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Um texto do jornalista Rodrigo Casarin do UOL/FSP
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Um texto do jornalista Rodrigo Casarin do UOL/FSP
In the second episode of Estúdio Free, Rodrigo Casarim discusses José Saramago and his book "As Intermitências da Morte." He talks about how Saramago's writing style can be difficult to understand and appreciate, but emphasizes that it is worth the effort. Casarim mentions other notable works by Saramago, such as "Blindness" and "The Gospel According to Jesus Christ." He also remarks on how each reader tends to have their own favorite Saramago book. Estúdio Free, episódio número 2, hoje dia 26 de abril, no podcast Fágina 5, da autoria de Rodrigo Casarim, colunista da Folha de São Paulo e do Louro. Fala hoje sobre José Saramago, a morte como um cão no regaço. A morte nunca responde, e não é porque não queira, é só porque não sabe o que há de dizer diante da maior dor humana. Ainda penso naqueles que reclamam de José Saramago, simplesmente por não conseguirem compreender a escrita do português, queixam-se de sua pontuação, da forma como constrói os diálogos e da revisão de seus textos. Saramago é daqueles autores que exigem tanto do leitor, o mais comum é demorar boas páginas para entendermos o seu estilo, entrar no seu ritmo, mapearmos os caminhos de suas constituições. Vale a pena, poucos escritores recompensam tanto o leitor. É muito prazeroso se encontrar com a arte do vencedor de um Nobel de Literatura de 1998, e acho curioso como cada leitor costuma ter um Saramago favorito. Ensaios sobre a cegueira, O Ano da Morte de Ricardo Reis, A Jandada da Pedra, Memorial do Convento, todos os nomes, o Evangelho segundo Jesus Cristo. Não sei se é o meu favorito, nunca tenho certeza sobre essas coisas, mas As Intermitências da Morte é um Saramago que vira e mexe, tinta nos meus pensamentos. Rodrigo Casarino.