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Primeira experiência, nada sei
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Primeira experiência, nada sei
The speaker introduces his podcast and announces that he will be discussing the topic of abortion. He explains that abortion is the interruption of pregnancy and can be either spontaneous or induced. He expresses his opinion that abortion should not be a crime, as he believes that the fetus does not have life until it is able to survive outside the womb. He argues that African countries should consider legalizing abortion to address high birth rates and promote economic growth. He questions why some countries view abortion as normal while others criminalize it. He emphasizes the importance of evolving and not remaining stuck in outdated beliefs. The speaker also discusses the relationship between population growth and economic development, suggesting that a high birth rate without corresponding economic progress leads to poverty and challenges in providing for the population. He encourages rethinking and considering different perspectives on these issues. Ora viva, boa noite. Daqui fala para vocês o Luquebana. Venho apresentar-vos o meu podcast. É assim, eu deveria continuar com as apresentações, mas vou dispensá-lo, porque tenho que partilhar convosco uma coisa tão linda, mas lindíssima. O que é? Olha, dentro em breve tenho um tema para nos discutirmos aqui. Não, discutir não, mas vou passar para vocês para que vocês percebam alguma coisa. Tem a ver com o tema, vamos falar de aborto, ou aborto, quer dizer, um tema que muita gente, pouco negam na verdade, mas é preciso que a gente percebam um pouco sobre isto, e estes temas estão muito bons para serem retratados. Então, vou dar um ponto e vírgula aqui neste momento, vou colocar uma música. É uma música de uma jovem americana, e ela, jovem não, só falar jovem e sim, mas é uma senhora americana, é ícone da música americana. E eu sei que muita gente vai se questionar, mas você só começou hoje e já está a ver com música americana? Sim, de fato. Você quando ouve a música americana, na verdade, você sente tipo o espírito do cabelo que quer voar. Por o que? Você se sente numa dimensão diferente de si. Então, por isso é que eu vou colocar a música aqui desta vez, para vocês observarem muito bem esta música desta senhora. E depois, vamos começar com o nosso tema. DJ Naumaya, solta o beat deste grande, mas grande, grande som. ♫♫♫ ♫♫♫ ♫♫♫ ♫♫♫ ♫♫♫ ♫♫♫ ♫♫♫ ♫♫♫ ♫♫♫ ♫♫♫ ♫♫♫ Boa viva! Já estamos de volta ao nosso programa, depois de termos nos agraciados com uma boa música desta senhora. Mas então, meus senhores, o que é aborto? Na verdade, só se falasse muito aborto, mas o que é aborto? Olha, se a gente for, de forma científica, na verdade, diríamos que o aborto é interrupção da gravidez. Estáes a ver? Quer dizer o que? Interromper a gravidez, ou seja, enfim, já entenderam o que é? E essa interrupção da gravidez pode resultar da remoção do feto ou embrião antes deste ter a capacidade de sobreviver fora do útero. Ou seja, essa interrupção tem o resultado de tirar o feto ou o embrião antes deste mesmo ter a capacidade de sobreviver fora do útero. Daí que trouxemos este tema aqui para vós, para que a gente tivesse uma abordagem mais científica. E quando falamos dela, não podemos nos esquecer que existem dois tipos de aborto, não é? Temos o espontâneo e o provocado, ou seja, o voluntário. Então, involuntário e voluntário. Agora, se falamos do aborto espontâneo ou interrupção em voluntário, de uma gravidez, são aquelas que ocorrem não por vontade própria da gestante, mas por várias situações pode ocorrer esta espontaneidade do aborto. E quando usamos o aborto provocado, é aquela que a própria mãe já não quer ter filho, na verdade, e ela acha que o filho é um incômodo. Daí ela entende que deve abortá-lo por várias razões. Muitas das vezes não se faz esse ato, mas o que é punível é o crime aqui em Angola, mas neste país, que este mesmo aborto não seja crime. É um ato simples. Se a gente falar de que aborto seja crime, ou seja, o aborto é um crime em quase a maioria dos países do mundo. Ora, dando continuidade ao nosso tema, o termo aborto, na verdade, de forma isolada, geralmente refere-se a abortos induzidos, naqueles casos em que o feto já é capaz de sobreviver fora do útero. Quando o feto já é capaz de sobreviver fora do útero, qualquer procedimento denomina-se a interrupção tarde da gravidez. É que isso em outros países pode ser chamado de crime, neste caso, porque foi de forma ilegal. Sim, agora, falando mais adiante, no meu ponto de vista, eu acho que o aborto não deveria ser crime. Isso é no meu ponto de vista, mas eu respeito os que apoiam que ela deve ser crime. Mas, no meu ponto de vista, não já deveria ser crime. Porque as principais questões que esperamos aqui sempre a questionar-se é de que? Será que o feito é vida? Ou o embrião tem vida? Porque, no meu ponto de vista, isto é mesmo no meu ponto de vista, que eu acho, como eu disse muito antes, quando o feito ou o embrião ainda não tem a capacidade de sobreviver fora do útero, aí não tem vida. Ele só ganha vida depois dele adquirir esta capacidade. Quando sai fora do útero e começa já um outro processo, aí sim. Aí sim, outra vez, meus senhores. Aí tem. Mas, quando está dentro, não tem. Não tem. Tudo bem, eu sei que a nossa Constituição da República de 2010, no seu artigo 30, diz que o Estado respeita a vida. Tudo bem. E que é um bem inviolável, ou seja, fazendo-lhe uma colação ou outra. Mas, existem situações que devem adequar-se ao tempo. Não podem ficar pelo tempo as coisas. Devem ser adequadas ao tempo. Por que eu digo assim? Porque, nas sociedades africanas, onde o índice de natalidade é muito mais alto, e eu acho até para mim, seria de bom tom em que para estes países houvesse este ato de aborto. Ou seja, as pessoas teriam de abortar de forma simples e voluntária, e não por alguma vacatura que possa ocorrer, que provoque a interrupção da mesma. Não. Se uma mãe não estiver disposta a ter uma gravidez, então, ele ia comunicar nas autoridades que o pretende, ou também não seria necessário. O que é que o Estado poderia ter feito? Criar clínicas especializadas para este efeito. Tal como acontece em outros países desenvolvidos. Ou seja, estou a querer falar o quê? Estou a querer falar o quê? É que esta questão do aborto, nos países desenvolvidos, a lei permite que haja. E nós, que somos subdesenvolvidos, estaremos a nos questionar o porquê que eles que são desenvolvidos acham que deve ser normal. E nós, que ainda estamos na luta desse crime, por que devemos buscar esse questionário? Ou devemos sempre fazer esse questionário dentro de nós? Será que aqueles países, naqueles países em que o aborto não é crime, não respeitam a vida? São perguntas que, enquanto jovens, enquanto sociedade, devemos questionar. E outra coisa, eu sempre disse que a mulher é livre de fazer aquilo que ele bem quer no seu corpo. Não pode ver um senhor, não pode ouvir um senhor impor regras para esta pessoa. Eu sei que é uma mudança duro, né? É duro. É duro mesmo, mas é preciso que haja coragem. É preciso que haja coragem mesmo para que a gente passe para outras etapas e pensar de forma diferente. Nós não podemos continuar a focar no passado. É só mais a África, é só mais a África que este ato é muito bárbaro. É muito bárbaro. Em outros países também do Ocidente, apesar de também alguns já estão a criminalizar este ato. Mas ainda outros não. Eu me lembro, uma vez eu estava acompanhando naquela TV Euronews, que quando a Argentina queriam fazer uma lei que proibisse o aborto. Sabe o que é que houve nos países democráticos? A população ficou lá na Assembleia. E os deputados não tinham como sair lá, o congresso que eles chamam, não tinham como sair, porque a população estava lá, fez vigília. Porque não queriam que esta lei fosse aprovada. Por quê? Será que o fato de nós somos negros, temos que passar por este defeito? O que é que essa nossa pele tem? Por que a nossa mente não consegue pensar tão alto, tal como os outros pensam? Será que nós somos amaldiçoados? Será que nós somos amaldiçoados? Ou o viver em África vamos ter uma maldição? Devemos fazer reflexão. Não devemos permitir ficar no tempo da evolução. Enquanto outros dão um passo mais alto, nós também devemos seguir o passo deles. No século XXI, mas nós ainda há coisas que a gente faz. Que nem se compadecem com o século XXI. Como se a gente estivesse na Era da Pedra. Eu quando fico jogando aqueles meus jogos do, chama-se o quê? Force of Empire. Daquele boneco que começa com uma pedra, não sei o que, depois vai lá, começa a construir casas e cidades. Nós estamos naquela era. Então precisamos, tem que haver mais evolução. Ora, voltando ao nosso tema, falando a abordagem do nosso tema. Eu digo o seguinte, falo mais do nosso país, é assim. Muitas das vezes existem vários fatores para que uma pessoa possa abortar. Mas, se a gente não ter em conta esses todos os fatores, é porque a gente também estará respeitando a prioridade das pessoas. Por quê? A interrupção da mesma só não deve fingir-se nos termos que a lei expressa. Não, não pode. Não pode. Porque vejamos, eu há dias, eu estava numa província, constatei coisas que chocaram a minha mente. Olha, deixa só fazer um recuo, depois eu volto a focalizar onde eu parei. Na verdade, não há um país que cresce, economicamente falando, com a taxa de natalidade ser alta em relação ao PIB. Ou seja, a economia deve acompanhar a taxa de natalidade. O que adianta nascer tanto ou sermos muito e depois a nossa economia não acompanhar esse crescimento populacional? O que adianta? Se hoje em dia conseguimos notar ênfase de dificuldade que o Estado não consegue satisfazer a população, uma delas tem a ver com quem? Com a taxa de natalidade. É que se nasce muito e depois você sabe o que depois fazer para essas pessoas. Por quê? Se a economia serve para distribuir melhor, como é que o Estado vai ter uma boa distribuição? Ou seja, disse, é necessário, mas é bastante, tudo bem, aqui acertamos. Mas a economia não avança, tanto é que nós podemos ter tantas pessoas, podemos ter um número populacional muito elevado, mas a economia deve seguir o nível da população. O nível da população, quando a economia está atrás e a distribuição populacional é superior do que o PIB, o país não desenvolve. Há sempre reclamações de pobreza, reclamações não sei de quê, reclamações não sei de quê, reclamações de quê. E é necessário pôrmos um ponto final e repensarmos bem o que a gente quer. E sempre tem uma pergunta que não se quer cagar, que eu sempre tenho um levado a peito. Se o Estado não consegue resolver o problema das pessoas que ainda estão aqui e daqueles que estão lá, vai dizer como? É difícil, não é? Então, e eu sempre digo assim, o que o Estado vai distribuir? Como vai distribuir? Para quem vai distribuir esses todos os recursos? Então, amados, também essa é uma opinião, não é que eu esteja certo naquilo que eu estou a falar, mas precisamos ter vozes que pensam diferente também daquilo que são as opiniões dos outros. Todos nós não podemos cair na mesma onde, nas mesmas coisas, não. Devemos sempre diversificar as coisas. Portanto, ressalvando a experiência que eu estava aqui contando, onde eu estive, eu estive com uma realidade muito, muito diferente. Então, se o Estado diz que o aborto é crime, então pelo menos o Estado deve engajar-se muito mais a cuidar daquelas pessoas desfavorecidas. Quando você proíbe alguma coisa, quando você proíbe o teu filho para não sair de casa, então cria condições para que o teu filho não saia de casa. Do que você, não criar condições para que o teu filho não saia de casa, ou seja, você não cria condições para que o teu filho não saia de casa. Outra coisa, você diz que na minha casa só se entra dezenove, mas você, pobre pai, não é exemplar. Entra na hora que você quer entrar porque você não tem casa. Não, é errado. Quando se põe uma lei, uma regra, o primeiro a observar essa regra e a cumprir, deve ser a pessoa que o fez. Para que os demais também possam respeitar tal modo como ele quis que essa fosse. Entretanto, estive aí com um jovem, na verdade, lá na cidade do Calcuá, é um jovem que tem mais ou menos de 27 a 25 anos. E é um jovem que, na verdade, está em média de três filhos. Os filhos não vivem com ele, na verdade, vivem com seus pais. Então, o que que acontece? Ela tem um filho de sete anos, na verdade, aquele filho nem tem registro, nem sabe o que é escola, nem sabe ler, até o seu próprio nome nem sabe escrever, o coitado. E o que que o filho faz para sobreviver? Lava carros na rua. Lava carros. A minha pergunta é, o que que você espera desta criança? Porque se a gente fazer uma estimativa do nível de delinquência que há no nosso país, podemos constatar que a só maioria das pessoas que são delinquentes e perigosos, são aqueles que não tiveram lar, sabia, não tiveram apoio, não tiveram um pai, não tiveram uma mãe, não tiveram, enfim, as coisas básicas que uma criança deve ter, ele não teve. E o que que ele vai achando? Vai achando o filho da pessoa que tem é culpado por ele ser desgraçado. No fundo, não é isso que acontece. Não é isso. São as possibilidades. E se os pais deles tivessem a opção de poder ter abortado, acredito que ainda passariam dois vezes, porque não tinham condições na altura. Elas o fizeram, portanto, este era o mesmo rapaz. Ela lava carros na rua. Lava carros. Menino de sete anos, que deveria estar na escola, mas não está. E tudo isso, tudo isso, na verdade, no meu olhar, não soa bem. Então, se o Estado proíbe que não haja esse crime, então, por favor, o Estado deve ter maior capacidade de acolher aquelas crianças desfavorecidas, que não têm lar. E o Estado não pode abandonar essas crianças, porque se calhar os pais teriam opção, mas tiveram medo porque poderiam estar presos. E outra coisa. Nos países tipos nossos, em que há gravidez, ou seja, em que o aborto é crime, temos o maior índice de mortalidade. Por quê? Porque eles optam por um aborto inseguro, provocado, e eles não sabem o que fazer. O que fazer? Só vão lá nos bairros, falam com os vizinhos enfermeiros, tomam comprimidos, ou tomam folhas, e enfim, são já jatados picas, sem um acompanhamento psicológico. O que ocorre? Quando não der certo, ocorrem situações de gênero, que há mortalidade. Mas, naqueles países desenvolvidos, nós acompanhamos que eles têm um acompanhamento. Por exemplo, eu vi um historial de Portugal, de que lá era possível fazer abortagem del feto nos meados de 24 semanas. E antes de fazer o aborto, esta mesma senhora teria um acompanhamento do psicológico. Estaria a conversar com ela, os riscos, o que era necessário, se não era necessário, se poderia optar, se não poderia optar, enfim. Se ela quisesse continuar com a ideia de poder fazer aborto, depois de passar todo aquele período de aconselhamento, ela faria, e faria numa das clínicas, e eu acredito que os nossos hospitais também têm condições para optar do feto. Mas é o quê? Só quando se for uma clandestina. Isso vocês me tão dito. Mas porra, mas será que esse crime é só para pobres ou para todos? Por quê? Porque vejamos, se alguém, um jovem, na verdade, você que está aí mesmo a ouvir, tiver uma relação com filha de uma pessoa que está lá em cima, ou ministro, ou não sei o que lá, general, vai ser a primeira pessoa a desrespeitar aquela lei. Vai manatear na sua filha, vai ter aquela merda. Por quê? Porque eu não posso ter filho de merda aqui na minha casa. Mas ela sabe que é crime, mas assim ela opta por aquela opção. Então nós não podemos fazer uma coisa. Para uns é crime, e para outros não. Porque eles têm o estatuto de saber se vai ser ou se vai como. Então nós devemos saber se eles defendem bem isso. Então, meus senhores, é o que eu deixo a vocês com esta nota. É para terminar mesmo já. Eu poderia falar muito mais, mas é para terminar mesmo já. Vamos pensar mais. Vamos pensar mais. Dizem assim, quem gere, o ida. Então, meus senhores, desejo a todos uma boa noite e voltamos em breve. Até já.