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Fé e clamor (pt 2)

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Canal Espada e FogoCanal Espada e Fogo

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Continuação da conversa sobre oração.

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Pois, Salmos 34, eu vou lendo e depois vou fazer alguns comentários e depois vamos abrir a conversa para os irmãos, conversar um pouquinho e depois voltaremos à segunda e última parte da nossa intercessão. Pois eu vou ler. Salmo de Davi, quando mudou o seu semblante perante Abimelec, expulsou e ele se foi. Louvarei ao Senhor em todo o tempo, o Seu louvor estará continuamente na minha boca. Salmos 34 A minha alma se gloriará no Senhor, os mansos o ouvirão e se alegrarão. Engrandecerei ao Senhor comigo e juntos exaltemos o Seu nome. Vemos aqui Davi apresentar louvor, apresentar a exaltação a Deus por ter livrado de alguém que não lhe era uma bênção, no caso Abimelec. Mas o nosso foco nessa pequena meditação continua a ser o mesmo tema que nós meditamos a vez passada, estamos a meditar sobretudo na questão de como orar, como interceder e quais são os princípios produtuais da oração e da intercessão. Nos próximos tempos acredito que nas nossas vigílias paremos a ter muito esse elemento porque estamos a começar com programas de oração, então vale a pena falarmos sobre oração mesmo. Então ele vai dizer no verso 4, busquei ao Senhor e ele me respondeu, livrou-me de todos os meus temores. A nossa reunião de oração é para buscarmos ao Senhor e aqui estamos a ver Davi a testemunhar que ele buscou ao Senhor e recebeu resposta. Ele vai dizer, livrou-me de todos os meus temores, quer dizer que quando Davi se aproximou de Deus, aproximou-se levando os seus medos, levando as suas limitações e é isso que nós também precisamos fazer quando nos aproximarmos do nosso Deus. O nosso Deus quer ouvir os nossos temores, quer ouvir as nossas limitações, quer ouvir as nossas fraquezas, quer ouvir inclusive as nossas irritações. Como temos falado, quando olhamos para os salmos, mais do que 60% dos salmos são lamentações e muitas das vezes nós temos dificuldades de lamentar perante a Deus. Lamentar perante a Deus não é murmurar de Deus, diferente daquilo que aconteceu quando o povo de Israel no deserto murmurava contra Deus, aquilo não é lamentação. Lamentação, repetimos, é apresentar a Deus aquilo que nós esperamos dEle por justiça, por misericórdia. Não é nós apresentarmos isso como se Deus não fosse capaz de fazer, antes de chamar a Deus para resolver as coisas, antes de apresentar a Deus a nossa esperança que Ele vai olhar para esses problemas e fará alguma coisa. Ele não darmos uma de suficientes, por vezes o que acontece? Nós pensamos que por crermos em Deus, não podemos apresentar a Deus a nossa frustração em relação àquilo que nós esperamos que Deus faça. Mas a Bíblia não nos mostra isso, Deus quer ouvir mesmo as nossas frustrações. Ele está aqui a dizer, livrou-me de todos os meus temores. Quer dizer que Davi disse, Senhor, eu tenho que isso aconteça, Senhor, eu estou a ver essa situação e realmente isso me dá medo. São várias coisas que Davi temia e ele levou isso perante a Deus, ele buscou a Deus e apresentou os seus temores a Deus e o Senhor livrou dos seus temores. E no verso 5, ele diz, Olharam para ele e foram iluminados, e os seus rostos não ficaram confundidos. É interessante, olharam para ele e foram iluminados, e os seus rostos não ficaram confundidos. Clamou este pobre e o Senhor o ouviu e o salvou de todas as suas angústias em paralelo. Buscar ao Senhor é olhar para o Senhor e olhar não é apenas, não estamos a falar da visão carnal, de pegar os olhos e olhar para uma coisa, não, é atentar. Olhar é atentar, olhar é esperar em, quando ele está a dizer olharam para ele e foram iluminados, está a dizer assim, não, estavam nas trevas, estavam numa situação não positiva, mas quando ele olha para Deus, quando ele espera em Deus, quando ele clama por socorro, Deus traz luz nas trevas da sua vida, nos problemas da sua vida, nas dificuldades da sua vida, é isso que são trevas. E ele diz, e os seus rostos ficaram confundidos. Ele não fala o nome, mas a ideia é que os inimigos dele foram confundidos. No nosso caso, nós não pelejamos contra a carne nem contra a sangue, como o apóstolo Paulo nos fala no livro de Efésios. Antes, os nossos inimigos são espirituais, são as forças das trevas que têm um plano e uma visão diferente do reino de Deus. Então nós, quando nos apresentamos a Deus, temos que ter isso em consciência, que nós somos soldados, somos aqueles que estão num campo de combate e precisam de um livramento que vem de Deus. Temos que nos perguntar se entendemos verdadeiramente a missão que é ser um discípulo de Jesus e se nós entendemos isso, quais são as dificuldades que nós entendemos que temos vivido. Essas dificuldades é que nós temos que apresentar a Deus. É isso que nós temos que considerar como os nossos temores, como as nossas angústias e apresentar e dizer Deus brilha nisso, manifesta tua luz nisso, dá solução em relação a essa situação e àquela situação. Ele depois vai dizer no verso 6, clamou este pobre, ele vê a humildade, pobre porque sem Deus não tenho nada, ele disse, clamou este pobre e o Senhor o ouviu e o salvou de todas as suas angústias. Se nós queremos ser ouvidos, temos que clamar na posição de pobres, não é à toa que no Novo Testamento, no livro de Mateus, que nós estávamos a ter o estudo, lá no Sermão do Monte, ele vai dizer, bem-aventurados, os pobres de espírito, o Senhor dá graça aos humildes, mas resiste aos soberbos. O pobre é aquele que entende que só Deus o pode ajudar, o pobre é aquele que não se gloria em nenhuma coisa da carne, ele não confia no seu conhecimento teológico, não confia na sua beleza, não confia no seu dinheiro, no seu carro, no seu diploma, ele entende que sem Deus ele não tem nada, este é o pobre. Não é nessa dimensão em que se encontrava Davi quando ele clamou e Deus lhe respondeu, ele apresentou-se perante a Deus com um coração que entendia que sem Deus ele era um miserável. Assim também o nosso clamor, quando nos reunirmos nos nossos programas de oração, na nossa postura de intercessão, na nossa postura de cristãos, na verdade, temos que nos entender nesse lugar de pobreza espiritual, de humildade completa, de Deus, apenas Deus sendo exaltado em nosso coração e nada mais. No verso 7, o anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem e os livra, quer dizer que o pobre de espírito é também aquele que teme a Deus, não há como ser pobre de espírito e não temer a Deus e quando falamos de temer a Deus, estamos a falar daqueles que obedecem a Deus, porque conhecem as implicações da desobediência, temor é isso, vivemos num tempo onde se tem ensinado uma interpretação do evangelho que deixa algumas pessoas no relaxe de viver como bem entenderem porque não há consequências eternas, mas não é bem isso, o pobre de espírito é aquele que está à mercê de Deus, ele entende que se não caminhar em obediência a Deus, encorre em perigo. No verso 8, provai e vede que o Senhor é bom, bem-aventurado o homem que nele confia, isso é fé. O pobre de espírito, esse pobre que Deus responde, é aquele que teme a Deus e o temor a Deus vem na confiança a Deus, aquele que confia em Deus de todo o coração teme a Deus, não há como confiar a Deus de todo o coração sem temer a Deus e não há como confiar e temer sem ser pobre de espírito. Notem algo bem interessante aqui, Davi diz provai e essa é uma linguagem que devemos remeter ao livro de Gênesis, quando Adão e Eva comeram da árvore do conhecimento do bem e do mal em rebelião, em transgressão. A palavra de Deus está nos apresentar Deus como se esse fruto que fomos convidados a provar. Provar para dizer não, isso é bom, isso é gostoso e isso não tem como nos fazer esquecer Gênesis 3 e olhando para Gênesis 3, vamos para Mateus 4, Lucas 4, quando Jesus foi provado por Satanás, já perceberam, Satanás vai provar o nosso Senhor Jesus e acredito que a mordida que ele deu, o fruto foi muito amargo na boca dele, ele percebeu que não valia nada para ele, Jesus não valia nada para o diabo, provou e viu que não, isso não é meu, isso é amargo para mim, mas aqui ele está nos convidando a provar a Deus e para vermos que ele é bom, se olharmos no contexto de intercessão e de oração está a dizer o que? Buscai a Deus e verá que Deus o responderá, se nós o buscarmos de coração, como pobres de espírito, com uma vida que confia nele, com uma vida que teme a ele, vamos descobrir que Deus é bom, vamos testemunhar a bondade de Deus, a resposta de Deus ao nosso clamor, a nossa oração, a nossa vida de obediência a ele, então provai ao Senhor e vede que o Senhor é bom, no verso 4 ele repete, temei ao Senhor, vós, os seus santos, pois nada falta aos que o temem, em outras palavras, nós podemos estar a aclamar porque temos dificuldade A ou B, porque alguma coisa nos incomoda, está a dizer, se nós temermos ao Senhor, estas nossas necessidades serão supridas, o Senhor há de responder e suprir, no verso 10, os filhos dos leões necessitam e sofrem fome, mas aqueles que buscam o Senhor, nem nenhum faltará, quer dizer que o Senhor vai acabar por preencher a ansiedade do nosso coração, não estamos a falar de ansiedades carnais, estamos a falar de toda a ansiedade que a justiça suporta, isso tem a ver com xalão, lembram que xalão, que é tipicamente interpretado como paz, na verdade, esse termo na língua judaica vai além de paz, em Angola por exemplo, a guerra terminou em 2001, 2002, a guerra terminou, mas será que o angolano pode dizer que vive uma vida plena, que tem paz, prosperidade, tem justiça, tem amor, tem verdade, tem pureza, não, o angolano não vive em xalão, mas pode dizer que não, o angolano vive em paz, aqui quando ele está a dizer que os filhos dos leões necessitam e sofrem fome, mas aqueles que buscam o Senhor, bem nenhum faltará, esse bem nenhum faltará tem a ver com xalão, é a integridade daquilo que é positivo e aceitável e que Deus quer que o ser humano tenha, não é como os da teologia da prosperidade buscam passar, que é prosperidade, aqui está a falar que os leões necessitam e têm fome, então é porque se tu estás a ter alguma dificuldade financeira é porque não estás com Deus, não, aqui é baboseira, aqui trata-se de xalão, é a compreensão de tudo, é estarmos íntegros por dentro e por fora, ele diz, vindo meninos, ouvi-me, eu vos ensinarei o temor do Senhor, é a terceira vez que ele fala do temor do Senhor e isso neste contexto de interceder, de buscar a face do Senhor, não vamos alcançar a face do Senhor se o nosso coração não se encher de temor do Senhor, é preciso ter velo pela glória do Senhor, ele chama essas pessoas de que? Santos, no verso 9, temei ao Senhor vós os seus santos, o santo é a pessoa separada, o separado não faz as coisas comuns, o separado é separado, há coisas que ele não faz porque tem uma linha de separação, isso é para o profano, aquilo é para o santo, então temos que entender o porquê dessa repetição do temor que ele está a falar, então, vindo meninos, ouvi-me, eu vos ensinarei o temor do Senhor, quem é o homem que deseja a vida, que quer largos dias para ver o bem, xalum, guarda a tua língua do mal, vejam os princípios, guarde a tua língua do mal e os teus lábios de falarem o engano, para, sobretudo para nós que temos uma comunidade que buscamos sempre beber um pouco de todos os membros, é importante entendermos isso, não é sábio, não é aceitável que você que na comunhão dos santos abra sua boca para exortar, para dar uma opinião que deve edificar ao próximo, não seres a mesma pessoa que lá fora a tua boca está envolvida em fofoca e em palavrões e coisas impuras, não pode da mesma fonte sair água pura e água amarga, temos que ter muito cuidado com os nossos lábios porque nós somos portavozes da palavra de Deus, e ele está aqui a ligar a abundância da vida, se assim podemos dizer, com o cuidado ou a língua pura, nossa língua tem que ser pura, e no verso a seguir ele diz, aparta do mal e faz o bem, procura a paz e seguia, quer dizer que somos chamados a ter essa postura de gente de língua limpa, de palavras que edificam, pessoas pacificadoras, pessoas que apartam-se do mal, e quando nós, no Velho Testamento me vem a ideia, quando hoje a palavra aparta-se do mal, acho que um dos maiores exemplos é exatamente a Jó, porque a história do Jó, o próprio Deus vai repetir, olha, visto o meu ser o Jó que aparta-se do mal, então é a mesma, é o mesmo ensino que está sendo a dar para os santos, que devem ser pessoas que se apartam do mal, apartar-se é separar-se, daí eles chamaram essas pessoas de santos, porque se separam do mal. Verso 15, os olhos do Senhor estão sobre os justos e os seus ouvidos atentos ao seu clamor, de novo, eu clamei ao Senhor, este pobre clamou ao Senhor e o Senhor o respondeu, e porquê? Verso 15, porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, porque o Senhor está atento com os justos, está atento com aqueles que são santos, que se separam das coisas impuras, que buscam a Deus como pobres de espírito, que confiam em Deus, que temem a Deus, que guardam a palavra de Deus, a estes, eu diz, o Senhor ouve os seus ouvidos atentos ao seu clamor, em outras palavras, quando nós clamamos a Deus, se essas características definirem a nossa vida, o Senhor, sem dúvida, nos responderá. Então, continuamos a tocar na mesma tecla, os princípios para termos as nossas orações respondidas são estes, precisamos temer ao Senhor, precisamos ter pessoas que confiam no Senhor, precisamos ter pessoas que cuidam do que falam, que tem língua limpa, e isso precisa vir do coração, como o nosso Senhor Jesus diz, que é do coração que vem toda coisa torpe da nossa boca, antes de chegar na boca veio do coração, e Ele está dizendo que são a estes que o Senhor responde. No verso 16, a face do Senhor está contra os que fazem o mal, para desarraigar da terra a memória deles, em outras palavras, o Senhor detesta os fazedores do mal. Como vamos nos apresentar a Deus, como vamos buscar o favor de Deus, se formos participantes do mal? Se são coisas que Deus odeia, não vamos. Então, é preciso vermos essa questão. Verso 18, perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado. Aí está uma outra forma de falar pobre de espírito. Aqueles que sentem a dor de Deus, aqueles que fazem participantes das coisas que Deus se agrada, e das coisas que Deus detesta, são esses os quebrantados, são esses que querem a justiça de Deus. Desculpem, diz, e salva os contritos de espírito. Então, uma das perguntas que nós precisamos fazer é, será que temos uma vida quebrantada? Será que temos uma vida que guarda uma contrissão de espírito? Porque é isso que vai encher a nossa oração, é isso que é intercessão verdadeira, é isso que é lamentação. Voltando na nossa meditação da vigília passada, que falávamos sobre, aliás, usamos a imagem do povo de Israel que estava a sofrer e clamou. Estavam quebrantados, estavam contritos, e Deus viu a contrissão e Deus lhes respondeu. Assim também nós. Quais são as coisas que têm quebrantado o nosso coração? Eu, como falava a vez passada, por vezes percebo que nos habituamos com as coisas que Deus não se habitua e deixamos de sentir as coisas que magoam o coração de Deus. E vivemos como se tudo tivesse normal. Mas aqui está claro que o Senhor está perto dos que têm o coração quebrantado, dos que têm o espírito comprito. Então o nosso espírito e o nosso coração tem que estar quebrantado e comprito pela injustiça, pelas várias coisas que Deus ao nosso redor não se alegra. E creio que o passo mínimo que nós podemos abraçar é dizer a Deus eu quero sentir do Teu jeito. Deus me ajude porque eu tenho um coração que tem se endurecido e há coisas que já nem sou sensível. Eu preciso da Tua sensibilidade. Eu preciso chorar pelas coisas que me deviam fazer chorar por causa da justiça. Eu preciso odiar as coisas que eu devia odiar porque o Senhor odeia. E muitas das vezes já não tenho sentido desse jeito, já não tenho percebido a vida desse jeito. Então é algo muito importante quando se trata de termos a nossa oração respondida. Como está o nosso coração? Se está próximo de Deus, naquilo que Deus quer, então Deus está próximo de nós para ouvir aquilo que nós queremos. Isso é um segredo bíblico. Verso 19, muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas. Em outras palavras, em todo esse quebrantamento, em toda essa situação, se nós nos aproximamos a Deus, Ele estará lá para tratar, para responder, para curar, para livrar. Verso 20, Ele lhe guarda todos os seus ossos, nem sequer um deles se quebra. Essa palavra que nós estamos a ler, esse Salmo, vai ser usado em referência de Jesus. Por quê? Porque Jesus é o maior exemplo de um homem quebrantado, quem foi quebrantado como Jesus na cruz. Jesus foi quebrantado, foi aflito naquela cruz. A sua vida, a sua cruz, representam, encarnam o homem que teme a Deus, o homem que tem um coração quebrantado, que tem um espírito contrito. Verso 21, a malícia matará o ímpio e os que odeiam o justo serão punidos. O Senhor resgata a alma dos seus servos e nenhum dos que nele confiam ou confiam será punido. Ele volta a falar da confiança ou fé no Senhor. Aqueles que creem verdadeiramente em Deus têm essas características todas. Não precisamos pôr a luz de par e dizer, não, basta somente isso. Tudo isso aqui está a explicar quem tem fé, quem verdadeiramente confia, quem é santo, quem é justo, quem caminha com Deus, é isso. E são esses que Deus responderá o seu clamor. Amém? Então, está aberto a conversa. Vamos dar os subsídios que Deus puder ter posto em vossa direção. Depois voltamos à segunda parte do nosso programa de oração para terminarmos. Bem, excelente a mensagem. Foi muito edificante para mim. E também houve pontos que ressuscitaram algumas dúvidas enquanto o Irmão Norman falava. Mas algo que também me chamou a atenção é o versículo 4. Aí, onde o Irmão Norman falou sobre dependência, acredito eu. Aqui está escrito, busquei ao Senhor e Ele me respondeu e dos meus temores todos me livrou. Aqui o salmista, ele clamou ao Senhor e o Senhor atendeu a sua oração e o livrou de todos os temores dele. Eu olho para essa passagem a considerar que Deus, em certas situações, é Deus que nos livra. Existem situações que não dependem de nós, mas dependem única e exclusivamente de Deus. Daí que muitas das vezes o nosso orgulho torna-se insignificante, torna-se uma coisa... Vá uma coisa pequena, porque muita gente vai buscar refúgio em outras coisas, aquilo que não é Deus. Num quebradeiro, por exemplo, vai-se prostrar a uma imagem esculpida também, pode ser o caso. Mas esses elementos não contribuem para o livramento, porque muita das vezes a pessoa sai de lá pior do que entrou, ou mesmo morre, pode morrer, perder a vida. Então Deus é o único, e quando nós nos voltamos para Ele, Ele é o único que pode nos responder. Ele é o único. Eu até uma vez ouvi alguém dizer assim, que Deus não é mais poderoso. Deus é o único. No sentido de tentar comparar Deus com outras divindades, assim podemos dizer. Não, Deus é mais poderoso. Ele diz que Deus é o único. Deus é poderoso somente porque Ele é o único. E olho também para a oração como sendo um elemento poderoso. E Ele é poderoso não porque nós oramos a Deus, simplesmente porque o próprio Deus é quem nos responde. Porque um Deus poderoso é quem responde a nossas orações, então Ele se torna poderoso por causa disso. E ali outra vez, vem a questão de que um ídolo não é capaz de nos atender. A oração feita a um ídolo não é uma oração poderosa. Porque um ídolo é um ser que não tem vida em si mesmo, não é como Deus. E para ilustrar melhor, tem aqui a passagem de Isaías. Isaías 45, versículo 22. Isaías 45, versículo 22. A minha versão é King James. Ela diz assim. 45... Não, não é 45, agora já me esqueço. É mais a passagem que eu queria mostrar. Lá Deus diz, olhei para mim e serei salvos. Porque eu sou o único e não há outro. Então, isso mostra que Deus é o único. Ele é poderoso e é quem torna nossas orações poderosas. E também, quando o irmão Norman estava falando sobre lamentação. Agora também surgiu-me uma dúvida. Sobre o caso de João, o que nós podemos dizer? Que ele lamentou, que ele reclamou. Que ele murmurou, que ele reclamou, que ele murmurou. Eu sei que ele não blasfemou. Nesse sentido, existe uma diferença entre reclamar, murmurar, lamentar e blasfemar. Que acabam por ser termos sinônimos. Na medida em que, realmente, reclamar e lamentar podem ser a mesma coisa. Ou murmurar e blasfemar também podem ser a mesma coisa. Ou são as mesmas coisas e distintas. Uma das outras. É isso. Bom. Não tem nada a ver aqui. Então, o que vai diferenciar a lamentação da murmuração e a blasfêmia é o espírito do que se fala. A lamentação é levar a Deus a angústia que se está a experimentar. De forma honesta, apresentar a Deus. Porque só Deus pode dar solução. Então, a lamentação tem fé. Ela pode ser tão triste, tão marcada de dor, que pode não ser apresentada como oração. Na verdade, se nós vermos alguns salmos de lamentação, vamos ver que o próprio salmo não termina com uma oração, com um pedido a Deus. É simplesmente o espelho de uma situação triste. E o salmista não fala nada. E há momentos assim na nossa vida, alguns talvez nunca experimentaram, eu pelo menos já experimentei. Há momentos em que a pessoa está numa aflição, numa dor, que a pessoa nem consegue fazer aquela oração como antigamente fazia. Simplesmente a pessoa no coração diz, não senhor, por favor faça alguma coisa. Ou por vezes nem estou a pedir para que o senhor faça alguma coisa, mas estou simplesmente a meditar no sofrimento. Sem que o meu coração esteja a acusar a Deus, esteja a reduzir Deus. A palavra Deus não nos proíbe de apresentar as nossas decepções. Muitas das vezes as pessoas pensam que não pode apresentar a decepção a Deus. Não, alguma coisa que te decepciona, apresenta a Deus. Senhor, isso me decepciona, isso me dói, eu não estou a entender porque o senhor não está a fazer nada. Senhor, não há mais ninguém que como filho de Deus nós podemos clamar, eu mesmo sou tu, andamos à espera. Em outras palavras, a lamentação é uma questão de ser honesto e verdadeiro diante de Deus, irrespeitível da situação. Sobretudo estamos a falar de situações tristes, situações que magoam. Vocês vão encontrar salmos onde o salmista vai falar coisas tão duras como, por exemplo, que o senhor lançasse os meus inimigos, que o senhor destruísse os meus inimigos e pegasse os seus filhos e atirasse contra a parede. E muitos que não são da palavra Deus aproveitam desses salmos e dizem assim, pô, que coisa é essa? Como é que está na vossa Bíblia palavras tão brutas como essa? O salmista, quem escreveu, não escondeu um sentimento de frustração. Escreveu e está lá. Está a entender? A liberdade de exprimir o que fere, o que frustra perante a Deus não é algo que a Bíblia condena. Isso precisamos entender, isso é lamentação. Agora, murmuração seria do tipo que a pessoa está a exprimir sentimentos que contraiam o caráter de Deus. A pessoa está a falar palavras que não estão embasadas na fé, mas na incredulidade ou na acusação. O povo de Israel quando murmurava na caminhada de Êxodo, qual era a realidade do murmúrio? Ah Moisés, tiraste-nos do Egito, nos trouxeste aqui para morrermos aqui de sede. Está a ver? O que está aí não é lamentação, isso é murmuração. Porque a base do que está lá é rejeitar a palavra de Deus que anteriormente Deus havia revelado. E também de rejeitar o poder de Deus que anteriormente Deus havia manifestado. O Senhor tira a Moisés, lhe enche de poder e sinais. Eles viram os sinais, passaram pelo mar vermelho em duas bandas. O Deus que separou o mar vermelho em duas bandas era incapaz de lhes dar água no deserto. Então, mas conseguimos ver repetidas vezes, eles a pronunciarem palavras contra Moisés, mas que no final do dia era contra Deus, que vem com base a incredulidade. Isso é murmuração, porque as palavras deles estavam a passar um caráter falso de Deus. Estavam a tentar dizer que Deus é falso, que Deus não tem capacidade de cumprir com as suas promessas, que Deus não é fiel. Enfim, tudo o que eles falavam é murmuração por causa disso. Agora, a murmuração pode também se tornar blasfêmia, de acordo a natureza da murmuração. É blasfêmia quando o que se está a falar é um abuso contra o caráter de Deus. A blasfêmia vai ser isso. Vai ser uma crítica ao caráter de Deus. Isso é que vai ser considerado de blasfêmia. É pronunciar palavras pomposas que desafiam o caráter de Deus. Isso é blasfêmia. No caso, por exemplo, de Jó, existem várias formas que se têm, ao longo da história, usado para interpretar Jó. Uma das que mais me convenceu, e a que eu me inclino, é que o livro de Jó, na verdade, aborda a questão de que tipo de palavras é que nós podemos usar ao falar de Deus. O coração do livro de Jó é exatamente isso. O que é que nós, como santos, podemos ou não podemos falar em relação a Deus? Como é que nós podemos falar com Deus? Esse é o tema do livro de Jó. Está aí que, no início, temos aquela situação, o diabo vem, Deus fala com ele, olha, viste, o meu cérebro, tal, tal, tal, tal, e ele, porque você lhe deu isso, lhe deixou aquilo, porque você não tocou na sua vida e por aí adiante, então Deus diz, ok, faça o que você quiser. Lembram que o desafio que o inimigo dá é o quê? Que quando eu tocar na vida dele, ele vai blasfemar na sua cara. Não sei se são só lembrar desse elemento. Quando você lhe tirar as coisas, ele vai blasfemar na tua cara. Depois dele perder, eu disse, se tocares na sua pele, pele por pele, ele vai blasfemar na tua cara, porque o homem, tudo dá em relação à sua vida. E Deus lhe disse, faça como tu quiseres. Em nenhum momento, no livro de Jó, Jó blasfemou contra Deus. E é preciso nós termos essa situação. O que Jó fez, e que Deus não considerou como injusto, foi, em algum momento da dor, ele depois começar a reclamar. E reclamar não é murmúrio, mas é lamentação. Então, como é possível que eu sou justo, que eu não me envolvo com coisas erradas, não tenho nenhuma coisa que a minha consciência me acurda, mas estou a viver isso, estou a sofrer isso. Aquelas palavras de Jó, alguns cristãos têm achado como se fosse o erro de Jó. Mas, quando você termina o livro de Jó, Deus diz assim, quando você termina o livro de Jó, Deus diz assim, como é que é o nome dele? O outro interlocutor de Jó. Ele vai dizer assim, não. Eu não gostei das vossas palavras em relação ao meu cérebro. As vossas palavras é que foram erradas em relação ao meu cérebro. O meu cérebro não falou nada de errado em relação ao meu. Então, o livro de Jó devia nos ajudar a entender exatamente a questão da lamentação. Jó lamenta. E Deus aceita. Nós numa meditação no passado falávamos sobre o domador de monstros. Usamos o livro de Jó. O que é que eu entendo, e vocês poderão pensar diferente, mas a forma que eu analisei um pouquinho a questão de Deus apresentar aqueles vistos, o Leviatã, etc. Era para mim, me parece que Deus está a dizer assim, se eu é que criei tudo, criei esses monstros que vocês temem, as coisas mais terríveis da natureza que vocês conhecem, eu os criei e eles não me fazem nada, não me podem fazer nada. Quem és tu, Jó, que tenhas alguma coisa que eu tenha medo? Porque a situação era, vou falar o quê? O que é que eu posso falar que Deus talvez não vai suportar? Então é como se Deus tivesse a falar assim, tudo que você está a viver, tudo que você tem a dizer, tudo que tu tens a reclamar em relação ao teu estado, eu Deus consigo lhe dar. Eu Deus consigo lhe dar. É essa ideia que me parece existir em relação àqueles monstros que aparecem lá no livro de Jó, é dizer assim, tenha liberdade, eu não tenho medo de homem nenhum. Mas nesse caso tu é homem? É uma dedução, não? Sim, mas baseada no texto. Nesse caso é uma dedução que o irmão não está a fazer. Sim, baseada no texto. Ah, então se Deus, se estamos a olhar assim, se Deus criou coisas perigosas que nós homens tememos, e o que nós falamos tem significante diante dele, então posso fornecer uma crítica contra Deus, então posso murmurar. Não, murmurar é outra coisa. Não, lamentar é outra coisa. Também tem significante. Não, lamentar é uma coisa, murmurar é outra. Você pode apresentar a Deus as tuas angústias, as tuas dores, os teus medos, as tuas frustrações, em lamentação, não é blasfemar a Deus. Nós é que estamos naquilo, se eu lhe falar isso, talvez eu vá ficar nervoso, porque eu tenho medo que Deus não consiga lidar com as suas inquietações. Por assim, o que é isso que tem alguma coisa que me ameaça? O que é que você pode falar a mim que eu não consigo responder? É nessa dimensão, Deus está dizendo, não, não há nada que você vá me apresentar, que eu não consiga lidar. Deixe a cara aí, talvez, a pensar, senão eu estou tendo que lhe falar assim, tenho que ter medo disso aqui, porque não, não, não, não. E então, quando o João estava a se referir ao seu nascimento, quando ele disse que melhor teria, essa coisa, ele também, de certa forma, não estava, tipo, a culpar Deus por ter nascido? O contexto não parece ser isso, o contexto parece ser o desabafo da sua dor. O desabafo da sua dor? Ele prefere fazer a honestidade, do tipo, estou a sofrer uma situação, e eu estou a falar com você sinceramente, Deus, não estou a fazer nada, senhora, eu preferia que não tivesse nascido. Ele está a ser humilhante com Deus? São as várias formas que nós podemos tentar interpretar a situação, mas se nós olharmos para a questão de como é que se pode falar com Deus, e entendemos que esse é o coração do livro de João, vamos perceber que esse livro está dizendo assim, que é possível você sofrer de tal forma que você possa falar mesmo assim, Deus, eu prefiro que não tivesse nascido. Esse é Deus, esse é o Pai. Essa é essa liberdade, nós é que temos algumas ideias de como se pode falar com Deus. O livro de João está mesmo aí para dizer que, leia isso tudo bem, para entender a liberdade que você tem para com Deus. Mas essa liberdade, como estou a dizer, é clara, uma coisa é lamentação, uma coisa é murmuração, não são iguais, podem parecer semelhantes. Vamos dar um outro exemplo, que talvez ajude a ver isso. Quando Elias estava a sofrer daquelas situações todas, o que é que ele disse? O que é que ele disse? Será que ele gosta de ver? Quem foi que ele disse isso? Deus lhe respondeu, ai Elias, que ousadia é essa? Foi assim que Deus lhe respondeu? Não, Deus disse está bem. Deus disse está bem. Ele tirou, ele levou. Vê? A frustração de Elias, o sofrimento de Elias, lhe fez chegar ao ponto de dizer assim, Deus, eu prefiro morrer. Eu prefiro morrer. Não quero mais isso, eu prefiro morrer. Elias não falou isso a criticar a Deus, a murmurar contra Deus. Simplesmente disse, Deus sabe do que? Eu estou a viver uma situação que honestamente não quero mais viver, não quero mais isso. E Deus lhe ouviu e disse está bem. Está bem? Eu vou dar o cabelo no caminho. Se possível, eu passo esta firmeza. Também é uma lamentação. Também é uma lamentação. Dessa questão de lamentação, parece-me que há uma coisa a dizer. É uma doutrina que nós precisamos entender com profundidade, sobretudo com os intercessores. E eu estou mesmo a levantar essas conversas por causa da cultura que nós queremos ter de oração. Precisamos entender muito profundamente a nossa liberdade de nos apresentar a Deus, de clamar a Deus. Porque temos muitas limitações que entraram na nossa cabeça, na nossa mente, pelos anos de indotrinação que nós crescemos e andamos a perceber certas coisas, talvez não do jeito que a Bíblia nos permite. Então, o Nosso Senhor Jesus lamenta. Quase todos os nossos profetas na Bíblia lamentam. Nós temos um livro chamado Lamentação. É como? Não, mas não temos um livro chamado Murmuração. É preciso vermos a diferença. Lembrem de uma situação, embora não vamos poder entrar muito a fundo, mas eu vou lançar aquilo para os irmãos militares. Quando olhamos para a história de Abraão, Abraão levou o Senhor a dizer assim, Pega no teu filho e sacrifica. Abraão lamentou? Não, não lamentou. Quando o Senhor disse a Abraão, Abraão, eu vou para Sodoma e Gomorra e vou destruir aquela terra. Abraão pensou no seu sobrinho. Lamentou ou não? Agora a pergunta é, olha para as duas coisas. Deus vai destruir uma terra de gente perversa. Onde está o teu sobrinho, você lamenta. Deus pede para você levar o teu filho para sacrificar. Se o teu filho não comentou nada de errado, você não lamenta. Está bom? Não, não está bom. Muitos analisam e dizem, aqui parece que não está bom, mas não posso falar isso, porque se eu falar isso, talvez pareia a pecar alguma coisa. Não, mas o filho... O filho é tão importante. Não sei, não sei. Pronto, mas na questão do filho, para mim, eu acho que ele, se tivesse motivo para lamentar, teria de ser mesmo na questão do filho. Mas ele ficou mais preocupado com o sobrinho dele. Tem que ser a circunstância. A circunstância da fé? Isso é o quê? Circunstância da fé é o quê? Tem que ser lamentado. Ok. Eu sei que é isso, mas não vai ter que... Deus disse que é destruir, só não é destruir. E ele cresceu mais. Então Jesus, quando diz, pai, se possível for, lembra-nos desse caso. Então a gente está perdendo tudo. Como é que fica isso? Como é que fica isso? Não sei, não. Irmãs, é como? É outra opinião. É outra opinião aí. É como? Ok. Tá bom, acho que isso fica como tarefa. Tá certo. Mas essa questão da lamentação. Temos que entender a profundidade. Nem sempre o que nós fazemos em obediência cega ou imediata é a melhor posição. Por vezes... Mas a fé agora... Desculpa, irmão, eu vou te botar. O irmão Manoel, quando diz que é a circunstância da fé, me parece que é o contrário. Porque no momento em que ele sacrificou o filho, acho que estava numa posição melhor. Isso é isso? Não penso, não acho. Não imagino. Sim, mas vou tentar. O argumento que o irmão mandou eu fazer foi para dizer que quando chega na situação do filho, ele tinha crescido um pouquinho mais espiritualmente. Não, me parece que é o contrário. Até porque seu filho vai morrer e você é o próprio que vai sacrificar. Se tu não reclamas, acho que a tua fé está em uma condição melhor em relação ao momento em que ele reclamou e que ele lamentou acerca do sobrinho. Sim. Desculpa, não é isso? Não, não é isso. Ele está dizendo que na situação do sobrinho, a fé dele estava em uma melhor condição. É isso? É isso. Sim, mas me parece que é o contrário. Me parece que é o contrário. No fim dele, a fé dele estava melhor. Estava melhor. Não entendi nada. Nesse respeito, alguns têm razão. Faltou um pouco de mais... ligar um pouco mais os fatos da minha parte. Pois, a pergunta é, estou só lá para fazer essas perguntas para ajudar a navegar essa questão. A fé e o amor, qual delas é mais importante? O amor. Então, se no caso do teu sobrinho, você intercedeu, eu não posso fazer isso porque eu sou injusto, não posso matar o justo e o injusto. Quando Deus diz, agora me sacrifico ao teu filho, a fé entra em jogo, diz não, não vou sacrificar para o teu filho, porque ele poderá rejeitar o meu filho. A fé entra em jogo. Se entrasse em jogo o amor, como é que seria? Não seria assim? Mas espera aí, senhor, quando eu intercedi pelo meu sobrinho, que vivia numa terra errada, onde ele trouxe os poderes, senhor? Sim. Como é que o mesmo senhor vai me pedir o meu filho e não me fez nada? O filho que você me ofereceu, o filho único que você me disse que através dele me vale o abençoar. Por favor, eu não no meu filho, prefiro que você me tenha a mim. É melhor talvez que eu tenha sacrificado do que o meu filho. O amor, acredito que falaria isso. Mas a fé sim, amor, é válida? A fé sim, amor, é válida. Essa pergunta, família, eu estava gostando da resposta. Se elas são coisas diferentes, bíblicamente, se são coisas diferentes, é porque cada uma delas tem a sua própria dimensão e atuação. O irmão, no momento da partilha, fala uma coisa aí, o irmão falou, fala-se de integridade, não é? A compreensão, o xalão. O xalão. A paz. Mais do que paz. Não expliquei que o xalão é mais do que paz. O xalão é mais do que paz, a integridade. Completo. Completo no sentido intuitivo, não falta nada. Eu penso que, quando podemos enquadrar, quando estamos a falar do amor e da fé, eu penso que eles não são independentes. Do tipo, nós podemos ter fé e não podemos ter amor, ou podemos ter amor e não podemos ter fé. São coisas que estão interligadas entre si. Podemos ter mais fé do que amor. Podemos ter mais amor. Sim, sim. Podemos, sim. E é nesse contexto que eu lancei a pergunta. Sim, podemos. Eu entendo mais amor do que fé ou mais fé do que amor. Sim, em Coríntios, o apóstolo Paulo, ele falou que entre a fé e o amor, o amor é superior. Mas isso não quer dizer que você não pode ter fé. Você pode ter as duas coisas. Então, se estabeleceu uma relação entre a fé e o amor? Se estabeleceu uma relação entre a fé e o amor? Pronto. Eu penso que sim. Porque quando você vai falar de fé, automaticamente, isso vai nos levar a uma divindade, a Cristo. A fé nos leva a Cristo. E também o irmão Norman falou uma coisa sobre isso. Agora me esqueço mais. Tem a ver com... Acho que é fazer aquilo que Deus aprova, não é? Fazer aquilo que Deus está mais preocupado em fazer. Ter o coração com as coisas do coração de Deus. Amar as coisas que o Senhor ama ou viar as coisas que o Senhor quer viver. Então, se você crer nesse Deus que faz... Que é amor, que ama, que é um Deus de justiça. Então, pela tua fé nele, você vai ter que ter também essas qualidades. Porque é um Deus que orienta que façamos determinada coisa. Então, você confia nele. Automaticamente, você tem que amar. Por causa da tua fé em Deus, você tem que amar. Por causa da fé, você tem que ser justo. Por causa da fé, você tem que ser santo. Acredito que é isso. Eu penso que é assim. Mais ou menos, por aí. É assim. E vamos já dar uma pausa nisso. Porque eu quero que isso fique algo que as pessoas vão meditar no vosso coração e com a Bíblia. Que não seja algo... O Irmão Norman diz isso. Mas que meditem mesmo nisso. Quando nós olhamos para a fé, nós depositamos a nossa vida aos cuidados e aos princípios de Deus. E quando nós entendemos que o depositar a tua vida aos cuidados e aos princípios de Deus não é igual a amar a Deus de todo o coração, embora para você depositar essa confiança em Deus, há um amor envolvido. Nós estamos a falar que há níveis de amor. Mas o relacionamento que nós vamos encontrar o momento que nós vamos encontrar entre a fé e o amor vai ser que tanto a fé como o amor fazem parte do nosso relacionamento com Deus e afetam o nosso relacionamento com o próximo. Eu, entretanto, queria só dizer o seguinte. Lembrem das palavras do apóstolo Paulo quando ele começa a falar sobre as pretensões dele em relação a Israel. Ele diz assim. Eu queria que todo Israel fosse salvo ainda que para isso ainda que para isso eu fosse destruído. O amor de Paulo em relação a Israel é do tipo que ele diz que se eu pudesse oferecer a mim mesmo para que eu fosse lançado no lago do fogo para que Israel seja salvo, eu faria isso. Ele está a falar de amor do amor que ele tem por Israel que ele próprio estava disposto a se oferecer. E atenção, isso não é novo. Quando nós vamos para o Velho Testamento Moisés, quando Deus queria destruir o povo de Israel Moisés diz que se for para isso, tira o meu nome do teu livro. O que é que o amor faz? O amor se predispõe para sofrer no lugar dos outros. É o amor. E, claro, é isso que o Nosso Senhor Jesus fez. Se entregou por nós. Quando olhamos para o caso de Abreão e lhe dizem, sacrifica o teu filho não é isso que você vê em Abreão. Você vê a predisposição. Você vê a fé. Mas a questão é o amor. Isso é para dizer que não estamos a falar que Abreão não seja um bom exemplo para nós. Estamos a dizer que com olhos de maturidade se olhamos para aquela situação poderemos entender que a fé de Abreão estava muito acima do seu amor. E isso não é o melhor exemplo para nós. O melhor exemplo para nós é Cristo. É se entregar. Então, a lamentação que faltou em Abreão mostra o amor inferior de Abreão. Então, a lamentação e o amor estão intrinsecamente ligados. Você não pode amar a Deus de todo o coração, de toda a mente, de todas as forças se você esconde as tuas fraquezas, as tuas limitações, as tuas angústias, as tuas frustrações. Somos chamados a amarmos a Deus completamente, ao ponto de estarmos nuns perante a Deus. A intercessão verdadeira tem que envolver a realidade da nossa alma ser apresentada a Deus. Ah, não posso falar isso a Deus. Mãe, você murmura. Por que isso acontece sinceramente? Ah, não posso falar isso em oração. Não posso falar isso a Deus, porque Deus vai achar que eu estou a murmurar. Mãe, você já anda a pensar que eu estou a murmurar. Ah, mas você já anda a pensar aquilo no teu coração. Leva aquilo a Deus. Diz, pai, sinceramente, eu tenho visto isso, não tenho feito confusão. Qual é a resposta que você tem que dar em orações? Leva tudo da tua alma a Deus com fé. O amor parte disso. A ausência disso mostra que não somos maturos em Deus. E o próprio Deus é que nos convida para isso. Mas pronto, meditem mais aí naquela questão que Deus... Ih, olha, falamos muito tempo nisso. Termina, termina, já arrumamos uma coisa. A outra é em relação ao ser pobre de espírito. O homem que eu não contava partilhar falou que aqueles que são pobres de espírito são aqueles que buscam a Deus. É isso, não é? Sim, em termos de conclusão, sim. O pobre de espírito é aquele que entende que necessita de Deus. Que ele não tem nada sem Deus. A sua pobreza é ausência de Deus. O pobre de espírito é isso. Tudo o resto para ele não é nada. O que ele entende como sendo a sua honra a sua glória a sua paz, o seu charum é Deus. Sem Deus eu sou miserável. A minha única graça é Deus comigo. Esse é o estado de quem é pobre de espírito. Você pode ser rico financeiramente e ser pobre de espírito. Embora é algo difícil, mas acontece e é possível. Mas você se adequa para que as pessoas te reconheçam isso? Tem essa postura de coração. Aquele que não se gloria no dinheiro que ele tem na cor que ele tem nas casas que ele tem nos filhos que ele tem, na esposa tudo que não é Deus que ele possui para ele não é nada em relação a Deus. Para ele o que lhe enche é Deus. O que ele necessita é Deus. Sem Deus ele não vê piada no restante das coisas. Ele é um pobre de espírito. E tem aqueles que não têm Deus e eles vêm sentido na sua vida. Eles vêm sentido nos carros que têm no trabalho que têm, na esposa que têm. Não é pobre de espírito? Ah, não é pobre de espírito? Ah, não é pobre de espírito? Esse não é o que deveria ser o pobre de espírito? Não deveria ser justamente esse? Não, eu entendi a pergunta. Não deveria ser esse o pobre de espírito? Sim, o amor está a ver a questão de... Vamos no livro de Apocalipse, carta à igreja de Noviceia. Tu dizes que eu tenho X, mas és pobre. Estás a olhar para a pobreza espiritual como sendo a mesma coisa com o pobre de espírito. Ah, a mesma coisa. Uma pessoa que é espiritualmente pobre é aquela pessoa que se enche do mundo e não tem Deus. Ok. Uma pessoa que é pobre de espírito, no sentido que estamos a falar aqui em Salmos e que Nosso Senhor Jesus fala em Mateus 5, é aquela pessoa que não abraça as coisas da criação como a sua riqueza, mas Deus. Sim. São as unicas religiais, mas não são a mesma coisa. Tá, família. Acho que terminamos essa nossa conversa, que era para ser mais breve, mas falou-se muita coisa boa, então está aí gravado.

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