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The speaker, Professor Carlos Alexandre Oliveira, discusses the importance of integrating technology and digital literacy into education. He believes that schools should aim to create a more open and connected learning environment, where students' real-world experiences are valued and incorporated into the classroom. He emphasizes the need for teachers to act as facilitators of knowledge and to foster a collaborative learning environment. The speaker also highlights the significance of technology in education, noting that it can enhance the learning experience and prepare students for the digital world. He encourages teachers to embrace innovative teaching methodologies and to explore the potential of digital technologies in the classroom. Overall, the speaker emphasizes the importance of adapting education to meet the needs of today's learners and to prepare them for the future. OlĆ” pessoal, sou o professor Carlos Alexandre Oliveira, sou pesquisador das Ć”reas de linguagem e tecnologia, educação e tecnologia conectadas Ć cultura escrita digital. AlĆ©m disso, venho desenvolvendo no campo acadĆŖmico e na rede pĆŗblica de ensino alguns trabalhos em prol da formação inicial e continuada de professores da educação bĆ”sica para os usos das tecnologias de linguagem, formação e comunicação em sala de aula. Ć um pouquinho do que eu venho fazendo na minha vida como professor, pesquisador e curioso. Mas o que eu quero propor neste podcast sĆ£o apenas reflexƵes para que possamos pensar e conversar um pouquinho sobre a escola, os alunos, os professores e as metodologias de ensino que estĆ£o sendo desenvolvidas em sala de aula. Nada sobre os modelos acadĆŖmicos hoje, ok? Quando pensei em derrubar os muros da escola, pensei que poderia ser real mesmo. Isso Ć© algo que eu jĆ” venho refletindo desde a minha Ć©poca como professor de educação bĆ”sica. Ou seja, talvez se conseguimos construir uma nova escola conectada, aberta, sem muros e sem grades e que tambĆ©m teja uma escola multicultural, em que pudĆ©ssemos realmente trazer o mundo dos alunos fora da escola para dentro da escola, assim poderĆamos dialogar com a vivĆŖncia deles nas prĆ”ticas de sala de aula para o processo de aprender e ensinar. E talvez eu nĆ£o pensaria mais em derrubar os muros da escola. Mas vejo que isso nĆ£o seria tĆ£o fĆ”cil. Acredito que nĆ£o. O que vocĆŖs acham? ConexƵes entre os alunos, professores, escola, elas nĆ£o se resumem apenas em inserir recursos tecnológicos inovadores para melhorar as prĆ”ticas de sala de aula, nĆ£o Ć© mesmo? Vejo que Ć© importante que o professor assuma um papel de mediador do conhecimento e que tenha o aluno como seu aliado, de forma que os dois possam aprender e ensinar juntos os saberes da escola e os saberes da vida. O que eu penso Ć© que tudo isso poderĆ” ser uma grande mudanƧa na educação nos dias de hoje. Mas tambĆ©m sei que nĆ£o Ć© fĆ”cil. Mas tambĆ©m vejo que Ć© importante que todos os interessados pela melhoria da educação acreditem e se permitem acreditar que Ć© possĆvel mudar o cenĆ”rio atual que nós estamos vivendo hoje pensando na educação. Sabemos que isso nĆ£o Ć© fĆ”cil, claro, mas tambĆ©m nĆ£o Ć© impossĆvel. Acredito que vocĆŖs tambĆ©m pensam sobre isso. TambĆ©m vejo que nós podemos observar que tudo que Ć© ensinado por meio do mĆ©todo educacional ultrapassado, tradicional e que ainda estĆ” presente nas escolas, nas salas de aula, nĆ£o tem sido nomeado como uma tecnologia de ensino. AĆ eu pergunto para vocĆŖs, por que serĆ”? Falta olhar mais para a escola considerada como a maior, a mais importante agĆŖncia de formação? A infraestrutura dessa escola, ela Ć© adequada para comportar e receber esses alunos? O nĆŗmero de alunos em sala de aula Ć© permitido para uma prĆ”tica de ensino e aprendizagem eficaz? Nós precisamos pensar muito sobre isso. E os alunos? Quem sĆ£o eles? De onde esses alunos vĆŖm? Damos voz a eles ou silenciamos? SerĆ” que jĆ” paramos para pensar sobre essas indagaƧƵes? Principalmente no que diz respeito aos alunos, porque eles nĆ£o aprendem somente quando Ć© exigido algum conteĆŗdo para avaliação, uma avaliação nĆ£o processual. Naturalmente Ć© preciso aguƧar a curiosidade desses alunos. Portanto, eles tĆŖm sede de saber. E essa sede de saber, muitas vezes, estĆ” ausente em sala de aula. Eu acredito, e com a experiĆŖncia que eu tenho, principalmente trabalhando com alunos de educação bĆ”sica, trabalhando com professores, com formação de professores, que hĆ” uma necessidade de trazer para o espaƧo escolar a vivĆŖncia dos alunos em relação ao mundo das coisas. A realidade deles precisa ser trabalhada em sala de aula e extrair dessa realidade o que Ć© positivo e negativo para a prĆ”tica de ensino e aprendizagem. A partir daĆ, haverĆ” um processo de despertar nesses alunos uma olhar crĆtico sobre o mundo paralelo no qual vivem. Mas para isso, tambĆ©m o professor precisa fazer um diagnóstico de seus alunos. E a partir desse diagnóstico, chamar a atenção deles para suas necessidades cotidianas. Ć preciso conectar o que se aprende na escola com o que se vive fora dela. AtĆ© mesmo para que esses alunos consigam ver sentido no que estĆ” acontecendo, a partir das aƧƵes propostas por esses professores. E pensando nos professores, eles precisam de investimento, eles necessitam de investimento. Tanto em uma formação inicial, que Ć© algo que jĆ” deveria ter acontecido lĆ” nas suas agĆŖncias de formação, e tambĆ©m em uma formação continuada, para que isso possa contribuir com o planejamento da escola. E alĆ©m disso, desenvolver as prĆ”ticas de sala de aula em constante diĆ”logo com os saberes contemporĆ¢neos. AĆ que vamos conseguir pensar nessas metodologias de ensino inovadoras, de forma eficaz para um processo de ensino e aprendizagem que esteja realmente trabalhado conscientemente com os saberes fora da escola, os saberes da vida desses alunos. Mas eu vejo tambĆ©m que Ć© importante que eles votam os professores, principalmente no sentido de saber o que eles pensam sobre a escola. Sobre a educação, sobre os alunos, sobre as metodologias inovadoras de ensino e tambĆ©m sobre a profissĆ£o docente. O que eu falo nisso? Porque muitos jĆ” estĆ£o desmotivados, e eles nĆ£o consideram mais isso. AlĆ©m de perceber que estĆ£o perdidos fora do cenĆ”rio educacional atual, o que estĆ” fazendo com que muitos desistam ou atĆ© mesmo pensem em outras profissƵes. E isso Ć© algo muito sĆ©rio quando se pensa na formação de professores, quando se pensa na audiĆŖncia desses professores em sala de aula. Agora, eu poderia ter vindo aqui conversar com vocĆŖs sobre gamificação, sala de aula invertida, o ensino hĆbrido, o ensino baseado em projetos, outras metodologias de entretenimento inovadoras que precisam ser pensadas para proporcionar aos alunos uma emancipação no processo de aprendizagem. E por meio disso, pensar nos recursos que estĆ£o oferecendo por essas metodologias e que o aprendizado possa ocorrer de forma autĆ“noma. Ć o que se propƵe as famosas metodologias ativas que estĆ£o sendo tĆ£o discutidas atualmente. E que jĆ” eram utilizadas antes com outro olhar reflexivo, um outro olhar mais crĆtico e de uma outra maneira. Mas o que eu quero colocar em pauta a partir de agora Ć© falar um pouquinho das tecnologias digitais que podem ter passado por todas essas metodologias para aprender e ensinar. E que tambĆ©m elas estĆ£o presentes fora do cenĆ”rio educacional para produzir conhecimento. E isso chama muito a atenção, porque o que esses alunos estĆ£o fazendo fora da escola que interessa a eles, que desperta nele a vontade de levar essas tecnologias para dentro da sala de aula. Agora, quando a gente pensa nessas metodologias inovadoras de ensino, os documentos que norteiam a educação, jĆ” haviam falando da inserção dessas tecnologias como os PCNs, a BMCC, e tambĆ©m a gente conseguiu ver que estĆ£o oferecendo vĆ”rias formaƧƵes empreendedoras para professores. Isso estĆ” bombando aĆ nas mĆdias sociais, nas mĆdias digitais, com o propósito de formar e capacitar professores. Mas o meu objetivo aqui neste podcast Ć© refletir com vocĆŖs sobre as tecnologias digitais de informação e comunicação nas prĆ”ticas de sala de aula. E a contribuição que elas vĆ£o ter para e com a formação cidadĆ£ desses alunos no dia a dia fora da escola. Por que isso? Porque quando pensamos nas transformaƧƵes da sociedade moderna, se faz necessĆ”rio pensar no uso consciente e Ć©tico dessas tecnologias, como recurso pedagógico em sala de aula e na vida tambĆ©m. Essas tecnologias causaram um grande impacto sobre a educação nos dias atuais. Elas despertaram diferentes formas de aprendizado e disseminação do conhecimento, sem falar nas novas relatórias entre professor e aluno. E como nĆ£o pensar nas tecnologias na escola? Como nĆ£o refletir sobre o uso dessas tecnologias na escola? Eu vejo que Ć© fundamental que nos apossemos desses recursos tecnológicos, sim, para o processo de ensino e aprendizagem inovador, criativo, colaborador, cooperativo, autoral, autĆ“nomo e atĆ© mesmo empreendedor. Vejo tambĆ©m que tudo isso pode contribuir para tornar o cidadĆ£o apto a fazer uso dessas tecnologias para gerar benefĆcio e comodidade para usufruir da cultura digital de seu tempo. Mas para isso, a gente precisa refletir muito e pensar qual tem sido o papel da escola, dos professores de educação bĆ”sica principalmente, das tecnologias digitais e da sociedade em geral em relação Ć mudanƧa da qualidade no processo de ensino e aprendizagem dentro da escola e fora da escola tambĆ©m. E alĆ©m disso, como que nós, principalmente nós professores, podemos nos apossar dessas tecnologias para potencializar o ensino? AtĆ© mesmo porque as tecnologias estĆ£o cada vez mais presentes na sociedade em geral, seja na escola, no trabalho, em casa, no supermercado, nos bancos ou atĆ© mesmo com entretenimento. E que elas tambĆ©m tem mudado substancialmente a nossa cultura, a economia, a polĆtica, as relaƧƵes interpessoais e na educação nĆ£o tem sido diferente. E isso Ć© significativo, o impacto dessas tecnologias Ć© significativo porque causam na cultura escolar uma mudanƧa, uma transformação e oferecem possibilidades de interação com o processo de produção de conhecimento. E que tambĆ©m possibilita que esses alunos sejam alunos autĆ“nomos, sejam alunos engajados, saibam tomar decisĆ£o e que tenham representatividade diante da sociedade. AlĆ©m de possibilitar novos valores e atitudes para com a cultura digital e aĆ sim necessitam serem trabalhados como alunos em sala de aula ou dentro do próprio espaƧo escolar. Agora, nĆ£o seria diferente nas escolas principalmente de educação bĆ”sica, uma vez que essas escolas sĆ£o frequentadas por uma maioria de jovens que deseja a todo instante, que tem vontade de se comunicar em rede. Por que isso acontece? Porque esses jovens, alĆ©m de terem nascido em tempos digitais, estĆ£o atentos aos lanƧamentos e novidades que as tecnologias tĆŖm oferecido constantemente. E eu vejo que a partir disso, esses alunos passam a trazer para dentro da sala de aula os recursos tecnológicos que eles utilizam fora dela. Agora, por que eles fazem isso? Fica muito evidente que as tecnologias antes vistas como entretenimento, elas nĆ£o devem ficar nessa classe. Elas precisam sim fazer parte do processo de ensino e aprendizagem, das prĆ”ticas docentes, desses professores que sĆ£o hoje mediadores do conhecimento. A inserção dessas tecnologias na escola por parte dos alunos evidencia que eles estĆ£o em uma nova era, a era tecnológica, e a gente nĆ£o pode mais abrir mĆ£o disso, a gente nĆ£o pode mais fechar os olhos para isso. Proibir nĆ£o Ć© mais o suficiente. A gente precisa pensar nessa proibição, que ainda Ć© constante, Ć© debatida e Ć© executada em sala de aula, nas escolas. Eu falo isso por experiĆŖncia. Ao contrĆ”rio disso, a escola nĆ£o estĆ” acompanhando esse avanƧo. Ela culpa, muitas vezes, os alunos da falta de interesse e indisciplina, sem refletir a causa desses problemas. Ć muito fĆ”cil eu falar que o aluno Ć© um aluno indisciplinado, Ć© um aluno que nĆ£o tem interesse pelas aulas e as tecnologias, os recursos tecnológicos atrapalham isso, contribuem com isso. Mas esses problemas da educação estĆ£o realmente no desinteresse dos alunos ou simplesmente nos mĆ©todos de ensino que estĆ£o desatualizados, que estĆ£o ultrapassados e que mesmo assim as escolas e alguns professores insistem em utilizar. Eu acho que Ć© mais um ponto para nós refletirmos aĆ. E o avanƧo tecnológico, com esse avanƧo tecnológico, a escola passa a ter a finalidade de formar cidadĆ£os para uma sociedade tecnologicamente desenvolvida. Isso Ć© muito claro. Mas ela, como agĆŖncia de letramentos e de informação, ela jĆ” nĆ£o deveria estar pensando de forma diferente a nĆ£o ser preparar o cidadĆ£o para ser inserido de forma ativa e crĆtica nessa sociedade vista como tecnológica e digital. E aĆ o que eu tenho observado Ć© que ela nĆ£o tem se mostrado preparada para a inserção dessas tecnologias nas tĆ”ticas de aprendizado. Mesmo sabendo que algumas delas possuem recursos tecnológicos significativos para o ensino aprendizado dos alunos, mas esses recursos sĆ£o utilizados de forma incorreta. Ou seja, essa tecnologia estĆ” sendo utilizada apenas como suporte e nĆ£o como recurso pedagógico para aprender e ensinar. Isso quando elas sĆ£o permitidas, quando o seu uso Ć© permitido. Agora, eu pergunto para vocĆŖs, uma mudanƧa nos currĆculos e nas prĆ”ticas pedagógicas da educação bĆ”sica seria necessĆ”ria? SerĆ” que aĆ seria o ponto? AtĆ© mesmo porque a maioria dos alunos jĆ” nĆ£o se interessa mais pelas aulas tradicionais. Pensando nesse modelo de aula, os alunos sĆ£o apenas receptores de saber. Eles nĆ£o tĆŖm uma participação significativa e autoral no processo de formação educacional. E aĆ, diante de todas essas mudanƧas estruturais e pedagógicas pelas quais a escola vem passando desde as Ćŗltimas dĆ©cadas, nĆ£o dĆ” mais para ignorar a era da informação na qual estamos vivendo. E as tecnologias digitais sĆ£o recursos que podem sim ser considerados essenciais para acompanhar e propagar toda essa informação. Agora, Ć© importante formar e capacitar tambĆ©m os professores, para que eles sejam capazes de fazer o uso dessas tecnologias a favor da aprendizagem dos alunos. E aĆ, uma das discussƵes Ć© que esses professores sejam letrados digitalmente. E por que letrados digitalmente? Porque a partir daĆ, eles possam pensar e refletir a formação de sujeitos crĆticos e capazes de fazer uso desses recursos tecnológicos que estĆ£o disponĆveis com uma prĆ”tica social consciente que nĆ£o seja apenas o passar do tempo em sala de aula. Mas que tambĆ©m tenha um planejamento e significado em relação ao processo de aprender a aprender, aprender a ensinar, aprender a criar, aprender a empreender com as tecnologias digitais para alĆ©m da escola. Agora, isso Ć© fĆ”cil? Acredito que nĆ£o. AtĆ© mesmo porque, para que isso aconteƧa, as agĆŖncias de formação, principalmente as de nĆvel superior, elas jĆ” deveriam e devem estar aptas a formar professores que sejam capacitados para o uso de uma metodologia interdisciplinar que vai discutir a relação entre os saberes profissionais, a experiĆŖncia, a criatividade, a relação crĆtico-cientĆfica a respeito da evolução humana e de artefatos tecnológicos digitais. E serĆ” que isso estĆ” acontecendo? As tecnologias chegaram para contribuir ao sistema educacional e nĆ£o dificultar o que eles jĆ” vĆŖm propondo por meio de prĆ”ticas educacionais? Elas tambĆ©m, eu vejo que elas nĆ£o podem ser vistas como uma salvação para os problemas enfrentados pela escola e pelos professores. Muito menos elas nĆ£o podem ser pensadas como recursos transformadores de uma escola que ainda estĆ” fechada, que ainda possui grades e muros e nem Ć© a melhor agĆŖncia de letramentos do sĆ©culo XXI. AtĆ© mesmo porque nós estamos vivendo, nós estamos inseridos em tempos digitais e ser professor em tempos digitais Ć© ter maturidade, Ć© ter disciplina para poder relacionar os conteĆŗdos abordados em sala de aula a recursos tecnológicos ou a outros recursos dos quais os alunos fazem uso em suas atividades cotidianas. Ć importante que esse professor favoreƧa uma troca de conhecimentos e experiĆŖncias diante dos saberes da cultura digital. E que eles tambĆ©m possam trazer como bagagem para a sala de aula com a intenção de desenvolver um ensino-aprendizagem que seja colaborativo, cooperativo, significativo, mediado por esse professor. Que esses alunos tenham essa autonomia de poder trazer o que eles fazem fora da escola para dentro da escola. E isso, pessoal, Ć© como implantar qualquer projeto que envolva as tecnologias da educação. Deve ter um planejamento, Ć© importante que tenha um planejamento e nĆ£o a improvisação. NĆ£o Ć© simplesmente falar que hoje eu vou usar o celular em sala de aula. Eu preciso planejar uma aula que o recurso tecnológico, que o uso desse celular tenha significado tanto para o professor quanto para o aluno. AtĆ© mesmo porque se eu faƧo isso de forma improvisada, consequentemente, isso pode acarretar em um fracasso futuro. Agora, ter apenas o domĆnio instrumental de uma tecnologia nĆ£o Ć© suficiente para que o professor incorpore suas prĆ”ticas de sala de aula. AlĆ©m desse professor ser usuĆ”rio dessa tecnologia, ele precisa elaborar situaƧƵes de forma contextualizada na qual os alunos possam utilizar as tecnologias em contextos sociais. Por isso que Ć© de fundamental importĆ¢ncia que o uso dessas tecnologias tanto na escola quanto fora da escola, se resume em atividades processuais de produção de conhecimento. E isso por meio de vĆ”rios eletramentos. Essas particularidades que precisam ser aprendidas em relação a essas tecnologias devem ser familiarizadas para construir uma interação por meio da troca de saberes tecnológicos com seus pares. E aĆ o que eu vejo Ć© que nĆ£o podemos ignorar que estamos inertos a uma sociedade em constante transformação tecnológica e que essa transformação nos permite produzir e compartilhar conhecimento para alĆ©m desses espaƧos. E como professor, eu vejo que a educação nĆ£o pode mais fechar os olhos para a transformação em que os avanƧos que sĆ£o mediados por essas tecnologias jĆ” estĆ£o permeando por todas as Ć”reas do conhecimento. E que Ć© fundamental que a educação esteja se preparando para um mundo que jĆ” Ć© caracterizado por ser digital. Mas hĆ” uma preocupação na educação e tambĆ©m na sociedade globalizada? A função das peculiaridades em relação Ć inserção das tecnologias em sala de aula. E isso Ć© muito claro. Isso se traduz no cenĆ”rio da informĆ”tica na era da educação em que essas tecnologias operam em vĆ”rios recursos de informação e comunicação com um poder social de grande repercussĆ£o. E tudo isso pode ser representado, nós podemos ver isso, pode ser representado, nós podemos ver isso, estamos vivenciando pelas redes sociais e nĆ£o só pelas possibilidades de comunicação global que elas nos oferecem, mas tambĆ©m pela cultura social concebida. E aĆ eu comeƧo a perguntar para vocĆŖs e refletir junto com vocĆŖs o que esses alunos, o que esses jovens que nĆ£o estĆ£o tendo contato com essa tecnologia em sala de aula de forma consciente, de forma Ć©tica, eles estĆ£o fazendo fora da escola e como usuĆ”rios dessas redes sociais? Porque o que nós podemos considerar Ć© que a tecnologia de rede ela jĆ” estĆ” presente em nossa sociedade. E manter a distĆ¢ncia de todas essas inovaƧƵes que ela nos proporciona significa ter uma participação, isso Ć© muito sĆ©rio, no processo de exclusĆ£o social e digital. E Ć© pensando assim que eu vejo que hĆ” uma necessidade de discutir tambĆ©m a educação tecnológica, a uso consciente e Ć©tico dessas tecnologias, o que pode e o que nĆ£o pode quando eu estou utilizando esses recursos tecnológicos? O que eu devo fazer com eles? E isso, a escola tem um papel muito importante diante desse cenĆ”rio porque se essa tecnologia estĆ” sendo utilizada com planejamento em sala de aula, essa educação tecnológica tambĆ©m pode ser abordada. Agora, Ć© possĆvel que esses alunos possam ser levados a aprender a aprender, aprender a ensinar, aprender a criar e fazer com que essas tecnologias sejam nĆ£o só mais um recurso atraente, mas que seja engajador, autoral, colaborativo, cooperativo, criativo e memorĆ”vel. Porque nĆ£o importa o quĆ£o atraente, interessantes e estruturadas possam ser essas tecnologias, o fato Ć© que a escola precisa ter flexibilidade para atender Ć s demandas de seus alunos. E ao mesmo tempo em que Ć© importante preparar o uso pedagógico dessas tecnologias no espaƧo escolar. Por que eu falo isso? Porque os saberes da cultura digital ainda estĆ£o assustando os professores. Por mais que eles prefiram se apoiar em mĆ©todos tradicionais de ensino e aprendizagem por se sentirem mais seguros, eu vejo que muitos tambĆ©m gostariam de utilizar algumas metodologias inovadoras de ensino. E muitos nĆ£o utilizam por resistĆŖncia, por nĆ£o saberem utilizar e por estarem inseridos em uma gestĆ£o que os proĆbem de utilizar. E aĆ Ć© hora de pensar que estamos lidando com uma geração tecnológica e digital que nĆ£o estĆ” mais presa a antigas metodologias de ensino, como o quadro e o giz. E que essas tecnologias sĆ£o recursos importantes para acompanhar a evolução do ciberespaƧo. NĆ£o Ć© verdade? Essa tecnologia pessoal estĆ” circulando cada vez mais na sociedade da informação, o que exige que os alunos estejam imersos nesse ambiente inovador e a escola nĆ£o pode estar isolada, trancada e com suas janelas ainda fechadas. Diante desse processo de flexibilização curricular, muito menos dessas prĆ”ticas de ensino e aprendizagem que devem estar em constante transformação. E pensar em metodologias de ensino inovadoras Ć© tambĆ©m refletir criticamente sobre as mĆŗltiplas maneiras de conduzir o processo de ensino aprendizado que necessariamente trazem algumas mudanƧas viĆ”veis e relevantes, sem dĆŗvidas. Ainda que pequenas, em relação Ć s metodologias tradicionais. Ć importante que elas sirvam para verificar a progressĆ£o das competĆŖncias e habilidades dos alunos e nĆ£o apenas classificĆ”-los. Agora, o que nós vamos fazer a partir disso? Qual Ć© a nossa contribuição, principalmente como professores, para que possamos mudar essa escola? Ou serĆ” que temos chance de mudar essa escola? E aĆ fica essa reflexĆ£o. E eu nĆ£o tenho aqui a pretensĆ£o de finalizar essa discussĆ£o com vocĆŖs, principalmente por aqui, por esse podcast. Eu acho que nós precisamos rever a relação professor-aluno aluno-professor, a escola, a sociedade e a universidade como agĆŖncia de formação para a vida profissional, principalmente. E tudo isso conectado Ć s prĆ”ticas de letramento que sĆ£o incorporadas ou nĆ£o Ć s tecnologias digitais. AlĆ©m disso, eu acredito que tambĆ©m nós precisamos rever o papel do professor da cultura digital e precisamos refletir sobre a sua nova identidade profissional para formar cidadĆ£os crĆticos em uma sociedade pós-moderna. E agora, pessoal? E agora, pessoal? Eu pergunto para vocĆŖs. Vamos ou nĆ£o derrubar os muros da escola? Espero por vocĆŖs lĆ” no fórum para que possamos dar continuidade a essa reflexĆ£o. Ok? Um abraƧo!
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