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The program discusses the expression "dito cujo," which is commonly used in informal speech to refer to someone or something without mentioning their name. However, from a formal and educated perspective, the word "cujo" is a relative pronoun used to indicate possession and should not be used in this way. In formal writing, such as in the Enem exam, the phrase "dito cujo" is incorrect. If we were to use the pronoun "cujo" formally, the sentence would have to be longer and more complex. The conversation aims to help listeners understand when to use "dito cujo" correctly. Você já ouviu falar, ou mesmo já fez uso da expressão dito cujo? Pois bem, essa é a pauta do programa de hoje, sugerida pela Carla Aguiar, servidora do IFPB, a quem agradecemos desde já pela contribuição. Cordiais cumprimentos a cada um de vocês que nos fidelizam com sua honrosa audiência neste quadro diário de nossa rádio Educativa FM Campina, estendo as saudações ao nobre João Paulo, que na mesa de som gerencia aí todo o áudio da Educativa FM, e a todos que fazem essa grande emissora. É muito comum a aplicação dessa expressão em frases do tipo, você ouviu o que o dito cujo disse hoje? Vamos mudar de assunto, porque a dita cuja já vem chegando. Pois bem, esse modo de fala é geralmente empregado em sentido remissivo, ou seja, para fazer referência a algo ou a alguém que faz parte de uma conversa, e possui o objetivo de indicar pessoa ou objeto que não se quer dizer o nome. E neste contexto de oralidade informal, é bastante compreensível por parte dos usuários. O problema é que do ponto de vista formal, culto, a palavra cujo é um pronome relativo. Isto é, serve para relacionar dois substantivos, um antecedente e outro posterior, com sentido de posse. Logo, não há previsão gramatical para aceitar como correta a forma dito cujo. Na prática, isso significa que no uso informal, utilizar dito cujo tem uma funcionalidade, um objetivo claro, mas em textos formais, como a redação do Enem, por exemplo, não pode. Note que na estrutura de dito cujo, não há relação de anterioridade e de posterioridade, nem mesmo a sentido de posse. Por isso é que se trata de uma construção informal da língua. Caso pretendêssemos usar o pronome cujo de modo formal, num contexto similar ao que existe no modo popular, a frase teria que ser construída basicamente da seguinte forma. Vamos mudar de assunto, porque a pessoa de cuja situação estamos falando, já se aproxima de nós. Não é difícil de perceber que a frase fica bem mais longa, não é verdade? Por isso que eu destaquei anteriormente que a fala popular tem seus objetivos, por exemplo, de dizer uma determinada informação de modo muito bem mais sintético, mesmo que inadequado em ambiente masculto. Espero, pessoal, que essa conversa de hoje tenha ajudado vocês a entender melhor as situações de uso da expressão dito cujo. Sigo disponível para atender às dúvidas diversas. Faça como o Carla Guiá e contribua conosco enviando sua proposta de tema para as próximas audioaulas. O e-mail é golberi.rodrigues.edu.br Espero lá a sua inquietação, a sua dúvida, a sua angústia ou observação geral sobre nossa língua portuguesa. Meus cumprimentos. Até mais.