é que o Velho Testamento diz ou dizia em relação a uma mulher, no caso dela. Levíticos 15, de 25 a 27. Também a mulher, quando tiver o fluxo do seu sangue por muitos dias fora do tempo da sua separação, ou quando tiver fluxo de sangue por mais tempo do que a sua separação, todos os dias do fluxo da sua imundícia será imunda, como nos dias da sua separação. Toda cama sobre que se deitar todos os dias do seu fluxo, será como a cama da sua separação. E toda coisa sobre que se assentar será imunda, conforme a imundícia da sua separação. E qualquer que a tocar será impuro, será imundo. Portanto, lavará as suas vestes e se banhará com água e será imundo até a tarde, até terminar. Em outras palavras, enquanto não terminar o fluxo, essa pessoa é impura. E ela estava assim durante doze anos. Toda sua bolsa era impura. Se ela tocasse uma coisa, onde ela dormia, a roupa que ela vestia, tudo era impuro. E isso naturalmente que reduzia a sua honra, o seu autorrespeito. Isso não permitia ela se olhar como uma pessoa normal, como uma mulher que alguém pudesse se interessar. E a pergunta que se podia fazer aí é, como é que ela se alimentava? Quem lhe dava de comer? O que ela fazia para sobreviver? No mínimo tinha que ser a vem de uma família muito rica para ser a vem da família que lhe apoiasse. Porque o texto vai nos dizer que gastou as suas riquezas e é claro que já estava a viver no aperto e na dificuldade. Mas então esses doze anos não foram fáceis. Entretanto, como o texto que nós começamos a ler nos diz, antes mesmo dessa mulher já temos o problema das jovens de doze anos. Agora que se resolveu o problema da mulher com doze anos de problema, Jesus tem o problema da menina de doze anos. Então nós vamos ler. Jesus chegando à casa daquele chefe, porque ele estava em movimento. Lembram que isso acontece no caminho. Enquanto ele está a ir à casa de Jairo. E Jesus chegando à casa daquele chefe e vendo os instrumentistas e o povo em alboroto. Quem eram os instrumentistas? Há um grupo especial de povo que cantavam nos óbitos. Havia essa cultura de cantar nos óbitos. É interessante porque, por exemplo, na família, na parte do meu pai, quando alguém morre, canta-se e dança-se. O óbito tem canto e tem dança. Estão a dançar e estão a chorar. Fazem uma roda. Estão chorando, a cantar. E pronto. Ainda que não seja igual, mas estamos a ver que essa coisa de cantar ou ter música no lugar de óbito, também é algo que no tempo de Jesus o seu povo também praticava. Então o versículo 24. Jesus, retirai-vos que a menina não está morta. Está a tocar, está a cantar. Essas vossas músicas, esse vosso canto de cadáver, de morto. Mas quem vos disse que ela está morta? Mas dorme, disse Jesus. E eles riam. Não, nós sabemos identificar uma pessoa morta e temos a certeza que essa menina está morta. Esse profeta que vocês foram buscar não deve estar bem da cabeça. Por isso é que nós estamos a ler aqui, riam-se dele. Mas notem que esse riam-se dele é da mesma natureza do que aconteceu quando o nosso Senhor Jesus pergunta Quem tocou-me? Alguém tocou-me? Pedro e os outros discípulos dizem, oh, toda a gente aqui está empurrado de um lado para o outro, toda a gente toca, como é que tu nos perguntas quem tocou-me? É porque a pergunta do nosso Senhor Jesus tinha outro sentido. Havia lá uma sabedoria. E é o mesmo que acontece aqui. Eles não entendem a dimensão que Jesus está a operar, a sabedoria e o poder que está envolvido em Jesus. E eles riem-se de Jesus. E não é muito distante do que tem acontecido. Muitas das vezes quando nós falamos da Palavra de Deus com pessoas que não têm a mente nas coisas espirituais, acham que nós somos loucos, acham que estamos a falar à toa. Até hoje, para muitas das vezes, mesmo até no seio daqueles que se dizem cristãos, há coisas de Deus que as pessoas ouvem e falam, se não faz sentido nenhum. Porque ainda estão numa dimensão de infantilidade espiritual e não estão dispostas ainda a perceber a profundidade de certas coisas. E nós vemos assim, né? E logo que o povo foi posto fora, entrou Jesus e pegou-lhe na mão e a menina levantou. E espalhou-se aquela notícia por todo aquele país. De novo, o nosso Senhor Jesus toca, tocou no cadáver. A mulher de 12 anos de fluxo de sangue, socialmente, espiritualmente, financeiramente estava morta. E ela quem tocou em Jesus. Aqui, a menina de 12 anos estava morta e Jesus tocou nela. É algo muito interessante. Então, aqui estamos a ver o que, mais ou menos, nessa ideia dos doze? Porque fica uma coisa assim, meio propositada. Esses doze não estão aí por acaso. O doze, tipicamente, simboliza a compleição. A autoridade completa. Um ciclo completo. Aliás, mesmo no nosso dia-a-dia, o período da manhã tem quantas horas? Doze horas. O período da noite tem quantas horas? Doze horas. Eram doze tribos. Eram doze discípulos, apóstolos. Vamos encontrar o doze de várias formas. Então, aqui, esse doze poderá passar uma imagem de compleição da desgraça. Uma desgraça completa. Desgraça completa na mulher adulta. Desgraça completa na jovem que estava já para entrar na idade adulta. E o pai chorando. Essa é a imagem da humanidade sem a intervenção divina. O mundo está assim. O mundo sem a esperança que Cristo nos dá é uma desgraça. Os nossos líderes são corruptos. As pessoas que você, por vezes, confia são as mesmas que vão despeçar uma faca nas costas. Quantas coisas perversas andamos a assistir pelo mundo. Sem Cristo, aquilo seria, a cada um que se diga, não há nenhuma esperança. Então, eu acho que há nessa história essa imagem. O pai a chorar pela filha. A mulher a chorar pela vida. A filha morta, um cadáver deitado num lugar. Esse é o mundo morto em desespero. Mas é exatamente no desespero, nas lágrimas do pai pela filha. Na dor, no sufoco dessa mulher que o mundo não dá esperança. É aí onde brilha a graça de Deus. É aí onde o amor de Deus se manifesta. Então, é uma imagem para nós refletirmos. Porque pode ser que algum engano em nosso coração não nos faça ver agora de Deus. Não nos deixa perceber que em Cristo há solução. Ao invés de nós abraçarmos a visão da carne, a visão limitada dos homens. Precisamos olhar para a visão ilimitada de Deus. Do seu amor, da sua graça e do seu poder. E buscar isso com o coração. Buscar com esse pai que olhou para a sua filha morta e acreditou que em Jesus havia vida. Buscar com essa mulher que tinha fluxo de 12 anos e olhou para Jesus e acreditou que em Jesus era possível esse fluxo de aparecer. É um relato de fé e de uma fé muito interessante. Versículos 27 a 31, que são os últimos para o nosso estudo de hoje. Nós lemos, e partindo Jesus dali, seguiram-nos dois cegos. Quer dizer, continua a saga da cura e da autoridade de Jesus. Partindo Jesus dali, seguiram-nos dois cegos. Clamando e dizendo, tem compaixão de nós, filhos de David. E aqui o reconhecimento de Jesus como Messias, filhos de David. E quando chegou a casa, os cegos se aproximaram dele. E aqui entra uma situação. Porque o nosso Senhor Jesus, na primeira parte, vai dizer que as raposas têm lugar, têm os seus colgis. Mas ele não tem um lugar para reclinar a sua cabeça. E aqui agora nós estamos a ler, e quando chegou a casa, os cegos se aproximaram. Então a questão é, que tipo de casa é essa? Porque ele disse que não tinha casa. Então me parece que era uma casa alugada. Jesus estava sempre em movimento. E aqui deveria ser algum lugar onde ele estava, mas era algo não permanente. Passa mais essa ideia. E quando chegou a casa, os cegos se aproximaram dele. E Jesus disse-lhes, credes-vos que eu possa fazer isto? Disseram-lhe eles, sim Senhor. E aqui podemos juntar as três partes dessa história. O pai que vai pedir socorro pela filha. A filha que morre, incapaz de pedir socorro por ela mesma. E a mulher que estava com fluxo de sangue, que também creu que Jesus poderia dar vida. Agora aqui esses dois cegos acreditam, creem que Jesus nos pode curar. Estavam a acompanhar tudo. Então aquele que ressuscitou uma jovem que estava morta, incapaz de dar visão, claro que é capaz. Nós sabemos que você deu vida a uma pessoa que estava morta. É claro que você pode nos dar visão. Credes-vos que eu possa fazer isto? Eles responderam, sim Senhor. E versículo 29. Tocou então os olhos deles, dizendo, sejam-vos feitos segundo a vossa fé. E os olhos se abriram, e Jesus ameaçou-os, dizendo, olhai que ninguém o saiba. Mas sendo ele saído, divulgaram a sua fama por toda aquela terra. Não conseguiram se conter. Por mais que Jesus tentasse esconder o seu poder e a sua autoridade, o testemunho espalhava. E esse seu esconder está em contraste com aqueles que buscavam a glória dos homens. Jesus não buscava isso. Mas a unção e a graça de Deus em sua vida esbanjava isso. Não havia como então... Mateus está de alguma forma a nos mostrar que a fama de Jesus estava cada vez mais incontrolável. É isso que se passava aí. Mas aqui também, em todos esses casos, há um ponto que nós podemos ver em toda essa história que nós estamos a ler. Que é o toque de Jesus. O nosso Senhor Jesus tocou a mulher que tinha... aliás, a menina que estava morta. E quando tocou em sua mão, ela ganhou vida. O nosso Senhor Jesus deixou e foi tocado por essa mulher que tinha um fluxo de sangue. E quando ela tocou a Jesus, ela ficou curada. E agora o nosso Senhor Jesus tocou nos olhos destes dois cegos e eles também ganharam visão. Então uma das perguntas para nós é em que parte da nossa vida é que talvez precisamos do toque de Jesus? É uma questão que talvez precisamos perguntar. Parar e perguntar. Talvez não é uma parte da nossa vida que precisamos do toque de Jesus. Porque Jesus traz, cura. Onde Ele toca, uma mudança. Se Ele toca o nosso coração, a nossa vida muda. Se antigamente éramos egoístas, deixamos de ser egoístas. Se antigamente éramos corruptos e caminhávamos no pecado, deixamos de ser pecadores. O nosso Senhor Jesus tem esse toque que cura, que transforma, que vivifica. E atenção quando nós fazemos essa pergunta em que parte da nossa vida talvez precisamos do toque de Jesus? Tipicamente esse toque tem a ver com o lugar da nossa fraqueza. Aqueles cegos, é nos seus olhos que estava a honra deles, a fraqueza deles. A desgraça e tudo aquilo que eles podiam ter como o sofrimento se confirava exatamente nos olhos deles. E é lá onde o Senhor Jesus toca. Nós não conseguimos imaginar o que será para o cego tocar os seus olhos. Mas um cego poderá nos dar uma ideia do que é que acontece. Porque não é qualquer coisa. Nós não conseguimos imaginar o que é uma pessoa que há 12 anos é afastada, isolada da sociedade. Conseguir tocar alguém e descobrir que essa pessoa não tem nada contra esse toque. Que na visão dos outros faria dele impuro. Não, antes o Senhor diz, vai mulher, a tua fé te salvou. E é exatamente aqui nessa questão da tua fé te salvou que acho que fica uma situação assim para nós pensarmos. Cada um pensa sobre isso. Nos parece que essas histórias que nós lemos hoje trazem de um lado essa ideia da tua fé te salvou. E a outra ideia de que a fé de Jesus te salvou. É no sentido que, por exemplo, o pai que foi atrás de Jesus acreditava que Jesus podia salvar a sua filha. Mas a sua filha estava morta e não tinha como pôr fé em Jesus. E ainda assim Jesus a salvou. Já a mulher do fluxo de sangue, ela estava viva e ela tinha a fé em Jesus. E a sua fé fez tocar na orla das vestes de Jesus. E sim é verdade que a fé dela o salvou. Desculpa. E aqui no caso dos cegos encontramos essa dança a fé de Jesus e a fé deles. Ele pergunta, vocês acreditam que eu posso fazer isso? Eles dizem sim, nós acreditamos. E ele faz de acordo a fé destas pessoas. Eu posso falar disso porque vivemos num tempo onde temos estes movimentos neopentecostais e carismáticos excessivos. E eles ensinam que basta a fé que tudo deve acontecer. Mas se nós lermos os relatos do Nosso Senhor Jesus, acho que vamos encontrar as duas coisas. Em alguns casos o Senhor Jesus vai dizer a tua fé salvou. Em alguns casos o Senhor Jesus vai agir irrespetível da fé de quem vai receber a cura de Jesus. Como o caso, por exemplo, da menina que nós lemos aqui que estava morta. Então que o Senhor nos ajude a sermos equilibrados. Por hoje paramos por aqui. Amém. Amém.