Home Page
cover of Visão de Jogo - (05-02-2024)
Visão de Jogo - (05-02-2024)

Visão de Jogo - (05-02-2024)

00:00-01:00:08

"Fiquei surpreendido com a presença de Sérgio Conceição na apresentação da recandidatura de Pinto da Costa"

Podcastpodcastsport
3
Plays
0
Downloads
0
Shares

Transcription

The transcription discusses a football match between Futebol Clube do Porto and Rio Ave. Porto had a strong first half but failed to score. In the second half, Porto's performance declined and they struggled to create opportunities. Rio Ave defended well and the match ended in a draw. The discussion also mentions the limitations of Porto's offensive options and the need for certain players, like Taremi, to make a difference. Overall, Porto lacked the mental and physical energy to perform at their best in the second half. MÚSICA Boa tarde, estamos em visão de jogo. O Futebol Clube do Porto tropeçou na vigésima jornada do campeonato e deixou o Benfica a fugir mais dois pontos. As águias têm agora seis pontos de vantagem sobre os dragões. O Sporting não jogou, foi adiado. O jogo do Sporting em Famalicão, por falta de policiamento. Não havia polícias suficientes para garantir a segurança nesse jogo. O Futebol Clube do Porto, como disse, empatou em casa, frente ao Rio Ave, um jogo que a equipa de Sérgio Conceição podia ter resolvido na primeira parte. Luís Freitas Lopes, começamos por ti. Sim, é verdade. Em primeiro lugar, boa tarde, um grande abraço a todos. Sim, é verdade. A equipa faz uma primeira parte de grande qualidade, do ponto de vista da mobilidade e imprevisibilidade de movimentação dos seus jogadores. Sobretudo para um, claro, Chifre Conceição. O Galeno, a equipa faz um grande jogo. Primeira parte, teria muitas oportunidades. O Rio Ave não conseguiu, inclusive do ponto de vista defensivo, encaixar bem os seus posicionamentos. E a verdade é que o jogo podia estar resolvido por volta dos 20 minutos, sensivelmente, em face do que era o domínio do Porto. O Rui Ferreira, aliás, reconheceu isso no centro do Rio Ave, que ali podia ter perdido o jogo rapidamente no início. E o início prolonga-se quase por volta da meia hora, embora o Rio Ave tivesse ali também uma boa saída. Acho que o Rio Ave é uma equipa que tem princípios de jogo. A questão que se coloca, muitas vezes, é não conseguir colocá-los em prática, em função das limitações que têm. Está agora a reformular-se. Praticamente o Rio Ave contratou uma equipa nova, 10 jogadores, agora para a segunda metade da época. E está a encaixar alguns, nomeadamente o João Teixeira. O Tão Longo também. O Tão Longo também, que é um jogador que, como tu sabes, eu gostava muito quando veio para o Sporting. Vi-o jogar na Argentina e, portanto, acho que ele pode mostrar aqui no Rio Ave, embora num contexto diferente, naturalmente, mais do que mostrou no Sporting, que foi muito pouco. O Sporting acabou por não acreditar nele. Mas eu acho que ele tem qualidade. Mas o João Teixeira, sobretudo, acho que pode acrescentar muito àquela equipa. E tem, aliás, uma boa oportunidade de gol. Mas a verdade é que o Rio Ave não estava a conseguir sair e o Luís Freire reconheceu no fim e bem que, de facto, a equipa entrou muito mal a defender e a atacar, a sair para o ataque e poderia ter perdido ali o jogo. Só que não perdeu. A verdade é que o Porto não marcou. Até marcou, mas estava fora de jogo duas vezes, não é? Sim. Dois lances em que o Porto conseguiu colocar a bola no fundo da baliza do Jonathan Luís. Nós temos a originalidade em Portugal de por os centímetros. Por os fora de jogo, quatro centímetros. Sim. Enfim, é o que é. Eu digo originalidade porque, repara nos outros sítios da Europa, que tu vês o VAR, vês se está fora de jogo ou não está fora de jogo. Não se entra nesta questão dos três centímetros. Ou dos dois, ou dos quatro, ou dos zero. Já aconteceu coisas de zero, não é? O que leva sempre a olhar para este sistema um bocado de lado, não é? Porque, como é que está? Três centímetros é uma pulga, não é? Basicamente. Uma pulga das grandes, não é? Uma pulga já com uma intoxicação alimentar. Portanto, é isto. É por aqui que estamos, muitas vezes, na análise dos lances. Mas a verdade é que não marcou. E, na segunda parte, eu acho que o Porto acabou por entrar naquilo que, muitas vezes, é o que eu gosto de dizer e, enfim, tentando, às vezes, transmitir uma sensação que é uma realidade. É os jogadores acabarem o jogo, ao fazerem o jogo, mais com dois nas pernas, têm dois na cabeça. Isto é, porque uma dor de cabeça, uma fadiga tática que se notava na equipa na segunda parte. A equipa já não estava a pensar bem. Já não estava a executar da mesma forma. A velocidade estava lá, mas já não estava o mesmo pensamento. E, por isso, a equipa acabou o jogo e fez a segunda parte mais com dois na cabeça do que nas pernas. E, depois, já começou a executar mal o momento do último passo. As oportunidades que tiveram no primeiro tempo não se repetiram na segunda. Manuel José tinha uma expressão engraçada para caracterizar este tipo de momentos que as equipas atravessam quando revelam essa ansiedade e jogar mais com o coração do que com a cabeça. Ele dizia que não é exatamente um ataque, é um ataque cardíaco. Sim, é um pouco isso, é. O coração, de facto, dispara ali os batimentos cardíacos. E, se fizessem um electrocardiograma à equipa naquele momento, veria-se que estava em sinais preocupantes pela parte dos jogadores. Começava a tomar mais decisões. E o Rio Ave conseguiu equilibrar, num sentido emocional-tático do termo, manter-se atrás, bem posicionado. E o Porto acabou por não ter, depois, grandes oportunidades. Claro que teve um volume, um caudal ofensivo enorme em cima do Rio Ave. Há ali uma questão depois em que o Sérgio passa para o 4-4-2 e revela-se uma coisa que também é verdade, que é as limitações que o Porto tem, comparando com as outras equipas, nomeadamente o Benfica, o Sporting, mais até o próprio Braga, soluções ofensivas. Porque a entrada de Tónia Martínez com um segundo avançado, embora se perceba a ideia, o problema é que o jogador, dentro daquilo que é, tem as suas limitações técnicas, não acrescenta muito. Não é vendo naturalmente um tarém. Lá está. Muitas vezes falamos aqui, já tens perguntado isso, mas o que é quando o tarém voltar? Como é que vai ser? Como é que ela vai mexer no sistema? Aí está, uma resposta. Este jogo precisava de tarém a determinado momento. Junto da Eva Nilsson. Outra lucidez de movimentação, de toque, de desmarcação. Faltava esse jogador. Meter um segundo avançado, um segundo ponta-lança para jogar em dupla com o Tónia Martínez é muito diferente do que lançar o tarém-me naquele momento. Aí está a diferença. Portanto, a riqueza do plantel do Porto exige que o tarém-me volte. No jogar de início é secundário, será sempre titular no jogo em si, no decorrer do jogo, nas soluções para o jogo. O Ivan Reimes está completamente fora daquilo que é o jogo coletivo da equipa. Vê-se que é um jogador que neste momento não está enquadrado. Acho que há outro jogador, e digo agora, porque já o disse antes, isto é, mesmo o Porto Estandar corra bem, que é o Gonçalo Borges. Acho que não se vê há mais minutos. Acho que o Milos tem uma qualidade enorme, do ponto de vista de um para um, finta bem, decide bem, ele entrou... Defeitivamente faltavam 5, 6 minutos para acabar, mais o desconto. Por outro lado, era difícil, entendendo que ele substituiu o Francisco, não é? Sim. Creio que sim. Primeiro saiu o Galeno e entrou o Ivan Reimes. O Francisco era aos 90 minutos. A saída de Francisco Conceição era aos 90 minutos para a entrada do tarém da base. O Gonçalo Borges entrou aos 85 minutos. E tirou o João Mário, desmontou a defesa completamente. Eu diria isto porque o Francisco acaba por ser provavelmente o melhor homem do jogo. Sim, o melhor jogador em campo. Eu acho que o melhor em campo acabou por ser o Xandraz do Rio Alvo. Ah, isso é outra questão. Também gostava de dizer alguma coisa sobre... Acho que tiraram tudo, não é? Se estivesse a comentar o jogo... Eu acho que na segunda parte também, vamos lá ver... O Futebol Clube Porto tentou sempre fazer aquilo que era preciso fazer. É evidente que eu concordo muito contigo. Alguma fadiga mental, depois de estar tanto tempo com o cavalo de jogo ofensivo, à procura de um buraco que apareceu na primeira parte, muitas vezes... Sim, foi criado. Foi criado, muitas vezes. Foram golos que foram revistos e que se percebeu que havia fora de jogo. Mas depois, naquela segunda parte, o Rio Alvo cantona-se mais um bocadinho e torna-se uma equipa muito difícil de ultrapassar, sem cometer erros. Guarda-redes, centrais, os próprios laterais... Mas o jogo do Rio Alvo, Vítor, desculpa interromper-te, muito diferente do jogo que vimos o Rio Alvo fazer há umas semanas no Estádio da Luz, frente ao Benfica. Sim, sobretudo porque o Benfica, aquele Benfica, não o de ontem, que também havíamos de falar disso, aquele Benfica permitia, dava muito espaço ao Rio Alvo para poder conseguir fazer aquilo que não conseguiu fazer no Estádio do Dragão, que é ataques com cabeça, tronco e membros. Porque o Rio Alvo joga bem, como dizia o Luís, o Rio Alvo sabe como precisa de jogar, mas sempre consegue pôr em prática esse tipo de jogo. De qualquer forma, também é preciso ver que o Rio Alvo recebia os seus reforços, está a receber reforços, estava a lançá-los quase por necessidade. E ainda faltam alguns. O Adrián, por exemplo, nem estava na ficha do jogo. Por castigos, por vendas que fez, ou seja, estavam a ser lançados... Também não tinha o Guga, por exemplo. Exatamente, o Guga, refiro-me precisamente ao Guga, e na Luz o Guga fez um grande jogo, aliás, creio que até regressou nesse jogo e fez um jogo muito bom. Mas vê lá como é o futebol. O Rio Alvo faz esse jogo no Estádio da Luz, para mim é um jogo muito mais bem conseguido por parte do Rio Alvo do que este jogo no Estádio do Dragão, e sai da Luz com 4-1. Perdeu 4-1, também é verdade que aos 60 minutos, nesse jogo o Adderlan Santos foi expulso, e é a partir daí que o Benfica consegue ganhar supremacia sobre o Rio Alvo. Porque até aí, até aos 60 minutos, uma hora de jogo, o Rio Alvo foi a melhor equipa que o Benfica. E no Estádio do Dragão, o Rio Alvo não consegue fazer um jogo nem de perto nem de longe tão bem conseguido, tão bonito, com um futebol com tanta qualidade como conseguiu no Estádio da Luz, e empata o jogo. É verdade. O Benfica de ontem teria sido mais difícil para este Rio Alvo. Porquê? Porque teve outro equilíbrio. Teve outro equilíbrio e outra capacidade de não deixar o adversário sair, e mais à frente falaremos disso. O Futebol Clube Porto, neste momento, tem esse equilíbrio, tanto defensivo como ofensivo. Agora, não marcando, acontece a todos. E depois é preciso olharmos pouco de vez a equipa do Rio Alvo. Como o Luís dizia, os centrais foram os melhores. Eles não erraram um lance. E lances difíceis. Josué Adderlan Santos e Miguel Nóbrega. O Miguel, entretanto, saiu porque tinha cartão amarelo. Sim, aos 58 minutos. O Miguel Nóbrega é um dos melhores jogadores. Eu gosto muito do Miguel, acho que é dos melhores centrais até nível de passe. Ele passa muito bem a bola. Eu creio que ele só sai por causa do cartão. De facto, o Chico Conceição entrava por ali... Era terrível para ele. Vítor, já é a segunda vez que falas do Francisco Conceição. Para mim, também, ele foi o melhor jogador em campo. Na minha avaliação, foi o melhor jogador em campo. Mas, aos 90 minutos... É certo que o jogo estava com 90 minutos. Mas tu consegues perceber o que é que o Sérgio Conceição pretendia tirando o melhor jogador em campo, o Francisco Conceição, para lançar o Dani Namazo? Eventualmente. Teria a ver com maior presença na área. Mas já lá tinha o Evan Nilsson e o Dani Martins. Serio, teria a ver com o desgaste. Não estou a ver outro... E tinha entrado o Gonçalo para aquela posição. Sim, tinha entrado o Gonçalo, que pôde avançar mais um bocadinho. E o Namazo dar mais presença na área mesmo. Porém, dura para aqueles minutos. Mas é que o Prigo estava a saber que o Prigo vinha a sair. Mas ele também estava a perder. O Francisco Conceição também estava a perder. Já estava a perder. Aliás, faz uma falta de minutos antes de sair. Ele já estava a ficar objetividade. A primeira porta de grande nível, ali já estava a tal questão mental. Já estava a ansiedade. O Futebol Clube do Porto teve jogos que ganhou a jogar muito menos que neste ano. Nenhuma dúvida. O Futebol Clube do Porto, nós hoje olhamos e percebemos, bom, esta é a melhor maneira para o Porto jogar. Mas às vezes, isto acontece, não é? Acontece a outras equipas. Nós vimos recentemente o Benfica. Conferência. A quantidade de oportunidades. E também já vimos o Sporting. Não marcando cedo, complica bastante. E eu acho que foi isso que aconteceu ao Futebol Clube do Porto. Com alguma dose de infelicidade à mistura. Porque o facto de aquele campeonato jogar por 4 centímetros, enfim, podia ter sido um golo por 4 centímetros, estar em jogo por 4 centímetros, não foi? O Benfica está à condição na liderança do campeonato. Porque, como dissemos, o Sporting não jogou em familiar. Vamos ter que esperar que esse jogo se realize para que o campeonato seja acertado. E percebermos depois se o Sporting consegue recuperar a liderança da prova. O Futebol Clube do Porto está a 6 pontos do Benfica. Isso, nesta altura, é algo preocupante. Se o Sporting ganhar o jogo, fica o Porto a 7 pontos do Sporting e a 6 do Benfica. É preocupante para o Porto esta desvantagem? Estamos no início da segunda volta, Luís. É evidente que é preocupante. A preocupação tem a solução dentro de muito que é o conforto direto. Aqui não vai existir. E estará já no início do próximo mês. Esse Porto e esse Porto Benfica. Depois haverá mais à frente um Porto Sporting. Penso que o Porto, para poder recuperar, para além dos pontos que terá necessariamente que o Sporting ou o Benfica perder, e o campeonato é muito longo ainda, falta para jogar. Na próxima semana já teremos um Sporting Braga e um Vitória Benfica. Embora o Porto também tenha uma deslocação difícil, a Arouca. Mas eu penso que para o Porto, nesta altura, os confrontos diretos são decisivos. Ter que ir ganhar para aportar o máximo possível ao Benfica e ao Sporting. Embora tenhamos neste momento um jogo pendurado. Veremos até quando. Porque está em causa, neste momento, aquele que poderia ser o líder se tivesse ganho o seu jogo, o Sporting. O campeonato está pendurado por um jogo e o calendário também não está a dar facilidades para esse jogo aparecer tão cedo. É um jogo que pode acontecer só em Abril. Vamos ver quando é que haverá uma data para se realizar esse famalecão Sporting, Vitória. Sim. É evidente que nesta altura, tanto o Sporting na frente europeia, tanto na Taça de Portugal, é muito difícil perceber-se. Pode ser mesmo lá para uma altura em que o calendário pode não estar tão sobrecarregado, mas está sobrecarregado também em termos mentais para os jogadores. E os objetivos estão mais perto de serem perdidos ou alcançados. Ou seja, percebe-se porque o Sporting não agradou a ninguém. Não estava no programa isto. Não agradou a ninguém. Já há aquela frustração de estarmos prontos para entrar em campo, por assim dizer, e depois não haver jogo. Sabemos o que é isso. Eu sei o que é isso. Já fui desportista, já me aconteceu. E depois é a frequência de jogos que o Sporting tem e em definição sobre quando poderá ser disputado. O Benfica, entretanto, venceu o seu jogo. Está na frente. Está na frente. Enfim, em termos que é a preparação mental dos jogadores, as grandes equipas trabalham muito bem, hoje já não há grandes segredos, mas isto tem sempre alguma influência. Têm sempre alguma influência. Nós vimos no passado, equipas até a antecipar jogos e nós sabíamos que havia ali um objetivo escondido. Às vezes depois, no fim da época, falamos de tudo. Isto faz parte do futebol. Neste caso foi por um fator externo. É evidente que isto veremos adiante se pode haver algum tipo de dano. Provavelmente nunca se poderá provar que foi por causa disso, mas que tem influência. Tem. O Futebol Clube do Porto está, como dizíamos, a 6 pontos do Benfica. Nesta altura está a 4 do Sporting, mas o Sporting tem um jogo a menos. O Braga está mais perto do Porto que o Porto do Benfica. O Braga está a 5 pontos do Porto. O Porto está a 6 do Benfica. O Braga também tem que ter muito cuidado porque tem o Vitória de Limarens. Tem o de Limarens ali. Tem o de Limarens à perna. O Braga está a fazer uma época boa em função do que é o seu investimento. Está ali muito perto do Braga e nós sabemos as dificuldades que o Vitória tem tido. E tem agora uma oportunidade no fim de semana de receber o Benfica. Enfim, é um jogo muito difícil. O Braga também joga em Alvalade. É uma jornada interessante. E o Futebol Clube do Porto defronta uma das equipas, nesta altura, em melhor momento, que é o Arouca, que também está a fazer um... É claro que é muito cedo para fazer estas contas, mas também é verdade que estávamos com 20 jornadas. Faltam 14. Aquilo que eu acho, João, é que se o Futebol Clube do Porto só tivesse um adversário, se fosse o Benfica, ou o Sporting, ou o Braga, estar a 6 ou 7 pontos... Pois, a questão é que tem aqui de vantagem para dois. Ou seja, embora... Eu continuo a dizer que há aqui um fator que pode ser importante para o Futebol Clube do Porto que é o facto de os receber a ambos. Se o Futebol Clube do Porto conseguir ganhar estes jogos, na verdade, está em cima. E o perigo espreita, não é? Qualquer um pode perder pontos, o Futebol Clube do Porto, inclusivamente. Ou seja, eu acho que... Eu acho que, como o Luís também já tinha dito isso, vai passar muito por aquilo que o Futebol Clube do Porto fizer nos jogos com os rivais direitos. E estando as equipas tão juntas, não há dúvida nenhuma que aqueles jogos vão ter... Concordo contigo. E vocês pensam que irão concordar comigo. O Futebol Clube do Porto, na verdade, desde que o Futebol Clube do Porto não continuou a desperdiçar pontos... Porque em casa já perdeu com o Estoril, empatou com o Aroca e agora empatou com o Rio Aves. Continuar a desperdiçar pontos neste tipo de jogos, não lhe interessa nada ganhar os clássicos porque vais banjar no resto do campeonato toda a possibilidade de lutar pelo título. Pois claro. Mas é evidente que o Futebol Clube do Porto perdeu mais pontos. Mas eu acho que... O Futebol Clube do Porto está exatamente em 6 pontos do Benfica. O que faz aqui a diferença... O Benfica perdeu os mesmos pontos. O que faz aqui a diferença é o clássico em que o Benfica somou 3 pontos e o Futebol Clube do Porto não somou. O Futebol Clube do Porto perdeu na luz, como tu sabes. Sabemos todos. Esta diferença pode ser esbatida da mesma maneira porque o Benfica também empatou em casa com o Farense, também empatou em Moreira do Conso. Ou seja, estes acidentes de percurso, por assim dizer, acontecem, não é? São raras as equipas que conseguem embarcar. O Benfica, o ano passado... O Benfica, que até... Até Fevereiro, por aí diz... Um bocadinho mais adiante... Assim, despachava os adversários com alguma facilidade. Perdeu aquele jogo em Braga, mas depois até voltou a encarreirar. Isso é que não é normal, não é? Normal é irmos perdendo pontos. Nós até gostávamos de perder-se mais, que não fossem sempre aquelas 3 equipas que seria sinónimo de quê? De que as outras também tinham capacidade de extravar. Há aqui um dado que joga contra o Futebol Clube do Porto, que é o número de golos marcados que o Porto tem neste campeonato. O Porto só tem 33 golos marcados. O Sporting tem 53. O Sporting tem menos um jogo e tem mais 20 golos marcados que o Futebol Clube do Porto. O Benfica, que agora está, pelo menos provisóriamente, na frente do campeonato, tem 44 golos. Ou seja, tem mais 11 que o Futebol Clube do Porto. Os mesmos golos que o Braga. O Benfica tem os mesmos golos marcados que o Sporting do Braga e, portanto, ambos com mais 11 golos que o Porto. Isto também é significativo. O Postoril, que está, enfim, numa zona ainda aflita da tabela, tem mais golos marcados que o Futebol Clube do Porto. Pois, tem 34. O Gilicente só tem menos 3. O Famalicão... O Aroca tem menos um. Ou seja, não é normal. De facto, o Futebol Clube do Porto até... Parece-me que esse problema está ultrapassado. Porque a produção até que até... O aparecimento do Evan Nielsen e a forma diferente de jogar do Futebol Clube do Porto, eu acho que ajudou um bocadinho as baterias. Parece-me que é ultrapassado. Este jogo com o Rio Ave vem colocar outra vez aqui esta dúvida. Naturalmente. Vamos ver mais adiante. É evidente que a dúvida fica sempre. Luís, só para arrematar esta questão... Sim, a questão é que estás a colocar essa questão depois de um jogo em que o Porto bloqueia num 0-0 de frança, independentemente do caudal ofensivo que existiu na primeira parte. E é natural que exista um caudal ofensivo do Porto a jogar em casa, por cima de um Rio Ave que está afundado para salvar-se na descida. E com muitas limitações. Portanto, mal era se o Porto não fizesse um jogo ofensivo. Agora que o João estava aqui a dizer há pouco e com razão, o Rio Ave foi à luz fazer uma coisa completamente diferente. Sim, é verdade. Está a haver aqui algum mérito, além do Rio Ave? Sem dúvida nenhuma que há muito mérito. Embora o Rio Ave que jogou na luz foi um Rio Ave diferente na ideia de jogo. Foi um Rio Ave que não tinha guga. Acabei de dizer... Acabei não. Disse há pouco isso. Mas eu acho que a questão da finalização do Porto pode ser... Vamos levar uma coisa. A questão, e estamos aqui a terminar já a primeira parte, podemos continuar depois. É o momento da construção das oportunidades. Outra coisa é a questão da finalização. E quando se fala da eficácia, fala sempre da eficácia no sentido de finalizar. Eu gosto de colocar a eficácia antes, atrás, no momento da construção, para dar as condições de finalização ideais. E acho que na segunda parte falhou isso ao Porto. E eficácia de criação de oportunidades claras. Teve muito caudal ofensivo. O guarda-alheios, no entanto, faz ali uma ou outra defesa mais difícil. Mas ao contrário do primeiro tempo, em que a equipa jogou bem, na segunda acho que jogou muito depressa, mas tinha a velocidade certa. Meus caros, para encerrarmos o dossiê futebol do Porto, Pinto da Costa apresentou ontem, no Coliseu do Porto, a candidatura às eleições no Clube Azul e Branco, eleições que vão acontecer em Abril. Sérgio Conceição marcou presença neste evento. Vítor Santos, ficaste surpreendido com a presença do treinador do Futebol Clube do Porto, até por aquilo que ele disse antes, de que não se queria envolver nestas eleições? Sim, fiquei surpreendido literalmente, porque não estava a contar. Não é que agora, percebendo exatamente o que se passou, não é que fico surpreendido. Porquê? Porque sabemos, aliás, tanto o presidente do Porto quanto o treinador do Futebol Clube do Porto, durante... nunca esconderam a relação especial que têm. E foi nesse âmbito, com toda a certeza, que o Sérgio Conceição esteve presente no lançamento da candidatura do presidente Pinto da Costa. É um sinal de apoio de Sérgio Conceição a Pinto da Costa? Ou não faz essa leitura? Sim, acho que sim. No mínimo, se não quisesse apoiar, não ia lá, não é? Faço. Faço essa leitura. Mas também... Não é isso que me surpreende. Surpreendeu-me a presença. Ou seja, ficas com a certeza, ou com a convicção, certeza nunca temos, mas com a convicção de que Sérgio Conceição irá votar Pinto da Costa? Isso é... Eu acho que sim. Eu acho que sim. Pela relação que eles têm, acharia sempre, estivesse lá o Sérgio ou não. Mas isto somos nós a tirar, a adivinhar. Porque eu acredito que o Sérgio Conceição vai continuar a manter a postura que teve sempre. Ou seja, não vai dizer eu vou votar. Não vai, não vai. E o que é que tu retiveste mais daquilo que Pinto da Costa disse nesta apresentação da candidatura? Olha, eu vou olhar para esta para esta apresentação como um todo, da mesma forma que olhei quando aqui no programa também comentei a apresentação da candidatura do André Vilas Boas. E nesse sentido parece-me que foi e aí já não fui surpreendido porque mediante aquilo até que tenho dito, quem nos ouve sabe qual é a melhor opinião, não me surpreendeu mas foi uma grande demonstração de que Pinto da Costa está, como se costuma dizer para nos percebermos, está aí para as curvas no sentido do apoio que continua. Estavam no coliseu mais de 2.500 pessoas. É muita gente. Nós sabemos, se olharmos para os números das últimas eleições eu acho que estas eleições vão ser mais concorridas Pinto da Costa teve um total sempre, provavelmente. Pinto da Costa teve um total de 5 mil se não estou enganado, 5 mil e tal votos. Ou seja, é muita gente e foi um apoio forte, acho que era aquilo que o candidato Pinto da Costa precisava. Depois teve ali, da mesma forma que aconteceu na cerimónia do André Velas Boas em que estavam os jogadores ali também estava, dava lá o Domingos da Ciência por exemplo, foi um jogador muito importante no Porto, entretanto também um treinador agora na liga de clubes. António Oliveira poderá ter um papel importante na lista de Pinto da Costa. Eu diria que António Oliveira é sempre um apoio importante. Porquê? Primeiro porque, para percebermos a relevância é o maior assinista individual da cidade do Porto. Depois, foi várias vezes ao longo de muito tempo até apontado como candidato à sessão de Pinto da Costa, até chegou a ser apontado como presentes a candidato contra Pinto da Costa. Eu disse sempre que não, mas até isso não está. Portanto, acho que Pinto da Costa teve o fim de tarde que precisava e não me parece que na mim não me causa nenhum espanto. Luís, pensas que pode ter um peso grande, um peso específico e grande o facto de Sérgio Conceição aparecer ao lado de Pinto da Costa nas eleições que se vão realizar em Abril? Penso que sim. Repara naturalmente que as eleições para os clubes de futebol são muito estados de alma. Em relação, como já te referi aqui várias vezes, as eleições que me preocupam verdadeiramente são aquelas que vão acontecer até este março. E essa é a que me preocupa mesmo. As mais isolativas. Sim, essa é a que me preocupa mesmo muito. Sinceramente. Se estiver convidado para outro programa de MPTC, explico porquê. Aqui não é o âmbito. Mas ao contrário dessas, em que temos outra racionalidade, digamos assim, no momento da eleição, eu acho que nos clubes de futebol o estado de alma é algo que presida muito à decisão de um sócio. Seja o Peifica, seja o Porto, seja o Sporting. Quando falas de estado de alma, estás a falar dos resultados da equipa de futebol, da principal equipa de futebol? Os resultados e tudo aquilo que envolve cada candidato, aquilo que se transmite em termos de emoções. Não podes desligar o que é o votar numa eleição de um clube de uma emoção. Não ligo tanto a uma razão, digamos assim. Embora existam naturalmente visões diferentes, mas acho que a maioria são a alma, o estado de alma. Por isso é que tu vejo, sempre visto ao longo de tantos anos, mesmo antes dos clubes serem sado, regulatórios de contas serem aprovados, com passivos brutais, serem aprovados por unanimidade e aclamação. O futebol sempre foi quase um mundo paralelo em relação a tudo isso. Evidentemente que as coisas mudaram um pouco em relação a esse tipo de rigor e controle de gestão, mas isso são estados. Agora, os clubes, quando vão chamados a votar o seu associado, naturalmente o estado de alma conta muito. E isso tem a ver muito com a personalidade das pessoas. Que se candidatam. E os estados de alma muitas vezes também se confundem, ou melhor, também se determinam razões. Por exemplo, esta semana, enfim, porque também é algo que eu sigo se quiseres calcular, não digo o estado de alma, mas... Os futebols são estados de alma. Sim, mas dizer-te que eu sigo não com especial atenção, mas pelo menos com alguma sensibilidade diria, o caso da Assembleia Geral do Braga, que também recusou estatutos que visavam alterar algo que colocaria o Braga em inferioridade acionista na SAD. Os sócios aí juntam as duas coisas, não é? Em relação àquilo que é o estado de alma com a razão. O que também necessariamente me parece que é algo positivo. E pensas que a presença do Sérgio Conceição contribui para esse estado de alma favorecer o voto ao impeachment da Costa? Sim, e essa interpretação que faço, olhando, parece-me claro, aliás. Mesmo e não tendo naturalmente uma opinião aqui e nem acho que a devo dar em relação àquilo que são as eleições do Porto, porque aqui é algo que tenho sentido pelos sócios do Porto, da mesma forma que eu nunca dei em relação às eleições do Sporting e do Benfica, é algo que me parece que deixa-me dizer que reflete algo que é a possibilidade de alguém que vive de facto de acordo com os seus valores e de uma forma independente para o bem e para o mal, em relação àquilo que às vezes são atitudes um bocadinho fora do contexto mais diria mais racional, lá está. Mas o Sérgio Conceição, porque ao tomar esta opção, e já tomou a crédito sozinho, só eu, portanto, poderá um dia que seja pressionado, mas terá sido naturalmente pelo menos questionado se o ia fazer ou não. Até porque ele disse nas conferências de imprensa diante de visão dos jogos, quando foi questionado sobre esta questão das eleições do Sporting e do Porto, que não iria tomar partido. Sempre se referiu com toda correção, até quando era questionado sobre entrevistas do André Villas-Boas, referia-se sempre com grande correção a tudo que o André disse, como se refere naturalmente com grande elogiação e admiração ao Presidente Pinto da Costa. Certíssimo, mas não esteve na apresentação do André Villas-Boas e agora esteve na apresentação do Pinto da Costa. Por isso te digo, poderia ser mais fácil para ele não estar em nenhuma e manter essas afirmações que fez sempre equidistantes nas conferências, mas sentiu que tinha que tomar uma posição. E isso reflete a personalidade, o caráter e sobretudo a coragem de alguém que é independente, moralmente e também financeiramente, naturalmente, o Presidente, que também é uma coisa que ajuda a outra, para tomar esta atitude que viu-se nas imagens, e acho que foi impactante, a surpresa que teve o Presidente Pinto da Costa quando de repente ele nem se tinha a perceber que ele estava ao lado do Sérgio. Quando se virou e viu que estava lá o Sérgio. Portanto, foi algo mesmo que surpreendeu até o próprio... Se surpreendeu o Vítor, surpreendeu o mesmo próprio Presidente pela reação que teve. Mas o que de facto, nos Estados d'Alma, viu-se de facto a coragem de um homem como o Sérgio Conceição. E se isso joga a favor de Pinto da Costa, pode jogar contra Pinto da Costa? E esta é uma pergunta que faço, não é uma afirmação, é uma pergunta. Pode jogar contra Pinto da Costa esta operação pretoriana? Eu acho que tudo aquilo que se passar até abril, até às eleições, pode jogar contra ou a favor. E concordo com o Luís que os Estados d'Alma é mais... Ele oferece muito à parte esportiva. Portanto, eu acho que todos o futebol porto está ou não bem, está ou não na rota da Liga dos Campeões, por exemplo, do aprovamento para a Liga dos Campeões. Eu acho que esse Estado d'Alma... E as emoções que cada campeonato transmite, independente dos resultados. Às vezes isso até conta demais. Às vezes os sócios deviam se separar a vaga. Claro, e deviam saber. Mas isto, estar a pedir racionalidade no futebol, já é pedir muito. Não é essa a história dos... É paixão. Agora, é muito jeito. Às vezes faz falta. Bom, dizia-te, pois claro, eu acho que isto toca no mínimo a imagem do Futebol Clube do Porto. Ao contrário a quem tem outras opiniões, eu acho que não. Toca sempre a imagem do Futebol Clube do Porto. Porque estamos a falar da claque ou da principal claque do Futebol Clube do Porto. E do oficial de ligação aos adeptos, por exemplo. Sim. Como noutras alturas se falou de outras claques, aliás ainda vimos comportamentos difíceis ou reprováveis neste fim de semana. Em relação às pessoas, lembravas-te do oficial de ligação aos adeptos. Sim, Fernando Saúl. É preciso percebermos que nós estamos numa fase do processo que há de andar, que há de se envolver. Ainda não temos sequer, a esta hora, uma decisão do juiz sobre o que vai fazer em termos de medidas cautelares. Sim, as medidas cautelares. Exatamente. Portanto, isto é um processo que cabe ser um bocadinho longo e não podemos atribuir culpas ou desculpabilizar antes de haver decisões de tribunais ou então de haver um maior conhecimento daquilo que se passa e do que se passou. É evidente que há muitas coisas que nós vemos no futebol que não precisamos que nos expliquem. Numa leitura de hoje, para já, isto joga contra a Pentagora. Eu acho que sim. Não acho que seja... Dá-me uma licença para te responder. Não acho que seja decisivo. Na minha ótica, não é. Mas é. Se o presidente do São Paulo-Porto ainda recentemente elogiou o líder da CLAC, de facto, enquanto líder da CLAC, terá tido o tipo de ação que o São Paulo-Porto precisa, ele dava nota disso ontem, é evidente que isto poderá funcionar. Mas, por outro lado, também chegará a uma facção de portugueses que, se calhar, fica agradada com isso. É difícil nós dizermos que prejudica ou beneficia. Eu acho que é difícil. Porque não consegues perceber quantas pessoas gostam muito de uma coisa e quantas gostam muito de outra, de uma determinada procura. Na minha ótica, não tenho dúvida nenhuma que isto tem um dano reputacional para o futebol do Porto. E para Pinta Costa, não? Para Pinta Costa, apesar de tudo, acho que não. Se um adepto... Se os adeptos comportam mal, seja em que estádio for, seja que clube for, não se pode culpabilizar o Presidente por isso. Na minha ótica. Mas haverá quem... Haverá quem... Eu pergunto-te isto porque é conhecida a relação de Pinta Costa com o Fernando Madureira, por exemplo. Ele próprio diz que tem uma relação... Ele disse que não é amigo íntimo, mas tem uma relação de amizade com o Fernando Madureira e que admira o Fernando Madureira e até também a relação com a mulher do Fernando Madureira. Eu não vou fazer a defesa de Pinta Costa que ele não precisa. Se eu tiver amanhã um amigo no tribunal, ou um amigo preso, ou um amigo no hospital, eu vou sempre mandar-lhe um abraço. Independentemente dele ter feito a coisa mais reprovável. Eu sou assim. Admito que as pessoas possam gostar que eu, se calhar, que Pinta Costa a fizesse de outra maneira. É perfeitamente admissível. Outra questão. Pinta Costa dirigiu a André Vilas Boas. Ele disse que apareceu no Coliseu sem segurança, sem ler qualquer discurso, sem teleponto. Pinta Costa aqui lançou algumas farpas a André Vilas Boas e também a Angelino Ferreira. Vocês recordam-se, eu disse-vos aqui que ele não seria o homem forte das finanças do Futebol Clube do Porto, mas que estaria envolvido neste... Não é do Futebol Clube do Porto, é da candidatura de André Vilas Boas. Desculpa, da candidatura de André Vilas Boas, mas que estaria por dentro. Ele está candidato a Presidente do Conselho Fiscal. Eu acho que estas coisas são próprias das campanhas, não é? Nós estamos com tantas campanhas em simultâneo e, de facto, essa parte do discurso de Pinta Costa, do sem teleponto, insere-se no estilo de Pinta Costa, que é um estilo que trouxe sempre boas notas. Mas há aqui uma diferença. Enquanto Pinta Costa ataca diretamente a André Vilas Boas, André Vilas Boas ataca a estrutura tentando derrubar Pinta Costa, mas tentando que o mínimo de espilhaços possível atinja Pinta Costa. Isto é um jogo diferente. É estratégia eleitoral. É falar para os eleitores. Eu acho que ninguém... Ou seja, o André Vilas Boas quer derrubar o Pinta Costa, mas boliscar o mínimo possível aquele que ele chama o Presidente dos Presidentes. Embora o Pinta Costa também diga que não vai entrar neste canto de sereia de ser o Presidente dos Presidentes. Pois claro, mas faz sentido, porque eu acho que nenhum portista gosta de ouvir dizer mal do Pinta Costa. Nós vemos às vezes... Não ganharia votos com isso? Nós vemos o debate nas redes sociais, por exemplo, passamos por lá e vemos que há de repente alguém que até pode estar a dizer qualquer coisa que merece ser lido ou ser ouvido, mas porque ataca de alguma forma ou é interpretado como atacar a Pinta Costa, já toda a gente... É normal. Ninguém, eu acho que ninguém, conseguirá ser Presidente do Porto atacando Pinta Costa daqui ou daqui a 10 anos. Mas na minha leitura, não sei se o Luís concorda também, se tu concordas, na minha leitura isto vai além do plano estratégico. Ou seja, eu penso que o André Vilas Boas genuinamente admira muito daquilo que representa o Pinta Costa. Ou seja, para além do lado estratégico, eu acho que há aqui depois um lado genuíno do André Vilas Boas de admiração, como sócio do Futebol Clube do Porto, e toda a obra que Pinta Costa fez. Oh João, sejamos justos, Pinta Costa é do Porto, nasceu, é do Norte, vamos ver, mas quem quem neste país de bom senso pode olhar para a obra do Pinta Costa e não admirar? E eu pergunto, se o fizer, está a ser injusto ou faz por questões clubísticas, ou por questões políticas ou por outra coisa qualquer? Porque se tu tens no teu país o Presidente com mais títulos no mundo, que transformou um clube, enfim, o Futebol Clube do Porto já tinha uma implantação, era o maior clube da cidade do Porto, que é a segunda maior cidade do país. Nalguns itens, se calhar noutros não. Como é que um país pode achar que se transformou o Futebol Clube do Porto num clube de admiração internacional? Qualquer pessoa de bom senso, e o André Vilas Boas também é uma pessoa de bom senso, tem que achar que o Pinta Costa de facto é alguém. Pelo menos em Portugal, nem no mundo, alguém o conseguiu igualar. É verdade, é número de títulos. E depois temos que escolher o crescimento exponencial que o clube ter. Foi campeão europeu duas vezes com o Pinta Costa. Foi campeão mundial com o Pinta Costa. Duas vezes também. É evidente que o Pinta Costa... Bom, e vou me picar por aqui. Luís, não sei se queres acrescentar alguma coisa relativamente a esta matéria. Nada? Não, não me parece. É isso que eu disse. Vejo e observo com atenção e espero que naturalmente o Santos do Porto consiga é sobretudo ter a clareza da decisão no momento. Mesmo dentro desses estados de alma, não confundir aquilo que é uma gestão do clube ao longo dos anos. Será um dia muito especial para o povo do Porto este dia. Nós vemos. Diz Luís, diz. Queres ver-me na parte final da conclusão. Os ouvintes não estão a ver, mas eu estava neste momento a passar a mão no braço do Luís. Para mim é um favor. Para mim é um favor. Para mim é um favor. Não é que eu falo nisto. O que eu estava a dizer só, os sócios do Porto como os sócios do Sporting ou do Benfica terem a clareza no momento da decisão escolherem aquilo que lhes parece melhor independente de estados de alma ou de maior sensibilidade sem se deixarem influenciar porque não acham que seja o ponto decisivo por causa de polícia. Da mesma forma que acho que no Sporting quando houve uma invasão de uma academia no Benfica, um jogo de incidentes gravíssimos também com claques ou grupos organizados. Eu disseparo completamente esses fenómenos nos três grandes com os presidentes e com as direções. Nunca misturo isso. E acho que ficou claro também no caso do Sporting, embora depois tenha existido um processo judicial e foi decidido da maneira que foi com o presidente Bonicravalho, com o Benfica também aconteceu outros problemas. Portanto, são situações o fenómeno das claques é algo que deve ser analisado, eu acho, à margem de toda esta discussão eleitoral que está a ser feita. É um fenómeno que eu acho que faz parte do maior espetáculo do mundo, que é a desintegração social de valores que existe. E isso reflete depois num reagir contra, num reagir sempre contra o status por parte de grupos que vivem à margem daquilo que é uma sociedade como devia ser na minha leitura organizada. A questão que se coloca é essa. Portanto, eu acho que misturar as duas coisas é um risco e que nós, homens do futebol e pessoas do futebol, devemos separar claramente, como eu acho que o Sporting fez, e muito bem. Vítor, você queria acrescentar ainda qualquer coisa? Estavas a falar do momento e o momento é um momento único. Basta ver Pinto da Costa a lançar uma recandidatura desta forma. Nunca vimos. Até a escolha do sítio. O Coliseu, não é? E também nunca vimos como vimos André Velas Boas aparecer um candidato, neste caso, ainda com Pinto da Costa a lançar uma candidatura daquela forma tão profissional falamos nisso aqui. Isso transporta-nos para um momento de exceção. É óbvio que só acontece... E é um momento de exceção que o futebol que é o Porto é o grande merceado nisto. Pode capitalizar em cima disto. Há uma oportunidade com personalidades importantes para nós podermos discutir o futuro do Porto. Quantas pessoas votaram disto? Eu acredito que foram 5 mil e qualquer coisa. No Jorge Nuno e Pinto da Costa acho que sim. 5500, se não estou enganado. E no Porto, no cada voto, o pessoal é um voto. Cada sócio é um voto. Eu acho que foram. Eu posso, entretanto, chegar aos resultados. Estas eleições vão votar vai votar muita gente nestas eleições dos Portos de Abril. Vai bater todos os recordes. Tenho o interesse como provavelmente exatamente foram 5300 e qualquer coisa. Que votaram em Pinto da Costa. 8400 votantes, creio. Perto das 10 mil pessoas. Sim. Mas acho que agora vão ser mais. Muito mais. Não é mais, é muito mais. Eu até te vou dizer, eu ficaria admirado se o número não ultrapassasse os 20 mil. Nas próximas eleições de Abril eu ficarei surpreendido se o número de sócios do Futebol Clube do Porto a votar não ultrapassar os 20 mil. Eu acho que vamos ficar todos surpreendidos. Estes números que eu tenho são assim, meios de 3. Não vai estarmos a enganar-vos. Muito bem. Vamos deixar aqui a sublinhadezinha. Só mesmo agora para encerrar. A fechar o mercado, o Futebol Clube do Porto contratou o Otávio, que era um jogador que tínhamos falado aqui. E a solução foi o Otávio do Famalicão. Otávio Ataído. E foi lá convocado. É um bom jogador. Já aqui traçamos o perfil dele. Vai ganhar a popularidade rapidamente, na vossa opinião? Rapidamente? Olha, em função da necessidade pode acontecer. A questão é que... Rapidamente só se foi em função da necessidade mesmo. Sim, porque a questão é que se coloca num mercado de inverno porque as coisas têm que cada vez mais respeitar necessidades e não neste momento caprichos de vícios caros. Já não há hipótese. E, portanto, a questão da contratação do Porto mais que canalizar o jogador percebia-se que o Porto tinha que contratar um jogador para aquela posição e depois analisar como é que ele é. Era indispensável ter uma peça. Faltava essa peça. Sobretudo depois da lesão do Marcano da depressão de David Carmo, que foi embora. E, claro, o desgaste do Pepe das lesões que vão-se repetindo em face da idade. Portanto, nesse sentido, o Porto tinha que contratar um central. Acho que a preferência por um central que já está na primeira liga acaba por ser normal e acho que é uma boa opção porque já está conhecedor do futebol português. Agora veremos. Há sempre aquele túnel que é o vestir a camisola de um clube grande e esse peso pode influenciar o rendimento. O que eu tenho visto do Otávio, sinceramente, foi das melhores contratações que o nosso campeonato fez naquela gama média. O Famalicão tem feito, de facto, contratações notáveis que depois têm vendido nos últimos anos, no projeto de clube que tem. E isso tem sido um sucesso a esse nível. Esportivamente pode andar mais para trás ou para a frente, mas financeiramente tem sido sempre um grande sucesso. E o Otávio entra nessa linha. Mas a questão que também é o que te digo é que tem que ver isto antes. Quer o Porto, quer o Sporting, outro boi fica a jogar sempre atrás do esquerdo desde o início da época. Não pode acontecer isto. Não pode. Ou é por responsabilidade do scouting, ou é por responsabilidade da estrutura do futebol que depois não dá o... o sinal positivo à contratação em face dos parceiros, ou por razões financeiras, seja por tal que for. Mas não pode acontecer. Não pode. E, portanto, acho que foi mal preparada a época, nos dois lados, em relação a estas posições. E isso está a se refletir e refletiu-se já em muitas exibições. Aproveito essa tua deixa para passar aqui para o Benfica, que ganhou ao Gil Vicente por 3-0 com Roger Schmidt a mexer na equipa, dando titularidade à direita na defesa, a Alexander Bah e no meio campo a Florentino Luiz, retirando do 11 João Mário e Coccho. Eu gostei do Benfica frente ao Gil Vicente durante alguns períodos. Acho que a equipa esteve bem. E gosto mais de ver Alcnes nesta posição, outra vez descaído sobre o lado esquerdo no meio campo, aproveitando também a qualidade e as características do Alcnes poder juntar-se à dupla de médios em alguns momentos. Sim. Deixa-me só dizer que aquilo que eu tinha em mente estava correto. Dos 5 mil e tal. Dos 5 mil e tal. Exatamente. Eu acho que o Benfica, como já tínhamos também projetado que deveria jogar assim, pelo menos teria condições para apresentar um melhor futebol. E o facto da presença do Florentino, que já tinha entrado no jogo com o Estrela Amadora e que permite o Benfica ter outra capacidade para recuperar a bola em zonas mais adentradas. E outra liberdade para o João Neves. Exatamente. Outra liberdade para o João Neves e o facto do Alcnes estar num momento físico bom, permite preencher também a zona central quando a equipa se descompensa. A entrada do Baf fiquei surpreendido por ele fazer um jogo tão conseguido. Sim. Ninguém diria que vinha de uma levão. Sim. Ele já tinha jogado um pouco na Amadora. Sim. Agora jogou o jogo todo. Jogar os 90 minutos. Fiquei muito surpreendido. Aliás, quando chega aquela fase externa, até achei que o Roger Smith que o ia substituir. O que eu acho é que o Benfica é uma equipa muito mais organizada jogando assim. E acho que o treinador mediante aquilo que foi acontecendo e que fomos vendo e que fomos vendo poderia antecipadamente ter percebido que a equipa joga melhor com o Florentino. Agora, eu também já falei aqui nisso. É o maior investimento da história do Benfica num jogador. O Coco Chulo custou 25 milhões de euros. É um belíssimo jogador. Eu acho que é um belíssimo jogador. Mas, se calhar, não era o jogador que o Benfica precisava para jogar naquela posição. Precisa de outro tipo de jogador. Precisa de um médio que recupere bem o Coco Chulo. Bem do futebol holandês. Que é um futebol muito mais virado para a frente. Não tem tantas preocupações defensivas. Claro que também se preocupam com os equilíbrios. Mas não tem as mesmas preocupações. Eu acho que o Coco Chulo, aliás, eu já ouvi... Ou seja, tu não pões em causa a qualidade do Coco Chulo. Claro que não. O que colocas aqui na equação é se era de um médio com estas características que o Benfica necessitava. Se calhar também. Não se pensava que o João Neves ia surgir neste início da época. Assim acaba muito bem. Mas, às vezes, é um jogador lançado na ponta final da época. Os níveis físicos se calhar estão mais combinados e esses jogadores às vezes conseguem fazer a diferença. Já vimos isto em muitos campeonatos. Eu acho, continuo a achar, que de facto o Benfica não pode prescindir. Da mesma forma que o futebol com o Porto não prescinde do Varela. Que o Sporting não prescinde do Florentino. Do Florentino ou de um jogador com as características do Florentino. E no plantel do Benfica não há outro jogador com as características do Florentino hoje. Eu acho que o mais parecido, muito diferente, mas o mais parecido tem o João Neves. Mas muito diferente. Sim, completamente diferente. Sim, na capacidade de recuperação. Luís, o Roger Schmidt disse, a propósito da não titularidade terem ficado no banco suplente do João Mário e o Coccho, que isto não era para ser... A pergunta não foi exatamente colocada neste sentido, mas percebeu-se na resposta do Roger Schmidt, o treinador do Benfica, que o João Mário e o Coccho não ficariam agora arredados do Onze Inicial. Ou seja, ele falou aqui de uma gestão que tem que ser feita do esforço que os jogadores estavam sujeitos e que decidiu poupar aqui, neste jogo frente ao Gil Vicente, dar algum descanso a João Mário e a Coccho e, por outro lado, dar ritmo a outros jogadores. O Benfica joga já na quinta-feira em Vizela para a Taça de Portugal, quartos de final da Taça de Portugal, e depois joga no domingo em Guimarães, frente à Vitória. Sim, e depois na semana seguinte, competições europeias. Sim. Essa questão da gestão do plantel e da gestão dos jogadores é importantíssima e, portanto, penso que a resposta faz sentido, embora a questão depois de ser colocada mais à frente em função das opções que vão ser tomadas jogo após jogo e perceber exatamente quais são as opções preferenciais do Roger Schmidt. Porque uma coisa é um jogador não jogar quanto ao Gil Vicente e a função de uma gestão, como ele disse, já são opções, agora, quando chegar aos jogos com Vitória, e esses grandes jogos que vêm aí. Embora tu fales, e bem, concordo contigo que há titulados que não jogam de início. Sim, é verdade. Há jogadores, no entanto, que têm mais características para isto do que outras em função, como te referias, não das dinâmicas, mas aquilo que eu chamo de estubodinâmicas, que são criadas nos jogos. Por isso falava há pouco da questão do Taremi, por exemplo, no Porto, que poderá não ser titular neste sistema de início, mas acho que vai entrar durante os jogos, alterando o sistema em função do que é necessário, como seria necessário para o Torre do Bar. Mas voltando ao Benfica. Há uma questão que se coloca e traz a tocar mais no ponto mais relevante das alterações que foram feitas, o regresso de um lateral direito raiz, e bem, do Bar, e a passagem do Austens para a frente. E jogou bem, naturalmente. Joga bem ali, é uma boa posição dele. Para a frente e para o flanco contrário. E passou para a direita e passou para médio ala esquerda. Sim, onde já tinha feito também alguns jogos. Muitos jogos, na boa parte da época. E até acho que foi o sítio onde ele rendeu até agora mais, nesta posição. Por isso falava no regresso. Foi onde rendeu mais, mas num modelo de jogo diferente. Porque jogava com dois falsos alas. Jogava João Amar e Alstair. Barada e Maria do outro lado. Portanto, é diferente. Em termos de compensação defensiva, ele é um jogador que não defende. Ou pelo menos não defende na maior parte dos lances. Sim, vivimos isso ontem. Ele muitas vezes... Eu acho que esse aspecto é importante. Porque, na minha opinião, digo de forma clara, acho que o João Amar é muito melhor jogador que o Austens. Não tenho dúvidas nenhumas sobre isso. Acho que o Austens tem aquilo que é muito mais fácil, tu aplaudes o esforço, do que o talento. Porque o talento às vezes falha. O trincar a língua e ir atrás da bola nunca falha. E o Austens é um jogador que nunca falha no momento do esforço e da segunda bola. Mas há outra coisa que é importante. Saber segurar, tocar, olhar, fazer o passo. O último passo. E depois aparecer bem numa definição. Acho que o João Amar é mais jogador. Agora, do ponto de vista do equilíbrio tático da equipa defensivo, neste sistema com Di Maria, Rafa e Cabral, é mais importante o tal esforço defensivo no momento defensivo do Austens. O que põe de lado a lado, o que pode dar o João Amar para destruir, mas depois não dá a defender. Com o paralelo do que dá menos o Austens a atacar, mas dá mais a defender, eu se calhar, pensando, tendo aqui um ataque veterinador, faria jogar o Austens, com sacrifício do talento. Agora, é natural que numa análise a olho nu do adepto na bancada, o Austens, pelo esforço que dá, apela logo mais ao aplauso, um pouco mais light, e às vezes um pouco para ter a corda rosa do João Amar. Mas a qualidade de passo e divisão de jogo é muitíssimo superior. Pelo que acho que o melhor Benfica terá o João Amar. O Benfica que necessita também de ter uma tarefa, não digo mais suja, mas um trabalho mais na escuridão, mais no lado cinzente do jogo a defender, vai precisar do Austens. É uma questão interessante para ver a tática, para ir analisando ao longo dos jogos, para ver como o Roger Schmidt vai reagir. Mas não tenho dúvidas que quando o Benfica chegar aos momentos em que precisa de um jogador para construir, atacar, em jogos que estejam mais fechados, precisa de João Amar e não de Austens. O Arturo Cabral é que está a somar pontos e está a mostrar que, afinal, não é aquele patinho feio. Eu acho que, a certa altura, só nós aqui, só eu e o Luís, é que dizíamos que o Arturo Cabral era bom jogador, parece. Eu também sei algo mal. Não, nunca disseste mal. O que eu disse muitas vezes... Até parecia que eu dizia mal do Arturo Cabral. O que muitas vezes eu disse foi que achava que o jogador, o ponto de avalança que o Benfica precisava. Continuo a dizer. Ainda agora vi o Moussa sair e eu acho que o Moussa era mais interessante. Já disse, aliás, eu escrevi semana passada que esta análise dos pontos de avalança do Benfica foi em quantidade. Quando vê-se feito em qualidade. E em qualidade, para mim, o último a sair era o Moussa. Agora, se analisam em quantidade e em função do negócio ou do dinheiro que se podia vender ou não vender um ao outro... Pera lá, tu dizes que entre o Kasper Tengsted não é? Entre o Kasper Tengsted, o Arturo Cabral e o Moussa... O Moussa e o Marcos Leonardo. Não, não, não. Era aí que eu queria chegar. Se colocavas também na equação o Marcos Leonardo ou se retiravas o Marcos Leonardo dessa... Mas é importante que isso fique claro. Estamos ao lado dos avançados do Benfica e o Marcos Leonardo neste momento faz parte. Sim, sem dúvida. Fizeste bem em fazer esse esclarecimento porque, naturalmente, detropar o que uma pessoa diz é o dia-a-dia. Até fiz mais desta intervenção para te proteger um bocadinho. Sim, eu sei, naturalmente, que os terológicos e as redes sociais iam já detropar isso tudo. Mas a verdade é que eu acredito que o auditório da TCF tem uma inteligência muito superior. É esse... Eu não duvido. Tenho certeza. É essa comunidade que não respeita as regras da comunidade. Mas o que o programa foi colocado depois da contratação do Marcos Leonardo havia excesso do ponto de avanço. E, portanto, foi nesses três que eu estava a referir. O tal jogador dizia que estava em excesso. Eu, sinceramente, o que eu acho que está em excesso, muitas vezes, é quando está um jogador que não tem a qualidade suficiente para estar num plantel. O talento, para mim, nunca se discute. Para mim não há um debate excesso de talento. Isso não existe. E, em termos de analisar o problema dos três avançados do Benfica, ter que sair um porque estava quantidade a mais, eu acho que é um erro. Ter de escolher, então, dos três qual é que tem menos qualidade. E sair esse é a minha opinião desportiva. Depois para o lado financeiro... Mas sobreverbe aquilo que devem ser as regras alimentares para obter uma boa equipa e o melhor plantel. E a questão é essa. Eu acho que saiu o melhor, na minha opinião. Já disse isso há um par de meses. Mas o Artur Cabral não se está a convencer? Eu conheço o Artur Cabral desde o tempo do Ceará. Escrevi sobre ele nessa altura. Portanto, não vou agora explicar o que é o Artur Cabral. Esperava que ele rendesse muito mais no Benfica. Já passamos meia época. Mas agora está a começar. A aparecer bem. Estamos na vigésima jornada. Ele começou muito mal. Recentemente aquele golo de bicicleta na Amadora. Um belíssimo golo. Agora marca este golo. E depois não é só o golo. Eu gostei da envolvência dele com o Rafa, com o Di Maria. Foi a esse nível que se começou. De facto estava melhor. E atenção que eu estou aqui a dizer isto. E eu próprio já disse aqui neste programa e se calhar vou ter que trincar a língua porque pode não acontecer tão rapidamente como eu pensava que o Marques Leonardo rapidamente ia ser o titular do Benfica. E agora, perante estas prestações do Artur Cabral, já não sei. Eu continuo a achar a mesma coisa. O Marques Leonardo é claramente o melhor de todos. E aquele que pode ser o titular. Se depois as condições dele, físicas, a forma de jogar da equipa, o encaixe... O Roger Schmid até apontou na última conferência que ele não está bem bom. Isso já serão outras questões. Agora, que o rendimento do Musa, na minha opinião, e até mais que depois o rendimento, as características, o Benfica não as tem. Porque eu tenho que estar a ajudar a trincar a língua na frente do ataque. O Musa é um jogador mais de poder físico. O Cabral é um jogador mais de poder físico. O Musa dava uma fineza de movimento. Ele jogava a bola atrás, jogava em apoio, de costas. Depois ele aparecia num momento certo na área. Tecnicamente, é o melhor de todos. Na execução técnica. Acho que o Benfica dispensa o melhor, o seu melhor ponto de laço, só na chegada do Marques Leonardo, dos que tinha por uma razão de quantidade e não por uma razão de qualidade. E acho que isso subverte a razão desportiva, respeitando, sabendo bem, a razão financeira. Outro jogador que eu penso que vai ganhar rapidamente a titularidade no Benfica, pode ganhar, é o lateral-esquerdo, o Carreras. Acho que pode ganhar rapidamente ali a titularidade. Também não há outro? Pois, mas há o Morato, não é? Esperava ver mais de Carreras. Ontem não foi para o primeiro. Ontem também já entrou na reta final. Mas mesmo que houvesse outro, ele tem valor para ser titular no Benfica. Sim, também acho. Agora mesmo para terminar, rapidamente, menos de um minuto, no campeonato, mais um triunfo em Vizela, agora por um zero, com o gol do André Silva e com o Jota Silva outra vez em grande. Vocês já sabem que eu sou um fã do Jota Silva. Sim, sabes que eu falo do Jota desde o tempo do Casa Pia, já o conheço há bastante tempo. Aliás, há pouco tempo fiz um programa com ele, quando ele contava no Espinho. O Jota andou aí muito tempo, sem ninguém olhar para ele. O grelich do Casa Pia. E, portanto, não me surpreende nada o que está a fazer no Vitória. Um bom Vitória, sim, é verdade. Um Vizela que ninguém percebe o que quer fazer. Eu acho que o treinador também não percebe. Pois, mas a questão é quem escolhe. O problema é quem escolhe o treinador. E com muita gente diferente. Com muitos reforços agora. Os jogadores que chegaram agora, Domingos Quina, o Filo... Mas é uma Vitória que está a encostar ao Braga. O Braga quebrou aquele empate em Chaves, a meia da semana. Também em Chaves, não em casa por Chaves. Vamos ver, acho que há muito para julgar. Mas é uma Vitória que, sim, bem-vindo ao campeonato no sentido de estar mais próximo, bem metido lá em cima. Está um ponto do suporting do Braga. E ao grande Vitória Benfica no domingo. E ao Vitória Benfica no domingo. Foi o regresso do Álvaro Pacheco a Vizela, ele que treinou 120 vezes. E foi se sentar no banco primeiro do Vizela. Sentou-se no banco do Vizela e disse que se tinha enganado. E que treinou 120 vezes. Encaixou muito bem no Vitória. Encaixou muito bem no Vitória. Encaixou muito bem ali. E o Vizela agora sente a falta dele. Lá está. Alma. Estados de alma. E o problema é esse no Vizela. O estado de alma. Chapo para Álvaro Pacheco e para a Vitória de Guimarães quanto ao Visão de Jogo. Regressamos na próxima segunda-feira porque, vocês já sabem, não chego a olhar para o jogo. É fundamental ver o jogo. Um abraço e até para a semana. Legendas pela comunidade Amara.org

Featured in

Listen Next

Other Creators