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This is the first episode of the podcast "Ei, escuta aí" about the history of Maranhão. They invited a history professor, Eloy Abreu, to discuss the colonization of Maranhão. The occupation of the territory involved the usurpation of indigenous lands as part of the Portuguese colonial process. The French Equinoctial Company played a significant role in the colonization of Maranhão from 1612 to 1615. After the expulsion of the French, Maranhão became an important Portuguese colony and a place for expanding colonial areas. It was considered an independent state from Brazil until the second half of the 18th century. This is the end of the first episode. Oi, tudo certo? Seja muito bem-vindo ao primeiro episódio do podcast Ei, escuta aí, o podcast histórico do Maranhão. Iniciando a nossa primeira temporada sobre o Maranhão colonial, estaremos abordando nesse episódio quanto a ocupação do território maranhense. Para isso, convidamos ele, que possui graduação em História pela Universidade Estadual do Maranhão, mestrado em História pela Universidade Federal da Paraíba e doutorado em História pela Universidade Federal do Pernambuco. Atualmente, é professor da UEMA do campus de Caxias e também professor permanente do programa de pós-graduação em História também na UEMA, o professor doutor Eloy Abreu. Professor, é uma honra tê-lo aqui no nosso podcast e seja muito bem-vindo. Olá, quero agradecer à equipe do podcast Ei, escuta aí pela oportunidade e estamos aqui à disposição para conversar um pouco sobre o Maranhão colonial. Bom, professor, agora eu vou direcionar a você três perguntas para conseguir nortear essa discussão sobre o tema central desse episódio, que é a ocupação do território maranhense. Então, a primeira pergunta é Como se deu o processo de ocupação do território maranhense? Bom, primeiramente a gente tem que ter noção de que o Maranhão ele é caracterizado por ser um estado com um extenso território. Então, atualmente são mais de 300 milhões de quilômetros quadrados de área distribuída em 217 municípios. Isso segundo os dados do IBGE. É importante também destacar que apenas 9% dessas terras elas pertencem hoje aos povos indígenas. E por que eu estou tocando nesse aspecto? Porque falar da conquista e ocupação do território do Maranhão do ponto de vista do processo colonizador é falar de um processo de usurpação das terras indígenas. A gente sabe que a prática de conquista e ocupação do Império Ultramarino português ela se pautava em três questões fundamentais para a coroa portuguesa que era a ocupação do território a partir de guerras fundamentadas a partir de uma ideologia. Os processos também de relações dinásticas, de casamentos entre coroas e monarquias. E também o processo de negociação entre grupos de monarquias que acabavam também gerando esse processo de anexação e expansão do território. Então, o que antes era território dos povos originários a partir do século XVII, mais especificamente já no século XVI tornou-se conquista ou ocupação em posse das coroas ibéricas justamente na lógica de um capitalismo mercantil. Então, para que nós possamos entender como é que acontece esse processo de conquista ou ocupação do Maranhão é preciso entender o contexto global e também o processo de transição do mundo que antes era mediterrâneo e passa a ser pensado a partir de uma lógica atlântica. A efetivação da ocupação do território foi processual ao longo da segunda metade do século XVII e primeira metade do século XVIII mas já havia uma noção extensa desse território decorrente dos processos de navegação não só da coroa portuguesa mas também de outras nações e monarquias europeias. Ok, então agora a segunda pergunta. Qual a importância que a França equinocial teve na inserção do Maranhão no cenário colonial? Para entender também esse processo é preciso entender contextos históricos específicos que nós vamos chamar de singulares em relação à conquista ou ocupação do Maranhão que é a empresa colonizadora francesa no Maranhão mais especificamente entre 1612 e 1615. Então existe um conjunto de produções que nós chamamos de historiografias tradicionais que vão dar uma visibilidade para o período da França equinocial como um processo de conquista, de fundação da cidade de São Luís e a efetivação de uma colonização francesa no Maranhão. Para entender o Maranhão nesse contexto é preciso entender dentro da lógica da União Ibérica. Então a presença da França foi extremamente significativa para que a coroa dual naquele contexto que precisava estabelecer uma conquista da região norte da América Portuguesa até para evitar que essas nações que frequentavam os mares pirateando, estabelecendo relações de comércio fossem sanadas e que de fato a conquista daquela região acontecesse não só do Maranhão, mas da Amazônia colonial como um todo. Certo, agora para encerrar nossa conversa vai a última pergunta. Após a expulsão dos franceses, qual papel desempenhou o Maranhão no Brasil colonial? Então, o Maranhão se efetiva com uma conquista portuguesa e aí nos documentos do Conselho Ultramarino é recorrente nós observarmos essa expressão a conquista do Maranhão e depois, com essa ativação da criação do Estado após 1621, o Estado colonial do Maranhão, o Estado do Maranhão e Grão-Parato. Então, o Maranhão passa a ser um lugar de oportunidades para a coroa portuguesa expandir as suas áreas coloniais e também singular, porque não é o Brasil. O Maranhão, nesse contexto, até a segunda metade do século XVIII ele é um Estado independente do Brasil. E com isso, depois de ter respondido essas três perguntas nós chegamos ao fim do primeiro episódio do podcast Ei, Escuta Aí e é claro que a gente não pode deixar de agradecer a presença do professor doutor Eloy Abreu Professor, muito obrigado por ter participado dessa entrevista. Bom, então quero novamente agradecer a oportunidade da equipe do podcast Ei, Escuta Aí e espero ter contribuído e é isso. Obrigado. E você ouvinte, se gostou desse episódio, não se esqueça de curtir, comentar e compartilhar. Nos vemos no próximo episódio e até mais. Legendas pela comunidade Amara.org