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Primeira edição

Primeira edição

Rodrigo Paines da SilveiraRodrigo Paines da Silveira

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00:00-09:34

Versão de teste áudio 1 projeto podcast. Mergulhe na jornada do Bebê Iludido e descubra como a busca pelo controle pode nos aprisionar em um reino de ilusões. 🏰👶 Nesta metáfora autoral, exploramos a transição da infância para a vida adulta e como a necessidade de "controlar o mundo ao nosso redor" nos impede de controlar o que realmente importa: nossas próprias reações. Prepare-se para destronar o "reizinho" mimado que existe dentro de nós e assuma as rédeas da sua vida com autoconhecimento

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Transcription

Once upon a time, in a not-so-distant kingdom, there was a baby king who ruled his crib with an iron fist and loud cries. He was the absolute monarch in his little realm of blankets and bibs. His father and grandmother would rush to fulfill his desires with strategic warrior-like cries. However, one day his reign was challenged when his mother declared that he could only have chocolate after lunch. This upset the baby king, who was used to instant gratification. From that day on, he started building walls around himself, hiding behind masks to protect his fragile ego. The story explores the idea of learning to control ourselves instead of trying to control the world, and finding peace and authenticity by embracing our true selves. It invites us to embark on a journey of self-discovery and confront the baby king within us. Era uma vez, num reino não tão distante assim, um bebê-rei que governava seu berço com punhos de ferro e choros estridentes. Ali, em seu pequeno feudo de paninhos e babadores, ele era o monarca absoluto, o centro do universo. Bastava um guerreiro estratégico, uma sinfonia de lágrimas e gemidos, para que seus súbditos reais, o pai e a vó, corressem para atender aos seus desejos. Assim, fralda suja, carinho, seus súbditos estavam sempre prontos para ser vistos, curvando-se diante de sua alteza, o pretei-rei. Ah, a doce ilusão de controle! Mas como em todo bom conto de fadas, essa fantasia teve um fim. Lembro-me bem o dia em que meu reinado foi abalado. Era domingo, um dia de almoço na casa da vovó, e ela, sempre tão generosa, me presenteou com um delicioso chocolate. Mal podia esperar para devorá-lo, sentir o doce derretendo na boca. Mas para minha surpresa e desespero, mamãe decretou uma firmeza de uma rainha, só depois do almoço. Meu mundo desabou, gritos, choros, birra, afinal, eu era o rei, e reis não esperam. Mas em vez de meus súbditos se curvarem aos meus pés, mamãe, com um olhar severo, me ameaçou com o castigo e o temido velho do saco. Engoli o choro, a frustração, o chocolate, e pela primeira vez senti a máscara do emburramento. As muralhas do meu castelo interior começaram a ser erguidas, tijolo a tijolo, com cada anão que a vida me impunha. O eu inferior, com seus desejos e vontades imediatas, assumiu o trono, protegido por máscaras que o escondiam de um mundo que ousava desafiar sua autoridade. E você, se lembra de quando seu reinado foi abalado? De quando descobriu que o mundo não girava ao seu redor? Talvez tenha sido um chocolate negado, um brinquedo desejado, ou qualquer outra frustração da infância. Crescemos e com o tempo aprendemos a construir muros cada vez mais altos, máscaras cada vez mais elaboradas. Para proteger o frágil rei que ainda habita em nós. Mas e se, em vez de lutar para controlar o mundo, aprendêssemos a controlar a nós mesmos? E se, em meio aos ecos dos nossos perros infantis, ouvíssemos a voz suave do eu superior, a centelha divina que reside em cada um de nós, pacientemente esperando ser ouvida. Ela nos guia para além da ilusão dos olhos, dos muros do castelo e da tirania do eu inferior, mostrando que a verdadeira liberdade está em escolher como reagirmos aos desafios, em aceitar a impermanência da vida e em buscar a paz interior. Ela nos convida a abdicar do trono da ilusão, a despir as máscaras e a abraçar a autenticidade. Nessa jornada, vamos explorar a metáfora do bebê-rei, relembrando nossas próprias experiências de frustração e descobrindo como podemos finalmente convencer esse reizinho a render sua coroa e a encontrar a serenidade e a cebedoria do seu superior. Que tal iniciarmos essa jornada um ao alto conhecimento? Vamos juntos desvendar os mistérios do reino interior, confrontar o bebê-rei que insiste em nos controlar e descobrir o poder e a liberdade que reside em nosso eu superior. Rei, tu, tu que queres ver o mundo antes que os outros te comprem. Que o amanhã seja ontem, que o futuro seja agora. Alguém que já foi embora te pede, toma cuidado. E por tudo que é sagrado, não joga sua vida fora. Chega junto da janela, menino. Vem sentir a boa nova no ar. Há um tesouro escondido num lugar teu conhecido. Vim pra te mostrar. Permite que eu desmonte, menino. Quero o meu cavalo pra te beber. Nessa pássia de tantos mundos aprendi com a sombra. Quero te dizer. Esse tesouro que eu falo, menino. É a obra prima do criador. O luta por ele chora, enquanto o outro joga fora. Ele dá valor. É preciso que se entenda do que é que fala o sino. E desse toque de magia, sua mão de filho é capaz. E esse brilho que há nos olhos, é a diferença, menino. Que a vida tem. Que a vida faz. E essa glória, o chão acerta, é a diferença, menino. Dentre o escuro da discrência, acerta e recompensa o deforto. Dentre a lágrima que sobra no calor, eu abaixo, menino. E eu ando pronto. No frio das fotos. Quem me pediu que viesse, menino. Já faz tempo desse pago mudou. Mas mandou alguns exemplos do tesouro que há no templo. Que ele te deixou. Olha ali naquele pátio, menino. Olha ali naquele pátio, menino. A boneca esticida no chão. Parece um brinquedo caro. Os olhos de um azul tão raro brilham no chão. Agora olha a criança, menino. Repara nos olhos cheios de amor. É que o brilho vem de dentro, de algum ponto lá no centro. Muito além da cor. É preciso que se entenda do que é que falam os filhos. Que desse toque de magia, sua mão divina é capaz. E desse brilho que há nos olhos, é a diferença, menino. Que a vida tem. Que a vida faz. E essa fúria de um chama acesa, é a diferença, menino. Desde o escuro da distância, a fé que me aconselha e não devolva. Desde a lágrima que toma no calor, eu abaixo, menino. Me adorando tanto. No frio tão forte. Me adorando. No frio da noite.

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