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The first episode of the Radioatividade podcast discusses the World Youth Day event that took place in Portugal. The hosts interview guests who share their expectations and experiences of the event. One guest discusses their previous participation in a World Youth Day in Germany, while another talks about the logistics and organization of the event. They mention the accommodation, meals, and transportation, highlighting the chaos in Lisbon but the smoother experience in Almada. Overall, they express the significance of the event in terms of faith and the opportunity to meet people from different backgrounds. Sejam bem-vindos ao primeiro episódio do podcast Radioatividade, o meu nome é Francisca Rabassa, o meu nome é André Santos, e para este episódio temos aqui dois convidados especiais, Beatriz Nina, da nossa turma, e o professor Sérgio, professor do Moral. Muito obrigado. Sejam bem-vindos. Obrigada. Pronto, para este primeiro episódio, para começarmos esta caminhada deste projeto da Associação dos Estudantes, vamos abordar um tema, nomeadamente as Jornadas Mundiais da Juventude. Como muitos de vocês sabem, é um evento que se realiza poucas vezes, quatro em quatro anos, não estou em erro, e este ano, como também sabem, se realizou em Portugal, no nosso país. E pronto, temos aqui algumas perguntinhas para fazer aos nossos convidados, e nomeadamente uma das primeiras é quais eram as vossas expectativas e a realidade que de facto se viveu nas Jornadas Mundiais da Juventude. Começou? Bem, então, muito obrigado, obrigado por estar aqui. Estamos aqui num cantinho da EQ, maravilhoso, para fazer este programa, portanto, convido toda a gente que nos está a ouvir a vir cá depois, fazer esta experiência. Em cabeça da casa. Exatamente, mas está a ser bom. Então, para mim, a jornada... Bem, em primeiro lugar, eu como tinha participado anteriormente numa jornada, tinha imensa expectativa, porque gosto, em primeiro lugar, e porque foi cá em Portugal. Top! Podíamos contar em primeira mão como é que é. E por isso tinha esta expectativa de participar. Confesso que, enquanto fui preparar a jornada, vivi aqui alguns sentimentos de expectativa de se haveria de ir para a jornada com os meus alunos, e era uma coisa muito agradável para mim, gosto, tempo que nem se percebe que é uma coisa que eu gosto e que vivo de forma muito intensa, mas ao mesmo tempo com a família, com a minha mulher e os meus filhos. E por isso foi uma decisão difícil. Depois, na realidade, consegui ir, levei os meus filhos e consegui ter um bocadinho dos dois mundos. Consegui estar com os alunos e ir com a família. E por isso isso foi bom. Mas acho que depois posso contar mais coisas. Sim, nós temos uma pergunta para abordar a outra. E vou passar a Beatriz. Bom, eu, assim que eu ouvi falar do jornal, já sabia que eu queria ir, porque acho que é uma dinâmica muito interessante e que acaba por nos dar muitas vivências para a vida. Sendo honesta, eu não tinha muitas expectativas, só quando comecei a falar com o Sr. Sérgio, é que comecei a pôr aquele lixo de conhecer pessoas novas, desenvolver a vossa fé e comecei a ficar entusiasmada. Mas, ao mesmo tempo, também decidi não criar muitas expectativas, porque depois também não me entendo disso. E de, assim, de mente aberta e viver aquilo que me proporcionava, sem estar adicionalmente alolada, digamos assim. Pergunto-me o que o Sr. disse, um dos fóssegos que nós queríamos abordar era a comparação entre a JNJ, que o Sr. já numa aula referiu que fez, e a JNJ agora em Portugal com a família. Pois, exato. Então, eu estive na jornada de 2005, acho que foi em 2005, foi na Alemanha, foi em Colónia. Eu tive, assim, uma experiência diferente, porque eu fui voluntário na Alemanha. Fui como voluntário e fui como voluntário internacional. São voluntários de longa duração, vão uns meses antes e estão lá envolvidos. E acaba por ser uma experiência gira, internacional, e de perdermos aqui algumas seguranças. Portanto, eu fui como voluntário internacional. Mas foi sozinho? Fui sozinho, cheguei lá, só conhecia uma pessoa. Que era um espanhol. Um espanhol, o Tachi, que é um... Não é espanhol essa coisa, os nomes, assim, diferentes, o Tachi. E então, eu só não me lembro como é que eles me chamavam, mas, bom. E então, lembro-me de uma história lá na Alemanha, vou contar, só para, porque acho que é engraçado. Cada um de nós tinha que levar uma coisa típica do seu país. O que é que eu levei? Não ia levar bacalhau, né? Ou natas. Então, levei vinho de Porto. Teve um amigo meu que é provador de vinhos. Portanto, fui ter com ele para arranjar-me ir um vinho de Porto, como deve ser. Foi-me chamado. Então, vou eu para a Alemanha, de vinho de Porto. Na altura, ainda dava para circular com alguns líquidos, como deve ser. Levei duas garrafas de vinho de Porto. Este meu amigo, que é meu parentesamento, trabalha na Sagrado. Portanto, é o que faz os vinhos de Porto. A freirinha, não sei o quê. Então, leve duas garrafas de vinho de Porto. Supimpa, estou a dizer. Chego lá. Há uma noite internacional em que a malta servia. E eu apanho os tipos a beberem um vinho de Porto, em copos de plástico, cheios. E eu a poupar-me. E eu disse, não pode ser, então também abusei. E só para vocês verem o nível, houve um tipo polaco que levou vodka caseira numa garrafa de água. Portanto, procurando isso. Mas realmente, as realidades são muito diferentes. Isso que pensava da mãe. As realidades são muito diferentes. Mas depois tive esta experiência internacional. De conhecer a gente. Também porque tive que trabalhar com eles. E isto é um passo importante. E por isso, tinha esta expectativa de voltar a ter esta experiência internacional. Mais do que trabalhar com as pessoas, pelo menos de fé. E isso é uma coisa brutal. Mas dá para fazer uma comparação? Eu gostei mais dos anos 2005 ao 2023. São diferentes. São diferentes, mas tivesse que escolher. O que é que acontece? De honesta, fui com a minha mulher e com os meus filhos. E também foi em autores diferentes. Foi em autores diferentes. Mas foi assim um grande sucesso também. A maneira como se diz. É muito diferente. Porque eu, apesar de na outra ter sido voluntário de longa duração. E ter estado lá como voluntário de ouro durante muito tempo. Eu cá, como vocês sabem, fui voluntário também. Na viússa de setembro. Antes da jornada. E também tive essa experiência. Por isso, esta experiência cá foi espetacular. Mas há uma coisa diferente. Enquanto que a experiência cá foi uma experiência de doação. De coração. De dar de coração. E as pessoas que eu mais conheci, acabaram por ser portugueses. Também foi cá em Portugal. Mas também foram as pessoas com quem eu mais trabalhei. E eu conheci muito poucos portugueses. E foi uma experiência internacional tremenda. Mesmo filhos. Ao mesmo tempo. Poder levar os miúdos. E a mulher podendo viver aí sem a família. Top. Mas em termos de organizações. Tipo atividades, logísticas, coisas. Há muita coisa parecida. Porque as jornadas têm mais ou menos. Não é tudo igual. Mas têm mais ou menos alguns esquemas comuns. E por isso, há sempre uma chegada. Quando chega lá, uma missa inicial. Que nem sempre é com o Papa. Depois temos um momento de recepção com o Papa. Temos o momento da Via Sacra. Que é muito comum. Temos o momento da prevarinação. Para o sítio onde vai ser a vigília. E a missa. E por isso. Há coisas que são muito comuns. Do ponto de vista de atividades. Depois há atividades que vão mudando. Eu na Alemanha tive uma experiência que gostei muito. Que foi, tive muitos contactos com pessoas. Apesar da JMJ. Ser uma experiência católica. E a cumprir com o Papa. Na Alemanha. Tive uma experiência de conhecer muitos protestantes. E para mim isso foi muito giro. De conhecer pessoas. Uma nova realidade. Outra fé. De maneira de viver. E eu gosto muito disso. Da universalidade. Uma experiência de fé. De atualização da fé. Esta gente toda. Que está aqui. É comum. No dia a dia não é fácil. Porque nem sempre encontramos. E nem sempre encontramos. Esta gente toda. Muitas vezes na fé. Igrejas mais vazias. E isto é espetacular. Aquela gente toda que estava lá. Estava lá para rezar. Um milhão de pessoas. Um milhão e meio. Na vigília. Em cada oração. E de repente na oração. Há silêncio. É incrível. É uma cena. É uma cena. Toda a gente em silêncio. É uma experiência. De não estar sozinho na fé. Nós queremos que Deus esteja conosco. Mas depois de saber. Que Deus esteja conosco. É lindo. É lindo. E agora pegando um bocadinho nesse tópico de muita gente. Nós tínhamos aqui a curiosidade. Eu pelo menos. Gostava de ter ido às Jornadas Mundiais da Juventude. Acabei por não ir. Por outros motivos. Mas gostava de saber um pouco. Como é que com tanta gente presente. Como é que funcionam um bocadinho. As refeições. Porque havia peques que ofereciam as refeições. A higiene. Como é que funcionou um pouco. Era muita gente. Era uma logística perfeita. Eu acho que até correu bem. Porque nós pelo menos estávamos fora de Lisboa. Estávamos em Alamada. E como era um bocado a parte. Não havia tanta gente. Nós dormíamos. Comíamos em restaurantes que estavam perto. E como não havia tanta gente. Não havia tanta confusão. Eu sinto que as pessoas que ficaram em Lisboa. Eu admito que essa semana. Resumiu-se a comida do McDonald's. Porque era o que estava ao lado da escola. A última vez que tentávamos comer. Mesmo em Lisboa. Fomos ao Pinho Doce. Acho que foi no primeiro dia. Essa comida estava penosa. E a fila? Nós fomos buscar a hora do lanche. No jantar. A fila não acabávamos. Sempre que acabavam as lutas. Que eram ao fim do dia. E aquilo era horrível. Nós íamos para Alamada no final do dia. E comíamos lá os bens. Como não havia tanta gente na escola. Onde eu dormi. Eu tomava banho. Mais ou menos à meia noite. Mas não estava ali no espírito. E da minha imersão. Tínhamos aquele sonhete. Eu não sei. É aquilo era tudo novo. Com tanta gente. Eu sinto que estava lá. Mas como é que vocês se deslocavam de Alamada para o Chico da Manhã? Dentro de Alamada. Era com um metro de superfície. E apanhávamos o ferry para Lisboa. Mas isso não estava caótico? Nós estávamos em Alamada. A sorte que o grupo de colégio teve. Foi estar em Alamada. E estar fora de Lisboa. Mas ao mesmo tempo estar muito perto de Lisboa. Portanto, Lisboa. Era caótico. Andar dentro de Lisboa. Mas depois. Mas depois. Perto de Lisboa não estava tanto assim. Eles tiveram a experiência de apanhar o ferry. É verdade. Algumas vezes estava mais cheio. Mas quer dizer. Havia muitos mais horários do que o normal. E estava sempre cheio. E foi brutal. E ao mesmo tempo estavam ali. E a meia horinha punham-se onde era preciso. Eu agora dizer meia hora parece imenso. Mas na altura estamos a falar daquela gente toda a circular Lisboa. Meia hora é ótimo. Eu lembro que alguma vez andámos de comboio em Lisboa. Éramos certinho lá. Até que não dá para mexer lá dentro. E havia um senhor que não tinha nada a ver com o jornal. Ele estava só a fazer a vida normal dele. Eu estava bem na altura. Estava com o irmão ativo e com mais dois colegas. E ao mesmo tempo que ele estava lá a falar a queixar. Nós não temos culpa de nada que está acontecendo. Nós só queremos fazer a nossa vida. Não nos permitem. Dá vontade de mandar tudo para fora do comboio. E o irmão estava lá a falar com ele. A tentar-lhe explicar. Temos que compreender. Ele não está envolvido na normalidade. Mas no final ele acabou por reconhecer. E depois finalmente foi começar a ter uma experiência. A malta que acabou por não participar. Também se sentiu um bocadinho invadido. Invadiram a cidade. A vida deles ficaram-se um bocadinho... Eu por causa dos transportes. É aqui uma história engraçada também. A certa altura nós começamos a andar de transporte. Eu fui com a Maria João e com o Gonçalo e a Leonor. Nós fomos. Ficamos a casa de um amigo. Um do nosso filho mais novo. E então andámos de métrica. Só que andar de métrica com crianças é um stress. Com tanta gente. De repente há um que fica. Tínhamos combinado. Tu agarras um, eu agarro o outro. Tínhamos combinado. Houve uma altura que nós fomos mesmo para nos separar. E foi um bocado decepcionante. Eu agarrei e vou experimentar de carro. Como nós fomos de carro, vamos andar de carro. Então houve um dia que fomos para a feira das vocações. Que é na zona dos Jerónimos. Havia a feira das vocações. E mais alguma coisa qualquer. E os confessionários. Então eu digo, vamos de carro. Eu fui de carro para aquela zona em que toda a gente está a ir. Toda a gente achou. Tipo, é doido. Vai de carro. Eu nunca se assinei tão perto dos Jerónimos como daquela vez. Como tanta gente nos transportes públicos. Como tanta gente nos transportes públicos. Fui de carro. Foi mel. Tive essa sorte. Nesse dia, houve três pessoas que ficaram fora do comboio. Quando estávamos a sair desse aeroporto, apanhámos todos o comboio. Nós começámos a olhar à volta. Nós tínhamos meio de toque ao contário. E o 16, 17 e o 18 não estavam lá. E nós fomos. Nós olhamos para fora. Estão lá, tipo, eles. Tivemos que esperar meia hora. Depois foram eles no final. É mais ou menos meia hora. Nós agora andamos para trás e rimos. Estava-me atrasado de espera. Eu não lembro o que era, mas era uma missa. Eu acho que foi no dia da exceção ou da exceção do Papa. Nós ficámos super cá atrás. Ficámos mesmo no fim. Eu estive à vossa espera. Eu ia estar com a minha mulher e com os meus. E depois, o que é que ia fazer? Quando íamos, sentávamos-nos a passar, estar com o grupo. Todos os dias. Onde é que nós vamos nos encontrar? E por isso é que eu digo que foi o melhor dos dois mundos por conseguir estar com os aliados. Foi o melhor dos dois mundos. O senhor pensa que já falou um bocadinho aqui nisto, mas que influência é que teve esta jornada mundial na vossa fé? Na fé de cada um? Se ajudou? Se reviveu alguma coisa? Como é que vem esta oportunidade? Eu, na altura em que fui para as jornadas, eu estava num período de fé que estava mesmo a sentir tipo, ok, Deus existe, está cá. Então, eu sinto que foi tipo uma reassurance, como é que se diz? Reconfirmação. Foi meio que reconfirmar isso. E tipo, pronto, foi para lá, a viver aquilo mesmo, naquela de... Acredito, não foi tanto... Não fui no meio da tua perdida e que disse que voltaram a encontrar a Deus. Não, foi mesmo assim, de reconfirmar aquilo que eu já sentia. Mas achas que estivesse num desses períodos? Ah, eu acho que seria a ajuda da fé. Sim, a ajuda da fé, sim. Totalmente. Sim, e eu... E é o que é ser para fazer uma série. Tenho idade a brincar, mas quero responder se for uma série, mas... Então, estamos a passar uma fase em que na igreja se fala... Na igreja, no mundo, acho que se nota muito divisão entre conservadores e liberais, quase, sabe? Nota-se mesmo, um romper coisas. E na igreja também. Uma alta que quer mais uma ideia mais conservadora de igreja, uma alta que também acha que isto tem que se abrir para tudo, não sei o quê. E quando nós fazemos a experiência global, de todos estarmos a olhar no mesmo sentido, independentemente do... Da posição de cada um? Da posição de cada um. Em vez de estarmos a olhar uns para os outros, estamos a olhar no mesmo. Estamos a olhar para Deus, estamos a olhar para o Papa, que estamos a fazer a meia-dia que está a representar Deus, é uma experiência brutal. Para além disso, eu tive uma cena que foi muito bom, e eu acho que é um slogan que nós já todos ouvimos, se calhar, mas ouvir o Papa, a pedir para todos nós dizermos, vamos repetir, na igreja cabem todos, todos, todos. Foi espetacular. E o Papa, no sábado, em que nós estávamos a ir para o campo, para fazer, para termos a missa final, o Papa foi a Fátima. E quando foi a Fátima, o Papa, nós não fomos todos, mas eu depois consegui acompanhar para a televisão, o Papa diz uma coisa mesmo gira, que eu acho que é uma confirmação da minha fé também. O Papa diz, esta igreja, esta capelinha de Fátima, é representativa do que é que pode ser a igreja. Esta capelinha é uma coisa que eu quase nunca tinha, vejam lá, eu vou todos os anos a Fátima, eu quase nunca tinha pensado nisso. Esta capela não tem portas. E a igreja é isto. A igreja não tem portas, porque está aberta para todos. E estas mensagens do Papa durante a jornada, para mim foi uma confirmação de muito aquilo que eu faço. E que eu faço no dia a dia e que eu falo. E portanto, ver esta igreja aberta a todos, que quer acolher, este amor de Deus quer acolher, e o Papa reafirmar isto, e que foi lindíssimo isto, foi uma experiência brutal para mim. Agora tivemos muitas outras experiências também disto de universalidade. Eu acho que o Papa aqui também tem um papel importantíssimo, pronto, eu não costumo acompanhar assim muito de perto, mas parece-me que este Papa tem um papel e acho que faz por isso, para unir bastante a igreja. O professor tem mais visões de outros Papas antigos, mesmo quando nós não éramos nascidos. Mas eu penso que este Papa fez um trabalho espetacular e nesta jornada viu-se também isso, que foi um passo importante. Pronto, agora para escondelar aqui um bocadinho, tem aqui um tópico que eu vi através das redes sociais, mas qual foi... Não sei se o professor dormiu no Parque Tejo. Não dormi, com muita pena. Gostava de ter visto a parte de amanhã. Eu vi nas redes sociais que a malta que estava no Parque Tejo foi acordada pelo Padre Guilherme, através do DJ Padre Guilherme, com música. Eu gostava de saber como é que foi esta experiência de acordar, sem saber bem o que é que estava a passar, mas de aproveitar o momento. É assim, eu confesso que aquilo foi muito apesar, eu estava à espera e pronto. Eu tinha-me deitado nessa noite de duas e meia, duas, pronto. Também ninguém estava a dormir, sinceramente. Estavam-nos três naquela vez. É que vamos estar a cuidar, vamos estar a conviver e depois dormimos quando voltámos para Coimbra. Toda a gente acabou por dormir no final, mas eram seis e meia da manhã e eu estava a dormir e eu comecei a ouvir umas batidas e eu acordei assim um bocado, um bocado assustada. Está toda a gente a minha volta e eu estava a ouvir em cima assim, o que é que estava a passar? Estava-me a olhar para as telas e estava a olhar e mesmo a imagem direita, as batidas. E eu fiquei incrível, mas foi, não sei, como estamos naqueles períodos de jornadas, é que foi bem engraçado e estava toda a gente a curtir aquilo. Então vi a semana que era a última. Mas ele, pelos vistos, gosta de fazer isso, porque eu já vi. Eu já vi muitos mais vídeos dele a fazer. Sim, sim, ele também tinha aparecido no TikTok. Ele tinha mesmo uma conta no TikTok. Por exemplo, a Mavi, eu lembro que ela já ouvintea, porque ela dizia assim, eu tenho que ir para dormir. Sim, mas foi anunciado. E foi anunciado. Foi uma coisa muito engraçada. Eu acho que ficou na história como um mercado. E acho que foi tipo, não sei muito bem a barbaridade que estou a dizer, mas é tipo o maior concerto de DJ. Se não o maior, como é que foi? Como é que foi? Pois sim. Não é muito comum ver um padre assim. Sim, eu acho que também teve essa piada. Exatamente. Eu ainda não estava a perceber bem se ele era padre ou não. Isso foi giro. Perceber que a igreja tem muitas linguagens. Na Via Sacra ou Vadan, a Via Sacra foi uma experiência. Foi assim... Foi mesmo. Foi uma experiência. Depois havia umas pinturas. Teve um movimento e um envolvimento. A gente pode ver na televisão, mas eles diziam que gostavam muito de ter assistido ao vivo. Sim, foi brutal. E nós temos o certo de ficar assim bem à frente. Ficámos no centro, e ficava mesmo mais perfeito. E por isso teve isto, essa linguagem. No final da vigília houve um concerto. De manhã. Portanto, eu fiquei com eles na vigília. Eu fui ter com eles no final da vigília e fiquei lá assistir ao concerto. Parei às duas, duas e meia, vim embora. E portanto, teve muitas linguagens jovens. Direccionar para os jovens, mas também perceber que a igreja tem essa linguagem. E mostramos as dinâmicas lá no Parque das Prometidas. Até aquelas luzes que estavam no céu. Ah, sim. Na vigília, com drones, conseguiam escrever as palavras-chave em várias línguas. Havia muitas palavras-chave. Foi giro. E o Padre Guilherme foi uma dessas atualidades. Ou seja, tivemos em cima dos drones, tens um concerto, tens o Padre Guilherme, que é DJ, de canção. Eu acho que o Padre Guilherme até faz mesmo algumas discotecas. Sim, sim, sim. A sério? Sim, convidado, mas também que ele gosta. Chega no trabalho. Como eu disse há bocado, gostava de ter diversas jornadas. Eu estava no Algarve, no decorrer das jornadas. E depois, enquanto vinha da praia até a casa, ia acompanhando através do telemóvel como estavam a ser os eventos e as missas. E ao ver aquilo no telemóvel, foi aquele sentimento de se calhar devia ter ido, devia ter arriscado. E fiquei assim um bocadinho... E esses sentimentos são bons, também é bom, não é? E era pica. Fiquei assim a pensar se eu tivesse ido, se calhar estava ali a ver isto ao vivo. Eu, mesmo estando nas jornadas, às vezes tinha aquele sentimento de estou a perder coisas que estão a acontecer, porque aquilo era tanta coisa a acontecer ao mesmo tempo. Depois eu sentia, estou a perder isto, estou a viver isto que é ótimo, mas estou a perder aquilo que também está a acontecer. Mas depois, ao longo das jornadas, foi começando a conciliar. Não sei, eu gostei mesmo. Foi a mesma experiência no telemóvel. As jornadas, no geral, foram uma boa experiência, mas acredito também que tenha havido alguns constrangimentos e algumas experiências menos boas, se quiserem compartilhar. Mesmo, esta experiência do metro, da enchente, dos almoços, é mais pela enchente. Esse, para mim, não foi tão bom. É um bocado sobrevento, mesmo, estar no meio de tanta gente. Nós, a certa altura, mas foi por causa dos miúdos, começámos nós a fazer, a comprar, a fazermos em casa e a levávamos para os miúdos, porque com os miúdos não dá para estar numa fila uma hora à espera de comida. Tenho fome, tenho fome. Em cinco minutos, eles dizem várias vezes, imagina uma hora. Essa experiência não correu bem para mim. E depois, tenho ecos, e eu não vivi isto, mas, na vigília, nós tivemos muita sorte, porque nós ficámos à frente, muito próximo do palco. Eu tive a sorte, até depois de ficar mesmo no palco, porque fui convidado e estive lá no palco. Foi uma coisa mesmo fixe, mas na vigília. E eles ficaram muito próximo, mas a malta que ficou mais para trás, é que os dias, também é difícil, ficar muito para trás, não é tão bom. Perderam-se tão bem. Acho que foi no discurso de abertura do Papa, na missa de abertura, nós ficámos mesmo no fim. Havia um ecrã no tapete, mas não dava para ouvir quase nada, acho que eu não estava mesmo lá. Esse discurso em que ele falou de todos, eu reconheço que eu não ouvi com tanta atenção como ouvia as outras dinâmicas. Mas depois, tem outras coisas que não se ocupavam. Nós ficámos de manhã, as atividades eram mais à tarde. Também era tudo catequeses, como vocês sabem. Exatamente, catequeses, eucaristia, almoço, à tarde, atividade, encontro com o Papa, e à noite, concertos. Lembro-me uma vez... Olha, eu falei isso hoje. Nós estávamos na labirintologia, apareceram perguntas, e perguntámos para a Noca, como é que tinham ido sair à noite, ou tinham de chegar a um programa mais divertido, e ela disse que tinham ido... Por exemplo, ele tinha uma multidão ao pé do palco. Ele estava a ir à Casa de Banho, e a Casa de Banho, nós tínhamos de atravessar essa multidão para depois conseguir dar a volta e vir à Casa de Banho. Então, eu falei-lhe, por exemplo, vamos fazer um comboio, passamos lá pelo meio, e vamos à Casa de Banho, que assim é mais fácil. Então, nós começámos a fazer comboio, quando andamos por nós, já estávamos quase a chegar à Casa de Banho, veio um comboio, tipo, 30 pessoas atrás de nós. Mas é fazer comboio, ou é ir à Casa de Banho também? Não, não, não era ir à Casa de Banho, porque aquilo... Era fazer comboio... Não, é que vinha lá aproveitar, eu acho que as pessoas achavam nós impressionantes, só um comboio, tipo, a estar lá. Tipo, aqueles comboios. E como não eram portugueses, era bem tipo... Isso era uma coisa que acontecia, por exemplo, no final de uma celebração, uma coisa, as pessoas a descer a avenida, e toda a gente a cumprimentar-se, toda a gente a dizer olá, a mostrar alegria. Por exemplo, íamos nós a cantar o hino de Portugal, depois os franceses iam a cantar o hino deles, era muito engraçado. Não numa lógica de picança, mas ao contrário. Sim, sim, sim. E foi fixe. Eu não tive muitas experiências assim difíceis, mas a experiência da juventude, da noite, por exemplo, é uma coisa que eu acho que foi muito gira. Eu lembro-me uma vez, eu queria muito ir a um concerto, que era do COD, e eu queria tanto ir ao concerto, que era fixe eles irem. Mas ao mesmo tempo eles irem. Não, nós não queríamos isso. Nós queríamos outra cena. E isso foi giro, porque... E aqui tenho que me atacar a mim próprio. Isso é para cotas, para nós é outra cena. Era sentado também, eu lembro-me. E isso foi uma parte fixa da JMJ que foi. A liberdade de nós podermos ir ao que quisermos. Não havia uma cena que nós tínhamos, era obrigatório. Então isso é fixe, mas é uma daqueles eventos em que se vai, em que passa-se o tempo todo a rodar o terço. E é uma experiência. Eu vou aquilo porque me identifico, tu vais a outra coisa porque te identificas. Eu lembro-me, por exemplo, o único inconveniente é que a nossa escola fechava às 11. Nós tínhamos que ir ao estúdio, mas nunca ficávamos até tarde, porque tínhamos que voltar para a almada, jantar em a almada e ir para a escola, porque elas não se fechavam mesmo as portas. Então nunca aproveitámos até muito tarde. Apesar de eu vos ter dito, eu não poderia estar a dizer isto agora, pois não. Deixem lá, pá. Eles nunca mais vão ver. E eu não consigo, porque nós chegámos mais tarde. Como eu vos disse. Deram um rabete, mas depois agora nunca mais nos vejo. As vossas melhores recordações, os melhores episódios, aqueles que vão lembrar-se durante muitos anos, quando é que foram? Assim não imagino, mas foi na Via Sacra mesmo. Porque eu lembro-me que nós estávamos todos em um grupo e nós ficámos mais perto do palco. Aquilo foi muito bonito. E nós acabámos todos por nos emocionar muito. Praticamente toda a gente chorou. Acho que até toda a gente chorou mesmo, não querendo estar aqui hoje. Aquilo acabou e nós ainda tivemos meia hora, todos juntos, ali numa roda, abraçados, olhámos para os outros. Mesmo a interioridade que tinha acabado de acontecer, emocionados. Uma roda de gratidão, abraçar quem estava ao nosso lado, dizer obrigado, eu gosto muito de ti. Foi bem impactante. Até hoje é assim a memória que me fica das jornadas. Eu tenho que falar mais do que eu disse. Eu tenho boas cenas para dizer. Então assim, uma. Eu emocionei-me imenso quando finalmente cheguei, portanto vim cá, vim ajudá-los a entrar nos autocarros, aqui em Coimbra, tudo, quando finalmente cheguei com a minha família e juntei a minha família e os meus alunos, confesso que me emocionei muito. Agora estou neste momento um bocadinho emocionado porque foi mesmo bom porque juntei duas coisas pelas quais sonhei. Foi a minha família e sonhei muito com os meus alunos lá. Foi motivo de grande orgulho para mim vê-los lá. Foi uma alegria grande de Deus. Foi emocionante, estou agora emocionado. Depois, mais coisas. Na Via Sacra também foi emocionante para mim, mas a Via Sacra tive uma experiência diferente da vossa, que eu não fui para lá para a frente tanto, e depois eu fui com os meus com o Leonor e o Gonçalo de 4, o Gonçalo tem 4 anos e a Leonor tem 8. Eles levaram com cenas beatas naquelas semanas fazendo isso, até quando arrependemos de uma Via Sacra, coitado se nos perca. Mas a nossa Via Sacra fez gira porque nós estivemos na na Arzuda Marquês e nós paramos no McDonald's. Então, nós fomos buscar eu fui buscar comida ao McDonald's eu não sei como é que aconteceu isto eu tive a sorte, porque a senhora não deixava ninguém. Ela disse, eu me sigo com o tabuleiro do McDonald's para a rua. Então, eu trago um tabuleiro do McDonald's para a rua e fizemos um piquenique, a nossa família no locatrão do Marquês os meus filhos a comer no McDonald's, coitados, e a minha mulher ia-o arrasar. Portanto, foi essa a experiência. E então, os miúdos já pediram para fazer piquenique outra vez no McDonald's. Ah, gostaram! Mas não verá. Mas para mim foi giro porque consegui fazer isso e levar os miúdos. E depois, outra experiência gira. Toda a jornada foi importante para mim. E eu, por cuidado com os meninos, não ficámos para a Missa Final, porque achámos que era muita gente. Nós tínhamos imenso medo de perdermos os miúdos. E por isso, tivemos que ter uma atitude responsável e não fomos à Missa Final. Porque tínhamos medo de perdermos eles. Então, não fomos. Fomos embora. E nós fomos fazer férias. Saímos lá diretos para o sítio onde fomos fazer férias. Fomos fazer férias, nessa altura, para Nazaré. Fomos almoçar um peixinho e tal. Os miúdos, carne mesmo. E depois, vamos tirar a selfie. A selfie típica de família. Vamos fazer a selfie. Tiramos a selfie com a praia de Nazaré de fundo. Supimpa. E, quando estou a tirar a selfie, recebo uma notificação de uma notícia do observador em que o Papa falou aos voluntários e diz, apanhem a onda de Nazaré, apanhem a onda do amor. Quando estou a tirar, quando estou na Nazaré. Foi uma cena... Foi brutal, porque eu estava lá. Foi assim uma cena. E foi uma espécie de confirmação de tudo aquilo que vivemos até lá. Isso aqui também não é um momento em específico, mas também é o facto das pessoas estarem abertas a conviver. Ou seja, eu tinha pessoas que não conheci lá nenhum, que eram de outros países, e vinham ter comigo. Mesmo com interesse de conhecer. Nós também tínhamos uma coisa que era... Por exemplo, eu levei torres da universidade em miniatura. Depois trocava-se com estrangeiros. Eles diziam-me que eu tinha este aqui, que era a torre e tal. Ah, tens esta pulseira que eu trouxe e eu curti. Ou tens este calçar que é criativo. Isso também é engraçado, porque eu acabei por conhecer muita gente. E acho que ajuda a rezar. Depois que é a experiência toda, ajuda-nos pelo menos a estar um bocadinho mais próximo de Deus. E o rezar não tem que ser aquela oração típica que muitas vezes no dia a dia conhecemos e abre-nos pelo menos a novas linguagens, que é uma coisa fixe. Pode ter ideia que nós cortamos isto. Lembra-me agora uma pergunta que não estava escrita nem nada. Mas falta a senhora da hora atrás. Havia alguma coisa que mudava? Da vossa parte? Sim, tinha que ser da vossa parte. Exatamente. Não tinha mudado nada, eu acho. Eu acho que existia mais alunos para ir. Eu existia... Mais alunos nossos para ir. Não sei se conseguia. Mas sim. Foi uma experiência muito gira. E acho que se fossem mais alunos, toda a gente teria gostado. Mas, de reze, não sei assim muito. Havia muita gente nossa que eu não conhecia e passei a conhecer. Eu pensava eu nunca vou conhecer esta pessoa, nunca vou falar com ela. E depois, no meio daquela experiência, viraram... Não tinha formado. Não sei responder muito melhor a esta pergunta, desculpa. Estávamos tanto naquele ritmo de jornadas que nós nem pensamos se ia ser melhor ou não. Era tudo acontecer e nós só estávamos a aproveitar mesmo. Deixam-se levar pelo momento. Acho que é isso que faz a jornada ter sido tão bonita. Sim, é isso. Nós fomos indo, fomos levando. Acho que foi bom. Também tive uma experiência que, como eu não fui, pedi ajuda a três pessoas mais velhas, antigas alunas, para ajudarem. Porque legalmente tinha de acontecer. E elas foram fantásticas. Fizeram parte do grupo. Era a Didi, havia Jesus e a Maria. E as três... As três eram uma dos alunos. Mas, ao mesmo tempo, legalmente, por serem menores, não era o Cossa que queria ir ao concerto. Era um malta também da mesma idade, estava no primeiro ou no segundo ano da faculdade. A Maria era a minha monitora, e eu conhecia-a, mas não era amiga dela. E depois das jornadas, ainda hoje falamos super, somos superamigas. A jornada também abre um caminho. Depois também vamos para a vida. Acho que estamos assim ao final do nosso episódio. Queria agradecer a vossa participação. Espero que tenham gostado de participar. Espero que os nossos ouvintes também tenham gostado do episódio. Muito obrigado. Continuem a ouvir os nossos episódios. Vamos trazer mais novidades e mais convidados para também dar a sua opinião sobre vários temas diversos. Obrigado por terem ouvido. Muito obrigado.

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