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ORIENTE MÉDIO - 06-11-2023

ORIENTE MÉDIO - 06-11-2023

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The podcast discusses the history of the Middle East, focusing on Arab nationalism, the Arab-Israeli conflict, and the Palestinian resistance. It mentions the countries in the Arab world, the control of oil trade, the Suez Canal conflict, the creation of Israel, and the conflicts between Arabs and Israelis. It also highlights the role of the United States and the Soviet Union during the Cold War. The podcast concludes with the mention of the Palestinian resistance and the Intifada. Saudações históricas! Sou o professor José Renato. Nesse podcast irei tratar da questão do Oriente Médio. Segundo o historiador Marcos Napolitano, essa é uma região de tradições e pensões políticas. A principal referência desse podcast é o livro do historiador Marcos Napolitano que se chama História Contemporânea II do Entreguerras à Nova Ordem Mundial. Esse livro aborda diversos temas que vai do fim da Primeira Guerra Mundial às primeiras décadas do século XXI. Alguns países árabes da África são o Egito, a Líbia, o Sudão. Alguns países árabes do Oriente Médio são o Iraque, a Arábia Saudita, Jordânia, Turquia. O Estado de Israel está localizado na Palestina, nessa região do Oriente Médio. O nacionalismo árabe incorporou tradições culturais e religiosas do islamismo. É uma religião surgida no século VII. No século XX, o nacionalismo árabe se expressou no surgimento de regimes autoritários no Egito, na Síria e no Iraque. Na Argélia, o nacionalismo misturou-se com aspectos do socialismo. A modernização da economia e o controle das riquezas nacionais eram pautas dos nacionalismos árabes que reagiram aos colonialismos das nações ocidentais. O comércio do petróleo, por exemplo, estava nas mãos de empresas ocidentais e as nações árabes buscaram tomar o controle do comércio desse produto. O Egito entrou em conflito com a Inglaterra pelo controle do Canal de Suez, uma passagem marítima entre a Ásia e a Europa. O presidente egípcio Abdel Nasser nacionalizou o canal como parte da modernização do país. Essa nacionalização foi reconhecida pela ONU em 1956. Durante a Guerra Fria, mais ou menos entre 1945 e 1991, o Egito e a Síria, sob o comando de setores laicos e reformistas, aproximaram-se da União Soviética. A Arábia Saudita e o Kuwait, que eram monarquias tradicionais, aproximaram-se dos Estados Unidos. Apesar dessa geopolítica bipolar, esses países formavam a Liga Árabe, buscando coordenar ações em seu interesse comum. O caso da Argélia foi outra trama anticolonial contra a França. Em 1962, conquistou a independência pelas ações da Frente de Libertação Nacional. Vamos utilizar aqui a sigla SLN, que significa Frente de Libertação Nacional. A França usou sistematicamente bombardeios nas aldeias e tortura contra presos políticos. A opinião pública francesa criticou o governo pelos usos da violência lá na Argélia, o que forçou o presidente general Charles de Gaulle a fazer um acordo com a SLN. A Argélia conseguiu a independência e a SLN liderou a implantação de um regime socialista lá, com aspectos do nacionalismo árabe, e ainda hoje há grupos de fundamentalistas islâmicos da Argélia que pregam a união entre o Estado e a religião. A Palestina é uma das regiões mais conflituosas do Oriente Médio. É importante salientar e reforçar que a Argélia, que a gente acabou de comentar, está localizada no continente africano, e a região da Palestina, reforçando, localiza-se na região do Oriente Médio. Então, a Palestina é uma das regiões mais conflituosas lá do Oriente Médio. A criação do Estado de Israel em 1948 foi inspirado pelo movimento nacionalista judeu, conhecido por sionismo, do final do século XIX. A região era de maioria árabe, mas no começo do século XX começou a receber imigrantes judeus, que consideravam a Palestina sua terra sagrada, como pregava lá o movimento nacionalista judeu, o sionismo, que aquela terra era a terra sagrada dada por Deus aos judeus. A cidade de Jerusalém, sagrada para o judaísmo, islamismo e cristianismo, seria colocada sob a administração internacional. Os territórios destinados pela ONU, mais ou menos onde hoje está a faixa de Gaza e a Cisjordânia, para o Estado Palestino Árabe foram delimitados, mas não houve a fundação de um Estado Árabe, pois os árabes não aceitaram os acordos da ONU. Com o fim da Primeira Guerra Mundial, em 1918, e do Império Turco Otomano, em 1922, a Palestina passou a ser administrada pela Inglaterra, o que fez aumentar a imigração judaica para a região. Antes da criação do Estado Israelense, em 1948, os judeus viviam ainda na diáspora, viviam sem território, mas eram influentes e foram aliados dos ingleses na luta contra o Império Turco Otomano, que era aliado da Alemanha na Primeira Guerra Mundial. Em fim dos anos de 1930, com o aumento da população judaica na região, começaram os primeiros conflitos entre os imigrantes judeus e os árabes palestinos. Os grandes proprietários árabes não simpatizavam com a instalação dos kibbutz, que eram colônias coletivas judaicas, onde se pretendiam relações igualitárias. Para os grandes proprietários árabes, essas colônias seriam um mau exemplo na região. Após o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, e do Holocausto Nazista, que assassinou seis milhões de judeus, iniciou-se uma onda anticolonialista, o que deu impulso para a criação do Estado Judaico na Palestina. Os milhares de sobreviventes judeus não tinham para onde ir. Os ingleses tinham negócios com as elites árabes e não deixavam claro o apoio à imigração judaica para a Palestina, e chegou a bloquear navios abarrotados de judeus que queriam entrar na Palestina. A ONU recomendou a descolonização da Palestina e a criação de dois estados, um Estado palestino e outro judeu. Nós vimos lá que os palestinos, os árabes, não aceitaram a criação desse Estado imposto pela ONU e não reconheceram o Estado judeu proposto pela ONU. Os ingleses concordaram com a proposta e se retiraram de lá. O principal líder judeu, David Ben-Gurion, anunciou a formação do Estado de Israel em 1948, causando a Primeira Guerra Árabe-Israelense. Os árabes palestinos tiveram apoio dos estados árabes como a Jordânia e do Egito. O exército israelense saiu vitorioso e expandiu o território judeu. Nesse processo, mais da metade da população árabe fugiu ou foi expulsa das terras onde moravam. Em 1959, os palestinos árabes fundaram a Fatah, um movimento armado para reconquistar a Palestina. Irasser Arafat era o principal líder. Ele se aliou a outras forças e fundou a Organização para a Libertação da Palestina, OLP, em 1964. A partir de 1977, os partidos sionistas conservadores assumiram o controle de Israel e desenvolveram franco expansionismo na Palestina, instalando assentamentos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. É importante destacar que, durante a Guerra Fria, Israel se tornou aliado dos países capitalistas liderados pelos Estados Unidos. Desde 1956, por outro lado, a União Soviética aproximou-se dos países árabes. Houve ainda três grandes guerras entre árabes e israelenses, em 1956, 1967 e 1973, com vitórias e expansão do território de Israel. Na Guerra de 1973, chamada de Yom Kippur, que é o Dia do Perdão, um feriado judaico, os países árabes reagiram ao apoio norte-americano a Israel e esses países aumentaram o preço do petróleo, provocando uma crise mundial. Sob a liderança nacionalista ligados à OLP e ao Hamas, o movimento palestino-islâmico, os árabes palestinos passaram a resistir a esse processo de ocupação de Israel por meio da Antifada, que é a insurreição civil a partir de 1987. Falou pessoal, um grande abraço para vocês.

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