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Introdução Batismo (Ir. Norman)

Introdução Batismo (Ir. Norman)

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The Bible talks about baptism and its significance. It states that baptism should be done in the name of the Father, Son, and Holy Spirit, preferably in running water. However, if running water is not available, it can be done in other forms of water. The early Church practiced baptism, and it continues to be a topic of controversy in Christian churches today. There are different views on who should be baptized, with some believing it should be for those who believe and can make a decision, while others baptize infants. There are also debates about the baptism of the Holy Spirit and the significance of being baptized in the name of Jesus versus the Father, Son, and Holy Spirit. The question of whether baptism is necessary for salvation is also discussed. The author of Hebrews emphasizes the importance of moving beyond the elementary teachings of faith and progressing towards maturity. The word "baptism" means immersion in Greek, and it is seen as a fundamental aspect of the Christian f Diz assim a Bíblia o que? Sobre o assunto do batismo, batiza sim. Depois de ter ensinado tudo o que precede, batiza em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo em água viva. Se por algum motivo não tiveres água viva, batiza em outra água. E se não puderes fazê-lo em água fria, em água morna. Se não tiveres suficiente de um ou de outro, derrama água três vezes na cabeça, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Antes do batismo, que o batizador, o batizado e outros que puderem observem primeiro um jejum. Quando o batizado deve impor um jejum previamente por um ou dois dias. Estas palavras aqui, não temos como entrar a fundo do que se passava e tudo mais em relação ao contexto deste texto. Mas fica claro que a Igreja Primitiva abordava sobre o batismo. Era uma prática na Igreja Primitiva. E hoje o batismo não deixa de ser um assunto vivo nas igrejas cristãs. Continua a ser fonte de polêmica. Existem aqueles que são chamados de credobatistas. Os credobatistas são aquelas pessoas que acreditam que o batismo só pode ser para aquelas pessoas que creem e que têm idade suficiente para tomar uma decisão. Em outras palavras, encontrariam aquelas igrejas ou denominações que batizam crianças. Que não estão em idade suficiente para entender o significado do batismo. Estes são chamados de credobatistas. A Igreja Católica, por exemplo, batiza crianças. As igrejas presbiterianas batizam crianças e existem outras denominações que também batizam. Também temos, por exemplo, a polêmica do batismo do Espírito Santo. Onde alguns segmentos pentecostais vão acreditar que uma pessoa, ainda que creia em Jesus, ainda que seja batizada em nome de Jesus, vai precisar de uma segunda operação especial em que esta pessoa vai ser batizada no Espírito Santo, tipicamente associada a falar em línguas. E tem, claro, um grande grupo, um grande segmento que diz que não concorda com essa interpretação. Há ainda aqueles que dizem que é preciso ser batizado no fogo. E vão dizer que o batismo do fogo é aquele batismo que a pessoa é capacitado para servir a Deus com muito poder e muita autoridade. Também está muito à presença essa perspectiva do seio carismático. Há ainda um outro dilema que tem a ver com em que nome se deve batizar. Alguns dizem, não, deve-se batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. E alguns também, acho que muitos associados ao movimento pentecostal, vão dizer, não, o batismo tem que ser apenas em nome de Jesus Cristo. Então, esses são alguns dos assuntos à volta do batismo. O outro assunto, talvez mais importante ainda, é exatamente a questão se o batismo salva ou não. Não, se eu não fui batizado, não passei pela água, estou salvo? Aqueles que não foram batizados na água podem ser salvos? Há também essa discussão ali. Então, nós não vamos, nessa nossa conversa agora, responder todas essas perguntas, mas vamos fazer uma viagem bíblica e meio histórica à volta do assunto para criar base para os pontos que nós achamos fundamentais sobre o tema. Não há como nós esgotarmos esse assunto, porque tem muita coisa para falar. Então, escolhemos alguns pontos fundamentais e vamos abordar, mesmo na visão de esclarecer ou preparar, aquele ou aquela que está a pensar na possibilidade de ser batizado ou batizada. Vamos abrir as nossas Bíblias. Hebreus 5. Hebreus 5, do v. 11 a 14. Nós vamos ler assim. Isso vem no contexto em que o autor de Hebreus está a explicar Jesus como um sumo-sacerdote segundo a ordem de Maccabeth. Ele está a falar de coisas muito profundas e depois vai entrar nessas palavras, demonstrando que algumas pessoas a quem ele estava a passar a mensagem não estavam preparados para meditar naqueles assuntos. Ele vai dizer, quanto a isso temos muito o que dizer. Coisas difíceis de explicar, porque vocês se tornaram lentos para aprender. De fato, embora a essa altura já devem ser mestres, vocês precisam de alguém que lhes ensine novamente os princípios elementares da palavra de Deus. Estão precisando de leite e não de alimento sólido. Quem se alimenta de leite ainda é criança e não tem experiência no ensino da justiça. Mas o alimento sólido é para os adultos os quais, pelo exercício constante, tornaram-se aptos para discernir tanto o bem quanto o mal. Eu acho que há uns versículos aqui que nos estão a faltar. Deixem-me só pegar, porque senão não vai fazer bem o casamento que eu quero. Hebreus 6. Versículo 1 a 2. Portanto, deixemos os ensinos elementares a respeito de Cristo e avancemos para a maturidade, sem lançar novamente o fundamento do arrependimento, de atos que conduzem à morte, da fé em Deus, da instrução a respeito de batismos, da imposição de mãos, da ressurreição dos mortos e do juízo eterno. Deixem-me só voltar aqui a enquadrar isso. O autor de Hebreus está a dizer assim, existem alguns assuntos que são básicos na fé cristã. E ele vai nomear esses assuntos que ele estava a considerar como básicos. Ele está a dizer, deixemos os ensinos elementares a respeito de Cristo e avancemos para a maturidade, sem lançar novamente o fundamento do arrependimento, de atos que conduzem à morte. Quer dizer, essas são as coisas primárias. O arrependimento, de atos que conduzem à morte. A fé em Deus, outro ponto. A instrução a respeito de batismos, outro ponto fundamental, básico, primário da fé. Depois é que ele vai falar da imposição de mãos, da ressurreição dos mortos e do juízo eterno. O nosso foco, na verdade, é falarmos sobre o batismo cristão. Então estamos mais aqui nessa dimensão de batismos. Notem que ele fala em plural, batismos, e não batismo, o singular. Quer dizer que o autor de Breus está a dizer que na fé cristã existe um grupo de atividades que são chamados de batismo. Por isso é que ele está a usar plural, não em todo batismo, há batismos. E nós vamos, de alguma forma, tentar entender bem este negócio aqui. A nossa meditação de hoje é mesmo para criarmos as bases sobre esta situação aqui. Uma das coisas interessantes é exatamente a palavra batismo. Essa palavra batismo, no grego, vai ser nada mais do que imersão. Alguém ser imerso em água. Alguém ser mergulhado. Batismo vai ser mergulhar ou ser mergulhado. De forma mais simples a ideia seria essa. Em Marcos 16, do versículo 14 a 16, isso depois do Nosso Senhor Jesus ter ressuscitado. Notem que aqui no versículo 12 de Breus 6, das doutrinas básicas e fundamentais, a papa, ou leite, envolve a ressurreição. E aqui em Marcos 16, 14 a 16, é depois do Nosso Senhor Jesus ter ressuscitado e Ele vai ao encontro dos discípulos. E nós vemos, Então há aqui esse casamento das doutrinas mais básicas e fundamentais da nossa fé, onde o batismo faz parte. Versículo 16 Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado. Marcos, no Seu Evangelho, está a enfatizar a fé. A dizer que não, aquele que crer e for batizado, este será salvo. E o Senhor Jesus deixa isso como mandamento aos discípulos. Ide por todo o mundo pregar o Evangelho. E no processo da pregação do Evangelho, na exposição da Boa Nova, que já falamos o que é a Boa Nova, porque, de novo, muita gente confunde o efeito do Evangelho com o Evangelho. Então, depois da pregação do Evangelho, que é a exposição do nascimento virginal de Jesus Cristo, da Sua vida pura, santa, perfeita e imaculada, do Seu sacrifício por nós na cruz, a Sua morte e a Sua sepultura, que vai durar esses três dias que Ele depois vai ressuscitar, ao terceiro dia, e depois de Ele ressuscitar, Ele aparece aos discípulos e durante os quarenta dias que Ele vai aparecer aos discípulos, depois Ele vai ascender à destra do Pai nos céus e reina com o Pai nos céus e voltará para julgar o mundo. Este rei Jesus, este entronizado rei dos reis, voltará e esse é praticamente o resumo do que é o Evangelho. Então, este Senhor, o nosso Senhor Jesus, vai dizer aos discípulos a vossa missão é pregar o Evangelho a todo mundo. E aqueles que crerem vão ser batizados e esses serão salvos. Então, entendemos já aqui que o batismo faz parte da nossa cultura, da nossa tradição cristã. Não estamos a falar da nossa tradição de homens, mas aquilo que o nosso Senhor Jesus mandou e incultiu. E, claro que, usando destas palavras, fica mais fácil alguém a defender que só devemos batizar quem crer. Mas o nosso fundo, na nossa conversa, não é muito sobre esta polêmica. É simplesmente vermos um pouquinho o que é o batismo. As mesmas palavras que formos olhar para o paralelo em Mateus 28, de 16 a 20, Mateus vai apresentar este mesmo ensino, esta mesma ocorrência da ressurreição do nosso Senhor Jesus e o encontro e a comissão dos discípulos se formam um pouquinho de frente. No verso 16 de Mateus 28, E os onze discípulos partiram para Galileia para o monte que Jesus lhes tinha designado. E quando o viram, o adoraram, mas alguns duvidaram. E chegando-se, Jesus falou-lhes, dizendo, É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto, em outras palavras, Mateus está a dizer assim, Porque Jesus recebeu todo o poder no céu e na terra da parte do Pai, por essa razão é que, vem o verso 19, Portanto, eis, em outras palavras, é porque Jesus é poderoso e tem toda a autoridade no céu e na terra, que ele pode comissionar e comissiona os discípulos. Ele está a dizer, Portanto, quise fazer discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Este verso e estas palavras que nós acabamos de ler, vão posteriormente ser usados por nós para pensar apresentar o batismo numa perspectiva de batalha espiritual. Batizar é um ato de batalha espiritual. Nós veremos isso mais à frente. De qualquer forma, é na autoridade que Jesus recebe do Pai, depois da sua ressurreição, que ele vai comissionar para fazer discípulos. Os discípulos são feitos pelo poder de Jesus e quando são feitos, estes são batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. E no versículo 20, ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado. E este eu estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos. Amém. É interessante esta forma que Mateus apresenta, porque nos parece enfatizar a obediência. Mateus está a enfatizar a obediência. Não acredito que está em contradição com Marcos que enfatiza a fé. Porque eles estão a falar da mesma coisa, mas olhando de ângulos diferentes da mesma coisa. Uma fé tem obediência naturalmente que não é fé. Então aqui vemos Mateus a enfatizar a obediência, a deixar claro que é porque Jesus a estendeu e recebeu todo o poder do Pai no céu e na terra, que ele manda os discípulos, dá a ordem para se fazer discípulos de todas as nações e este fazer discípulos envolve batizar estas flores em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. E não somente isso, envolve ensinar-nos a guardar, a obedecer os ensinos de Jesus. Quer dizer que para Mateus, aqueles que são batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo são aquelas pessoas que serão treinadas, ensinadas, motivadas a obedecer todos os ensinamentos de Jesus. É fundamental vermos esta visão. Então a Igreja de Cristo batiza e a Igreja de Cristo tem os crentes como os batizados. É uma conclusão simples de nós tirarmos das palavras que nós acabamos de ler aqui. Se nós fazemos parte da Igreja de Cristo, é normal nós sermos batizados. Se nós somos uma manifestação do corpo de Cristo, é normal nós batizarmos. Isso fica fácil de entender, se entendermos bem as palavras bíblicas que acabamos de ler. Mas vem uma situação porque é fácil nós, como cristãos, separados há mais de mil anos, mais de dois mil anos, da cultura pela qual as Escrituras foram escritas, de pensarmos, por exemplo, que quando se fala de batismo estamos a falar de João Batista. E até porque a Bíblia, o Novo Testamento, nos apresenta João Batista bem ligado a essa ideia de batismo. Então é fácil pensarmos que batismo começa com João Batista. Mas eu queria apresentarmos a ideia de que não é bem assim. Acreditamos nós que existem suficientes dados históricos sobre o Médio Ambiente Antigo que eles tenham práticas semelhantes àquilo que nós chamamos de batismo. Ou seja, o nosso batismo cristão tem precedentes, tem um historial, desenvolve de alguns pensamentos antigos. É diferente, não é igual, mas não é de todos diferentes. Ele desenvolveu de algumas sementes do passado. E vamos pegar o Egito como um dos principais exemplos. No Egito existiam as chamadas lavagens de purificação. Eram rituais de purificação ou de lavagem que tinham como objetivo purificar a pessoa ritualisticamente. Os sacerdotes, antes de terem acesso a certos lugares do templo ou antes de fazerem certos rituais, tinham que passar por uma lavagem. Lavaram-se para se purificar ritualisticamente. Além disso, essa lavagem também, além de ser para os sacerdotes, podia também ser para certas pessoas que queriam passar por um ritual específico que implicava se aproximar daquele território ou daquele espaço sagrado. Nós já falamos um pouquinho com os irmãos sobre o conceito de espaço sagrado. O templo era um espaço sagrado. E dentro do templo, se olharmos, por exemplo, para o templo que Salomão havia construído, existiam níveis. Havia o pátio, que era um lugar sagrado, mas não tão sagrado como o interior do templo. E no interior do templo havia ainda um lugar mais sagrado que se chamava o Lugar Santo dos Santos. Então, os outros templos dos outros povos também tinham locais sagrados onde nem todas as pessoas podiam ter acesso. Então, os sacerdotes, além deles próprios passarem por rituais de lavagem, a água de imersão e não só, eles também podiam lavar as pessoas que queriam ter acesso a certos lugares para certos rituais. E o que é que isso destacava, de forma sumária, no caso, por exemplo, do Egito? É a ideia de que, para você estar próximo dos deuses, você tinha que ser limpo. De forma genérica, a ideia é mais ou menos essa. A diferença vai ser o quê? Quando olharmos para Israel, é estar limpo e se aproximar do único Deus verdadeiro. Mas, para os povos pagãos, os seus vários deuses também tinham os seus rituais. Então, esse é mais ou menos o resumo do ritual de lavagem do Egito que era para limpar ou para purificar ritualisticamente alguém. Quem não tivesse, quem não passasse por certas lavagens, não podia ter acesso a certos locais sagrados ou para fazer certos rituais, dependendo do deus que estivesse em causa. Isso, acreditamos nós, que vai ser o desenvolvimento daquilo que no seio judaico vão chamar de Mikva. Também é ritual de lavagem, isso já é no judaísmo. Eles, no judaísmo, também vão batizar as pessoas. Estamos a usar o termo batizar na ideia de imersão, de mergulhar as pessoas. Eles vão mergulhar as pessoas e isso vai servir de uma marca de transição de uma posição de ritualmente impuro para ritualmente puro. E essas coisas, que eu falo coisas, mas não é somente coisas que eram purificadas. Tanto objetos eram purificados por imersão, por lavagens, como pessoas também eram purificadas por lavagens. Tudo para disponibilizar essa pessoa ou essa coisa para um ritual ou para ter contato com os locais sagrados ou local sagrado que é o templo ou o deus Yahweh. Então tem esse ponto que não foge muito do que nós acabamos de explicar em relação ao Egito. Além dessa imersão de pessoas e de coisas, para que essas coisas e pessoas fossem consideradas ritualisticamente puras, aceitáveis. Também o mikvah simbolizava o renascimento e a conexão com Deus. Lembram-se do estudo de Gênesis, falavam sobre o significado da água ou do mar. E o mar acabava tendo essa imagem ou esse significado de morte. Além da imagem da morte que o mar ou o rio vai ter, na visão do Velho Testamento, também tem a mesma mensagem de ventre. O bebê no ventre está dentro de água, está coberto de água. Então esses símbolos são muito fortes nessa ideia da imersão ou do mikvah. Dali que vamos entender com essa imersão a ideia de ser morto para coisas erradas e a ideia de sair de lá uma nova criatura, como o nascimento de uma criança, como o sair do ventre. Então fica muito fácil para nós vermos a imagem da vez que o restante sai. Porque se você passou pela água, você sai dessa água, é como se tivesse nascido de novo. Há essa imagem, há esse símbolo ali. E esse símbolo não foge da nossa ideia de ressurreição. A outra coisa que também podemos falar sobre os rituais de lavagem do judaísmo é que eram praticados, até são praticados até hoje no judaísmo, sobretudo em eventos especiais como preparação para o casamento, a festividade de Yom Kippur e a purificação de mulheres depois do período menstrual. Isso ainda pratica-se no judaísmo como tal. E no final do dia a ideia prevalece, que é só aquele que passa pelo ritual, que está purificado ritualisticamente, tem acesso a Deus. Mais ou menos isso. Por quê? Porque o impuro não pode andar com o puro. Então há necessidade de ele poder estar purificado. Aí está a imagem e a mensagem fundamental sobre os rituais de lavagem judaísmos. Então, acreditamos que o batismo que nós praticamos tem essa história toda como origem. Os judeus tiveram alguma influência, naturalmente os egípcios praticaram por muito tempo e os pensamentos fundamentais dessa prática não mudam muito. É simplesmente na versão cristã que vemos alguns elementos mais clarificados em Cristo Jesus. Então quando João Batista surge e está a batizar as pessoas, esse ato de batizar não era estranho para os judeus. A questão era a natureza do batismo e a mensagem que João estava a juntar ao seu batismo. Uma das coisas, por exemplo, que se entende sobre as lavagens judaicas, quando um gentil abraçava o judaísmo, tinha que passar por esse ritual de purificação, porque ele era considerado um indivíduo ritualisticamente impuro. Por que fazia as coisas que ritualisticamente o judaísmo proíbe? Então era preciso limpar, lavar essa pessoa. Era também nessa simbologia de nascer de novo a ideia de que não, agora tu és um judeu, deixaste de ser o gentil que tu eras. As coisas erradas que você praticava na sua tradição, na mentalidade do teu povo, devem ficar para trás. Então para o judeu era mais fácil perceber o gentil a passar por um ritual de lavagem de iniciação aos judaísmos. Agora, quando João Batista está a batizar os próprios judeus, é claro que alguns judeus vão ter aquela dificuldade de aceitar a ideia de que eu sou impuro, o que há de impuro em mim? Era preciso a pessoa aceitar que a sua vida não estava boa para aceitar o batismo de João Batista. Daí que esse batismo vai ser chamado de batismo do arrependimento. Porque quem se considerava limpo e sã, como judeu, com orgulho de ser filho de Abraão, quando lemos o livro de Mateus no início e encontramos isso, ficava-lhe difícil aceitar ser batizado pelo João Batista, que era inimigo e era impuro. Eu sou descendente de Abraão. Sou batismo tal. Guardo a lei meticulosamente, dou batismo do André do Comínios, como é que eu sou impuro? Não, eu não vou aceitar o batismo de João Batista. Daí existirem, no tempo de João Batista, muitos que também não aceitaram o batismo dele, por causa da compreensão da mensagem que lá estava. Hebreus 9, de 6 a 10, nós vamos ler. Ora, estando essas coisas assim, preparadas a todo tempo, entravam os sacerdotes no primeiro tabernáculo, cumprindo os serviços. Mas no segundo, soltou um sacerdote uma vez no ano, não sem sangue que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo. Desculpa, aqui de novo havermos aquela questão do espaço sagrado e como esse espaço sagrado não era para toda a gente. Daí os rituais de purificação que existiam. No verso 8, dando início a entender o Espírito Santo, que ainda o caminho do santuário não estava descoberto, enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo. O autor de Hebreus já falava de um tabernáculo espiritual e de um terrestre, a tentar explicar as coisas mais profundas do evangelho. Então, no verso 9, ele vai dizer que é uma alegoria para o tempo presente, o tempo Deus, em que se oferecem dons e sacrifícios, atenção, que quanto à consciência não podem aperfeiçoar aquele que faz o serviço. Em outras palavras, para dizer assim, há rituais que estão feitos ainda no tempo de Jerusalém, que muitos judeus obedecem, mas eles não têm o poder de purificar a consciência. E esse é um ponto fundamental. Por quê? Porque no verso a seguir ele vai dizer, consistindo somente em comidas e bebidas e várias, a minha tradução diz, abduções, mas essa palavra é a mesma, batismos. Várias imersões, várias lavagens e justificações da carne, impostas até o tempo da correção. Em outras palavras, ele entende que este ritual, ainda que tivesse nenhum significado, mas o poder não existia no ritual como tal. O que se cria era uma transformação do caráter espiritual que se entende em Cristo. É isso que ele está a dizer, até o tempo da correção. O tempo da correção é Jesus, é o Novo Testamento. Então, se levarmos em conta as palavras aqui do autor de Hebreus, entendemos que os judeus praticavam batismo, imersões. Espero que, ao falar no batismo, não nos esqueçamos da ideia de lavagens ou imersões. Então, não é algo original cristão batizar. Então, é fundamental que... E por ele não ser original, nós já temos falado que o judaísmo vai ter esses elementos que puxam muito bem a prática egípcia, o Velho Testamento vai nos introduzir essa prática. Ainda que não da forma apurada que no Novo Testamento encontramos, mas o conceito, a prática, a ideia já estava aí a partir do Velho Testamento. Vamos abrir Levíticos 14, versículo 4 a 9. Então o sacerdote ordenara que por aquele que seu verde purificasse se tomem duas aves vivas e limpas e pau de cedro e carmezim e estopo. Mandará também o sacerdote que se degole uma ave num vaso de barro sobre águas vivas. Vejam a palavra águas vivas quando nós lemos aquela citação da vida aqui, bem no início da nossa conversa, vejam a palavra aqui. Águas vivas. E tomará a ave viva e o pau de cedro e o carmezim e o estopo e os molhará com a ave viva no sangue da ave que foi degolada sobre as águas correntes. Sugerindo que água viva é água corrente. E sobre aquele que a ave purificasse da lepra espargirá sete vezes, então o declarará limpo e soltará a ave viva sobre a face do campo. Aqui estamos a falar sobre o ser declarado ritualmente limpo. E aquele que tem de purificar-se levará suas vestes e rapará todo o seu pelo e se lavará com água, assim será limpo e depois entrará no arraial, porém ficará fora da sua tenda por sete dias. De novo, os conceitos que nós começamos a introduzir, que há uma ligação profunda entre a pureza ritual com o espaço sagrado. Não pode entrar em certos lugares quem está ritualmente não purificado ou preparado para tal. E ele diz assim no verso nove, e será que ao sétimo dia rapará todo o seu pelo, a sua cabeça e a sua barba e as sobrancelhas? Sim, rapará todo o pelo e lavará as suas vestes e lavará a sua carne com água e será limpo. Essa é a visão da limpeza ou da purificação ritual no Velho Testamento. Nós não podemos confundir uma pessoa ritualisticamente impura com uma pessoa perdida, com uma pessoa que não herdará o reino dos céus. Não é a mesma coisa, não precisamos fazer essa mistura. Uma coisa é estar ritualmente impuro, não apropriado para fazer um ritual. Outra coisa é estar espiritualmente impuro, não aceito por Deus. Não são a mesma coisa. Agora, a mensagem no fundo da pureza ritual não deixa de ser um paralelo com aquilo que se quer ser a pureza espiritual. Mas não são iguais. São interligados. No capítulo 15 de Levíticos... Não, no capítulo 5. Levíticos 15, de 9 a 24, vamos encontrar as palavras do Velho Testamento em relação à purificação da mulher no seu período menstrual. Que não é muito distante do que nós acabamos de ler, que um era lepra, aqui o outro tem mais a ver com a purificação da mulher da imundícia, segundo o Velho Testamento, do período. Aqui nós lemos, em 9 a 24. Mas a mulher, quando tiver fluxo, e o seu fluxo de sangue estiver na sua carne, estará sete dias na sua separação, e qualquer que a tocar será imundo até a tarde. Ou seja, ritualmente imundo, impuro. Não quer dizer que essa pessoa vá para o inferno porque tocou uma mulher que estava no período. E tudo aquilo sobre o que ela se deitar durante a sua separação será imundo. E tudo sobre o que se assentar será imundo. E qualquer que tocar na sua cama, lavará as suas vestes, e se banhará com água, e será imundo até a tarde. É pureza ritual que está em jogo aqui. E qualquer que tocar alguma coisa sobre o que ela se tiver assentado, lavará as suas vestes, e se banhará com água, e será imundo até a tarde. Se também tocar alguma coisa que estiver sobre a cama ou sobre aquilo em que ela se assentou, será imundo até a tarde. Versículo 24. E se, com efeito, qualquer homem se deitar com ela, prestem atenção, e a sua imundícia estiver sobre ela, sobre ele, desculpem, imundo será por sete dias. Também toda a cama sobre que se deitar será imunda. E como é que ele se livraria disso? Naturalmente, pelas lavagens, pela imersão, pelos batismos, pela água. E é possível que alguns de nós até aqui poderão estar a dizer assim, espa, esses judeus tinham tantas cerimônias, tantos rituais de purificação, quantos de nós lavamos as mãos? Quem não lavou mãos, levanta a mão. Quem não lavou mãos? Ah, não, não sei lavar as mãos. Nos lavar as mãos. Todos nós, pelo menos em Angola, é parte da nossa cultura lavar as mãos. E se nós levarmos a fio que está em jogo, o fio é de semelhante princípio. É a ideia de se manter puro, de se manter separado daquilo que pode contaminar. Então, no Velho Testamento, vemos que as lavagens existiam, estavam associadas a purificar ritualisticamente ações e as coisas, para que pudessem ser usadas no tempo, ou para que pudessem ter acesso ao tempo. Agora, vamos voltar àquela ideia que nós lemos em Hebreus 6, versículo 1 a 2. Ele disse batismos no plural, não é isso? Então, se ele falou de batismos no plural, é porque existem batismos. Então, nós vamos ver um pouquinho alguns dos principais tipos de batismos que a Bíblia nos apresenta, ou que o Novo Testamento nos apresenta. Em Marcos 1, versículo 1 a 5, nós vamos ver o seguinte. O princípio do Evangelho diz Jesus Cristo, filho de Deus, como sacrifício nos profetas. Eis que eu envio o meu anjo ante a tua face, o qual preparará o teu caminho diante de ti. Vós, do que clama no deserto, preparai o caminho do Senhor em direitá em suas veredas. Versículo 4. Apareceu João batizando no deserto e pregando, prestem atenção, o batismo de arrependimento para a remissão dos pecados. João batizava esse batismo que está sendo escrito como o batismo de arrependimento. Esse é o batismo de João. Era para o povo hebraico, o povo hebreu, se arrependesse de transmedir a lei, a Torá, e abraçassem os princípios da lei que lhes levava a Jesus, que lhes preparava para o Messias, para o Jesus Cristo. Então, aquele batismo das águas de João Batista é caracterizado como o batismo de arrependimento. Esse é um dos tipos de batismo. O segundo batismo polêmico, sobretudo, é o famoso batismo do Espírito Santo. Em Mateus 3, 7 a 12, nós vamos ler. E vendo ele, muitos dos fariseus e dos saduceus, que é em João Batista, que viam o seu batismo, dizia-lhes, raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? Produzir vós frutos dignos de arrependimento, e não prezo mais de vós mesmos, dizendo, temos por pai Abraão, porque eu vos digo que mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos a Abraão. E também agora está posto o machado à raiz das árvores. Toda árvore pós que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo. Prestem atenção, a palavra lançada no fogo é como lançar algo à água. É imersão, é uma lavagem. Mas não é lavagem com água, é lavagem com fogo. No versículo 11, e eu, João Batista, em verdade vos batizo com água. Para o arrependimento, de novo, batismo para o arrependimento de João Batista. Mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu, cujas alparcas não sou digno de levar. Atenção, ele vos batizará com o Espírito Santo. Ele vos batizará com o Espírito Santo. Quem batizará com o Espírito Santo? Jesus. Mas ele não para aí, ele diz. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com o fogo. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com o fogo. E no verso 12, em sua mão tenha pá e limpará sua eira. E recolherá no celeiro seu trigo e queimará a palha com o fogo que nunca se apagará. E aqui parece que temos uma das passagens muito polêmicas no seio de algumas igrejas do cariz carismático e pentecostal, que é exatamente essa ideia do batismo com o Espírito Santo e com o fogo. Então, eu também no passado pensava, entendia que o batismo com o Espírito Santo e com o fogo tratava-se do mesmo batismo. Mas tenho mudado a minha opinião depois de estudar um pouquinho mais sobre essa situação, porque o contexto mesmo indica que não é o caso. Mas de qualquer forma, temos o batismo com o Espírito Santo, seja lá o que for que ele significa nas nossas cabeças por enquanto, mas quem batiza com o Espírito Santo é Jesus. João Batista batiza com a água, Jesus Cristo batiza com o Espírito Santo e com o fogo. Então, esse batismo com o fogo é o outro batismo. No verso dele, atenção, ele diz, e também agora está posto o machado a raiz das árvores. Toda árvore posta que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo. Lembra-se João Batista dizer aos fariseus, a raça dos ívoras, quem vos ensinou a fugir da ira vindoura? Produzir pós-frutos dignos de arrependimento. Por quê? Porque se vocês não se arrependerem, vocês vão ser cortados e lançados no fogo. E essa é a mesma linguagem que no verso 11 depois vai ser batizado com fogo. É nada mais do que o que o verso 12 resuma sobre Jesus. Ele diz, em sua mão tenha pá e limpará sua eira e recolherá no celeiro o seu trigo e queimará a palha com fogo que nunca se apagará. Eu acho que essa linguagem do fogo encontra ainda melhor resumo em Apocalipse 20. Apocalipse 20, de 11 a 15. E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se livros, e abriu-se outro livro que o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia, e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia. E foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Lago de fogo. Veja uma palavra, lago de fogo. É a ideia, é a imagem de batismo, de nikva, de lavagem. Quer dizer, essa é a segunda morte. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida, foi lançado no lago de fogo. Lembrando-nos que João Batista batizava um lago. Essa é a imagem da água viva, ou da água corrente, local do batismo. É interessante essa imagem, não é? Então, o lago de fogo passa essa ideia de um outro tipo de batismo. E esse é o batismo do juízo, de ser imerso na destruição, de ser lançado nesse lugar onde você será totalmente aniquilado. Então, falamos assim, de três batismos até agora. Batismo de arrependimento, batismo do Espírito Santo, batismo dos fogos. E há um outro batismo meio estranho, pouco falado, mas que vale a pena nós também falarmos, porque cai muito bem no grupo do batismo. Em Mateus 20, versículo 20 a 23, nós encontramos Então se aproximou de ele a mãe dos filhos de Bebedeu, com seus filhos, adorando e fazendo-lhe um pedido a Jesus. Atenção, versículo 21. E ele diz-lhe, Jesus, o que queres? E ela respondeu, diz que estes meus dois filhos se assentem um à tua direita e outro à tua esquerda, no teu reino. Jesus, porém, respondendo, disse, não sabeis o que pedis. Desculpem. Podeis vós beber o cálice que eu hei de beber, e ser batizados com o batismo com que eu sou batizado? Dizem-lhe eles, podemos. Estavam decididos. Podemos. Queremos. Mas vê que Jesus está a falar de um batismo, o batismo que hei de ser batizado. E se nós estamos até aqui, nos lembrarmos de como o livro de Mateus decorre, Jesus já tinha sido batizado por não batista. Então, que batismo é este que eu estava aqui a falar? E ela continua, versículo 23. E diz-lhes eles, na verdade, bebereis o meu cálice e sereis batizados com o batismo com que eu sou batizado. Mas, o assentar-se à minha direita, ou à minha esquerda, não me pertence dá-lo. Mas é para aqueles, para quem meu Pai o tem preparado. E, de forma muito resumida, entendemos que o batismo que Nosso Senhor Jesus estava aqui a se referir, era a sua morte na cruz. Era a sua crucificação. Era o seu martírio. Era a morte por causa da justiça. A morte por servir a Deus de coração, de alma e espírito. E essa compreensão, boa parte da igreja primitiva tinha. Não vamos aqui citar nada, mas eu sou para dizer que era para os cristãos primitivos a maior honra poder participar da morte por causa de Jesus. Morrer por causa de Jesus era o seno que eles buscavam. Que eu também quero morrer guardando a fé. Quero ser um mártir de Jesus. É esse o batismo de martírio que Jesus está aqui a falar. E depois temos o quinto batismo. E esse vai ser o foco do batismo que nós vamos meditar. Na verdade, o foco do nosso estudo vai ser mais esse batismo aqui. Em Atos 2, do versículo 38 a 41, nós vamos ler isso de Pedro. Depois de Pedro ter se levantado no dia dos Pentecostes a pregar a palavra com autoridade. E algumas pessoas acharam que ele estava meio que bêbado ou louco. Aquele ambiente dos Pentecostes do capítulo 2 de Atos. Então ele vai dizer assim. Arrepende-vos de cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados e recebereis o dom do Espírito Santo. Pedro fala isso quando perguntam-lhe o que devemos fazer para sermos salvos. Eu acabei por não pôr aqui e comecei logo no verso 38. Mas lendo com mais calma vão ver que ele responde essa inquietação. Arrepende-vos de cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo. Notem aqui que ele já não diz cada um de vós seja batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A resposta aqui já é que cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo. Para perdão dos pecados e recebereis o dom do Espírito Santo. Em outras palavras, esse batismo em nome de Jesus é que vai abrir a porta que vocês vão receber o Espírito Santo. Quem batiza com o Espírito Santo? Quem? Quem batiza com o Espírito Santo? Pelo que nós estamos aqui a meditar, João Batista batiza com água. Jesus é quem batiza com o Espírito Santo. E Pedro aqui já está a deixar isso à tona. Ele está a dizer assim, arrepende-vos de cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo. Para perdão dos pecados e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar. E com muitas outras palavras isto testificava e os exhortava dizendo, salvai-vos desta geração perversa. De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra e naquele dia agregaram-se quase três mil anos. Então primeiro, aqui seguindo a sequência histórica. Pedro, perguntaram como, o que é que devemos fazer para ser salvos? E diz, arrepende-vos e sejam batizados e vocês receberão o Espírito Santo. E a mensagem que Pedro apresenta em Atos é o Evangelho. Eles acreditam em Jesus e por isso aceitam ser batizados. Essa é uma fórmula que eu acho prática e simples nós vermos na sequência histórica. Mas como já falamos o nosso foco não é a questão que o batismo tem que ser para crianças e adultos. Este debate não é o foco da nossa conversa hoje aqui. Em Gálatas 3, de 19 a 29, em relação a esse batismo em Cristo. Esse é o batismo que para nós importa falar. É o batismo em Cristo, o quinto tipo de batismo. Gálatas 3, de 19 a 29, vai nos elucidar um pouquinho sobre esse batismo. Nós vamos ler assim, já não vamos entrar muito no contexto, já fizemos estudo do livro de Gálatas. Versículo 19. Logo, para que é a lei? Ele diz, foi ordenada por causa das transgressões. Até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita. E foi posta pelos anjos na mão de um medianeiro. Ora, o medianeiro não é de um só, mas Deus é um. Logo, a lei contra as promessas de Deus, de nenhuma sorte. Porque se fosse dada uma lei que pudesse vivificar a justiça, na verdade, teria sido pela lei. Lembramos aquilo que nós lemos em Hebreus 9, sobre a consciência. Que toda aquela lavagem ritualística não podia mudar, não podia lavar a consciência. Não se esperem que eu volte a ler Hebreus 9, ou posso continuar? Leio ou continuo? Vou ler, para voltar lá, para que não... O segundo posto. Hebreus 9, de 6 a 10. Voltamos a ler. Ora, estando estas coisas assim preparadas a todo tempo, entravam os sacerdotes no primeiro tabernáculo, cumprindo os serviços. Mas o segundo soltou um sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo, dando nisso a entender o Espírito Santo que, ainda ao caminho do santuário, não estava descoberto, enquanto se conservava em fé, o primeiro tabernáculo, que é uma alegoria para o tempo presente, atenção, em que se oferecem dons e sacrifícios que, quanto à consciência, não podem aperfeiçoar aquele que faz o serviço. Agora vejam o que é que não pode aperfeiçoar aquele que faz o serviço. Versículo 10. Consistindo somente em comidas e bebidas e vários batismos, na maioria das versões eles não põem batismo, põem abduções, mas a palavra grega é batismos, é imersão, é lavagens, injustificações da carne, impostas até o tempo da correção. É isso que Paulo está a desenvolver aqui em Gálatas. Ele está a deixar claro que a lei não tinha essa capacidade de purificar a consciência. Eram rituais de purificação. Apontavam para as coisas espirituais, mas não eram as próprias coisas, eram apontar para elas. Então vamos lá voltar aqui em Gálatas 3, para encaixarmos muito bem com o que nós acabamos de ler em Romanas 3.9. Ele diz, versículo 21, Logo a lei contra as promessas de Deus de nenhuma sorte. Porque se fosse dar a uma lei que pudesse vivificar, a justiça na verdade teria sido pela lei. Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes. Mas antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, no caso específico os hebreus, que tinham a lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar. O Novo Testamento, Jesus, a fé de Jesus. De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados. Mas depois que veio a fé, já não estamos debaixo de aio, porque todos fomos filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. Não é pelo batismo, não é pela água, é pela fé em Jesus. Atenção! Porque, vejam o versículo 27, porque todos quantos fortes batizados em Cristo, já vos resististeis de Cristo. Quer dizer que aqueles que criam em Jesus, aquele que abraçava a mensagem do Evangelho, este depois era batizado. O batismo era nada mais do que a sequência desse processo. Não creio em Jesus. Abracei a mensagem, então serei batizado. Tal como nós lemos em Mateus 28, tal como nós lemos em Marcos 16. Ise pregar o Evangelho quem crer e for batizado. Esses que creram em Gálatas foram batizados, por isso é que ele diz, porque todos quantos fostes batizados em Cristo, já fostes resistidos de Cristo. E ele vai dizer, nisto não há judeu, nem grego, não há servo, nem livre, não há macho, nem fêmea, porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E se sois de Cristo, então sois descendente de Abraão, e herdeis conforme a promessa. Quer dizer que Paulo está a entender o batismo como uma marca de pertença à família dos salvos. Não é a salvação. Não, é a marca de pertença à família dos salvos. Então a pergunta que nós vamos tentar responder nessa nossa introdução sobre o batismo aqui que estamos a fazer é então o batismo salva ou não? Na verdade já começamos a mostrar que não é bem assim. Em 1 Pedro 3, 18 a 22, estamos já chegando nas nossas últimas leituras de hoje, nós vamos ler, porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus, mortificando na verdade na carne, aliás, mortificado na verdade na carne, mas vivificado pelo Espírito. Lembre-se de uma coisa, vou ler essas palavras de novo, espero que vocês façam ligação com o que nós estamos a ler até aqui. Eu li isso. Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, atenção, para levar-nos a Deus, para levar-nos a Deus. Lembra-se que as lavagens, essa purificação ritualística, tinha qual mensagem? A questão de poder aproximar alguém a Deus. A ideia de que certas coisas não podiam se aproximar dos fatos sagrados se não estivessem purificadas. Lembramos disso, né? Porque eu toquei muito nesse ponto. Então é em Cristo que nós somos levados, que somos purificados, espiritualmente para estarmos em comunhão com Deus. A imagem do batismo é isso, mas é a imagem, não é a realidade. A realidade é Cristo. Vamos continuar a leitura? Versículo 19. No qual também foi e pregou ao Espírito em prisão. Falaremos um pouquinho disso em outra ocasião. Os quais, noutro tempo, foram rebeldes quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé? Quais Espíritos são esses que estão em prisão e que foram rebeldes e que a localização temporal é no tempo de Noé? Estamos a falar de Gênesis 6. Não se esqueçam de Gênesis 6. E vejam que a imagem de Gênesis 6 é a imagem do denúvio, onde foram os gigantes, os nefinos, destruídos. É muito interessante e importante percebermos esse jogo aqui. Ele diz. Os quais, noutro tempo, foram rebeldes quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé enquanto se preparava a arca na qual poucas, isto é, oito almas se salvaram pela água? A água, de novo, sinal de que? Morte. A alma, de novo, sinal de que? Purificação. E essas coisas não podem nos saltar. Só para acrescentar este elemento. Esse lugar, o mar, é que engoliu as almas dos perversos, dos corruptos, dos nefinos, os rebeldes. E só não engoliu Noé e a sua casa, os seus filhos e as suas mulheres. Então, essa imagem também não podemos perder no batismo. Essa imagem está aí, ao fundo. E por quê? Porque aqui, essas palavras vão chegar até lá. Vê, o versículo 21. Que também, como uma verdadeira figura, agora vos salva. O batismo, vejam. Falou de desilúvio e agora está a falar do batismo. Não, atenção, não do despojamento da inundícia da carne. Então, essas palavras, não a água que limpa a nossa pele. Mas, ele diz, da indagação de uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo. Se quiser que estamos a falar de uma consciência transformada. Esse termo aqui, da indagação de uma boa consciência, é o desejo ardente de uma consciência. É a fama ou a sede de uma boa consciência para com Deus. Então, é aquela consciência que está purificada em Cristo Jesus. É ali onde está a salvação. É quando, em Cristo, somos purificados. A imagem do batismo aponta para isso, mas não é isso como tal. Versículo 22. O qual está à destra de Deus, sendo subido ao céu, havendo-se-lhe sujeitado os anjos, as autoridades e as potências. Mais uma introdução parcial do Evangelho. Então, a imagem da água é o que? Já estamos a lançar esses vários pontos ali. A imagem da água é a morte. A imagem da água é o ventre onde temos uma criança para nascer. A imagem da água é o dilúvio. No dilúvio morreram os iníquos, os perversos, os corruptos. A imagem de alguém ser batizado e entrar perfeitamente na água é a parte errada da sua vida também participar da morte de Gênesis 6. As coisas erradas da minha vida ficam, morrem. O dilúvio da bondade, do amor de Deus mata a iniquidade, o pecado, a transgressão. Tudo fica naquele mar. Essa é a imagem da água. Romanos 6, de 1 a 3. Que diremos, pós, permaneceremos no pecado para que a graça abunde? De modo nenhum. Nós que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele? Ou não sabemos que todos quantos... Atenção. Ou não sabemos que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo? Fomos batizados na sua morte? Quer dizer que o nosso velho homem é simbolizado no ser imerso na água como participando daquela morte de Gênesis 6, do dilúvio, de Deus destruir as obras estrelas da nossa vida. Nós largarmos tudo o que é errado. Esse é o símbolo da imersão. No versículo 4. De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte. Esse ser imerso tem a imagem do mar, tem a imagem da morte, tem a imagem da sepultura. De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte para que como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidades de vida. Não foi o Noé, com a sua força e com a sua perícia, que se manteve são e salvo naquela arca. Não. Foi Deus quem deu a direção de como fazer a arca. Foi Deus quem mandou eles entrar e deu as diretrizes de como e que tipo de coisas teriam lá dentro. E foi Deus quem fechou a arca. Então, essa parte é de Deus. É Deus quem elimina as coisas veias, as coisas corruptas, e é Deus quem garante a ressurreição, a salvação. Então, não é a água. É Deus quem dá a ressurreição. Até porque estamos a ver que essa água está a simbolizar a morte aqui. Então, a ressurreição do Nosso Senhor Jesus vem essa imagem de levantado batido. Você é posto, é submerso, você morre para as coisas do mundo, para a eternalidade. Você participa da morte de Jesus e você levanta, você participa, você proclama a ressurreição de Jesus. Essa ressurreição de Jesus deve, na melhor dos desejos, deve se refletir na mudança de vida. Então, essa é a cerimônia que nós estamos a chamar de batismo. O batismo em Cristo. Porque se formos sepultados, aliás, porque se formos plantados juntamente com Ele na semelhança da sua morte, também o seremos na sua ressurreição. Já mostrei mais ou menos essa imagem do mergulho e do levantar do mar. Sabendo isso que o nosso homem velho foi com Ele crucificado. Quer dizer que essa imersão também está a refletir a crucificação da nossa carnalidade e dos nossos desejos mundanos. Da nossa vida segundo o mundo. Sabendo isso que o nosso homem velho foi com Ele crucificado, para que o nosso corpo do pecado seja feito pela água, para que não sirvamos mais ao pecado, porque aquele que está morto está justificado do pecado. Ora, se já morremos com Cristo, mergulhamos com Ele, participamos da sua cruz, cremos que também com Ele viveremos. Levantamos com Ele, ressuscitamos com Ele. Sabendo que tendo sido Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre, a morte não mais tem domínio sobre Ele. Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado, mas quanto a viver vive para Deus. Quer dizer que essa vida de quem é batizado se levanta na perspectiva de viver apenas para a glória de Deus e ponto final. E é importante enfatizarmos isso porque há muitos que andam a ensinar que quando você, ainda que você seja um cristão, desde que você tenha o homem velho e o homem novo e estão a lutar. Mas não, na visão espiritual, o homem velho morreu, o homem carnal ficou lá, foi crucificado, não pode ressuscitar. Quem ressuscitou é o homem Jesus, o homem em Jesus. Esse é a nova vida, o novo homem, a nova consciência que não tem ofensa contra Deus, e que tem uma consciência que queima de desejo de agradar a Deus. Esse é o novo homem, o homem ressurreto. E notem uma coisa, porque eu falo aqui de um termo que não sei se perceberam. Ele diz, porque fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, usou o termo plantados. A imagem é de sementes. João 12, 24, o nosso Senhor Jesus vai dizer o que? Na verdade, na verdade vos digo, que se o grão de trigo caindo na terra não morrer, fica ele só. Mas se morrer dá muito fruto. Essa é a imagem que Paulo está a apostar aqui, claro com alguns elementos do Velho Testamento, como ele era um bom fariseu. Mas enquadra-se muito bem essa ideia de que é preciso morrer para viver para Deus. As coisas do passado têm que ficar para nós abraçarmos as coisas novas de Deus. Esse é o grão de trigo. Versículo 11 a 14 ainda do Romano 6. Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor. Tudo isso está a explicar a mensagem do batismo. Mas no seu sentido espiritual, que nós precisamos entender que é isso que estamos a entrar. Essa é a dimensão do compromisso que estamos a abraçar. Que agora eu estou morto para o pecado. Antigamente eu estava morto para a justiça. Isso podemos ver em Efésios 2, sobretudo. Agora que nós abraçamos a Cristo de verdade, estamos mortos para o pecado. Versículo 12. Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecer em suas concupiscências, em seus desejos. Nem tão pouco apresentei os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniquidade. Mas apresentai-vos a Deus como vivos entre mortos, e os vossos membros a Deus como instrumentos de justiça. Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estás debaixo da lei, mas debaixo da graça. Debaixo da lei, todos os rituais não tinham capacidade, não tinham poder de transformar a nossa consciência. Debaixo da graça, em Cristo Jesus, o Espírito Santo muda o nosso coração, muda a nossa mentalidade, nos dá uma consciência sem culpa para com Deus, uma consciência que tem ser e tem forma de fazer a vontade de Deus. Essa é a visão correta do batismo que Paulo está a tentar nos ensinar. Em outras palavras, ser batizado deve significar selar essa mensagem de que morri para o mundo, morri para a carnalidade e agora vivo apenas para a glória de Deus. Para terminar, não vou entrar em muitos detalhes em relação às passagens, porque já fizemos o Gênesis. Em Gênesis 1, versículos 26 a 29, nós vamos ver o quê? Deus vai fazer aquelas promessas à humanidade, vão multiplicar e dominar sobre a flora e a fauna. Aquelas bênçãos todas são as mesmas que nós vamos ver em Gênesis 9. Quando o Noé e a sua casa vão finalmente sair da arca. O mundo antigo, por exemplo, foi destruído. O novo mundo, o Senhor volta a fazer as promessas que havia feito em Adão. É como se em Noé Deus estivesse a recomeçar a criação. É uma nova criação em Noé. E essa é a imagem do batismo, como nós falamos, o dilúvio. Temos aí a imagem do batismo. Nós precisamos passar por esse processo no Espírito. A nossa vida tem que passar por esse dilúvio no Espírito, onde as coisas carnais morrem. E a nova vida, o novo Adão, o novo homem é abençoado por Deus através da ressurreição em Cristo Jesus. Então é importante vermos essa imagem aí do batismo. E para finalizar, em 1 Coríntios 10, de 1 a 6, o ponto que nós vamos dar a nossa pausa do estudo de hoje. É vermos como a passagem do povo de Israel ao Mar Vermelho também é visto como um batismo. E é uma boa imagem para nos responder de forma bem clara essa ideia de que ser batizado não significa ser salvo. Esse batismo pela água, esse ritual físico não determina. É a realidade espiritual que deve determinar. Ele vai dizer assim, 1 Coríntios 10, 1 a 6. Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem e todos passaram pelo mar. E todos foram batizados em Moisés. Na nuvem e no mar, em outras palavras, submersos, lavados. E todos comeram de uma mesma comida espiritual. E beberam todos de uma mesma bebida espiritual. Porque bebiam da pedra espiritual que os seguia e a pedra era Cristo. Mas Deus não se agradou da maior parte deles. Mas Deus não se agradou da maior parte deles. Por isso foram prostrados no deserto. E essas coisas foram-nos feitas em figura para que não cobissemos as coisas mais como eles cobiçaram. Em outras palavras, não é o fato desse povo ter sido batizado que esse povo foi salvo e foi um povo agradável a Deus. Alguns de nós fomos batizados muito tempo atrás, mas vivemos a nossa vida no pecado por muito tempo. Não agradávamos a Deus. E muitos vão ser batizados hoje à torta e à direita, mas não vivem uma vida que agrada a Deus. Então precisamos entender isso, que se não há a realidade da transformação do nosso coração, se nós não participamos disso que nós lemos aqui, em Romanos 6, de 1 a 14, a nossa maior leitura. Se nós não participamos dessa realidade no coração, na consciência, o batismo pelas águas não faz nada. Então para hoje nós só queríamos introduzir esta visão sobre o batismo. Permita-me, Deus, a próxima vez vamos falar sobre o batismo como circuncisão e veremos, talvez, como os exageros e os debates que muitas vezes se levantam sobre o predo-batismo, o credo-batismo não são as coisas mais importantes que nós precisamos entender sobre o batismo para nos ajudar a termos uma visão mais correta sobre o batismo. Então, que Deus nos abençoe, terminamos assim o nosso vídeo de hoje.

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