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CNU -  Diagnóstico, tratamento, prevenção e Monitoramento de Doenças Transmissíveis

CNU - Diagnóstico, tratamento, prevenção e Monitoramento de Doenças Transmissíveis

Guilherme Gasparini

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Prof. Guilherme Gasparini - CNU - Bloco 5 Eixo 3

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The speaker, Guilherme Gasparini, is a strategy professor and will discuss topics 5.1 and 5.4 related to the diagnosis, treatment, prevention, monitoring, and eradication of communicable diseases. He emphasizes the importance of considering the social context of these diseases and how vulnerable populations are affected. The speaker mentions the national unified competition and the relevance of social contexts in disease control strategies. He introduces the concept of health surveillance and its role in preventing and managing diseases. The speaker also highlights the importance of compulsory notification of diseases and the use of the SINAM system for monitoring and planning actions. He summarizes key words related to the monitoring and eradication of communicable diseases, such as prevention, active search, case identification, testing, early diagnosis, notification, timely treatment, and follow-up. The speaker then focuses on leprosy (ranceniase), describing its dermatoneurological Olá corujas, tudo bem com vocês? Meu nome é Guilherme Gasparini, sou professor de estratégia com cursos e aqui eu vou comentar com vocês sobre os tópicos 5.1 e 5.4 especificamente. Esses tópicos estão relacionados ao diagnóstico, tratamento, prevenção, monitoramento e erradicação de doenças transmissíveis. E sempre quando eu falar pra vocês nessa meia hora de conversa sobre doenças transmissíveis, eu quero que vocês pensem no contexto social dessas doenças. O concurso nacional unificado e as referências cobradas pelo concurso, elas estão muito alinhadas aos contextos sociais dessa doença, ou seja, quais são os públicos mais vulneráveis para essas doenças? O que o governo, o sistema único de saúde, o que os sistemas de saúde estão fazendo para mitigar essas doenças? E como é o contexto de vigilância e saúde sobre essas doenças? Quando estou falando, por exemplo, sobre tuberculose e ranceníase, eu estou falando de doenças onde a incidência delas são muito maiores em públicos vulneráveis, em pessoas privadas de liberdade ou presos, em pessoas morando nas ruas, pessoas em situação de rua, ou seja, são públicos vulneráveis e que provavelmente esse pano de fundo cairá na sua prova. Combinado? Então, gente, o tópico 5.1 e 5.4 será abordado de forma resumida para você ser preparado e também um resumo de todo o contexto do que vocês estão estudando, ok? Beleza, então, quando eu falar sobre as doenças, eu quero que vocês entendam um conceito essencial para a gente começar a conversar, que é o conceito de vigilância em saúde. Como o próprio nome já diz, vigilância, eu estou observando, estou monitorando as doenças e também o contexto de saúde para evitar a propagação ou o agravamento das patologias e das pessoas. Para isso, eu uso, por exemplo, a epidemiologia, uso também o planejamento e uso, como eu já disse para vocês, os contextos sociais, como os determinantes sociais de saúde, ou seja, os determinantes sociais de saúde, eles nos dirão, eles nos dizem, na verdade, que essa doença foi desenvolvida ou ela tem maior chance de desenvolvimento devido ao contexto em que a pessoa vive, certo? Como, por exemplo, saneamento básico, o tipo de moradia, o tipo de trabalho, a fonte de renda, o meio de educação em que ela convive, tudo isso influenciará para o desenvolvimento ou a possibilidade de desenvolvimento maior de algumas doenças em alguns públicos do que em outros, ok? Lembrando também, gente, que todas as doenças que eu comentar aqui com vocês são de notificação compulsória, ou seja, o sistema de saúde, o município, a unidade básica, o hospital, quem for que diagnosticar essa doença terá que notificar através de uma ficha de notificação individual. Essa notificação, ela é o ponto base da epidemiologia. Lembra que acabamos de falar sobre vigilância em saúde e um dos pilares da vigilância em saúde é a epidemiologia? E como que nós monitoramos essas doenças? Como que nós sabemos que um bairro, que uma cidade ou que um estado está sofrendo mais com tal doença do que outras situações? Por conta das notificações compulsórias. Só há trabalho se eu tenho dados, se eu tenho estatística. Então, portanto, a notificação compulsória ela é um papel fundamental sobre o monitoramento e erradicação dessas doenças. Então, eu vou notificar que foi diagnosticado alguns casos de tuberculose, ranceníase, sífilis congênita, o que for, na minha unidade. E essa notificação compulsória, ela vai alimentar um sistema. Esse sistema, gente, vocês já ouviram falar provavelmente, é o famoso SINAM, Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Esse sistema, ele é a base da epidemiologia para praticar a vigilância em saúde e efetivamente fazer o monitoramento e o planejamento das ações para erradicação dessas doenças. Combinado? Então, o ponto-chave do monitoramento e erradicação é a vigilância em saúde, através de notificação compulsória, através do SINAM. Ok? Beleza. Então, para eu não, para não cansar o ouvido de vocês, eu vou também resumir aqui algumas palavras-chave, gente, que eu gostaria que vocês guardassem. Sempre quando eu falar dessas doenças, tuberculose, ranceníase, sífilis congênita, HIV, hepatite, eu quero que vocês entendam que o monitoramento e a erradicação dessas patologias possuem algumas palavras-chave, tá? Como, por exemplo, prevenção. Para evitar, para eu erradicar essas patologias, primeiro eu vou precisar prevenir que elas aconteçam, certo? Vou fazer busca ativa. O que que é isso, gente? Então, primeira palavra, prevenção. Segunda palavra, busca ativa. Ou seja, a tuberculose, por exemplo, uma doença infectocontagiosa, altamente contagiosa através das gotículas do aerossol, ou seja, eu falando, eu espirrando, eu tossindo, eu transmito ela facilmente para o ambiente, eu preciso identificar o quanto antes as pessoas que têm tuberculose para evitar que essa doença propague. Isso é chamado de busca ativa. Eu ativamente vou buscar os pacientes, eu não vou esperar que eles venham até mim. Muitas vezes não vem. Por quê? Vamos pensar, por exemplo, numa pessoa em situação de rua. Eles não vêm buscar o sistema de saúde. Nós que temos que ir até ele. Ah, Guilherme, mas, nossa, por que que ele não busca? Não é gratuito? Sim, gente, mas ele não buscando, não vamos entrar em contextos sociais, mas eles não buscando, a doença vai continuar se propagando pela comunidade. Então, primeira palavra, prevenção. Segunda palavra, mágica aí, para vocês memorizarem o monitoramento e erradicação das doenças transmissíveis. Busca ativa. Terceira palavra, identificação de casos. Identificar os casos, ok? Quarta, testagem. Para eu saber quem tem a doença, eu preciso testar, certo? Para eu saber se uma mulher que está grávida, ela tem sífilis, eu preciso testar. Se essa criança vai nascer com sífilis, eu preciso testar a mãe que está grávida. Diagnóstico precoce, para evitar que essa doença propague. Notificação. Olha, eu tô falando todas as palavras, tá? Notificação, para alimentar o sinã. Tratamento em tempo hábil e acompanhamento. Gente, todas as palavras chaves, elas estão aqui para facilitar a sua vida, tá? Prevenção, busca ativa, identificação do caso, testagem, diagnóstico precoce, notificação, tratamento em tempo hábil e acompanhamento. É assim que se monitora e assim que se erradica as doenças transmissíveis, beleza? Bom, agora vamos efetivamente falar sobre as patologias especificamente. O primeiro tópico que eu gostaria de abordar com vocês é sobre a ranceníase. Gente, a ranceníase, ela é uma doença dermatoneurológica. O que é isso? Dermato-pele, neurológica-nervo. Ou seja, o bacilo, chamado de bacilo de rancen ou mycobacterium leprae. Leprae vem de lepra. Lembra da bíblia, uma das doenças mais antigas da bíblia? Pois é, a lepra, gente. Então, a ranceníase, ela é uma patologia causada pelo mycobacterium leprae e ela afeta, ela tem tropismo. Esse bacilo, ele adora células da pele e células nervosas, ok? Por isso que na ranceníase, um das sinais e sintomas mais específicos dela são manchas, manchas brancas, ok? Enquanto no nervo, o comprometimento vai atrofiar o nervo, certo? E vai deformar o membro. Por exemplo, quando a ranceníase fica em uma pessoa e essa pessoa não é tratada, ela vai, primeiro, tendo anestesia no local onde a ranceníase está sendo afetada. Ela vai começar a ficar anestesiada na mão, ela não está perto do fogo, não sente queimar. Por quê? Já está tendo um comprometimento nervoso. Depois, essas lesões, elas vão começar a atrofiar e a mão, ela fica em uma mão em formato de garra, tá? Os pés também em formato de garra, o olho dá uma caída, porque o bacilo de rancem começa a afetar os nervos periféricos. Então, nas rancenias, gente, apesar de não ser uma doença com alta patogenicidade, ou seja, ela demora a causar as lesões específicas que eu estou comentando com vocês, ela é uma doença muito importante, porque ela causa a incapacidade física. Por isso que está no seu edital. É uma doença de grande importância à saúde pública, ela é, de certa forma, silenciosa, ela pode ficar quietinha de dois a sete anos. Então, você adquire a ranceníase e ela fica quietinha no seu corpo de dois a sete anos. E, posteriormente, ela começa a surgir os sinais e sintomas dermatoneurológicos, ok? A transmissão dela se dá por via aérea também, ok? Por gotícula, por aerossol, e eu devo lembrá-los que eu tenho separação. Para eu fazer esse diagnóstico, eu vou diagnosticar essa ranceníase através do exame físico e exame clínico e laboratorial. Só que, basicamente, o meu diagnóstico é clínico, avaliando pele e avaliando nervos, tá? Depois de avaliar a pessoa, eu tenho duas classes que eu posso colocar essa pessoa que tem ranceníase. A classe palcibacilar e a classe multibacilar. Gente, a classe palcibacilar são as pessoas que têm pouco bacilo no corpo. Tendo pouco bacilo, que é o agente que causa ranceníase, ela terá poucos sinais de sintomas. Pouco bacilo, poucos sinais de sintomas. São pessoas que apresentam até cinco lesões de pele e a baciloscopia, que é o exame específico da ranceníase, olha o nome, baciloscopia, ou seja, visualização do bacilo, tá? Deu negativo. Então, são essas pessoas, essa classe de pessoas portadoras de ranceníase, classe palcibacilar, ela não é considerada uma importante fonte de transmissão da doença. Por quê? Ela tem pouco bacilo. Se ela tem pouco bacilo, a chance dela passar essa doença para outras pessoas é muito baixa. Tudo bem? Agora, a classe de grande importância para a saúde pública são as multibacilares. Essa sim, olha o nome, multibacilar, muitos bacilos. Essas pessoas, elas são fonte de infecção e manutenção da cadeia epidemiológica da doença. Elas que nós temos que nos preocupar, fazer o diagnóstico precoce, a busca ativa por essas pessoas, certo? Tratar elas e monitorizar elas. Beleza, gente? Então, ranceníase causada pelo bacilo de rancen, transmitida pela via aérea, os sintomas são dermatoneurológicos e eu posso classificá-las em palcibacilar e multibacilar. Quem é importante para mim? Pacientes multibacilares, eles que mantêm a cadeia epidemiológica da doença. Beleza? O tratamento tanto da ranceníase como da tuberculose, que nós vamos falar já já, é pautado na poliquimioterapia única, gente. Tratamento totalmente, diretamente observado, combinado? Ou seja, ele tem que ir pelo menos uma vez no dia tomar a medicação no posto de saúde ou alguém do posto de saúde tem que ir em casa administrar a medicação para ele. Por quê? Porque são doenças que podem ser transmissíveis para a comunidade e é necessário ficar atento. Combinado? Tanto tuberculose quanto ranceníase são doenças com tratamento diretamente observado, ok? Bom, o monitoramento da ranceníase, qual que é o principal objetivo? Fazer a buscativa dessas pessoas, identificar, tratar e diminuir a transmissão comunitária e efeitos crônicos da ranceníase, como deformidade e incapacidade física. E como que eu vou monitorizar, fazer o monitoramento dessa ranceníase, gente, na comunidade? Eu tenho sete etapas, que inclusive está no nosso pdf. A primeira etapa, como eu já falei pra vocês, é a vigilância epidemiológica, certo? Eu vou fazer a vigilância epidemiológica, depois eu vou fazer a definição do caso, posteriormente a descoberta do caso. Depois que eu descobrir o caso, eu vou notificar, vou acompanhar, eu vou ter o resultado do tratamento e a investigação epidemiológica do contato, ou seja, as pessoas que tiveram contato com essa pessoa também serão investigadas, porque elas podem estar contaminadas sem saber. Combinado, gente? Basicamente, todas aquelas palavras-chave que eu comentei com vocês, estão aqui no monitoramento da ranceníase em sete etapas, ok? Reforçando, vigilância, definição de caso, descoberta de caso, depois que foi diagnosticado, notificação, eu preciso notificar, acompanhamento desse caso, o resultado do tratamento, se teve cura e investigação de quem essa pessoa entrou em contato, fechado? Agora vamos falar sobre a tuberculose. Gente, basicamente, ela é muito semelhante a ranceníase. A tuberculose, ela é transmitida também pela via aérea, por aerossóis mais especificamente, aerossol são micropartículas que ficam circulando no ar e é uma doença de alta transmissibilidade. Diferente da ranceníase, que ela possui, a ranceníase não possui alta patogenicidade, ou seja, ela demora a causar dano prospedeiro. A tuberculose não é assim, ela possui alta transmissibilidade, ela transmite facilmente e também alta patogenicidade. Ela causa danos facilmente também, especialmente na via aérea superior, nos pulmões e na via aérea. Quem causa tuberculose? Qual que é o agente da tuberculose, meu povo? Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de co, ok? Bem semelhante aí a ranceníase. Os sinais e sintomas, diferente da ranceníase, que são dermatoneurológicos, na tuberculose eu tenho puramente sinais e sintomas respiratórios, ou seja, uma tosse maior do que três semanas, uma febre vespertina, uma sudorese, que é o suor noturno de molhar a cama mesmo e o emagrecimento rápido. Se vocês já ouviram alguma entrevista ou leram algum livro do professor Drauzio Varela, ele comenta, na época em que ele fazia os estágios e também os trabalhos voluntários nas prisões, que lá tinha muita tuberculose. Por que? São públicos um ambiente fechado com muitas pessoas. Quando uma pessoa tem tuberculose, basicamente quase todas são contaminados naquele ambiente. Beleza? É uma doença importante para a saúde pública, então ela é de notificação compulsória semanal. É uma doença que eu tenho que notificar também. Beleza? O tratamento também é diretamente observado, então eu tenho que ver o paciente tomando a medicação ou ele tem que tomar aquela medicação e basicamente o tratamento dura por seis meses. O maior ganho, gente, o maior objetivo do monitoramento da tuberculose é fazer a busca ativa também e mitigar a transmissão comunitária da tuberculose, porque é uma doença altamente transmissível. Combinado? Então, atenção com tuberculose, gente, com concentração humana, muita gente, um espaço muito pequeno, pessoas privadas e liberdade, habitação e saneamento está totalmente relacionada a essa doença. Lembra no começo da nossa conversa que falamos sobre o pano de fundo social, sobre os determinantes sociais de saúde? Sabemos que pessoas que moram em casas com pouco cômodo e muita gente, com pouco saneamento, com pouca educação em saúde, com pouco acesso à saúde, são as pessoas que mais provavelmente vão ser contaminadas e agravadas pela tuberculose, apesar de ter medidas de prevenção por ela. Eu posso prevenir a tuberculose? E qual que é a principal forma de prevenção da tuberculose? Vacinação. Ué, Guilherme, mas possui vacinação para BCG, para tuberculose? Possui, acabei de dar a resposta sem querer. A BCG, da gente, a BCG, o bacilo de Kalmett-Gering, é a primeira vacina que você toma quando você nasce, é a vacina da marquinha. Se você olhar o seu braço esquerdo, geralmente, você tem a marquinha da vacina, tá? E essa marquinha, gente, é da vacina BCG, pra evitar que você desenvolva as duas formas mais graves da tuberculose, tudo bem? Beleza? Então, a principal prevenção da tuberculose é a BCG. Bom, o foco da política pública para evitar a tuberculose, para evitar a contaminação e a disseminação da tuberculose, gente, são aí o controle, a identificação dos sintomáticos respiratórios, tá? Ou seja, lembra que eu acabei de comentar que os principais sintomas da tuberculose é respiratório? Então, pra eu controlar ela, eu preciso saber quem são os sintomáticos respiratórios. Além disso, como é uma doença altamente transmissível, eu preciso saber quais foram as pessoas que entraram em contato com a pessoa com tuberculose, porque eu preciso investigá-las também. Eu preciso observar a população de risco, como eu já falei, tá? É muito mais comum também pessoas, né, em uso de drogas pela situação em que vive, tá? Pela queda da imunidade e outros fatores sociais, tudo bem? E também pessoas com portadores de doenças debilitantes, como por exemplo o câncer. Combinado? Então, é dessa forma que eu identifico e também eu vou mitigar a tuberculose na comunidade e o monitoramento e erradicação dela, através da prevenção da vacinação com a BCG, ok? Com a identificação de sintomáticos respiratórios, com a investigação das pessoas que estiveram em contato com essa pessoa que foi diagnosticada com tuberculose, com a identificação da população de risco e também as pessoas que são mais propensas a essa doença. Combinado? Agora nós vamos falar sobre a sífilis congênita. Como o CNU, ele só cobra sífilis congênita, gente, é importante que nós devemos lembrar que a sífilis congênita, ela é específica. Eu tenho vários tipos de sífilis. A primária, a secundária, a terciária e por aí vai, tá? Mas eu quero especificamente aquela em que a mãe transmite para o filho, ok? A mãe transmite para o filho, ainda durante a gestação, o treponema pálido, que é o agente transmissor da sífilis. Ou seja, a mãe contaminado com o treponema passa para o filho e o filho nasce com sífilis e isso é grave. Combinado, gente? Isso é chamado de transmissão vertical de mãe para filho. Combinado? Para isso, para que isso não ocorra, gente, para eu monitorar e fazer também a erradicação dessa doença, eu preciso o que? Diagnosticar precocemente. E como que eu diagnostico precocemente essa mãe que está em risco e nem sabe? Fazendo o pré-natal adequado e também o pré-natal do seu parceiro, porque o parceiro também está contaminado. Não adianta eu fazer apenas o tratamento da mãe e também não adianta eu diagnosticar apenas a mãe. Eu preciso tratar e diagnosticar o parceiro também. Combinado? Então, a principal forma de se evitar a sífilis congênita e fazer o monitoramento e a erradicação dessa doença é fazendo o pré-natal adequado, uma testagem pelo menos duas vezes na gestação. Eu tenho que testar essa mãe no começo da gestação com sífilis HIV e no sétimo mês de gestação. E quando essa mãe internar para fazer o parto ou ter a criança, também fazer o teste. Tudo bem? Então, pelo menos duas vezes eu preciso testar essa mãe durante a gestação, no começo da gestação e no sétimo mês, que é a vigésima oitava semana de gestação. Combinado, gente? Os objetivos para o controle e monitoramento da sífilis em gestante, basicamente, é controlar a transmissão vertical. Veja que o foco agora é a gestante. Por que eu vou fazer esse controle e monitoramento da sífilis na gestante? Para controlar a transmissão vertical. Eu não quero que a criança nasça com sífilis. Além disso, para acompanhar o comportamento da infecção na gestante parturiente. Tudo bem? Bom, e que ações eu vou fazer para que isso ocorra? Primeiro, lembra das palavras-chave que eu comentei com vocês lá no começo. Testar. Eu tenho que testar todas as gestantes. Eu tenho que fazer um pré-natal adequado. Tá bom? Pelo menos duas vezes durante a gestação. Começo da gestação e também no sétimo mês, a vigésima oitava semana. Depois, gente, de testado e diagnosticado, eu tenho que tratar adequadamente a gestante. E depois, eu tenho que tratar adequadamente os parceiros. Essas são as ações que eu vou fazer para controlar a transmissão vertical da sífilis congênita. Combinado? O foco desse grupo aí, que eu vou observar, são a gestante e o parceiro. Agora, os objetivos para controlar e monitorar a sífilis congênita. Não confundam, acabamos de falar da sífilis em gestante. A gestante vai transmitir a sífilis para a criança. Essa criança, quando ela nasce com sífilis, eu vou ter objetivos e ações para essa criança também. Quais são eles? Os objetivos para essa criança, gente, é controlar a transmissão vertical, certo? Mesma coisa da sífilis gestante, e acompanhar o comportamento da infecção na criança. Além de avaliar a qualidade da atenção prestada, ok? O grupo, o foco desse tipo de ação, gente, desse tipo de objetivo, vai ser todas as crianças nascidas de mãe com sífilis. E todo indivíduo com menos de 13 anos com suspeita de sífilis. Tudo bem? Então, eu tenho os objetivos e ações para as mães com sífilis, e eu tenho os objetivos e ações das crianças que nascem com sífilis, tá? E quais são as minhas ações para essas crianças que nascem com sífilis? A captação da gestante, certo? Para evitar isso. O teste da gestante, que nós já falamos. O tratamento adequado da gestante e do parceiro, já comentamos, ok? O tratamento da criança e a notificação do caso se a criança nasce com sífilis. Ok, gente? Beleza? Essas são as medidas no caso de sífilis. Agora, vamos falar sobre o HIV. E o HIV, gente, ele está muito semelhante a todas as políticas e ações e objetivos que nós já comentamos. O HIV, assim como sífilis, assim como tuberculose, assim como ranceníase, é uma doença com pano de fundo social muito grande. Ou seja, a maioria das pessoas que possuem HIV, elas têm um estigma social e, por vezes, acabam dificultando a busca do tratamento e a busca do diagnóstico precoce dessa doença. Está muito relacionado às populações vulneráveis, como homens que fazem sexo com homens, pessoas trans, profissionais do sexo, parceiros sorodiscordantes, que são as populações mais vulneráveis para contrair o HIV. Tudo bem? Além disso, a transmissão, devo lembrar vocês, ela é sexual, ok? É sanguínea por compartilhamento de agulha, por exemplo. Ela é vertical, assim como a sífilis, de mãe para filho, e ela pode ser também ocupacional. Eu, como profissional da saúde, no meu caso, por exemplo, eu posso me contaminar com o paciente soropositivo e contrair o HIV. Tudo bem? Obviamente existem medidas de profilaxia para isso e nós não vamos entrar no contexto porque isso não vai cair na sua prova. Combinado, gente? Bom, e quais são os objetivos, gente, para controlar e monitorar o que a gente pode fazer para erradicar e monitorar o HIV? Gente, identificar gestante, parturiente, puérpera, criança, adultos e públicos vulneráveis com HIV. Lembra das palavras-chave. Identificar, monitorar a incidência de HIV, certo? E avaliar a execução de protocolos de tratamento, de profilaxia, educação e saúde. Combinado? Lembre-se que todas as doenças que nós comentamos têm um pano de fundo social. Isso é importante lembrar e é isso que vai cair em sua prova. Combinado? Posteriormente, nós temos as hepatites, que são diversas e eu vou falar basicamente de quatro hepatites para vocês. Hepatite A e E, a B e a C. Eu quero uma atenção especial para a hepatite A e hepatite E. Essas hepatites, gente, elas estão muito mais relacionadas ao contexto social também. Porque são hepatites que são adquiridas por falta de saneamento, por baixos índices socioeconômicos. Ou seja, pela falta de saneamento básico, pela falta de esgoto tratado, pela falta de água encanada, pela falta de acesso à saúde. Essas pessoas, elas acabam ficando mais susceptíveis à infecção pela hepatite A e hepatite E, que é transmitida pela via fecal-oral. Ou seja, através de contaminação de alimentos e água, essa pessoa adquire hepatite A e hepatite E. Mas como é que se contamina o alimento? Através da exposição a redes de esgoto, arroedores e todos os outros problemas sociais encontrados nesse público. Ok, gente? Então a hepatite A e hepatite E, ela tem forte contexto social e é mais comum nas crianças de primeira infância. Principalmente aquelas que vivem em gatinho, que fica em contato maior com o chão. Combinado? A hepatite B, ela tem uma forte associação por via, transmissão por via parenteral. Também pela via sexual. É uma doença considerada de transmissão sexual também. Então a hepatite B, ela também pode ser contaminada por via parenteral. Ou seja, através de compartilhamento de agulha, manicure, pedicure, tatuagens de materiais contaminados e também por via sexual. E a hepatite C também funciona dessa mesma forma. Só que a hepatite C, ela é muito mais comum na via parenteral, que é o compartilhamento de agulha, manicure, pedicure, tatuagem, tudo isso que a gente falou da hepatite B. Então, hepatite A e hepatite E, transmitida por saneamento básico, por falta de saneamento básico, por condições e contextos sociais. Hepatite B e hepatite C, ambas são transmitidas por via parenteral. Ou seja, através do sangue, materiais contaminados, compartilhamento de agulha, manicure, pedicure, tatuagem, etc. Já a hepatite B, também é por via sexual. Já a hepatite C, não. É menos comum. Combinado? Bom, gente, e quais são as ações para prevenir as hepatites? Nós estamos falando de monitoramento, de controle, de erradicação dessas doenças. E o que pode se fazer para prevenir isso? Bom, primeiro, vacinação da hepatite A e hepatite B. Existe no calendário vacinal e você já tomou essas vacinas. Certo? Prevenção, através da vacinação. O aconselhamento, aí você pergunta, mas e outras hepatites? Gente, as outras hepatites não existe vacina. Combinado? Só hepatite A e hepatite B. Aconselhamento e testagem, tá? Ou seja, a busca ativa, o aconselhamento, educação e saúde e testar o público. Ver quem tem hepatite. Diagnóstico precoce e tratamento dos casos. Veja que tudo o que nós comentamos, todas as doenças transmissíveis, que nós comentamos aqui, principalmente do tópico 5.4 do edital, do bloco 5, eixo 3, o tópico 5.4, as palavras que nós comentamos lá no começo da conversa, elas estão presentes em todas as ações de controle, monitoramento e erradicação das doenças, tá? E eu vou ler elas de novo para vocês. Prevenção, busca ativa, como que a gente previne? Poxa, tem várias formas, mas a principal, vacina, para quem tem vacina. Busca ativa, identificação de caso, testagem, diagnóstico precoce, notificação, tratamento em tempo hábil e acompanhamento. Essas são as palavras que eu gostaria que vocês lembrassem. Combinado, gente? Beleza? Eu espero que eu tenha sido claro na minha explanação, eu espero que tenha facilitado o processo de entendimento, tá bom? E não se esqueçam que, provavelmente, o que será, o que vai cair das provas sobre doenças transmissíveis no CNU, vão ser doenças que estão vinculadas a contextos sociais, tá? E as perguntas também serão nesse padrão, nesse parâmetro. Para nós, acaba sendo nítido, né? A vertente utilizada no edital, nesse concurso nacional unificado, tá bom? Combinado? Beleza, pessoal? Então, gostaria de agradecer a paciência. Muito obrigado e até breve.

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