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Matheus shares his painful journey of carrying the trauma of childhood sexual abuse, which caused deep scars in his mind and heart. He initially struggled to understand what had happened and felt confused, ashamed, and fearful to talk about it. Depression and anxiety became his constant companions, overshadowing any happiness. He isolated himself from friends, family, and activities he used to enjoy. In moments of desperation, he attempted suicide twice. However, after the second attempt, he realized he needed help and opened up about his past. With the support of mental health professionals, family, and friends, he began his journey to healing. Through therapy, medication, and rebuilding his self-esteem, he gradually learned to manage his emotions and regain control of his life. Although the recovery process was not easy and there were moments of despair, Matheus persisted and found hope and small victories along the way. He discovered a passion for reading and slowly rebuilt his life Oi, eu sou o Matheus e desde a minha infância eu enfrentava uma batalha silenciosa e dolorosa. Eu carregava comigo traumas de um abuso sexual que havia sofrido quando criança. Esse terrível evento deixou cicatrizes profundas na minha mente e no meu coração, mudando minha vida de maneiras que eu jamais imaginaria, sabe? No início eu não entendia completamente o que havia acontecido. Eu me sentia confuso, envergonhado e até com medo de falar sobre isso. Meus dias eram dominados por sensação de tristeza e muita ansiedade. Parecia crescer dentro de mim uma escuridão, uma sombra terrível. E à medida que eu crescia, os sintomas se intensificavam. A depressão e a ansiedade se tornaram companheiras, minhas companheiras. Obscurecendo qualquer resquício de felicidade. Me afastei dos meus amigos, da minha família e até das atividades que eu costumava fazer, que me traziam uma certa alegria. Em um momento de desespero, tentando encontrar uma fuga desesperada, por duas vezes eu tentei tirar minha própria vida. Uma vez com comprimidos, com muitas medicações controladas e pesadas, e outra vez com cortes no braço. Mas de alguma forma, Deus tinha um plano, planos para a minha vida. Após a segunda tentativa de suicídio, eu fui encontrada atenta e levada ao hospital. E foi nesse momento crítico que eu percebi que precisava de ajuda. Me abri sobre o meu passado, conversei com as pessoas mais próximas sobre o que havia acontecido comigo na infância. E foi aí que eu comecei a minha jornada para a cura. E com o apoio de profissionais de saúde mental, da minha família, dos meus amigos, eu fui começando a enfrentar os meus demandas internos. Participei de terapias, participo ainda hoje. E fui aprendendo a lidar com as minhas emoções. Eu estou aprendendo ainda. E fui reconstruindo a minha autoestima. Comecei também a fazer uso de algumas medicações para estabilizar meu humor, e a controlar a minha ansiedade. E todo esse caminho para a recuperação não foi fácil. Houveram alguns momentos de desesperação, mas a recuperação não foi fácil. Houveram alguns momentos de caídas. Eu me sentia tentado a desistir, mas eu persisti. Eu me agarrei às pequenas vitórias e aos momentos de esperança que encontrava ao longo do caminho. Com o tempo, eu fui vendo a luz no fim do túnel. Descobri minha paixão por simples coisas, como ler. Hoje eu amo ler. E lentamente eu fui reconstruindo a minha vida literalmente do zero. Claro que com o passo de cada vez. Hoje eu não me defino mais pelos meus traumas. Eu encontro forças nas minhas vulnerabilidades. E coragem para enfrentar os meus medos mais profundos. Embora eu saiba que as minhas cicatrizes nunca desaparecerão completamente, eu aprendi a aceitar meu passado como parte de quem eu sou. E hoje eu sou testemunho mesmo de que a cura é possível. E que mesmo nos momentos mais sombrios, há uma luz no fim do túnel.