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Ira ou Justiça Própria - Aula 8 Curso para Homens

Ira ou Justiça Própria - Aula 8 Curso para Homens

Sandro Rocha

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AI Mastering

Transcription

The transcription discusses the topic of anger and self-righteousness. It explains that anger is a natural emotion, but it becomes a sin when acted upon. The story of Jonas is used as an example to illustrate the consequences of self-righteousness. God's justice is portrayed as merciful and compassionate, contrasting with human judgments. The transcription suggests analyzing situations objectively and responding responsibly to prevent anger from turning into sin. It also prompts reflection on personal experiences with anger and its impact on relationships. IRA OU JUSTIÇA PRÓPRIA Lemos em Efésios capítulo 4 do 26 ao 27 Quando vocês ficarem irados, não pequem. Apaziguem a sua ira antes que o sol se ponha, e não deem lugar ao diabo. Efésios capítulo 4 do 26 ao 27 Será que é possível ficar irado sem pecar? Quantas vezes pecamos nessa área porque perdemos o controle e agimos tempestivamente, da fúria no trânsito às brigas nos bares? A ira é um problema significativo na vida de muitos cristãos. O que vem ser a ira? Ira, definição, Michaelis, dicionário brasileiro da língua portuguesa. Sentimento de raiva extrema ou cólera contra alguém ou algo, fúria, indignação, a externalização desse sentimento, desejo de vingança. A ira é uma reação a um estímulo, algo que sentimos momentaneamente em decorrência de algo que julgamos ser moralmente errado ou simplesmente desaprovamos. É um sentimento que possui duas fases. A primeira é a do sentimento em si, que não se caracteriza como pecado. Por isso o texto de Efésios diz que quando ficarmos irados, não é para pecarmos. Já a segunda fase trata-se do que fazemos com esse sentimento, para não darmos lugar ao diabo. É necessário darmos uma resposta à ira. Como todos os sentimentos, a ira foi dada por Deus como sinal de alerta. A ira é uma raiz. É muito mais complexa do que parece, porque envolve as pessoas como uma história, crenças, sensações e desejos. Já reparou quantas vezes você reagiu intempestivamente e depois, após analisar a situação com mais calma, após ter escutado a outra versão da história, percebeu a grande mancada que deu? Isso demonstra que a ira vem de uma percepção pessoal e unicamente pessoal. Ela é uma resposta emocional a determinada situação ou evento que nos privam da resposta ou do resultado esperado. É simplesmente baseada no meu posicionamento moral diante daquilo que me gerou tamanha raiva. Observe esse trecho da história de Jonas. Jonas foi chamado por Deus para levar uma mensagem de arrependimento ao povo de Níneve, capital da Síria. Os assírios estavam despontando como povo dominante e haviam declarado guerra contra os egípcios. Israel estava na rota de conquista daquele povo. Era um povo cheio de maldade, malícia, idolatria, injustiça, violência e, com certeza, tentariam destruir Israel. Jonas tinha estabelecido no seu coração uma sentença para os ninivitas. Segundo o julgamento de Jonas, eles mereciam a morte. Sua primeira reação, então, foi fugir da presença de Deus e seguir para Tarsis, pegando navio em jope, não por medo, mas porque queria ver o circo pegar fogo. Cuidado! Seu senso de justiça próprio pode colocar outras pessoas em risco. Quando Jonas desobedeceu a Deus, ele não pensou que estaria colocando as pessoas que estavam naquele barco em risco. Ele pensou somente nele mesmo, tanto que ele dormiu no meio da tempestade. Quando você briga no trânsito, você só está preocupado com a sua verdade, sua razão, mas você se esquece de que existem outras pessoas envolvidas e que a consequência da sua ira pode prejudicar uma delas. Cuidado! Seu senso de justiça próprio vai fazê-lo achar que você pode se condenar. Ele mesmo pediu para ser lançado ao mar para acalmar a ira do Senhor. Ele achou que, se sacrificando, não precisaria presenciar o cumprimento da vontade de Deus sobre aquele povo e sobre sua própria vida. Cuidado! Seu senso de justiça própria vai levá-lo a acreditar que sua vontade é mais importante do que a vontade de Deus. Jonas foi para Nínive para pregar depois que Deus o livrou da morte, mas em seu coração ele dizia que eles iam morrer em quarenta dias, porque isso era o que para ele deveria acontecer. Quando aquele povo de Nínive se arrependeu dos seus pecados, logo no primeiro dia, eles passaram a outros trinta dias lamentando-se diante de Deus. A surpresa de Jonas foi que, passados quarenta dias, Deus não havia destruído aquela cidade. Nessa hora, Jonas ficou indignado com a atitude de Deus para com aquele povo. Na verdade, ele ficou indignado com quem Deus é. Para ele, Deus tinha que ser vingativo, justo, inflexível e castigar aquele povo sem compaixão por causa dos seus pecados. Mas aí ele conheceu a verdadeira natureza de Deus, misericordioso, compassivo, amoroso, clemente e perdoador. Jonas se vê então perdido em sua justiça própria e perde o sentido de viver, pedindo a Deus que lhe tirasse a vida. Veja o que Deus pergunta a Jonas. É razoável sua ira? Ou em outra versão, você tem alguma razão para essa fúria? Você sabe o que está dizendo? Então Jonas se pôs a pensar novamente, e Deus mostrou-lhe a diferença entre a nossa justiça e a justiça dele. Deus fez crescer uma planta para protegê-lo do sol. Jonas ficou muito feliz com aquilo, mas Deus fez a planta morrer no dia seguinte, e Jonas se revoltou novamente. Lemos em Jonas 4.9 Então perguntou Deus a Jonas, É razoável essa tua ira por causa da planta? Ele respondeu, É razoável a minha ira até a morte. Naquele momento, Deus revelou sua justiça. Lemos em Jonas 4.10-11 Tornou o Senhor. Tens compaixão da planta que não custou trabalho, a qual não fizesse crescer, que numa noite nasceu, e numa noite pereceu. E não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nineveh, em que há mais de cento e vinte mil pessoas, que não sabem discernir entre a mão direita e a mão esquerda, e também muitos animais? Jonas 4.10-11 Deus quis fazê-lo entender a dimensão da sua justiça. Ele salvou os homens que estavam no barco com Jonas, salvou o próprio Jonas da morte, enviando o peixe para tragá-lo, e salvou o povo de Nineveh. Por que você se acha no direito de julgar tudo e a todos? Você se coloca em discussões e debates intermináveis nas redes sociais contra irmãos em Cristo simplesmente porque você se coloca como o justo e o juiz daquela situação, como se a verdade fosse a verdade de Deus? Justiça tem a ver com amor, perdão, bondade. Deus não pode ser uma coisa que Ele não é. Deus é bom. Ele é todo bom. Não é quando pensamos que Ele está errado. Ele não erra. Peça-lhe para ver as pessoas e as circunstâncias como Ele as vê. Reflita nas suas atitudes sobre a ótica dos ensinamentos de Deus. Ficar irado, indignado ou revoltado diante de uma situação não é pecado. O pecado só vai acontecer se você resolver agir no momento da ira. Lemos em Efésios capítulo 4, 26 e 27. Existe um tempo necessário para que você tome uma decisão. Use esse tempo para pensar nas coisas do alto para que o diabo não encontre lugar na sua vida para fazê-lo pecar. Um bom caminho para administrar sua ira é seguir os seguintes passos. Analise o fato como ele realmente aconteceu, tentando não misturá-lo com suas emoções. Entenda o que esse fato gerou nas suas emoções e o que ele tem provocado desconforto. Após entender suas emoções, tenha um comportamento responsável para que suas ações não se convertam em pecado. Tomou, pois, o Senhor ao homem e o colocou no jardim do Éden para cultivar e o guardar. Gênesis capítulo 2, 15 Em cultivar, seja paciente diante dos seus desafios diários para não deixar a ira se tornar pecado. Em guardar, invista nos passos que sugerimos no final desta lição para que, se deparar com a ira, agir corretamente. Para responder Você se ira com facilidade? Cite alguns exemplos. Quantas vezes você errou no seu julgamento de alguma situação? Cite uma. Quais são as situações que o fazem perder o controle? Quais as marcas que a ira deixou em seu relacionamento? Família? Amigos? Trabalho?

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