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"Arrisco dizer que, nesta fase, Florentino até na neve é titular do Benfica"
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"Arrisco dizer que, nesta fase, Florentino até na neve é titular do Benfica"
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"Arrisco dizer que, nesta fase, Florentino até na neve é titular do Benfica"
The transcription discusses the recent 5-0 victory of Sporting over Sporting de Braga in a football match. The analysts discuss the reasons behind the result, including Braga's defensive strategies and lack of cohesion. They also highlight Sporting's realistic approach to the game and their demonstration of strength. The analysts comment on Braga's weaknesses in defense and suggest that the team lacks a strong midfield presence. They also mention Braga's tendency to focus on player sales and profits rather than building a competitive team. Overall, they believe that Braga's season is almost over and their chances of success are limited. Música Boa tarde, estamos em visão de jogo e vamos começar por analisar mais uma goleada do Sporting ao Sporting de Braga. Na terceira vez consecutiva, os Leões aplicaram chapa 5 ao Braga num jogo em Alvalade. Luís Freitas Lobo, começo por ti. Explicações para esta goleada de 5-0. Mais uma. Primeiro lugar, boa tarde. Um grande abraço a todos. Refleto mais que uma casualidade, penso eu, porque independentemente dos outros jogos, e frisaste bem, os jogos em Alvalade, nos outros jogos o Braga tem conseguido, de facto, encontrar formas de jogar contra o Sporting. Não é apenas os jogos em Braga, naturalmente, mas são jogos diferentes. Qualquer adversário que vai a Braga sofre. Mas o jogo da Taça da Liga, está mais recente, mas a questão é que o jogo da Taça da Liga foi uma coisa, o resultado foi outra. Completamente. Completamente diferente. Talvez ontem também um pouco, sinceramente. Cada jogo tem a sua história, embora o resultado possa ser igual, os jogos possam ser diferentes. Pesado demais, na tua opinião, o resultado de ontem? Sim, eu penso que o Albano Boninho também o assumiu. Que foi pesado demais, o resultado subiu para um 5 a 0, na circunstância, depois, na parte final do jogo, o Braga desligar no corpo e na mente. Foi mesmo assim. Agora, a verdade é que há um plano de jogo inicial, e esse é que me parece que será importante refletir, porque o Artur Jorge tem tido dificuldades em encontrar a melhor forma de jogar contra o Sporting. Porque isto não é mesmo esse, que ele vai para a alvalada a pensar em jogar contra o Sporting e não jogar o Braga contra o Sporting. Isto é um pouco diferente. A ideia é sempre tentar anular. Eu recordo que no último jogo, no anterior 5 a 0, tentou uma defesa a 3, que foi praticamente única no sistema do Braga, com o Artur Jorge, 3 centrais, para tentar fazer um jogo de espelho estático com o sistema do Sporting. Ontem voltou a um sistema de marcações individuais, que ele utiliza muito neste tipo de jogos. Nomeadamente, eu penso este ano que foi o jogo com o Real Madrid, por exemplo, quando o Vítor Carvalho baixou para marcar o Vinícius individualmente. Um jogo de par contra equipas destas é muito difícil fazer e condiciona muito a equipa na sua autodeterminação, depois com bola e no momento ofensivo. E coloca a equipa num limbo inexistencial entre o que tem que defender, que é a obrigatoriedade, e aquilo que pode fazer atacar-me, que é depois o lado em que os dois podem soltar-me, mas estão com o pé amarrado aos pés, que é o plano inicial tático. E ontem via-se perfeitamente a forma como Moutinho e Vítor Carvalho baixavam para marcar o Pote e o Trincão, a forma como os laterais do Braga tentavam pegar nos laterais do Sporting, e depois, como os centrais, sobretudo o Fonte, marcava o Jokers. E, portanto, é um Braga que ficou condicionado desde o início nessa forma de marcar, e até na frente, na tentativa de impedir que o Sporting saísse a jogar, com a Bela Ruiz a marcar o Gonçalo Inácio, e o Sporting saía pelo Quaresma. Portanto, esse início do jogo foi muito intranquilo para o Braga. O Artur Jorge dava sinais para a equipa sair de trás, e o banco do Braga estava alinhado com a defesa do Braga, e queria que a equipa saísse a jogar, mas a equipa estava, sobretudo, preocupada em segurar o trás, o posicionamento. Sofreu o gol cedo, é um erro individual, é verdade, mas acho que é determinado um pouco por intranquilidade que a equipa estava a sentir, e, de repente, estava a perder por 2-0. Penso que depois tenta soltar um pouco, há algum momento na segunda parte a equipa se soltou mais, mas aqui também queria referenciar um aspecto que me pareceu importante, que foi a forma como o Sporting soube olhar para o jogo de uma forma realista. O Sporting, quando se jogou 2-0, não imaginou que fosse seguir para o 3, 4, 5, e continuasse a pressionar e a atacar. Agora, o Braga está caído, vamos para cima. Não, o Braga, com todo respeito, não é a mesma coisa que o Cássio Zappia. E, portanto, pensamos nos 8-0 da última jornada, que o Sporting jogou em casa. E, portanto, veio um Sporting que baixou o bloco. Jogou num bloco meio baixo, exporam mais o Braga, viu que o Braga podia crescer, que tinha argumentos para crescer, isto é, tinha argumentos para, depois de falhar o plano inicial do jogo, poder reagir bem, e, nisso, na segunda parte, o Braga cresceu, esteve ali perto dos 1 e 1, um jogador na outra, e o Rubano baixou o bloco e exporam atrás. E a equipa manteve-se coesa a defender. O Braga teve ali uma oportunidade de desalojo, é verdade, teve mais bola, mas o Sporting soube esperar depois o momento em que se sabe a qualidade dos jogadores que tem para chegar ao terceiro golo, porque, individualmente, iriam aparecer, naturalmente, oportunidades e espaços, e apareceram, e, a partir daí, o 3-0 foi decisivo, e o 4, o 5, podia ser mais depois, a partir daí. Portanto, eu acho que estes dois aspectos são fundamentais. A má entrada do plano inicial do Braga, a boa reação do Sporting de perceber que, depois do 2-0, não se entusiasmar, não se deslumbrar, se realista, taticamente, a defender um bloco mais médio-baixo e depois esperar o momento certo para matar o jogo e chegar à goleada. Vítor Santos, o Sporting tem aqui uma demonstração de força. Sim, uma demonstração de força. Está muito bem. Eu olho para o que jogam os outros candidatos ao título e o Sporting está claramente um degrau acima, apresenta melhor futebol. Embora ontem eu concordo com quase tudo o que o Luís disse, mas parece-me que, a certa altura, o Sporting também se colocou um bocadinho a jeito, porque este Sporting de Braga não é uma equipa qualquer. É evidente que nós vemos ali uma equipa, de certa forma, atormentada, ou seja, ao primeiro golpe parece que se vai abaixo, e se é o primeiro sinal, o Luís falou em desligar o corpo e a mente, eu sou capaz de concordar um bocadinho com ele, é o primeiro sinal de que uma equipa não está bem, quando leva um golpe e depois não consegue reagir. E eu acho que não tem uma defesa ao nível do resto da equipa. Sim, sim, também acho. Sim, individualmente não tem a mesma qualidade, principalmente no eixo da defesa, que tem em outros, principalmente do meio-campo para a frente. Sim, mas é evidente que depois os erros aparecem, aparece, por exemplo, provavelmente daquele que é o jogador com maior potencial da defesa do Sporting de Braga, que é o Vítor, que teve um mau passo e ofereceu um gol ao Sporting. O que eu acho é que na segunda parte fiquei, de certa forma, admirado, porque um jogo com resultado em 2-0, frente ao Sporting de Braga, não é um jogo de ganho. Eu acho que o Sporting se meteu um bocadinho a jeito, teve, naquele momento, sorte, porque o Álvaro de Jaló, numa belíssima jogada, uma combinação com o Abel Ruiz, fica isolado. Pronto, Guadarrete é muito bem colocado na área e falhou, errou, nem sequer acertou na baliza. Ato contínuo, o Sporting sai para o ataque e faz o 3-0. Ou seja, eu acho que ali podia ter sido um ponto de viragem no jogo, não caiu para o Sporting de Braga, caiu para o Sporting, que já na altura tinha justificado, pelo que tinha feito antes, naturalmente, estar na frente e depois ainda mais, porque o Braga desuniu-se completamente e esses sinais, na minha ótica, são os sinais mais preocupantes. É evidente que nunca é bom perder por 5-0, mas, sobretudo, a equipa desfaça cada soco e o Sporting de Braga não é aquilo. Estes jogadores têm que ter outra presença de espírito, outra força, que terá que vir naturalmente também, daquilo que é o potencial do plantelo e do seu treinador. O Braga já tem 32 golos sofridos no campeonato. Neste momento tem os mesmos pontos do Vitória de Guimarães. São muitos golos e ontem o Matheus praticamente não fez nenhuma defesa. Os 5 golos foram todas golos. Não é normal para o Sporting de Braga. Eu acho que também passa um bocadinho, por uma razão que nós já aqui apontamos, que é a falta de uma unidade no meio do campo que imponha uma outra presença física. O Vitório Carvalho e o João Moutinho, especialmente, são grandes jogadores, são jogadores que fazem circular o jogo, têm boa leitura de jogo. Acabou de vender o Almosrata. Sim, têm boa leitura de jogo. Eu acho que falta essa presença de um jogador, como poderia ser o Almosrata. É evidente que nós vimos no último jogo que o Almosrata está longe dos melhores indícios físicos. Percebemos todos isso. Mas, naturalmente, em boa forma física, seria um jogador claramente para jogar ali com o João Moutinho. Eu acho que o Braga, nesta altura, também sente um bocadinho a falta dessa presença, porque, cada vez, também, e olhando para aquilo que foi o jogo de ontem, que o Sporting conseguia penetrar, nós também vimos sempre uma defesa muito desapoiada. Não é fácil... E tirar o Vitório Carvalho nesse momento dos dois equilibra completamente o meio-campo. Exatamente. Parte mais o jogo. Parte mais o jogo, sim. Ou, pelo menos, parte mais a equipa, digamos assim, que acaba por ser a mesma coisa depois na prática, mas o ponto de partida para partir o jogo é de partida só a tua equipa. Qual é o final, na vossa opinião, que o Braga dá em termos do que falta de temporada, transferindo ou vendendo, nesta altura, o passe do Almograten? Na minha leitura, o Braga, repara, sempre foi um clube que... Vendedor, digamos assim. E, mesmo quando compra, já tem na perspectiva aquilo que vai ser a venda dessa compra. Há aqui, de facto, algo que tem a ver com o projeto e que tem feito crescer o clube, sem dúvida nenhuma, mas, às vezes, impede que a equipa possa crescer para uns níveis de patamar junto aos grandes. Às vezes, é aquele último degrau que falta dar. Os últimos degraus. O sinal, neste caso em concreto, é de que a época está praticamente feita. O Braga venceu a Taça da Liga, foi eliminado da Taça de Portugal, está muito longe dos lugares de Champions, porque, nesta época, só foi melhor lá. São só dois. E tem uma Liga Europa para jogar, mas, enfim, não me parece que seja por aí que o Braga vai investir muito em termos de plantel. E, portanto, nesse sentido, aparecendo este negócio e a possibilidade de Alonso Arrati sair, desde o início da época perceber-se, independentemente da questão das lesões, de que ele não estaria muito satisfeito, é a sensação que me dava, mas é só uma sensação. Sim, basta perceber que ele ficou muito satisfeito por sair. Aliás, fez questão de dizer isso. Exato, além disso. Um sinal. E, portanto, acho que é um negócio que o Braga faz bem em fazer Isto espanta-me mais é a da ascensa do André Horta, por exemplo. Porque são dois médios que saem do Braga. E esse era um diferenciador, o André Horta. Porque até o Pizzi e o Moutinho, embora sejam de grandes profissionais, não são o futuro, de forma alguma. E o Pizzi já dificilmente está daquela posição de meio campo. Sim, e a questão é que se pensas em construir uma equipa que te possa ser uma cadeia alimentar para as épocas seguintes, que média que tens agora de referência pode ser esse crescimento? O Salazar pode ser um jogador importante para isso, mas é um jogador que foi uma contratação e é um jogador que tem uma margem de evolução ainda que é difícil de perceber. E até a questão negocial que possa estar envolvendo o jogador. Mas vocês interpretam a saída do Almosrata naquele sentido que o Braga considera que, depois de ganhar a taça da Liga, e atendendo aquilo que está a ser o campeonato, a Liga Europa é uma competição muito difícil de chegar a uma final, embora o Braga já tenha conseguido. O que é que o Braga olha para esta época que já não tem muito a tirar da temporada? É essa a leitura que faz? Sim, é o que eu te disse. O Braga tem um quarto lugar para lutar neste momento e poderia chegar ao terceiro, isso naturalmente. O Braga tem essa capacidade, mas aquilo que é o grande objetivo do Braga é se adiantar dos três primeiros de forma clara e lutar para um lugar de Champions. E o que aconteceu na época passada. Neste momento, basta olhar para a diferença pontual que há para o Benfica e Sporting, que são os dois primeiros, e é enorme. Agora, a questão que se coloca é perceber que o Braga procura fazer sempre bons negócios para crescer em termos de clube. Repara uma coisa, aqui cruza-se a questão clube com a questão equipa, repara. E muitas vezes a questão clube sacrifica a questão equipa. O Braga cresce como clube e às vezes encolhe como equipa. Nestes momentos, e nem quero entrar pelas declarações do presidente do Benfica, que agradeceu ao presidente do PSG este negócio. Mas isto aconteceu. Portanto, acho que o Braga deve dizer qualquer coisa em relação a isso. Embora tenha sido desvalorizado, já diz qualquer coisa. É um bocado rabo escondido com o gato de fora. E não me enganei na forma como quis dizer a frase. Certo, certo. O Braga tem os mesmos pontos do Vitória de Guimarães. Este é um dado importante. Por um lado, má temporada do Braga e, por outro lado, a grande temporada do Vitória de Guimarães. Já vamos falar daqui a pouco do empate do Vitória de Guimarães no Afonso Henriques frente ao Benfica. Na vossa radiografia, agora indo a ti, Vitor Santos, o que é que vocês destacam mais nesta equipa do Sporting, para além daquilo que é mais evidente e que aparece em maior destaque nessa radiografia, que é o ponto de alança sueco, o Vitório? Eu destacaria o Ilman, a afirmação do Quaresma, naturalmente. Do Quaresma ou do Eduardo Quaresma? Do Eduardo Quaresma. E este novo... Novo não, que nós já tínhamos visto isto, este trincão rejuvenescido, sendo um jovem, a palavra pode não ser a mais correta, mas este trincão que o Rubem Amorim sempre disse que ia aparecer e que, de facto, apareceu dentro da equipa. Ou seja, o Sporting tem, nesta altura, aquilo que qualquer treinador sonha, e eu diria que os adeptos também, é que mudam uma peça e não se nota a diferença. Ou seja, não tem um lote de jogadores assim tão extenso, comparativamente ao lote de jogadores do Benfica, mas todas as soluções parecem estar muito bem entrusadas. Ou seja, o Sporting vale, sobretudo, pelo seu coletivo e as unidades diferenciadoras são, de facto, transcendentais. E eu lembraria, não me canso de dizer isso, que o Sporting definiu muito bem os alvos no mercado, apostou e, na verdade, está-se a perceber que são apostas claramente ganhas. O Djokaras é um grande jogador desta edição da Liga e o Jumland é uma espécie de plataforma giratórica que, às vezes, nem precisa tocar muito na bola para a equipa girar toda à volta dele. Se estivermos atentos à movimentação daquele jogador, percebemos que é o tipo de jogador que está sempre no sítio onde nós gostávamos que ele estivesse, na perspectiva do treinador do Sporting. É bloquear a linha de passa, preencher o espaço do colega que saiu, o central que subiu, a zona descoberta. Portanto, dentro do coletivo... E o Morita é um parceiro ideal para ele. Sim, o Morita retomou ontem o que permitiu o Pote jogar mais na frente, que não terá sido o jogo mais conseguido do Pote, que até vinha na minha óptica jogando bem a meio campo, Rubem Amorim. Enfim, lá vai tendo razão. Ele é que conhece os jogadores, mas destacaria o coletivo do Sporting e depois estas unidades. Neste momento, o Eduardo Quaresma e o Trincão, naturalmente, que está num momento de forma também exuberante. E o Yannick Atamo, Luís? É uma aposta ganha na lateral direita ou é só para alguns jogos? Acho que ele tem momentos interessantes no jogo, mas não me parece muito consistente naquela posição. Não acho que seja a solução ideal. Acho que é a melhor solução neste momento, sim, mas não me parece que esteja por ali que o Sporting possa marcar a diferença nos jogos. Marca, sim, a diferença pelo outro flanco, o Nuno Santos. Acho incrível o Nuno Santos não ir à seleção. Mas são dois laterais muito ofensivos. É verdade que o Sporting joga com três defesas centrais. Portanto, pode ter dois laterais que se projetem muito, e é o caso do Yannick Atamo à direita, e, como tu dizias, do Nuno Santos à esquerda. Essa é uma novidade recente, João, porque normalmente o Rubem Amorim procurava... Um dos laterais sem mais defesa. Exatamente, agora tem tanta confiança... Agora tem praticamente dois extremos. E estávamos a falar de um jogo, vimos isso ontem, contra o Sporting de Braga. Ele tem tanta confiança na mecânica coletiva da equipa que pode dar-se esse luxo, como se costuma dizer. Sim, é verdade. E eu acredito que ele faça isso contra o Young Boys, na quinta-feira, no Sporting Young Boys, agora para... Young Boys que é uma boa equipa. O Luís talvez possa falar sobre isso. E num momento, desculpa, num momento em que não tendia uma andeia, que faz isso, porque era o central pela direita, e que fechava melhor até esse corredor pós-génio... Poder subir. Está muito bem o Quaresma. Muito bem, sim, muito confiante. Na forma que comecei a jogar, para alguém chegar à frente, o gol que marcou é de grande qualidade. É mais de ponta de lança do que o que o senhor disse. É, porque é uma definição... Porque tem ali um drible espetacular, e depois, se não digas... Tem um bocadinho de sorte no ressalto. Sim, mas depois tem muita qualidade na troca de pés. No drible e na finalização. Não esquecem que é ele que começa a jogar. Começa a jogar. Agora, muito daquilo que tu podes fazer nos flancos tem a ver muito daquilo que tu consegues fazer e segurar a equipa no meio. Uma coisa está sempre relacionada com outra. Dificilmente tu desequilibras nos flancos se não tiveres equilíbrio no meio. E o Sporting consegue o equilíbrio com a tal grande contratação tática desta época que é o Ilman. Eu sei que o Jokers, em suas primeiras páginas, e de facto é uma máquina na frente-ataque, mas o jogador que de facto dá equilíbrio a este Sporting é o Ilman. Se me perguntasse um jogador indispensável neste Sporting, posso não ser consensual, mas vou dizer o Ilman, antes do Jokers. Do ponto de vista tático, coletivo. Eu percebo onde queres chegar. Mas eu acho que um jogador como o Vítor Jokers, à semelhança, por exemplo, de um jogador como o Mário Jardel, de um jogador como o Jonas, de um jogador como o Hulk... Este tipo de jogador. O Hulk é um bocado diferente. Penso que aqui, para a comparação, o Jonas, o Mário Jardel, funcionam melhor para aquilo que eu pretendo. São jogadores que, num campeonato como o nosso, desequilibram tremendamente a prova. Ah, sim. Também concordo contigo. Fazem muitos gols. A equipa que o tem... A probabilidade, no final, dessa equipa ser campeã, aumenta muito quando essa equipa tem um jogador destas características. Do ponto de vista daquilo que é uma equipa a atacar, sem dúvida que sim. E num campeonato tão desequilibrado como o nosso, em que os grandes estão constantemente em cima das equipas médias pequenas, inventando uma arma dessas, é decisiva. Mas quando o nível de jogos sobe, e os adversários também já têm outro nível, se calhar a conclusão já não é tanto essa, na minha opinião. Deixem-me destacar aqui um dado em relação ainda ao jogo de ontem. É que, mais uma vez, à semelhança do que vimos, por exemplo, na pedreira, quando o Sporting de Braga empatou com o Sporting, há qualquer coisa no Sporting de Braga que, de facto, eles conseguem fazer uma marcação mais eficaz aos jóqueres. Ontem os jóqueres não se viu assim tanto. Enfim, jogou bem, esteve bem, dentro daquilo que lhe foi expulido. Mas isso, repara, é verdade. Mas isso condiciona muito a equipa. Eu acho que para conseguir isso prende muita equipa atrás. As responsabilidades defensivas sobrepõem-se àquilo que pode ser uma saída de bola e o posicionamento para sair a jogar tinha condicionado para o posicionamento para impedir que se jogue. O Sporting ontem nunca conseguiu jogar muito na profundidade. Não, arrancou bem, mas depois... O problema para o Braga é que se consegues anular um pouco a explosão de jóqueres, parece que aparecem muitos jogadores. Essa diferença que tu referes da questão dos golos marcados e golos sofridos do Braga, eu arriscaria de dizer que o Braga tem muitos golos marcados devido à qualidade dos avançados, tem muitos golos sofridos devido ao problema da equipa. A qualidade dos jogadores faz a equipa marcar muitos golos os problemas táticos da equipa faz a equipa sofrer muitos golos. Mas não ligas também, não relacionas isso do Braga com a qualidade ou a falta individual dos jogadores? Também ligo e acho que se queres que te diga, neste mercado de janeiro, fiquei um pouco surpreso do Braga não ter contratado um central. Acho que o Braga devia ter contratado um central. E fica mais evidente quando não joga o Niakates? Sim, fica. Embora não ache o Niakates um jogador com nível para mim, do melhor Braga. Acho que neste momento, olhando os centrais que o Braga tem, o Niakates possa ser um jogador até não diga indispensável, mas muito importante. Mas não me parece que seja um jogador que esteja na linha dos melhores centrais que o Braga teve nos últimos 10, 15 anos. Rapidamente para avançarmos para o outro dossiê, o que é que vocês esperam do Sporting Young Boys? Jogo em Alvalade e já agora também do Braga que joga com o Karabag no Azerbaijão? Em relação a esses 3 jogos, eu espero que as vitórias nas equipas portuguesas, independentemente das dificuldades que possam ser maiores para o Benfica, porque o Toulouse tem uma boa equipa. Deixem-me só rectificar o jogo do Braga. O jogo do Sporting é que é na Suíça com o Young Boys e o jogo do Braga é em casa com o Karabag. Estava já aqui a olhar-se. Embora o Toulouse é uma belíssima equipa, tem o tal médio venezuelano que aqui já falei há uns programas atrás, o Cáceres, que acho que é um 8 com uma qualidade enorme. Isso no Toulouse, que vai jogar com o Benfica, não é? Sim. E portanto, acho que esta oportunidade das equipas portuguesas chegarem à frente, passarem-se de play-off, que no fundo é os 16 aves de final numa Liga Europa, na prática significa isso. Sim, sim, sim. Tem que ser aproveitada para fazermos pontos, sobretudo em termos de ranking europeu. E colocar 3 equipas nos 8 aves de final da Liga Europa. Na Champions só está o Futebol Clube do Porto, que vai medir forças com o Arsenal. É esse o objetivo, Vítor Santos, ver se Portugal consegue colocar 3 equipas nos 8 aves de final da Liga Europa. Eu diria que isso pode ser decisivo a médio prazo, porque Portugal precisa de pontos. Estamos constantemente a falar nisso. Eu acho que as 3 equipas têm grandes possibilidades de seguir para essa fase da prova. Tendo que, advertindo, concordo com o Luís, o Toulouse, está a fazer um mau campeonato, mas não é uma equipa qualquer. Estes jogos europeus, sabemos, são sempre diferentes. E o Young Boys também é uma equipa muito interessante. Eu vi o Young Boys uma vez, é certo que só vi uma vez, vi uma vez esta época e gostei bastante. Acho que é um equipa, porque é um futebol típico suíço, um futebol de pressão, ofensivo, mas com bons executantes, ou seja, naturalmente que acho que o suporting é bem melhor, mas a dois jogos é sempre perigoso, eu diria. Mas acho que pode... O suporting tem... Eu sei que a Liga Europa é importante, mas eu acho que o objetivo é ser campeão nacional. E a próxima jornada vem a ganhar o Moreira em suporting, mas é uma explicação difícil do suporting. O Vítor já disse, e eu concordo, o suporting é nesta altura a melhor equipa em Portugal. Em termos de qualidade exibicional, sim, sem dúvida nenhuma. Na qualidade de jogo. É a equipa que dá mais vontade de ver jogar e é a que está a jogar melhor. Vamos virar a agulha. Vocês perceberam as opções de Roger Schmidt em Guimarães, frente à vitória? Nomeadamente o facto de apresentar uma equipa sem ponta de lança? Eu devo dizer que não partilho das críticas tão acérrimas que viem em relação ao planeamento do Roger Schmidt em relação à questão dos dois avançados. Vou-lhe julgar, sim, avançado, sim. Sem ponta de lança, não é? Jogando com Di Maria e Rafa como falsos pontas de lança. Sim. Aliás, eu vi o jogo em casa, portanto, não estive a comentar e quando vi o grafismo, pensei, não, não é assim. Ele vai jogar com Di Maria como segundo avançado junto ao Rafa e não vai jogar com ele na ala. Portanto, foi o que imaginei, porque havia o grafismo a aparecer com o Alstas metido como terceiro médio ofensivo. E fazia sentido num terreno tão pesado? A questão é essa. Ou melhor, uma das questões é essa. Porque o jogo não é pensado assim, não é? O jogo é pensado durante a semana não se está a imaginar o terreno daquela forma. Mas chega ali e vê. Chega ali e vê, é verdade. Mas o plano está feito e está definido durante a semana como se treinou e como se fez. Portanto, a questão é que e ao intervalo mudou. Pois eu acho é que ele muda tarde. Eventualmente. Mas isso é uma opinião em relação àquilo que pode ser o o intervalo. Penso que é um bom momento para mudar. Sim, eu sei. Mas o que eu penso é que é o seguinte. Eu acho que a ideia conceptual dos dois avançados é interessante com a mobilidade e o ataque à profundidade quando o Vitória sobe um pouco mais e a capacidade de Maria e do Rafa se movimentarem. Quis dar mais peso ao meio campo, para ter bola, juntando o Alstas e o João Mário a pegar por dentro, para dar liberdade também ao Coxu e ao João Neves. Onde eu acho que desde o início, independentemente do terreno estar como estava, todo molhado ou estar seco, o plano não seria o melhor é a questão lateral esquerda. Porque fazer uma faixa esquerda com o Maurato e o João Mário parece-me que a profundidade manca. A largura manca. Ali sim. Quando vi de início foi a única questão que eu pensei. Agora deixa eu ver como é que funciona. O ponto disto é ofensivo. Na questão lateral esquerda, já o disse aqui, que acho que bem fica, não pode andar a jogar com o Maurato com o lateral. Não precisa dizer outra coisa. E ao intervalo, percebe, em função daquilo que é o estado do terreno, mudar, metendo o Florentino, um ponto de aliança com o Artur Cabral e abrir com o Dia Maria. Depois, sim, mais tarde, a questão da entrada do Carreras, quando o Alstas tinha passado para uma faixa. Aí não faz sentido. Esta a minha leitura, que cruza naturalmente com a outra, porque essa é a imagem mais importante, a grande exibição do Vitória. Um Vitória capaz de aguentar o bem-ficar atrás, ser agressivo a defender, ser forte a sair. O Ander está um grande jogador no meio-campo. O Jota a partir tudo na frente. O Ander se vive muito bem nos apoios. Acho que o grande mérito é do Vitória, em conseguir fazer um grande, grande jogo. Teve perto de 3-1 mesmo a jogar com menos de um jogador, com 10 jogadores. E depois sempre aquilo que é o fator diferenciador, só para passar aqui a palavra ao Vítor, que, independentemente de ser um jogador que não defende, é um jogador que define quando ataca o Di Maria. São dois cruzamentos que são 87,5%, 90% de golo. Pois é, mas se não tivesse lá o Artur Cabral, provavelmente o golo não acontecia. Não sei, no primeiro apareceu o Rafa. Sim, mas não apareceu de cabeça. Aliás, teve uma bola de cabeça nas mãos do guarda-guerra. Ele até estava fora de jogo. Não me pareceu nada. Mas estás a ver o lance do estágio. É um lance em que há um cruzamento e ele aparece isolado, cabeceia a figura do guarda-guerra. Se a bola entrasse, provavelmente... Agora teria que ser lance para o Rafa. O próprio lance do golo do Rafa também é muito no limite. Na ponta final da primeira parte. No intervalo, o resultado, na minha perspectiva, é enganador. E deixem-me agora dar a minha opinião. Não percebo isso do plano que ele trazia. Há aqui duas questões que eu coloco. Uma, de chegar ao estádio de Fonsei Riques, ver o estádio em que estava relevado e alterar o plano de voo. Inicialmente, mudar o plano de voo. Perceber que o plano que trazia não era um plano para ser aplicado num palco daqueles. Essa é uma situação. Outra situação, concedendo que ele queria começar com o plano que treinou durante a semana no Seixal, ali aos 20 minutos, perceber que aquele plano não dava e não ter que esperar pelo intervalo para alterar o plano. São duas questões que eu coloco e que eu acho que merecem a minha crítica ao treinador alemão do Benfica. Eu não sei que plano... Posso ver a forma como o Benfica começou o jogo. Não sei que plano era aquele. Descorto profundamente o que diz o Luís. Acho que era um plano desadequado para o tipo de jogo que o Benfica ia ter, em qualquer circunstância. Nós, se olharmos para a época do Benfica, o Roger Smith não é a primeira vez que faz aquilo. Fez aquilo na supertasa contra o Futebol Clube Porto. Exatamente. Faz no Inter também. Faz em Itália, frente ao Inter. Eu pergunto qual foi a produção no Benfica nesses jogos, a jogar daquela forma. Vou-te explicar. Contra o Inter não jogou. E frente ao Futebol Clube Porto mudou ao intervalo e fez uma segunda parte muito boa quando podia perfeitamente ao intervalo já estar a perder. O Futebol Clube Porto teve boas chances e o Benfica fez a primeira meia hora muito má e na última quarta hora reequilibrou o jogo. Foi essa a história do jogo da supertasa. E o Roger Smith introduziu o Musa e o Benfica, na segunda parte, foi uma equipa diferente. O futebol também é um jogo de início da época. Há ali quebras de ritmo, etc. Ganhou muito bem esse jogo ao Futebol Clube Porto. Ontem concordo naturalmente com o João. Mesmo que o plano de jogo traçado à pressa, porque devia ter sido traçado... O Benfica jogou na quarta-feira, na quinta foi treino de recuperação, mas ok, já podia estar na cabeça do treinador. Traçado à pressa fosse aquele, que eu não compreendo... Diz-se que o Benfica tinha jogado na quinta-feira. Na quinta-feira, na quinta-feira. Diz-se que na quarta estava a pensar na quinta. Teve dois dias para trabalhar. Já o podia ter pensado antes. Já o podia ter pensado antes que ia jogar em Guimarães sem um ponto de lança porque assim é que era bom. Atendendo ao que é a época do Benfica, ao que nós vimos, ao que o treinador viu, na minha lógica, não tem explicação nenhuma. Mais ainda, depois de ver como estava o terreno de jogo. Não só não tem explicação não jogar com um ponto de lança, ou seja, com alguém com peso que pudesse ajudar enfim, a controlar aquele ímpeto de vitória, eu quero falar sobre vitória, já lá vou, como não jogar com o Florentino naquele tipo de terreno, naquele tipo de jogo, acrescente e arrisco nesta fase o Florentino até na neve a titular do Benfica. Porque o Benfica não tem outros jogadores com aquelas características para fazer o que o Florentino faz. E a equipa precisa disso para ser uma equipa equilibrada. É evidente que o respeito, temos que respeitar todas as opções de respeito. Ou tentar interpretar o plano dele. Ou tentar interpretar como tu fizeste, exatamente. Ah... Portanto, eu não compreendo. E mesmo que esse fosse o plano depois havia a realidade. E a realidade é que antes de começar o jogo percebia-se perfeitamente como é que estava aquele... aquele campo. Principalmente no meio campo que foi defendido pelo Benfica na primeira parte e depois naturalmente foi o meio campo defendido pelo Vitória de Guimarães no segundo tempo e que estava empapado. Sim, tendo a concordar contigo do lateral esquerdo eu acho que o Roger Schmidt faz a substituição tarde. Por quê? Porque passaram pelo posto três jogadores. Devia só ter passado dois. Quando ele muda na segunda parte, na minha ótica entrava logo o Carreras. Não era o Hostos que ia para lá. Eventualmente a terceira e o Hostos. Ou... Não, teria que sair o Mourato. Sim, mas a referência que eu fiz nem foi se ele ter entrado tarde ou cedo. Devia ter jogado neste plano e devia ter jogado de início. E agora indo ao Vitória. É evidente que aquilo que o Benfica não fez também está muito relacionado com aquilo que o Vitória não deixou fazer e por outro lado com o que fez. O Vitória fez um jogo espetacular. Não podia estar mais de acordo com o Álvaro Pacheco que fez uma primeira parte monstruosa. E na segunda parte também esteve muito bem. Aliás, até podia ter matado o jogo, entre aspas, já reduzido a 10. É evidente que depois da expulsão não se pode pedir muito mais até com o terreno tão pesado e à medida que os minutos se ablumaram e que o treinador do Benfica foi resolvendo meter a equipa a jogar como devia jogar na minha perspectiva, tornou-se mais difícil para o Vitória. Um grande jogo de um jogador que vocês sabem que eu aprecio sobre maneira, o Jota Silva. Sim, sim, um grande jogo. Ele podia ter feito 3-1 com o Vitória já reduzido a 10 após a expulsão do Tony Iboréfico. E rematou bem, é uma grande defesa. Com o pé. Ali, salvo ao Benfica, é possivelmente a derrota 3-1 ali seria quase fatal. Sim, seria muito difícil. Foi claramente o melhor jogador em campo na minha perspectiva. Quem? O Jota. Fez um grande jogo, embora tenha havido outras grandes exibições. Di Maria, por exemplo, também esteve muito bem. Anatoly Trubin. Sim, o Trubin esteve muito bem. O Di Maria tem uma característica, é com a qualidade que ele tem. Estava a falar de um jogador absolutamente diferenciado. Ele chegou a ser um dos melhores jogadores do mundo no auge da carreira. Chegou a ser um dos melhores jogadores do mundo. Um top 5, por aí, dos melhores jogadores do mundo. Ele... Com a qualidade que tem, na nossa realidade, na realidade do futebol português, mesmo jogando de cadeirinha, mesmo jogando de sofá, com a qualidade, quando lhe permitem cruzar, aí tem que permitir bater os pontapés de canto, com a qualidade que ele bate, aquela forma tensa, quase que uma cante-cante direto, ele jogando de cadeirinha cria muitos problemas aos adversários. Agora é claro que depois é preciso que a equipa perceba que tem um jogador que não participa, ou quase não participa no processo defensivo. E aí a equipa tem que arranjar mecanismos para se equilibrar, tendo um jogador com estas características que joga de cadeirinha ou de sofá. É um bocadinho isso. Eu também acho que ele, claro, basta olhar para os jogos ontem, é dos pés dele que saem os dois golos. Mas depois se eu for olhar para aquela que foi a produção do Di Maria, tirando as bolas paradas, foi praticamente nula. Mas repara que as duas assistências não são de bola parada. Não, não, são de bola corrida. Até podia ter feito um golo bom. Estava a dizer que reparaste na influência dele na bola parada. Mas as duas assistências para os dois golos não são em bola parada. É o cruzamento de Trivela para o golo do Rafa, e depois é o cruzamento na direita, outra vez, o cruzamento de pés esquerdos para uma bola com açúcar para o Artur Cabral. Sim, João, eu percebi os lances e estou bem presente dos lances que foram, só que pelo caminho ficaram muitos lances que não correram assim tão bem. É evidente que ele também tem que arriscar para as coisas lhe saírem. Eu percebo isso perfeitamente. Mas está a fazer uma época tremenda, a nível ofensivo, com o número de golos que tem marcado, com as assistências que faz. Mas no jogo de ontem, a minha opinião em relação ao plano inicial era essa, poderia eventualmente mudar, olhar, está a chover, vou mudar isto tudo, vou dizer aos jogadores que afinal já não é assim, vamos mudar de uma forma completamente diferente daquilo que eu tinha dito. Isto não é bem assim que as coisas funcionam. A parte que está a chover, que às vezes está a chover e o relevado tem uma ótima adernagem e consegue aguentar a água. O problema é que o relevado, pelo menos parte do relevado, não tem essa boa adernagem. Pode dizer que o treinador podia ter esse golpe de água logo naquele momento, imediato. Não, vamos mudar, vamos jogar de forma completamente diferente, já não penso nisso, não vamos jogar nada com dois homens diferentes, vamos jogar com um bom talento e um extremo, mas vamos mudar isto tudo. E esse é um dos cenários. E o outro mudar ali aos 20 mil... Oh, Luís, mas não era mudar isto tudo? Não era ir para o laboratório e encontrar uma fórmula química nova? Era jogar como ao bem fico, como ao bem fico eu costumo jogar. Ele mudou isto tudo foi no início. Exatamente. E eu percebo o que estás a dizer. Mas o treinador tem um plano de jogo, não é assim tão fácil, ele chegar ali de repente, meia hora antes de eu começar, olhar, está a chover muito, o terreno está a ficar mais empapado, vou trocar isto, vou meter o ponto da lança, vou tirar o extremo, vou meter a segunda avançada. E essa foi a concessão que ele fez. Agora, por que é que ele não muda ali aos 20 minutos? Ele pode não mudar aos 20 minutos, mas pode mudar ao intervalo. Sinceramente, eu acho que se ele tivesse entrado na segunda parte da mesma forma, sim, acho que estaria arrastado mais. Ter mudado ao intervalo das situações, acho que é compreensível. O que eu coloco mais em questão, ele ia perceber, e toco muito neste aspecto, largura, profundidade, alas. Porque quando eu olhei para aquilo, o plano, a ficha do jogo, eu pensei, ele deve ter o Di Maria no meio com dois avançados. E ali se calhar podia ser o Di Maria na faixa e o Hortens no meio. E aqui, com os mesmos jogadores, era diferente. Estás a perceber? E se meter o Di Maria numa faixa, o Hortens no meio e um atraso esquerdo de raiz, de início, como o Carreras, se calhar aquela estratégia já era diferente. Agora, daquela maneira, e o mérito todo para o Vitória, acho que a grande responsabilidade de tudo isto, do plano do Benfica não funcionar, é o Vitória, que jogou muitíssimo bem, levou a que o Benfica ficasse preso nessa primeira parte, e depois relativificou na segunda. Mas eu acho que isto é... A questão do ponto de lança é sempre importante. Outra opção dele, Luís, ele tinha três pontas de lança no banco. Uma coisa raríssima de ver. Ele tinha Kasper Tengsted, Marcos Leonardo e Artur Cabral no banco de suplentes, deixando fora, por exemplo, da ficha do jogo Rollizer, o jogador que chegou agora em Janeiro ao Benfica, tinha três pontas de lança no banco. Repara, se fizer um paralelo, enfim, tentando procurar jogos minimamente parecidos com o jogo de Braga, o Benfica jogou num bloco baixo, com Kasper Tengsted como ponta de lança. Um ponto de lança mais de trincar a língua, de segurar a bola, de ir para cima dos defesas. Podia ser um plano de jogo para este. Para este joguinho de Guimarães. E se calhar, eventualmente, poderia ser o melhor. Portanto, a questão que se coloca... Eu aqui não estou aqui a fazer nenhuma defesa do Schmidt do ponto de vista do que é a sua opção. Estou a tentar interpretar... As opções de Schmidt levaram o Benfica a ser campeão na época passada. Sim. Estou a interpretar... Sim. Estou a interpretar aquilo que ele quis fazer no jogo de ontem. E aquilo que eu acho que, com estes jogadores, poderia ter feito. Que é a questão de Di Maria jogar aberto e não por meio. Aliás, provavelmente, o Di Maria é quando está aberto. Nos cruzamentos, não é quando está no meio. E a questão do lateral esquerdo. O Benfica tem que ter profundidade nas alas. Já no Agrimaldo, tem que ter um jogador... E se tira o Di Maria de lá. Se não há de haver diversos de início. Se o Morata joga com falso avançado, falso nove, portanto, tem que ter alguém para dar profundidade no flanco e largura. E tem que ser um dos laterais. O Baena está a agressar. E o Morata não é lateral esquerdo. É um defesa. É um empate, Victor, comprometedor para o Benfica, porque permite que o Sporting fique com os mesmos pontos, mas o Sporting com os jogamentos. E permite também... Vamos ver o que é que o Sepolcro do Porto vai fazer já a seguir em Aroca, mas permite ao Sepolcro do Porto recuperar os dois pontos que tinha perdido na sucessão ao Rio Alto. Eu, comprometedor, percebi o que tu queres dizer, mas comprometedor parece uma palavra excessiva nesta fase, ou seja, eu acho que o campeonato vai ser resolvido nos jogos, que é uma coisa que não acontece assim tantas vezes, eu acho que vai ser resolvido nos duelos entre os três grandes, porque estão muito juntos, enfim, o Sepolcro do Porto ligeiramente... Mas até mais do ponto de vista psicológico, porque repara que o Frederico Varandas e o Ruben Amorim, depois corroborou essas palavras do Presidente do Sporting, tinha dito que queria chegar ao primeiro lugar antes do jogo em Famolicão, e o Benfica perdendo estes dois pontos em Guimarães permite ao Sporting estar colado ao Benfica no primeiro lugar. Sim, na verdade já está, o objetivo... Não te esqueças que o Sporting perdeu em Guimarães. Este resultado... Eu acho que o Benfica ganhou um ponto. O Vitória só perdeu dois jogos em casa, com o Sepolcro do Porto e com o Portimo Neves. Perdeu em Guimarães. O Vitória só perdeu em casa dois jogos, com o Porto e com o Portimo Neves. E ainda não tinha empatado. O Vitória tinha oito triunfos em casa, não tinha qualquer empate. Este é o primeiro empate. E podia perfeitamente ter ganho ontem, vamos lá ser pragmáticos. Haveram vencedor naquele jogo. Estão perto de fazer o 3-1, o Benfica com muitas dificuldades em criar oportunidades de gol. Mesmo com o Vitória reduzido a 10. O Vitória aguentou-se muito bem, só cedeu mesmo na parte final, mas cedeu porque o Benfica começou a colocar em campo. Mas tinha a equipa mais organizada, com unidades frescas e muita gente na frente. É evidente que um candidato ao título, quando sabe perder, ou quando está empatado, mesmo fora, tem que jogar daquela maneira. Admito que mais alguns minutos e o Benfica podia criar uma outra situação, porque o Vitória estava de facto a ficar desgastado. Mas já haver um vencedor, não tenho dúvidas que seria o Vitória. Sim, o Vitória só ao empate foi comprometedor. Eu acho que, na perspectiva do Benfica, e aí concordo com o Jorge Estelida, que é um ponto de ganho. Nisso concordo. Na história do campeonato, vamos lá ver o que é que vai dar. Agora, olhando só para o jogo de ontem, concordo com o Roger Schmidt, com esse pragmatismo. Eu acho que o Benfica ganhou um ponto e o Vitória perdeu dois. A questão é que, falando para as equipas grandes, quando perdem pontos mesmo, e olharem os empates em casa, com o Casapia, ou empates no Bessa... O empate do Benfica com o Ference, por exemplo. O empate com o Ference, exatamente. O empate com o Casapia. Esses são os jogos em que perdes pontos. De facto, as equipas grandes perdem pontos na caminhada do título. Jogar em Guimarães ou jogar em Braga, são jogos que qualquer resultado... E o Vitória, como este ano, fantástico. Nenhuma dúvida. Aliás, temos visto. Perdeu recentemente em Barcelos. Vocês conseguem ver este Vitória atirar o quarto lugar ao Braga? Vai apertar o Braga, sim. Até pela forma como o Braga está a quebrar, em termos exibicionais. A questão não tem de perder 5-0. É grave. É um resultado muito pesado. Mas o Braga já vem de resultados que a Vitória, mesmo em casa, com o Morelenses, foi à pele. Empatou em casa a Peixadas. Deixa-me dizer aqui uma coisa que eu não disse na altura, não tive a oportunidade. Não veio o atalho que foi. Na Final Four da Taça da Liga, das quatro equipas, a equipa que eu menos gostei foi a Cânion e a Taça da Liga. Na Final Four, entre a Benfica, Sporting de Estoril e Sporting de Braga, a equipa da qual eu menos gostei de ver o futebol menos atrativo, que eu menos gostei do futebol praticado, foi a equipa Cânion. Por isso comecei... E até em função das expectativas, pois já colocamos uma equipa... Claro, exatamente. Mas por isso mesmo comecei o programa a dizer que uma coisa é o resultado, outra coisa é o jogo. Nesse sentido, essa vitória da Taça da Liga é fantástica em termos de resultado, mas não deixa de deixar-nos preocupados. Em termos de jogo, começou nos jogos seguintes e até nos anteriores. Mesmo na reta final do nosso programa de hoje. Vamos lá ver agora se o Spokolo Porto aproveita esta tropação do Benfica para voltar a colocar a fasquia para o Benfica nos quatro pontos de diferença, de atraso do Spokolo Porto, diferença para o Benfica. Sem dúvida. É um jogo difícil. Enfim, Coro é uma equipa que cresce muito bem nestes tipos de jogos. Agora, é o tipo de jogos que o Porto não pode falhar neste momento, olhando a distância pontual que está. O próprio Sérgio Conceição diz isso. A hipótese de reduzir dois pontos em relação ao Benfica não pode perder a oportunidade, porque o campeonato já está na 20ª jornada, faltam 14. Portanto... E nesse sentido, claro que não pode perder essas oportunidades para chegar, e concordo com o Vitor, aquela questão que já disse aqui, que é dos conformes diretos, que serão decisivos. Recordando que o Porto, na 2ª volta, tem que receber os rivais. Exato. Portanto, isso acho que será decisivo, mas também olhar... As equipas que jogam melhor estão sempre mais próximas de ganhar. Sem dúvida nenhuma. E sobretudo aquelas que têm uma identidade e uma consistência e não estão tanto à estratégia ou à mudança de formas de pensar o jogo, como aconteceu com o Benfica, agora o Sporting, neste momento, é a equipa que joga melhor, o Porto tem condições para ser mais consistente, e nesse sentido, o jogo de hoje é um teste, mais um, às ideias do Porto, e ver até que ponto pode regressar a Nantarémia. Vamos ver. No decorrer do jogo, pelo menos. Vitor Santos. Sublinho aquilo que o Luís disse. Eu acho que o Porto está, nesta altura, ou há... Há quatro semanas, o Sérgio Conceição, depois daquele jogo do Bessa, encontrou a fórmula certa para o Futebol Clube Porto apresentar o melhor futebol possível em função do plantel que tem. Nesse sentido, eu entendo, atendendo ao domínio do Futebol Clube Porto naquele jogo com o Rio Ave, e não obstante a equipa ter estado melhor na primeira parte, porque na segunda aquele empate é sempre um acidente, porque a produção do jogo foi suficiente para o Futebol Clube Porto ganhar. Também há o mérito do Rio Ave, que se defendeu muito bem, sobretudo na segunda parte. Nesse sentido, eu espero um Futebol Clube Porto em linha com aquilo que tem feito no último mês, ou seja, com uma boa produção de jogo, arrumado da melhor maneira, e com a equipa habitual, ou seja, tendo todas as condições para vencer o Arouca, mas... O Arouca é das boas equipas desta Liga e atravessa um grande momento. Portanto, vai ser preciso um grande Futebol Clube Porto. Mas, caros, chegamos ao fim de mais um Visão de Jogo. Voltaremos na próxima segunda-feira. Vocês já sabem, não chego a olhar para o jogo. É fundamental ver o jogo. Um abraço e até para a semana.