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Visão de Jogo - (25-03-2024)

Visão de Jogo - (25-03-2024)

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"Conversa entre Kokçu e Schmidt vai depender do ego do jogador e da tolerância do treinador"

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Portugal defeated Sweden 5-2 in a friendly match. The performance of the Portuguese team was praised, with special mention to Mateus Nunes. The Swedish team, under new Danish coach, lacked identity and competitive spirit. The discussion revolves around the need for Portugal to face stronger opponents in preparation for the upcoming Euro 2024. The ideal starting lineup for Portugal includes Diogo Costa in goal, João Cancelo instead of Nélson Semedo, and Mateus Nunes in midfield. The presence of Cristiano Ronaldo is debated, with some suggesting Gonçalo Ramos as a valuable addition to the team. Overall, Portugal is seen as having a strong squad, but more challenging matches are needed to truly test their abilities. Abertura Boa tarde. Estamos em visão de jogo. Portugal goleou a Suécia por 5-2 e joga esta terça-feira a segunda partida de caráter particular de preparação para o Euro 2024. Luís Freitas Lobos, começamos por ti. É a máquina de Roberto Martínez que já está muito afinada ou foi a Suécia que ofereceu pouca resistência? Boa tarde. Em primeiro lugar, um abraço a todos. As duas coisas, em função daquilo que foi aquele jogo, acho que Portugal faz uma grande exibição, uma qualidade, com uma movimentação muito boa dos médios, sobretudo dentro daquilo que somos menos habituais ou menos naturais no Onze, o Mateus Nunes, que acho que fez um grande jogo. Portugal venceu bem uma Suécia que ainda está numa fase de treinamento. A Suécia ainda está estreada a tal maçã como treinador, portanto vejo que aquele 4-4-2 que era em princípio para ser um teste defensivo a Portugal, Roberto Martínez lançou muito o jogo dessa forma. Pela primeira vez um não-sueco à frente da seleção sueca, um dinamarquês. Sim, e isso também me deixou alguma curiosidade porque, embora aqui não seja muito espaço para trazer até o futebol sueco, mas tem a ver muito com a questão do Dinamarca ser um pouco o futebol mais latino dos países nórdicos. Portugal são as suas grandes seleções desde os anos 80. Um futebol mais apoiado, com mais criatividade até dos seus jogadores. E entrar isso num futebol sueco, que é talvez o mais direto, o mais flanqueador, rapidamente, no 4-4-2 clássico, poderia mudar um pouco. E veremos se muda ou não ao longo dos tempos. Será um desafio interessante para ver. Mas a seleção que apareceu em Portugal ainda não tem uma identidade. Tem bons jogadores, mas não tem uma identidade, nem parece um estímulo competitivo. Isso notou-se até no caso do Iocars. Embora outras questões possam ser colocadas em relação àquela forma de jogar, e aquilo que eu digo aqui muitas vezes, o Iocars também é o grande jogador que é, muito também pela forma de jogar do Sporting. E ele tornou-se grande também com a forma de jogar do Sporting. Agora, Portugal, sim, faz um bom jogo, como te referi. O teste defensivo não existiu, como o Roberto Martins falava, porque durante a nossa fase de apuramento, os adversários não tiveram um grande nível para Portugal. Esta suércea poderia pôr, talvez, algumas dificuldades. Não pôs. Foi mais um ensaio atacante de Portugal. E, portanto, em termos daquilo que eu acho que seria a expectativa de Martins como teste, claro que é bom ganhar por 5-2, mas não terá sido o que ele quis. Ele queria testar a equipa do ponto de vista defensivo, perceber como é que ia se movimentar. Aliás, havia a hipótese de jogar contra as centrais, foi colocada essa questão, mas é bom manter a defesa a 4, porque acho que é o nosso sistema base, até para permitir ter mais um médio criativo, mas não tivemos grande teste defensivo. Portanto, os jogos particulares são assim. Agora, a questão, eu sei que os adversários são os possíveis, mas Portugal necessita, cada vez mais, ter um grande teste de jogos com adversários do nível que eu acho que Portugal tem agora. Ainda ontem estava num comentário de um franco-alemã. A Espanha estava a jogar com a Colômbia, a Inglaterra com o Brasil, a Espanha vai jogar agora outra vez com o Brasil. Portanto, a Inglaterra, a Espanha, a Alemanha, a França, que são as grandes seleções, a Itália também vai lá nestes níveis agora, independentemente da crise que está a atravessar. Mas pensas que podemos cair aqui numa ilusão de que Portugal tem uma grande seleção? Não, não é uma ilusão. Temos uma grande seleção em quantidade e qualidade. Mas faltam... Estes jogos de preparação são bons. Se Portugal agora tivesse a hipótese de jogar com a França, ou com a Alemanha, ou com o Brasil, a Inglaterra, a Itália, a Espanha, se tivéssemos um particular desses, esse sim é que nos ia testar mesmo. Para medir melhor. Sim, para os jogadores também entrarem num nível competitivo de maior exigência. E até para perder. Porque fazia-nos crescer, está de a perceber. Aí sim, pode pegar um pouco que esta é a tua ilusão, a que tu referias. Estes níveis de nível máximo, porque para quem era um jogador europeu... Ok, vais-me dizer, em 2006 também ganhamos sem passar por nenhum destes, tirando a França na final. Mas isso acontece uma vez na vida. Em quantidades normais vamos apanhar estas grandes seleções. E estas são as grandes seleções da história, do momento. E um particular desses acho que era o que Portugal precisava nesta altura. Mas não foi possível. Tivemos um jogo... Jogámos contra a Suécia da mesma forma que jogámos quase contra o Luxemburgo. Com todo o respeito para o futebol sueco, os suecos parece que não estavam em campo. Não deram grande luta e Portugal ganhou bem. Podemos analisar os jogadores, se tu quiseres, e aquilo que achei. Em particular, mas foi um teste que nós vimos desde o início, que não ia acrescentar muito em relação à nossa ideia sobre a seleção, que é positiva, claro. Jorge Meia, o Onze que Roberto Martínez apresentou frente à Suécia anda muitíssimo perto do Onze mais forte que Roberto Martínez pode apresentar nesta altura? Anda perto do Onze mais forte. Claro que faltaram... Neste jogo faltaram os jogadores que vão entrar agora. Desde logo o guarda-redes, não é? Desde logo o guarda-redes, que podia, por exemplo, ser importante no momento de saída direta, que aconteceu algumas vezes a partida da Suécia e que partiu poucas vezes do Rui Patrício. E quando partiu, em algumas situações, não correu bem. Sim. Portanto, o Diogo acrescenta sempre essa possibilidade de saída com os pés, que é uma faceta que ele tem de muita qualidade. Há outros jogadores, como é evidente, não se pode passar ao lado de Ronaldo, não se pode passar ao lado de João Félix. Acho que o próprio Dalot e o Cancel têm sido opções muito reguladas do Roberto Martínez e não me parece que seja líquido. Apesar das excelentes exibições dos laterais no jogo com a Suécia, não me parece líquido que ganham definitivamente o lugar, porque o Dalot e o Cancel têm sido muitas vezes as opções e devem ser opção com a Eslovénia. Portanto, essa equipa pode perfeitamente ser um Onze fortíssimo, ou é um Onze fortíssimo. Se é o Onze mais forte, ou se é o Onze definitivo para o europeu, já tenho alguns duvidas por causa de todas estas ausências que marcaram esta primeira convocatória. Deixa-me dar também aqui a minha opinião e depois ver se vocês concordam ou se discordam dessa opinião. Desta equipa que o Roberto Martínez apresentou frente à Suécia, eu retiraria o Rui Patrice e colocaria o Diogo Costa, retiraria o Nelson Semedo e colocaria João Cancelo e depois tenho uma dúvida no meio campo que se prende com o Mateus Nunes, porque há ali vários jogadores que podem fazer, o Mateus Nunes é um deles, mas, por exemplo, o Otávio, João Neves, Vitinha, são jogadores que podem também fazer aquele papel. E quanto ao resto, eu acho que esta é a equipa mais forte de Portugal. Já sei que esta minha opinião tem como dado mais polémico não colocar Cristiano Ronaldo no Onze ideal de Portugal, mas eu penso que Gonçalo Ramos, não sendo um goleador nato, por tudo aquilo que faz, dá muito à seleção portuguesa. Sim, o Gonçalo Ramos acrescenta uma faceta que o Cristiano Ronaldo não acrescente, de participação na recuperação de jogo, na parte defensiva, logo nas zonas mais adiantadas de terreno. Aliás, ele fez isso também no jogo com a Suécia e foi importante o trabalho que ele fez, para além do gol que marcou, que foi basicamente encostar a bola na valisa. Em relação às tuas escolhas, tenho alguns dúvidas sobre João Félix, se não poderá ser também um jogador a considerar para esse Onze titular, embora, de facto, Rafael Leão fez um grande jogo... Isto está de uma forma incrível. Vamos ver também como estará no Europeu. Sim, aquele corredor funcionou particularmente bem com o Nuno Mendes a servir as costas do Leão e a criar ali um corredor fortíssimo, que durante os primeiros minutos, antes de Portugal marcar o primeiro gol, foi dali que veio quase sempre o perigo para a Suécia. Luís, a tua opinião sobre estas questões do Onze mais forte que, nesta altura, Roberto Martins pode apresentar? Sim, é perfeitamente possível. O que tu dizes, como também seria legítimo colocar aí, como o Jorge referia, o João Félix, ou até o Otávio, ou até o Vitinha... Tudo isso é possível. A questão do ponto de alança é importante, sobretudo, na minha opinião, para fazer jogar a equipa, já não tanto para a questão da finalização. E acho que o Cristiano, nesse sentido, é importante, porque se há coisa que... Será que seria importante perceber isso? Se há coisa que o Gonçalo Ramos consegue é potenciar bem os médios. Os médios chegarem à frente. Os movimentos que faz de arrastamento, mesmo não tocando na bola, o primeiro gol, por exemplo, não toca na bola, mas é fundamental para movimentar os defesas e deslocar, arrastar, os defesas suecos para a diagonal do Bernardo e depois para a entrada, também em diagonal, para o remate do Rafael Leão. E acho que o movimento que ele faz, sempre de presença de avanço e recuo, e até, como o Jorge referia, defensivo, quando é preciso, permite depois a subida do 8 de Portugal. Porque Portugal vai ter que ter um 8, no sentido tático do termo, porque tem um jogador que acho que é indispensável ou indiscutível para a fórmula de Martínez, que é o Palhinha. E depois, a partir daí, temos Bruno Fernandes, que também é indiscutível. Qual o elemento que fica aqui entre estes dois? Mateus Nunes fez um grande jogo e acho que foi aquele que ganhou mais pontos para uma convocatória em relação a uma posição onde tu podes colocar a questão do João Neves ou a questão, que eu acho mais legítima, até pelo que tem sido passado de seleção, do Vitinha. Mas Mateus Nunes é um jogador que tem tudo. Tem a dimensão física, tem a recuperação de bola também, a saída orientada, é um jogador que pode jogar na meia-direita, bem como faz no Manchester City e já fazia no Sporting. E isso permite muito que o Bernardo Silva venha para a zona interior, e seja o quarto médio, a pegar na bola como um 10 na camisola e no jogo. O Bruno Fernandes faz tudo o que quer, no sentido de dar ao jogo sempre o melhor, combina bem na esquerda, faz o jogo de triângulos, como há na direita. Na esquerda, tens Rafael Leão Nunes, aproximas-te o Bruno Fernandes para combinar. Na direita, tens o Bernardo Silva e o Nelson Semedo. Aproximas-te o Mateus Nunes para combinar. Está triângulo. E Portugal está muito bem a esse nível. E o Pontelança tem que perceber esses movimentos, embora ache que o Ronaldo é mais finalizador que o Cristiano... Perdão, que é pelo Gonçalo. A questão já não é perceber... A tua opção seria pelo Gonçalo? Não, era pelo Ronaldo. Mas há uma questão que é fundamental, que é perceber que... Antes perguntava-se sempre como é que a equipa ia encaixar no Ronaldo. Não, é como o Ronaldo vai encaixar na equipa. Eu acho que ele tem essa noção. E acho que quando não houve essa noção, o que aconteceu foi... Foi o Fernando Santos acabar por tirar da equipa. Depois é que vão ter os efeitos desflagrados. Isto lhe estilhaçou tudo na seleção. Correu bem no primeiro jogo, mas depois do segundo já não correu bem. Isso levou à saída do treinador. Levou ao problema com o Cristiano. E com tudo aquilo à volta da seleção. E teve que ir buscar o treinador estrangeiro, que não havia outra forma. Portanto, isto tem que ser gerido. Não há forma de fugir à situação. Mas acho que o Ronaldo e com este treinador, acho que o Martinez está a gerir bem a situação. E acho que os jogos de apuramento mostraram isso. E têm que mostrar mais agora os jogos da fase final do Campeonato Europa. Mas continuo a achar que o Cristiano, sim, em relação ao Gonçalo, do ponto de vista da finalização. Agora tem que ter este jogo coletivo com a equipa, como acho que teve. Portugal tem, na vossa opinião, o melhor naipe de jogadores de sempre. Em termos de quantidade e qualidade. Portugal apresentou esta equipa. Rui Patrício, Nelson Smed, Pep, Rubem Dias e Nuno Mendes, João Palhinha, Bruno Fernandes e Mateus Nunes, Bernardo Silva, Gonçalo Ramos e Rafael Leão. Mas pode apresentar esta. Diogo Costa, Diogo Daló, António Silva, Gonçalo Renato e Rafael Guerreiro, Danilo Pereira, João Neves e Otávio, Francisco Conceição, Cristiano Ronaldo e João Félix. E ainda ficam de fora. Diogo Daló, Pedro Gonçalves, Francisco Trincão, Diogo J, Vitinha, Nuno Santos, Toti Gomes E não fica a Rafa porque não quer ir à seleção. Sim, é verdade. Mas é de facto uma das gerações, em termos de quantidade e qualidade, de facto é uma, não vou dizer que é definitivamente a geração, mas é uma das gerações onde existe mais riqueza de soluções. O que deve corresponder também a uma dor de cabeça constante para o Roberto Martínez, especialmente quando tiver que fazer a lista definitiva. E especialmente se for a mesma solidariedade. Eu espero que seja. Acho que vai ser. Todos os estacionadores preferem os 26, querem os 26 e vão fazer força nesse sentido. Para Portugal será muito importante conseguir esses 26. Mais três faz muita diferença num plantel que tem imensas opções e que de facto será quase criminoso algumas delas não participar em Angola Europeia. Só que é incrível o que Roberto Martínez tem à disposição e esta seleção portuguesa é uma seleção de ouro. Sim, eu acho que dentro da quantidade e da qualidade, sim, é melhor. É o melhor momento do nosso futebol. É evidente que já não tens o melhor Cristiano Ronaldo. Mais atrás no tempo não tens o Eusébio, não tens o Deco. Estava a pensar ao melhor Rui Costa. Falta aqui aqueles jogadores que são completamente diferenciadores. Figo, por exemplo. Exatamente, Figo, por exemplo. Agora, o que nós temos de facto, também além dessa quantidade e dessa qualidade é uma mentalidade que de facto estes jogadores têm que há muitos outros jogadores não têm. E isso tem a ver com o facto de muitos jogadores estarem nos principais clubes europeus? Tem a ver com tudo, sim, tem muito a ver com isso. Já no presente, sim. Temos todos os jogadores a jogar os quartos de final da Champions. Tenho medo a dentro dos dois, em relação a esta todas as escolhas que tu fazes. De selecionar alguém, todos, mas naturalmente alguns mais importantes. De uma mentalidade que nasceu, o futebol do novo milénio de Portugal, a partir dos 2000, acho que os jogadores a partir do momento em que começam a sair e para os grandes clubes e com um nível alto, geração Figo, que vem a partir daí, tens de facto influência depois nos outros jogadores que nascem e nas colecções jovens e nos jogadores que crescem e que depois chegam aos oito anos já com uma maturidade brutal, como tu vês por exemplo no caso do João Neves e como já aconteceu no passado com outros. Então essa questão mental é muito importante e nós que já somos, enfim, adeptos de meia-idade, posso dizer isso, recordamos tempos em que tivemos grandes jogadores mas sabíamos que não tinham a mentalidade certa de um ponto de vista competitivo. Aliás, eu creio que o próprio facto da seleção nos últimos 20 anos ter estado presente sempre nas fases finais, ter atingido sempre fases muito adiantadas, ter sido campeã europeia, ter conquistado na Liga das Nações, até isso também tem influência na mentalidade do jogador português neste momento. O jogador português... Já é normal. Estar presente já é normal. Já não é uma equipa que entra inferiorizada para jogar, seja com que equipa for, nem com receio. É uma das melhores equipas da Europa e assumida como tal e acho que isso também faz diferença na atitude que se tem durante o jogo. Porque eu acho que às vezes não somos melhores mas eles são mais fortes. Isto pode parecer um jogo de palavras mas não é. Eu estava a ver a Alemanha e a França. Eu acho que nós temos melhores jogadores mas eu acho que os mais fortes, que pisam ali com botas cardadas, os alemães sobretudo, e os franceses na forma como depois estavam a regir as adversidades. E portanto eu acho que esse crescimento de mentalidade que o jogador português tem vai torná-lo cada vez mais forte. Não sei de porquê melhor, acho que ele já foi muitas vezes. Mesmo em relação às vezes a estes colosos. Mas mais forte nunca. E acho que isso está cada vez mais a aproximar-se. Isso é que nos vai colocar ao mesmo nível destas grandes potências. Vocês ficaram surpreendidos pelo facto do Pep continuar na convocatória para este jogo com a Eslovénia? Não ficar nos jogadores que saem? Surpreendido não fiquei. Até porque ele só fez 45 minutos. Portanto não foi particularmente pressionado ou não foi particularmente utilizado no jogo com a Suécia. Mas acho que foi intencional do Roberto Martínez. Qual parte? A questão do Pep. Eu não tenho dúvidas do Pep no Onze Inicial, mas tenho dúvidas no Pep no Onze Inicial, 3 vezes seguidas com jogos 3 em 3 dias. E acho que ele queira ficar com ele este período de tempo para ver também a recuperação. Sim, acho que também se percebeu mesmo que o Pep não está no seu melhor em termos físicos, o que é normal tendendo à idade dele tendendo ao que foram as duas últimas semanas com aqueles 120 minutos com o Arsenal. E esta questão que o Luís diz que é não tanto um jogo isolado mas a recuperação de um jogo para o outro. Sim, em 3 dias. No espaço muito curto. E isso é que vai ser mais complicado para o Pep a partir de agora, dar uns tempos a esta parte. Embora me pareça que continua a ser a melhor dupla. Sim, sim. Acabou em dias que o Pep continua a ser a melhor dupla considerando o Pep em boa condição e com capacidade para fazer os 90 minutos. Luís? É mesmo isso que eu te disse, dificilmente vejo o Pep titular 3 vezes seguidas em jogos 3 em 3 dias. Portanto, esperemos que ele possa poupar no 3º jogo, por exemplo, na fase inicial. Não sei, é muito relativo ainda, ou muito prematuro estarmos a falar nisso. Mas também te digo, se for António Silva Rubem em dias, perfeitamente tranquilo. E ainda há Gonçalo Inácio. Sim, mas esta eu acho que é mais completa. Oito caras novas para o jogo com a Eslovénia. Cristiano Ronaldo, Diogo Daló, João Cancelo, Danilo Pereira, Otávio, Rubem Neves, Vitinha e João Félix saíram da convocatória e ficam a descansar. Gonçalo Ramos, Rafael Leão, João Palhinha, Bruno Fernandes, Rubem Dias, Bernardo Silva, Toti Gomes e Nelson Semedo. Eslovénia-Portugal nesta terça-feira com o relato do António Botelho e os comentários da Sofia Oliveira a partir das 19h depois do noticiário das 19h na antena da TSE. Mas, caros Luís e Jorge Maia, só para encerrarmos este dossiê da seleção na Suécia, e havia muitos olhos principalmente esportinguistas em Vitoriocres, colocados em Vitoriocres, mas o ponto de lança sueco viu-se muito pouco, Jorge? Viu-se. De certa forma até nos leva para aquela conversa que tivemos na semana passada sobre a eventualidade de uma saída do Diócaris e para a necessidade de quem o levar a perceber que jogador ele é. E o Diócaris mostrou ali na Suécia que é ele e é as circunstâncias dele. Mesmo com um gol, não é? Sim, mas foi um gol muito fácil. Ele só teve que empurrar e não foi definitivamente o jogador que há no Sporting, nem com a influência na equipa que tem no Sporting, nem... Acho que a Suécia levou o Diócaris para ele ser o jogador que é e que nós conhecemos e isso também é um aviso, se calhar, para quem pensara em levá-lo para perceber exatamente que tipo de jogador é que ele é. Não pode ser um jogador que está a jogar encostado, muitas vezes, em fragilidade numérica contra os centrais de Portugal que não tem espaço, que não teve grande rasgo, nem hipótese de o ter. Surpreendeu-me a Suécia não ter, também, nenhum tipo de ideia para ele. Depois já não me surpreendeu que não tendo, ele não tivesse o jogador acostumado a ser no Sporting. Tal como vocês, gostei de pouca coisa na seleção da Suécia, mas Luís, gostei de Kulosevski. Penso que foi o jogador que mais perigo e mais problemas criou à seleção portuguesa. E depois gostei de outro jogador que foi o jogador que entrou para o lugar do Vítor Diócaris, o Gustavo Nilsson, que joga na Bélgica. Que jogava contra o Braga. Gostaste dele? Não só pelo golo que marcou ele, ele marcou o segundo golo da Suécia, gostei das movimentações dele, do trabalho que ele deu à defesa de Portugal. É um jogador interessante, já com 26 anos. Mas é um jogador diferente dos outros. Aliás, dentro daquilo que a Suécia quer ser, é um jogador difícil de marcar, até pela altura. Tem quase 2 metros. Sim, embora tenha mais hipóteses de ficarem fora de jogo. Tinha 2 metros, haverá sempre algum centímetro e no futebol português estava sempre 2 centímetros em fora de jogo. Desculpa, foi um parênteses. O Kulosevski é um jogador já de créditos firmados, dentro daquilo que é o futebol italiano, sobretudo no Parma, foi o melhor Kulosevski. Eu acho que o futebol sueco não é de uma reinvenção, é de uma capacidade de meter outro tipo de qualidade no seu processo de jogo e não um futebol tão direto. Os médios têm que ser mais... Se olharmos até o passado do futebol português, que teve sempre grandes médios suecos ao longo da história, eles agora não existem. Dentro de uma forma indiscutível. Principalmente o Benfica, nos anos 80, com Setromberg, Jonas Terno... Naquela altura a Suécia era muito forte naqueles médios. Agora são jogadores confiáveis. Mesmo quando a ideia do Iocard se pudesse sair em dezembro, se falava muito dessa possibilidade, sendo sueco ou sendo nórdico, acho muito difícil. Se fosse argentino, como o Fernandes, já estava logo à cabeça. Se não for agora, em dezembro já não vai ser. No final do ano já não pode. Não vai aparecer. Eles são mais frios. Vivem as coisas de forma diferente. Acho que o Iocard, que está no Sporting, é muito bem potenciado nas suas características. Acho que a seleção sueca não tem essa inteligência até agora. Aliás, desculpa. Deixa-me dizer. O Iocard só se tornou titular da seleção da Suécia no último ano. Até aí vai fazer 26. Até 2021, 2022, faz meia dezada de jogos. E poucos minutos. E joga em particulares. É um jogador que não era reconhecido com a qualidade que agora nós reconhecemos no próprio futebol sueco. Ele passou pela própria Procova, pelo Suácea, por uma série de clubes, o Santopoli, e não tinha esta projeção que tinha. Nem os suecos não viam este jogador. Foi o Sporting que fez com que as pessoas descobrissem o Iocard, porque ninguém o descobria. Mesmo no próprio país? Mesmo no próprio país. Não é nenhuma academia internacional jovem, por exemplo. O que é que podemos esperar agora do jogo com a Eslovénia? O que é que vocês esperam do jogo com a Eslovénia? Primeiro, espero... Mais uma vitória de Portugal fácil, é isso? Não sei se será uma vitória fácil. Não tenho a certeza disso. A Eslovénia, apesar de tudo estar apurada para o europeu, tem alguns jogadores que nós conhecemos. Tem o Oblak na Belize, tem Seporada na frente, tem um avançado, o Sesco, que é muito forte e que está muito bem na Alemanha, que é o terceiro melhor avançado. E joga com dois avançados, não é? E joga com dois avançados. Tal como a Suécia. Aquilo que... Isto pode parecer estranho, mas aquilo que eu esperaria é que jogasse com dois avançados, mas que jogasse melhor que a Suécia. Para... Lá está. Para proporcionar o tal teste. Um bocado aquilo que o Luís dizia na primeira parte do programa. Sim, proporcionar um teste diferente às capacidades que Portugal tem. Não só para atacar, mas também para as capacidades que vai ter que ter para suster adversários mais fortes ou mais tarde. E não acreditando que possa criar aqui uma grande surpresa e admitindo que Portugal é favorito, mesmo sem a quantidade de jogadores que saíram, sem Bernardo Silva, sem os jogadores todos que saíram nesta primeira convocatória, Portugal continua a ser favorito. Ainda assim, acho que era interessante ver um adversário a colocar alguns problemas diferentes a Portugal, até por percebermos como é que Portugal reage a esse tipo de problema. Sim, o que vocês no fundo dizem é que gostavam, e eu também gostava, de ver a seleção portuguesa defrontar uma seleção como a Alemanha, como o Brasil, como a Inglaterra, como a Espanha. Uma seleção desse equilátero. Sim, mas acho que a população também tem a mesma consciência. Acho que o Huberto Martínez também queria. Não terá sido possível, porque são... São agendamentos. São agendamentos, são datas. De certa forma, também pensam essas mesmas seleções. E por isso estão-se a defrontar entre si, tendo em conta que estas datas FIFA são as primeiras que permitem a equipas da América do Sul estarem a jogar também. Porque, em geral, ao mesmo tempo, na data FIFA de competição, ou então eles estão a jogar os apuramentos para o campeonato do mundo. E, portanto, este abriu as duas hipóteses. E, por isso, o Brasil pode jogar, como a Colômbia, jogar na Europa. Portugal tem a estreia no campeonato da Europa marcada para o dia 18 de Junho, antes ainda mais três jogos particulares, para além deste jogo com a Eslovénia. Portugal ainda vai defrontar a Finlândia, a Croácia e a Irlanda. Lá já não há aqui nenhuma grande seleção. A Croácia podemos considerar, mas mesmo assim não está naquele patamar que estávamos aqui a falar há pouco. Antes da estreia de Portugal, no dia 18 de Junho no Mundial no Europeu da Alemanha, Portugal vai defrontar a Chequia. E depois, no dia 22 de Junho, Portugal-Turquia e 26 de Junho, Portugal-Grécia ou Geórgia. Depende do play-off, de quem é que vai passar a fase final do campeonato da Europa. Mas é um grupo que só faltavam os gregos outra vez. É um grupo acessível a Portugal. Eu sei, mas quero ver os gregos longe. Tens receio que a Grécia em 2 anos... Estou muito querendo ironizar com a história por causa da ressonância um pouco satânica dos gregos. Não, acho que a seleção da Grécia neste... Portugal é muito mais forte. Portugal é mais forte que qualquer uma destas seleções. Chequia, Turquia e Grécia, se for a Grécia. Sim, mas acho que a gente quando é visitado por fantasmas, em geral, têm horas impróprias. Eles não aparecem quando a gente está à espera. E os gregos... Eu acho que... Atenção. A Grécia-Geórgia... Eu joguei na Geórgia. Portanto, é em Tbilisi. E acho que a Geórgia, com Kravacélia a estrela do Naples, que já pode jogar, uma boa equipa joga a 3 com o Sagnol, treinador e é uma equipa de qualidade. Eu acho que a Grécia pode muito bem perder esse jogo. E a Geórgia ganhar. Eu acho que vai ser um jogo terrível. Acho que tive a oportunidade até nesta semana, durante este período de ver os jogos, claro, de Portugal dos atletas de Portugal e até comentaram deles, da República Checa. Uma equipa que mudou de treinador também. Tem o Ivan Arcec agora à frente. Mudou o sistema tático. Jogava sempre com 3 centrais. Agora passou a jogar em 4, 2, 3, 1. Uma experiência que não acho que correu muito bem. Eles ganharam na Noruega, mas não... A Noruega é incrível. Como é que não vai ao campeonato de toda a Europa? Eu estava agora a jogar com Edgar, Haaland, Forlot, Oscar Bob... Com aquele talento todo e não vai ao Euro. E a República Checa variou ali, mudou muito a equipa. Depois, quando chegaram os melhores jogadores, conseguiu ganhar num gol de livre a acabar. Uma boa equipa, uma boa dupla de médios. Sadilek, Sosek, das melhores duplas em termos de mecânica, tática. A este nível médio, chamada segunda linha média da Europa. E a Turquia, que agora está numa seleção muito mais... mais esperta, mais taticamente, mais culta. Desde que entrou o Montella, o treinador italiano, que tornou conta a meio. Foi para o lugar do Stefan Kuntz, que ele foi treinado por um alemão. E os turcos tiveram acesso, mais aos gregos, aos turcos mais, àquela ideia que valem pelo menos mais 50% do que valem na verdade. Eles desequilibram-se muito quando atacam e sofrem muito quando encontram ataque. Agora aparece nada como um treinador italiano para pôr ordem nas coisas. E o Montella entrou muito bem ali. Atenção que eles ganharam a Croácia duas vezes no fase do apuramento. E é uma seleção agora muito mais compacta, em 4-2-3-1. E vocês não acham que o Portugal tem entre as duas obrigações de ganhar este grupo? Deixem-me só referir uma coisa que é engraçada. Com o Cocos Suas ganha 10. Com a liberdade que queria. Com a liberdade que queria. Que queria no Benfica. Embora ele também ia só algumas vezes buscar atrás, às vezes em determinados momentos parecia semelhante a que era no Benfica. Mas eu estava a ver o jogo e até escrevi sobre isso. Que é a questão de se sentir importante. E eu senti-se importante, como ele reclamou. Eu senti-me importante. Desde o início. O meu truque é sente-se, desde o início. Porque a importância dele mete-se, não por ele, mas em relação aos que estão ao lado. Porque no Benfica ele não é mais importante que o João Neves e que o Rafa. Mas na Turquia será mais importante que o Yüksek e que o Xanoglu. Este Xanoglu que agora não se importa de jogar atrás da 6. Se fosse o Xanoglu daqui a uns anos que queria jogar a 10 no Inter, já era diferente. E por aquilo pode jogar a 10. E jogou muito bem, atenção. Uma grande qualidade de passe. Muito bem. Agora, é de uma forma que ele nunca vai jogar no Benfica. Ele joga de cadeira a 10. E de facto mostra a diferença da qualidade que tem. Eu sou outro jogador, vou estar confiante até no que faz. Portanto, isto muda muito. Há jogadores que não mudam. A seleção para eles é a mesma coisa. Os outros jogadores do Benfica, o Otá Mendes, joga da mesma forma, de um lado e do outro. O Auston, agora não vai ao Noruega. Que é o Seiposa do Noruega. Mas vários jogadores. O Jokers já sente-se a diferença, mas é mais uma questão trática. Como o Kokxu. Embora eu pense que uma coisa é sentir-se importante pela posição. Outra coisa é sentir-se importante pelo ego. E para o Mandela, o ego. Porque ele podia jogar bem a 8 também. E sabe jogar bem a 8. Mas ele quer jogar ali, naquela forma, a 10. Mas eu acho que ele tem mais dificuldade em jogar a 8. Claro que tem. Com a qualidade tática, técnica e visão de jogo que ele tem, seria um excelente 8 se quisesse. Eu acho que ele não quer jogar ali. Ele quer jogar a 10. Ele tem aquele ego dele. Só que ali está o Rafa. Só que na Turquia não há um Rafa turco. Portanto, o treinador adapta à situação e ele joga a 10. E dentro daquilo que é o treinador italiano, que gera bem todos estes egos, que é diferente de um treinador alemão a esse nível, o Mandela, um Mancini da vida, são perfis de milhares, encaixam nessa situação. E a equipa rende. Esta equipa turca, praticamente, é uma nova seleção. Será mais difícil para Portugal agora. E já agora, fazendo aqui o transfer para essa questão do Kokxu no Benfica, como é que vocês pensam que o Roger Schmidt, agora, quando o Kokxu regressar ao Seixal e aos treinos no Benfica, como é que o treinador do Benfica vai gerir esta situação? Pois imagino que vai ter a tal conversa que está anunciada. De que forma vai decorrer essa conversa? Pois também depende um pouco do ego do Kokxu. Depende do limite de tolerância também do Roger Schmidt. Estamos a falar de um jogador que custou muito dinheiro ao Benfica. Exatamente. Não é um jogador que o Benfica nem o treinador possam descartar. Por isso, simplesmente. Por outro lado, também não parece que seja uma boa fase da época para o treinador perder a autoridade que tem que ter sobre um plantel onde o Kokxu não é o único ego nem é o único jogador que recebe toda a necessidade. Ou seja, não seria numa boa altura, na tua opinião, para, por exemplo, o Roger Schmidt colocar o Rafa numa ala e dar a posição 10 nas costas do ponta de lança como segundo avançado ao Kokxu? Não, acho que seria uma cedência que primeiro tem dúvidas que resultasse num Benfica mais funcional, mais capaz. Muitas dúvidas. E depois representaria uma cedência clara ao jogador que deu uma entrevista a pedir uma posição na equipa. Não me parece que nenhum treinador saia a ganhar cedendo a esse tipo de pressão. Uma coisa era se isto tivesse ficado por uma conversa interna de que nós não teríamos conhecimento e tivesse acontecido sem ninguém saber. Isso é uma coisa. Sendo público, como foi, acho que essa é uma cedência que nenhum treinador e nenhum líder pode aceitar. Acho que não. Luís, concordas? Também achas que o Roger Schmidt não deverá fazer essa vontade a Kokxu de o colocar na posição 10 implicando isso a saída de Rafa para outra posição? Absolutamente não. Se ele entender que é melhor, já o que aconteceu é que colocou o Rafa a 9 e o Kokxu a 10, entender que isso é melhor, como antes entendeu, embora não sei se naquela altura já tinha esse pacto de egos que ele tentava equilibrar dentro daquilo que é muitas vezes um treinador deste tipo de equipas, que tem este tipo de jogadas complicadas. A questão do bom-bom diário eu já disse que é um mito nas equipas grandes. É um pacto de egos que tem que ser feito. Pode fazer essa opção. Agora, neste momento, fazer essa opção naturalmente está sempre condicionada com a entrevista que o Kokxu deu. Pode levar essa leitura de cedência e um treinador não pode ficar sujeito a isso. Portanto, eu acho que a atitude primeira foi esta, colocar o jogador fora do grupo. Não foi convocado. Era impossível depois dar uma entrevista naquelas. Mas será convocado agora já para o próximo jogo em Brito? Depende. A maior questão que eu acho é aquela tal conversa que há particular entre o treinador e o jogador. Não quero essas conversas. Isso é clássico no futebol. Não quer dizer que resolva alguma coisa. Depende muito de como é que o jogador se vai comportar. Se vai se manter insolente ou arrogante. Ou não. Ou então se vai ser condescendente e vai perceber e vai tentar explicar. Também como o treinador vai ficar. Se vai entender. Se não. Tudo isto depende das personalidades. Estamos entrando no mínimo no comportamento humano. Não só numa questão tática ou técnica. De certa forma, até se coloca a questão, mas a médio e longo prazo do próprio treinador não ficar. Do Rafa não ficar. Portanto, a posição no próximo Epa. Isso é verdade. Agora, neste momento... E ele ter aquele lugar reservado para o próximo Epa. Na possível saída. Ele pode pensar isso. Mas ele não é o Rafa. Eu acho que tanto ele como o clube. Porque certamente o clube não vai estar disponível para se desfazer de um investimento tão significativo como fez no jogador só porque o jogador não está contente com a posição do jogo e vai forçar-me a saída. Também será um jogador com algum mercado. Ou com muito mercado. Este mercado tem aparecidas. Os Basics, Galatasaray. Nenhum deles consegue chegar a estes valores. Sim, mas hoje já se fala de clubes das juventudes. O United. Tem muitas dúvidas disso. Ainda assim estamos a falar de uma rentabilidade reduzida. Nesta situação, com o jogador colocaste-te nesta posição e fizeste a pressão. Não estou a ver nem o United nem os juventudes pagarem um valor que o IFICA provavelmente... Os 25 milhões de euros que o IFICA pagou. E ele vai jogar o 8. Vai jogar o 8 no United. Não vai jogar a 10 em todas as equipas. Muito menos nessas, não é? Não, não faz mal. Eu acho que o IFICA não quer recuperar só os 25 milhões. O IFICA quer fazer dinheiro com o jogador que tem de facto qualidade. E essa perspectiva de médio e longo prazo de o Rafa estar de saída do Benfica e a próxima época não estar assim tão distante como isso e portanto isto ainda é um problema que se pode resolver a médio prazo, acho que se pode colocar. A questão é essa, que coloca-se muito em relação à próxima época. Porque nesta eu acho que as coisas estão comprometidas. Em relação ao rendimento do Corchu e ao tirar o melhor proveito dele. Até ao ponto de fazer-se a pergunta que é lógico. Se ele rende mais a 10. Porque ele joga com a vontade a 10 e com a qualidade que tem claramente que rende mais do que a 8. Agora, com a qualidade que tem e com a mesma vontade a 8 acho que seria um excelente 8. Quantas vezes nós debatemos aqui a questão do número 8 no Benfica, como era importante para encher essa posição. E o Corchu veio com essa não digo com essa missão, mas com esse perfil. E tinha, e tem. Como o João Neves também tem. E a questão do Florentino jogar atrás. Tudo isto tem a ver muito com os jogadores que tem ao dispor. Para fazer as melhores pequenas sociedades. Na sala de máquinas, como eu gosto de chamar. E acho que o Corchu quer ser uma peça num local onde já há uma peça melhor do que ele. Até para a forma de jogar. Que o Benfica já é um 4-4-2, quase, com o Rafa. Não é possível reproduzir. O Corchu não pode fazer o que o Rafa faz. É diferente. Já derivamos aqui da seleção nacional para a questão dos clubes. Vem a propósito. Vamos ter a 27ª jornada. Estamos a 8 jornadas do final do campeonato. Há o tal jogo em atraso entre o Famalicão e o Sporting. Esta jornada 27 com o Benfica-Chaves-Estrelas da Amadora-Sporting já na sexta-feira. Portugal joga na terça-feira e depois já na sexta-feira Benfica-Chaves-Estrelas da Amadora-Sporting. No sábado, Estoril-Fumacul do Porto. E na segunda-feira, Portimonense-Sporting de Braga. Chamando também a atenção um jogo no sábado, um derby Vitória-Mureirense no Afonso Henriques em Guimarães. São os jogos, digamos assim, dos maiores cantares da jornada 27. Só para aproveitar que essas antecipações têm a ver porque logo depois, a meia-final da taça, a meia-da-semana, o Benfica-Sporting. Aliás, esta jornada tem essa importância acrescida. Por um lado, no caso do Benfica-Chaves-Estrelas do Portimonense, por um lado acontecer depois das paragens para as seleções e depois, porque antecipam os dois derbys entre o Benfica-Sporting que podem definir, vão definir certamente para um deles se vai ou não vai disputar a Taça de Portugal. E o Benfica-Sporting é na terça-feira. E depois, logo a seguir, vai definir quem é que vai estar na liderança do campeonato e com que vantagem. Vamos ter aí dois jogos seguidos. No dia 2 de abril, o Benfica-Sporting da segunda mão da meia-final da Taça de Portugal e depois o outro jogo do campeonato, o Sporting-Benfica logo a seguir, no dia 6, sábado 6 de abril. Dois derbys seguidos. E eu acho que esta jornada que vai marcar o início desta etapa final da temporada tem essa importância acrescida por antecipar os jogos, ou seja, são dois jogos certamente de margem zero de erro. Também é importante porque é preciso saber exatamente como é que estão as equipas depois da parada. O Sporting tem uma série de visionários, o Edwards, o Trincão, o Pote, se já estão disponíveis se não estão. O Adan, se vão estar para os derbys se não vão estar. Se é possível perceber alguma pista nisso. E no Benfica também perceber qual é o estado de espírito até com toda esta questão em torno do Coxo, como é que a equipa está. Reta final da época e vamos entrar aqui numa fase de decisões. Também para as meias-finais da Taça de Portugal. Primeira mão na quarta-feira, dia 3. No dia a seguir, ao Benfica Sporting, vitória se colocou do Porto, mas aí primeira mão ainda dessa meia-final da Taça de Portugal, porque ficou atrasado porque o Porto teve aquele problema nos Açores para realizar o jogo com o Santa Clara que todos sabemos. Temos aqui jogos muito importantes desta Jornada 27. Centrando para já na Jornada 27 e não passando já para os derbys que vêm a seguir e clássicos que vêm a seguir. Olhando só para a Jornada 27 talvez maior grau de dificuldade para Sporting, que visita a Amadora, e o próximo álcool do Porto que joga num sempre complicado António Coimbra da Mota. O Porto já perdeu esta época duas vezes com o Estoril. Perdeu no Dragão para o Campeonato e perdeu também a possibilidade de jogar a Final 4 da Taça da Liga. É verdade que já ganhou também na Moreira para a Taça de Portugal. Sim, esses jogos têm esse transfer para os jogos seguintes. Para o Benfica e Sporting, para o Porto também mas o Benfica e Sporting em relação àquilo que estão distanciados, separados apenas por um ponto na frente do Campeonato têm que ganhar para depois esse confronto direto ser muito importante. Eu acho que o Campeonato vai decidir não se vai decidir pontualmente eu acho que a margem pontual vai até a última jornada ou até a penúltima que seja. Mas vai ser a grande decisão nestes clássicos, depois ainda bem mais à frente, pouco depois no Porto Sporting. O Sporting vai acertar o calendário também que os tem atrás em Famalicão. São boas saídas vai ficar aqui no mínimo João Vicente e Famalicão em três dias. Famalicão e Sporting está agendado para o dia 16 de Abril. E logo poucos dias antes joga em Barcelos para o Campeonato. É isso. O dia 12 joga em Barcelos e o dia 16 joga em Famalicão. Portanto, eu acho que isso com os clássicos metidos também no meio com o Porto e com o Benfica é o grande momento da decisão do título para o Sporting. Vai estar aí. Claro que o Benfica também, não é naturalmente mas falo no Sporting porque o Sporting pode ter a vantagem. Se ganhar o jogo ao Famalicão quatro pontos. Imagina que o jogo fosse agora antes de realizar todos os outros. Há essa hipótese. Em cima da mesa matemática do Sporting há quatro pontos à frente. E árbitro, o clássico. E se tiver essa vantagem e não o perder acho que ganhar o Porto e Sporting no final de Abril. Sim, mas acho que o Sporting conseguir essa vantagem de ganhar não perder o clássico e o Benfica. Digo só isso, já nem o ganhar, mesmo que não o perca e ganhar a vantagem no jogo de Famalicão que são quatro pontos que já, não é que seja decisivo mas já os pode gerir de alguma forma. É um bocadinho isto, Charlles. É, eu acho também acho muito importante o primeiro derby para a Taça de Portugal porque acho que também vai determinar muito aquilo que vai ser o estado de espírito com que se vai jogar o derby do campeonato. O Benfica chega com desvantagem. Uma vitória do Sporting no derby da Taça de Portugal ou uma vitória do Benfica pode alterar completamente aquilo que é o estado de espírito com que se vai jogar o segundo jogo. Portanto, sim, acho que esta semana é uma semana muito decisiva, muito importante para a luta principalmente do Benfica e do Sporting pelo título. Colocas o Porto fora dessa luta pelo título? Eu coloco o Porto praticamente fora da luta pelo título porque podemos sempre cair na matemática e dizemos que matematicamente ainda é possível. E o segundo lugar? O segundo lugar pode depender muito destes jogos entre o Benfica e o Sporting por exemplo. Lá está. Uma vitória do Sporting pode permitir uma aproximação do Porto. O Porto há 6 pontos do Benfica. Pode permitir uma aproximação. Pode permitir uma aproximação do Porto. Mas lá está, como tu dizes muito bem, o Porto já esta jornada tem uma deslocação muito difícil, como temos visto no campeonato austríaco. E é preciso que o Porto faça a parte dele, como é evidente para depois tentar perceber se pode ganhar alguma coisa ou não com os derbies de Lisboa. O Porto está praticamente proibido de perder pontos até o fim? Sim. Margem de erro zero completamente. Agora pode ganhar essa esperança se houver uma vitória do Sporting no clássico do campeonato. Pode reduzir a diferença para 3 pontos. E 3 pontos ainda faltam alguns jogos. O calendário do Benfica até é menos complicado que o do Porto. Mas o impacto emocional que teriam o Benfica, a sensação de perder o comboio do campeonato, o título também pode ter impacto. Em caso de igualdade o Porto ficaria à frente? Sim. Porque em caso de igualdade vencer o Porto por 5 tem vantagem. Há que outra nuance para o Benfica, que são os jogos europeus. O Benfica é a única equipa que está nos jogos europeus e vai ter depois dos dois jogos com o Sporting, o Benfica logo na semana seguinte a jogar o jogo do campeonato com o Sporting na quinta-feira seguinte tem o jogo na Luz frente ao Marselha. E depois naturalmente tem que jogar na semana a seguir o jogo em Marselha. Isto também vai pesar aqui nas pernas dos jogadores do Benfica, no lado mental dos jogadores. O que é que vocês pensam? Sim. É uma eliminatória que dentro daquilo que foi a possibilidade do sorteio é uma oportunidade que o Benfica tem de entrar nas meias-finais e ter grandes jogos. Em princípio com o Liverpool. Poderia ser um Benfica-Liverpool nas meias-finais. E portanto acho que seria uma dimensão máxima quase de jogo de Champions. Para chegar a uma final. Acho que o Benfica tem plantel para perfeitamente abordar estas três competições. A equipe e o treinador. O treinador é o mais alto nível para gerir este Ferrari em três vias. Tem que ser que uma delas fica já decidida se o Benfica continua e passa para a final da Taça de Portugal ou se fica pelo caminho no caso do Sporting. Conseguir segurar a vantagem que trouxe no almoço. A prática é sempre resolvida. A questão é mais a que tu referiste dos jogos das competições europeias. Sim, os jogos das competições europeias. Como diz o Luís, a Marselha parece-me perfeitamente ao Alcântara do Benfica. O que significa mais dois jogos provavelmente aí sim com um adversário de outro calibre como pode ser o Liverpool ou o Atalanta. E isso pode implicar por um lado a motivação dos grandes jogos e a esperança de chegar a uma final europeia que não será certamente a final europeia que o Benfica deseja, que o presidente Rui Costa deseja, que era da Champions, mas nem por isso deixa de ser uma final europeia. Portanto, acho que isso pode ter dois... Não é todos os anos que um clube português chega a uma final europeia, mesmo que seja da Liga Europeia. A Liga Europeia foi lá duas vezes. Sim. E acho que isso pode ter dois e pode ter efeitos contraditórios. Por um lado, o cansaço certamente vai acontecer, porque são mais jogos do que os adversários disputam, mas também a motivação de jogar os grandes jogos, de poder estar nos grandes palcos e nas grandes finais, às vezes o cansaço passa para o segundo plano. Jorge, no Futebol Clube do Porto, para além da questão competitiva, estamos a pouco mais de um mês das eleições no Futebol Clube do Porto, um mês e dois dias, 27 de Abril, e logo a seguir, no dia 28 de Abril, o Futebol Clube do Porto Sporting, eleições e, a seguir, um clássico... É no dia seguinte. É no dia seguinte às eleições, o Futebol Clube do Porto Sporting, e tem-se notado uma escalada naquilo que é dito pelos candidatos, principalmente por Pinto da Costa e por André Vilas Boas, a troca de galherdetes entre os dois. Penso que ontem, ontem e ontem, Pinto da Costa dizia que se André Vilas Boas sentasse para negociar com Sérgio Conceição a continuidade, Sérgio Conceição, como treinador do Porto, teria que ficar de pé, porque eu entendi que Sérgio Conceição não se sentaria para negociar com André Vilas Boas a continuidade, como treinador do Futebol Clube do Porto. Vocês dão como líquido que, se André Vilas Boas, porventura, ganhasse as eleições, Sérgio Conceição não poderia ser o treinador? Ou não quereria ser o treinador? Isso para vocês é líquido? Não é líquido. Eu acho que não é líquido sentar-se com o Presidente eleito para discutir o futuro. Não tenho indicação nenhuma, não tenho nenhuma ideia do que é que o Sérgio Conceição pensa sobre o futuro dele e até que ponto o futuro dele depende do Presidente ser o Presidente atual, Presidente Pinto da Costa, ou ser André Vilas Boas. Não vejo que não haja margem para pós-eleições, na hipótese de uma vitória de André Vilas Boas, naturalmente o treinador vai sentar-se com o Presidente, vão ter uma conversa, onde ele lhe dirá exatamente o que pensa. Nesta altura não tenho ideia nenhuma do que é que pensa Sérgio Conceição. Luís. Acho difícil, sinceramente, mas o Sérgio tem uma personalidade forte e mostrou-a quando foi a apresentação do Presidente Pinto da Costa à sua candidatura a aparecer e acho que foi uma decisão que ele teve de forma isolada e pessoal de ir ter com alguém que tem um respeito enorme na sua carreira e, portanto, acho que, claro, que isso pode ser utilizado agora e vai ser como seja uma manifestação de apoio e o Sérgio sabe que ao tomar aquela posição isso será utilizado dessa forma, mas acho que a intenção dele foi exatamente demonstrar que a memória é algo que é muito importante e teve essa coragem que é normal nele em fazer. E, portanto, isso permite que agora se possa dizer essas coisas de que a relação com eventualmente o Presidente do Porto viesse a ser outro e que ele não ficasse. Acho que a questão, sinceramente, já ultrapassa no caso do Sérgio a questão de qual será o Presidente do Porto, porque acho que dentro daquilo que ele já fez no Porto já foi tanto e, sobretudo, no momento em que entrou para mudar um rumo que o Porto naquela altura estava a adquirir em termos de não conseguir expressar e até materializar os seus valores dentro genéticos de criação da marca Porto desde sempre, desde os anos 70, finales dos anos 70. O Sérgio foi decisivo para isso. Acho que esse trabalho está feito pela parte dele. Fez equipas, reconstruiu equipas, ganhou campeonatos, perdeu campeonatos, mas esteve lá sempre na luta e penso que nesta altura, claro que a decisão é dele, como é evidente, mas penso que em termos de carreira e daquilo que ele já mostrou seria todo sentido ele arrancar para um grande projeto num outro campeonato. Mas depende do que surgir. Depende disso. Mas dentro daquilo que é Sérgio Conceição no Porto, acho que ele não desgasta. E ele sabe ver sua pressão. Ele só sabe ver sua pressão. E no futebol tem que ser assim. Mas penso que nesta altura, o caminho melhor para ele seria encontrar o próprio desafio. Pode depender até daquilo que for o final da temporada do Porto. Porque se o Porto não ficar, não garantirá um legado de champions. Se eventualmente não conquistar um título. Aquilo que o Sérgio pode aspirar na próxima temporada no Porto. Aliás, essa questão foi colocada ao longo dos últimos anos. Cada vez que se falava de clubes interessados em Sérgio Conceição, a verdade é que o Porto tinha a disputa das champions garantida, tinha a hipótese de disputar os títulos todos internos. Se o cenário da próxima semana, da próxima temporada, desculpe, não for um cenário que lhe permita este tipo de desafios, também acredito que isso possa ter influência na decisão que ele continuará a decidir. Sérgio Conceição, que entretanto vai apresentar uma queixa-crime contra Manuel Barroso, alcaide de Cartaia, que esta segunda-feira o acusou, entre outros elementos ligados ao futebol do Porto, de agressões num torneio infantil naquela cidade espanhola. Sérgio Conceição nega as acusações. O PSF já entrevistou o advogado do treinador, Pedro Henriques, que esclareceu que Sérgio Conceição repudia as acusações e acrescenta que Barroso tentou agredir o filho Moisés Conceição. A Saúde Público do Porto também já emitiu um comunicado na tarde desta segunda-feira estando solidária com o treinador, afirmando que é mentira, que tenha estado envolvido em incidentes graves e que acompanhará todas as queixas judiciais que Sérgio Conceição mover na sequência da tentativa de assassinato de caráter que está a sofrer. Estou aqui a citar aquele comunicado do Futebol Clube do Porto. Aqui não há muito mais a dizer, Jorge, porque é uma versão contra outra versão, não é? Precisamente isso. São duas versões. É muito difícil estar aqui a comentar algo desse género. Há uma pessoa que diz que foi agredida, há outra pessoa que diz que não houve agressão nenhuma. Foi ao contrário. Como não testemunhei nenhum dos acontecimentos, sinceramente, não tenho muito, não tenho nenhum comentário a fazer sobre esse assunto. Não, é que é uma questão que ultrapassa até dentro... Eu posso analisar um pouquinho com o Sérgio Conceição em relação àquilo que pode ser a opção de carreira dele, em relação àquilo que é o futebol e as questões técnicas. Isso é uma situação que ultrapassa um âmbito, digo, de um comentário, porque não consigo, sinceramente... Não entra aqui muito no âmbito da vida do jogo. Até porque não ouvimos. Não ouvimos nem ouvimos. Enfim, isso sabemos que o Sérgio é, pá, não faço ideia. Em relação àquilo, sobretudo, envolvendo o filho. Um dos filhos, neste caso, o mais novo. O sangue lhe ferve logo, mas espero que enquanto são novos da melhor forma. Já chega de casos assim esses, não é? Ainda relativamente às eleições do Futebol Clube de Porto, há uma coisa que eu penso que temos como garantida nesta altura, é que vamos ter as eleições mais concorridas de sempre no Futebol Clube de Porto. Sim, isso parece-me garantido. Até pela mobilização que existe dos dois lados. Já se percebia até pela mobilização que houve nas Assembleias Gerais. Certamente vão ser as eleições mais concorridas sempre à presidência do Porto, o que também é normal. Ficaria surpreendido se o número de pessoas a votar ultrapassasse os 30 mil? 30 mil sócios? Não tens uma ideia? Não tenho uma ideia, João. Não faço ideia de que valor seria impressionante. Mas pensas que será a mais concorrida de sempre? Eu tenho essa ideia, sim. Acho que sim. Até porque as eleições são mesmo assim. Quando há dois candidatos fortes e duas propostas diferentes e fortes é muito mais mobilizador do que ter um candidato que, à partida, ganhará com maior ou menor vantagem. Não é um candidato único, mas praticamente é. E é isso que Pinto da Costa foi quase sempre ao longo dos anos. Quarenta e poucos anos em que ele é presidente do Futebol Clube do Porto. Desde 1982, portanto, há 42 anos presidente do Futebol Clube do Porto. Como dizíamos, Luís, temos essas eleições marcadas pelo dia 27 no Estádio do Dragão. As eleições vão acontecer no Estádio do Dragão, o palco no dia seguinte do Clássico entre Porto e Sporting. Pode ser um jogo. Não sabemos como estará o campeonato na altura mas pode ser um jogo muito importante. Sim, mas uma coisa não tinha nada a ver com outra. Embora se fosse ao contrário, se calhar já podia ter. Porque sabemos bem que as multidões de um futebol, por mais decisões que tomem de forma racional e por muito que lhe falem de contas e de orçamentos, depois os resultados é que contam, não é? Muito nas decisões e o impacto de teres antes um clássico como um Porto-Sporting. Por exemplo, este Sporting, que está em primeiro lugar, naturalmente que, do ponto de vista emocional, teria algum peso, sendo no dia seguinte já não tanto, não é? Vocês têm algum receio que as coisas nesse dia, em termos de segurança, em termos daquilo que vai ser o comportamento das pessoas no ato eleitoral, que as coisas possam não correr da melhor forma? Não, acho que até pelo que já aconteceu na Assembleia Geral, por tudo aquilo que foi dito e garantido no pós-Assembleia Geral que deu aquela polémica, não estou a ver que não sejam asseguradas todas as condições, não estou a ver que seja possível sequer que não sejam asseguradas todas as condições para que o ato eleitoral decorra com toda a normalidade e evitando qualquer tipo de polémica, de confronto que pudesse manchar. Lá está um ato que promete ser o maior do Porto. O maior, penso que, sempre em Portugal, foi o do Benfica com 40 mil e poucas pessoas a votarem. Não 40 mil votos, porque o Benfica tem aquela questão de alguns sócios têm 50 votos, mas um número de pessoas a votar. Eu não sei agora exatamente qual foi, eu penso que é o último até, este último ato eleitoral com João Noronha Lopes. Um número de pessoas a votar. 40 mil e qualquer coisa a votar. E acho que esse é o recorde em Portugal de votação num clube e um dos maiores a nível mundial também. Só uma nota final. Eu acho que é o ato eleitoral mais marcante do Benfica, não é? Sim, sim. Mas eu penso que não é aí o recorde. Mas eu penso que não é aí o recorde. Lembrei-me agora disso, não tenho aqui os números exatos. Sei que essa votação existiu e tenho ideia que foi entre Luís Filipe Vieira e João Noronha Lopes. Mas irei ver isso e depois confirmar no próximo programa. Uma nota final para uma nova executada psicológica no futebol português. Aconteceu no Famalicão a saída de João Pedro Sousa que foi substituído por Armando Evangelista. Vocês ficaram surpreendidos com esta saída de João Pedro Sousa? Ele que já tinha passado pelo Famalicão e agora está ali a meio da tabela e sai a oito jornadas do fim. Isso levava-me a falar mais tempo porque eu acho que isso tem mais a ver com aquilo que é o projeto das cidades, que são algo que é interessante do ponto de vista de investimento e de atrair investidores mas há um problema, é que tem uma equipe de futebol a jogar todas as semanas e que em geral quando perde jogos pode levar não necessariamente a desativização mas a insatisfação de adeptos comuns, que em contas normais não mandam nada nestes investimentos mas que estão lá para ver os jogos e sem isso acho que os clubes dificilmente depois existem a médio ou longo prazo. Acho que a questão do projeto do Famalicão que é um projeto de clube deixa-se influenciar por um projeto de crise da equipa, que são coisas completamente diferentes porque o projeto de equipa é para potenciar jogadores que possam vender, jogando um futebol que possa ser possível. O João Pedro Sousa acabou por não corresponder a um projeto de clube na equipa embora o presidente do Famalicão tenha dito há pouco tempo que um dos erros que tinha feito foi uma vez ter deixado de ser o João Pedro Sousa e agora acabam por deixar de ser o João Pedro Sousa. Portanto, eu acho que é um problema de facto termos aqueles 90 minutos no meio para os investidores. No oitavo lugar tem um jogamento que é o jogador de futebol. Acho que esses investimentos é uma maravilha se não houvesse jogos. Eu penso em desculpar essas pessoas que entram no futebol, mas é que vai existir sempre um jogador contra os outros e uma bola. Sim, Jorge, mesmo telegráfico. Agora que eu ia falar... Nada surpreendido. Fiquei de certa forma porque normalmente as disputas psicológicas em clubes no oitavo lugar não acontecem e por outro lado também é verdade que o Famalicão tem duas vitórias nos últimos 14 jogos. Ele apostaram em quinto lugar e foi adotado. É o segundo clube com mais empatos. Só o Rio AVE que tem mais empatos. Entre eles o Famalicão tem 10. Lá está, duas vitórias em 14 jogos. Percebe-se que para o projeto o Famalicão é curto. Estamos mesmo no fim e vamos ter que fechar esta visão de jogo. Voltaremos na próxima segunda-feira para mais uma visão de jogo. É fundamental ver o jogo. Um abraço e até a próxima.

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