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de que cor é  a saudade

de que cor é a saudade

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Heitor Federico, a young blue parrot, dreams of becoming a pilot. He often talks about his dreams with his friend Castilho, a rabbit. Heitor's mother explains that "saudade" is the feeling that reminds us it's worth flying. Heitor worries that his mother will miss him if he flies away, but she assures him that she will be happy as long as he follows his dreams. The color of saudade is the color that your heart wants to paint it. Heitor and Castilho decide to fly together, with saudade in their hearts. The story ends with a playful goodbye and the belief that saudade is the love that remains. E agora, minha gente, uma história vou contar, uma história bem bonita, tá belinha, se alegrar. Que cor é a saudade? É a história de hoje, de Tânia Caiado Amaral. Era uma vez um pequeno papagaio, de pena azul, com uma risca amarela, que começava no cocuruto da cabeça e descia até as asas. Ele se chamava Heitor, Heitor Federico. O Heitor era o papagaio mais novo da família, e seu passatempo preferido era voar e fazer loopings e piruetas com os amigos. Ele vivia numa aldeia, na Aldeia das Cores, e do topo do seu ninho tinha a mais bela vista de tudo que tinha lá embaixo. Muitas flores, eram tantas flores e de todas as cores. O pequeno Heitor tinha muitos amigos, Gastão, que era um gato, a borboleta Caetana, a vaca Clotilde, porém, o seu amigo mais especial era o coelho Castilho, porque era com ele que o papagaio falava acerca dos seus sonhos. O Heitor, ele sonhava com voos mais altos. Quando era no fim do dia, que o sol ficava mais redondo e alaranjado, ele olhava para o céu para ver os aviões que estavam voando bem lá no alto. E com seu amigo Castilho, a conversa voava. O sonho do pequeno Heitor era ser um piloto viador. Depois de mais uma manhã agitada, de brincadeira com o amigo coelho, chegou a hora do almoço. Heitor, vamos já almoçar, chamou a mamãe. A mamãe do papagaio Heitor tinha preparado sementes de girassóis, acabadinhas de colher, tão fresquinhas e entrebicadas nas sementes, os dois começaram a conversar. Mamãe, perguntou o papagaio, o que é saudade? Ah, a saudade é o sentimento que nos faz perceber que vale a pena voar. Como assim, mamãe? Então, quando viajamos para longe, por exemplo, sentimos um aperto muito grande no coração por não conseguirmos abraçar as pessoas que gostamos, não é? É sim, mamãe, mas podemos não voar para não sentir saudade, não é? Não, disse a mamãe, não voar transformaria a saudade em tristeza, porque deixaria de fazer aquilo que te faria feliz. Os teus sonhos devem sempre guiar os teus voos para além da saudade. Então, mas se eu voasse para longe, mamãe, tu não ficaria triste e teria saudade de mim? Mamãe disse, se o teu sonho é voar mais alto nos aviões, eu ficaria feliz a cada partida e mais feliz ainda a cada regresso teu. Ficaria feliz sempre que você fosse feliz. O amor e a saudade andam sempre juntos e de mãos dadas, meu filho. Mas mamãe, de que cor é a saudade? A saudade é da cor que o teu coração quiser pintar. Pode ser verde, tranquila, repleta de esperança, no voo de regresso. E essa será sempre a cor da minha saudade por ti. Ama-me com saudade, mamãe? Amo-te sempre com saudade. Amo-te agora que estás aqui a picar a cada uma dessas sementes de girassol, mas também te amarei no dia que decidires voar mais alto. Pensando em tudo isso, o papagaio Frederico, após a sua refeição, foi até a toca do coelho Castilho para lhe contar a conversa com sua mamãe. E disse ao seu amigo, sabe, eu acho que a saudade é o amor que fica. E nós que te amamos ficaremos para sempre com teu amor e com a vontade da tua volta. Portanto, voa alto, papagaio Heitor, mas pode levar-me a voar contigo uma vez nos aviões grandes? Claro que sim, Castilho, voaremos juntos com saudade e saudade de tom de azul, porque azul é a cor do céu grande quando há saudade. Entrou por uma porta e saiu por a outra. Quem quiser que conte outra. E agora, Belinha? A Belinha acha que a saudade tem que cor. Depois conta para mim. Tchau!

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