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Goethe reflects on childhood memories and how they can be influenced by others' accounts. He recounts a story from his early years, where he threw miniature kitchen utensils out the window, to the delight of his neighbors. The incident holds no significant meaning in his life, but he acknowledges the importance of childhood memories in psychoanalysis. The story is later connected to a patient who had a similar memory, suggesting a possible interpretation. However, there are differences in the circumstances, and Goethe's memory seems to lack a clear connection to later experiences. The interpretation remains uncertain. Uma Recordação de Infância em Poesia e Verdade, 1917 Quando procuramos recordar o que nos sucedeu nos primeiros anos da infância, muitas vezes chegamos a confundir o que nos disseram outras pessoas com o que realmente sabemos por testemunho e experiência própria. Goethe fez essa observação numa das primeiras páginas da autobiografia que começou a escrever aos 60 anos de idade. Ela é precedida apenas de algumas informações a respeito do seu nascimento ocorrido a 28 de agosto de 1749 ao bater do sino do meio-dia. A constelação dos astros lhe era favorável e pode ter contribuído para sua sobrevivência, pois ele veio ao mundo como morto, e apenas após vários esforços conseguiram que abrisse os olhos. Depois dessa observação há uma breve descrição da casa e dos lugares em que as crianças, ele e sua irmã menor, gostavam de ficar. Em seguida, Goethe apenas relata um acontecimento que pode ser situado nos primeiros anos da infância, até a idade de 4 anos, e do qual ele parece ter conservado uma lembrança pessoal. Eis o que ele conta. Não só a cozinha for abastecida por algum tempo com tais mercadorias, como também nós ganharmos como brinquedos uma série de utensílios semelhantes e miniatura. Uma bela tarde, quando reinava a paz em toda a casa, estava eu entretido com os meus pratos e panelas no vestíbulo, o lugar já mencionado que limitava com a rua, e, como não sabia mais o que fazer com eles, joguei à rua um desses brinquedos e achei divertido vê-lo quebrasse de maneira tão inesperada. Os Olchenstein, que me viram bater as mãozinhas no meu transporte de júbilo, gritaram, outra vez. Não hesitei nenhum instante, lá se foi uma panela, e como eles não cessaram de gritar outra vez, todos os pratinhos, os pequenos vasos e as panelinhas se espatifaram um depois do outro na calçada. Meus vizinhos continuavam a manifestar-me a sua aprovação e eu estava radiante por lhes proporcionar esse prazer, mas a provisão de louça esgotara-se e eles sempre a gritaram, outra vez. Corri, pois, direto à cozinha e apanhei os pratos de barro, que naturalmente ofereceram, ao quebrasse, um espetáculo ainda mais divertido, e assim comecei a ir e vir, trazendo um prato de cada vez, conforme podia alcançá-los na prateleira em que estavam guardados, e como aqueles cavaleiros não se davam por satisfeitos, precipitei, na mesma ruína, toda a louça que pude arrastar até o vestíbulo. Foi então que apareceu alguém, mas demasiado tarde para dar um ponto final àquela e proibir-me da brincadeira. O mal estava feito, e em troca de tanta louça quebrada, tivemos pelo menos uma história cômica, que foi, sobretudo para os maliciosos instigadores, e até o fim de sua existência, uma alegre recordação. Em tempos pré-psicanalíticos, podia-se ler essa passagem sem achar motivo para nela se deter e sem admirar-se, mas depois a consciência analítica tornou-se intensa. Havíamos formado, acerca de recordações da mais remota infância, determinadas opiniões e expectativas, as quais pretendíamos que tivessem validade geral. Não devia ser indiferente ou insignificante qual detalhe da vida infantil escapara ao esquecimento geral da infância. Seria antes de supor que aquilo conservado na memória fosse também o mais significativo de todo aquele período de vida, seja porque tivesse tal importância já na época, seja por havê-la adquirido graças à influência de eventos posteriores. É certo que o alto valor de tais recordações infantis era óbvio apenas em um ou outro caso. Em geral, não faziam diferença, pareciam mesmo sem nenhum valor, e não se entendia porque justamente elas conseguiam fazer frente à amnésia. Também a pessoa que as conservara por muitos anos como bens de sua memória não podia apreciá-las, e tampouco uma outra a quem as haveria contado. Para discernir sua importância era preciso um certo trabalho de interpretação que ou demonstrasse como seu conteúdo devia ser substituído por outro, ou evidenciasse o seu nexo com outras vivências indubitavelmente importantes que lhes haviam tomado o lugar como lembranças encobridoras. Em toda elaboração psicanalítica da história de uma vida, chega-se a esclarecer de tal forma o significado das mais remotas lembranças infantis. Acontece mesmo, via de regra, que justamente a lembrança que o analisando coloca à frente, que relata em primeiro lugar, com a qual introduz sua confissão biográfica, revelar-se a mais importante, aquela que esconde as chaves dos compartimentos secretos de sua vida psíquica. No caso do episódio infantil, narrado em poesia e verdade, entretanto, não há muito que venha ao encontro de nossa expectativa. Claro que nos são inacessíveis, aqui, os caminhos e recursos que em nossos pacientes levam à interpretação. O incidente mesmo não parece admitir um nexo perceptível com impressões relevantes de uma época posterior. Uma travessura com danos para a economia doméstica, realizada sob influência de pessoas de fora, não é certamente uma vinheta adequada para tudo o que Goethe tem a comunicar de sua rica vida. Uma impressão de total inocuidade e ausência de vínculos parece dever se impor com essa lembrança infantil, e poderíamos aceitar a advertência de não exagerar as pretensões da psicanálise ou invocá-las em local impertinente. Assim, há muito a deixar de lado esse pequeno problema, quando acaso me trouxe um paciente, no qual uma recordação infantil semelhante apresentava-se em contexto mais transparente. Era um homem de 27 anos de idade, muito instruído e talentoso, cuja vida se achava tomada por um conflito com sua mãe. Conflito que afetava praticamente todos os seus interesses e que prejudicara bastante o desenvolvimento de sua capacidade de amar e de conduzir autonomamente sua vida. Isso remontava sua infância aos seus 4 anos de idade, pode-se dizer. Antes, ele era um menino bastante fraco, sempre adoecido, e, contudo, suas lembranças haviam transfigurado esse tempo ruim num paraíso, pois então ele possuía a afeição irrestrita e exclusiva de sua mãe. Quando ainda tinha 4 anos, nasceu um irmão, hoje ainda vivo, e, reagindo a essa perturbação, ele se converteu num menino teimoso, intratável, que suscitava constantemente a severidade da mãe, e nunca mais retornou às estrelhas. Quando veio tratar-se comigo, em boa parte porque sua mãe, uma senhora beata, tinha horror à psicanálise, a muito esquecer o ciúme do irmão mais novo, que na época chegara a manifestar-se num ataque ao bebê. Tratava o irmão com muita consideração, mas alguns estranhos atos fortuitos, com os quais feriu gravemente animais que amava, como seu cão de caça ou pássaros de que cuidava muito bem, podiam ser entendidos como ecos dos impulsos hostis para com seu irmão menor. Esse paciente contou, de certa vez, na época do ataque ao irmão odiado, jogara pela janela da casa de campo toda a louça que pôde alcançar. O mesmo episódio da infância que Goethe relata em Poesia e Verdade. Devo informar que meu paciente era estrangeiro e não familiarizado com a cultura alemã, não havia chegado a ler a autobiografia de Goethe. Naturalmente, essa informação levou-me à tentativa de interpretar a recordação infantil de Goethe no sentido que a história do paciente sugeria. Mas pode-se demonstrar que existiam, na infância do poeta, as condições necessárias para tal percepção? É certo que o próprio Goethe vê os incentivos dos irmãos O'Sheinstein como responsável por sua traquenagem, mas sua narrativa mesma dá a entender que os vizinhos adultos apenas o encorajaram a prosseguir seu ato. O começo fora espontâneo e a motivação que ele oferece, como não sabia mais o que fazer com eles, pode ser vista, sem exagero, como admissão de que na época em que escreveu e provavelmente já muitos anos antes, ele não conhecia um motivo eficiente para sua conduta. Sabe-se que Johann Wolfgang e sua irmã Cornélia foram os mais velhos de toda uma série de filhos de saúde frágil e os únicos que sobreviveram. O Dr. Hans Sachs teve a amabilidade de fornecer-me os seguintes dados sobre os irmãos Goethe, que faleceram prematuramente. Hermann Jacob, batizado em 27 de novembro de 1752, uma segunda-feira, alcançou a idade de seis anos e seis semanas e foi enterrado em 13 de janeiro de 1759. Catarina Elizabeth, batizada em 9 de setembro de 1754, uma segunda-feira, e enterrada em 22 de dezembro de 1755, uma quinta-feira, com a idade de um ano e quatro meses. Joana Maria, batizada em 29 de março de 1757, uma terça-feira, e enterrada em 11 de agosto de 1759, um sábado, com dois anos e quatro meses. Esta foi certamente a garota cuja beleza e simpatia foi enaltecida pelo irmão. George Adolph, batizado em 15 de junho de 1760, um domingo, e enterrado com oito meses de idade, em 18 de fevereiro de 1761, uma quarta-feira. A irmã seguinte de Goethe, Cornélia Federica Cristiana, nasceu no dia 7 de dezembro de 1750, quando ele tinha um ano e três meses de idade. Essa diferença mínima de idade a exclui como objeto de ciúme. Sabe-se que as crianças, quando suas paixões despertam, jamais desenvolvem reações veemente ante os irmãos que já existem, dirigindo sua aversão aos que chegam. Além disso, a cena que buscamos interpretar não é compatível com a Terraidade de Goethe do nascimento de Cornélia, ou pouco depois. Quando do nascimento de Hermann Jacob, o primeiro irmãozinho, Johann Pfofigen tinha três anos e três meses. Cerca de dois anos mais tarde, quando ele tinha cinco anos, nasceu a segunda irmã. Ambas idades podem ser levadas em conta na datação do episódio da louça. A primeira merece talvez a preferência. Ela também ficou a donaria melhor com a história do meu paciente, que contava três anos e nove meses no nascimento do irmão. Hermann Jacob, o irmão para o qual voltamos nossa tentativa de interpretação, não foi, aliás, um hóspede tão passageiro, nos aposentos de criança da casa de Goethe, como aqueles que viriam depois. É de estranhar que a autobiografia do irmão maior não tenha uma palavra de recordação sobre ele. Quando morreu, havia completado seis anos, e Johann Pfofigen ia fazer dez. Dr. Eduardo Richtman, que teve a gentileza de pôr à minha disposição suas notas sobre esse tema, afirma o seguinte. Também Goethe, quando garoto, viu morrer um irmãozinho sem muita tristeza, ao menos foi o que relatou sua mãe, segundo Bettina Brentano. Ela achou estranho que ele não chorasse na morte de seu irmão mais novo, Jacob, que era seu camarada nos brinquedos. Ele parecia antes irritado com os lamentos dos pais e irmãos. Quando mais tarde, a mãe perguntou ao rebelde se ele não amara o irmão, ele correu ao seu quarto e retirou debaixo da cama uma porção de papéis manuscritos com lições e histórias, dizendo que havia feito tudo aquilo para destruir o irmão. Em todo caso, o irmão maior gostava de fazer de pai com o menor e de mostrar-lhe sua superioridade. Pode-se então formar a opinião de que o fato de lançar fora a louça é uma ação simbólica, ou, mais precisamente, mágica, com que o menino, tanto Goethe como meus pacientes, dá vigorosa expressão ao desejo de eliminar o intruso que o incomoda. Não contestamos o prazer do menino em quebrar os objetos. Quando um ato já é em si prazeroso, isso não constitui impedimento, mas um incitamento a repeti-lo também a serviço de outras propósitos. Não acreditamos, porém, que tenha sido o prazer em quebrar e fazer barulho que assegurou, atrás de travessuras, um lugar permanente na memória do adulto. Também não relutamos em complicar a motivação do ato, aduzindo um novo elemento. O menino que destrói a louça sabe que está fazendo algo ruim, pelo qual os adultos o repreenderão, e, se esse conhecimento não o refreia, provavelmente há um rancor contra os pais que deve ser satisfeito. Ele quer mostrar-se mal. O prazer em quebrar, e com coisas quebradas, seria também satisfeito se o menino apenas arremessasse ao chão os objetos frágeis. Nisso ficaria sem explicação o lançamento para fora, através da janela. Esse para fora, no entanto, parece ser parte essencial da ação mágica, tendo origem no sentido oculto da mesma. A nova criança deve ser levada embora, possivelmente pela janela, porque veio pela janela. Toda ação equivaleria, desse modo, à reação verbal, já nossa conhecida, de uma criança que, ao ser informada que a cegonha lhe trouxera o irmãozinho, diga para levar de volta, foi sua resposta. Ao mesmo tempo, não ignoramos como é arriscado, sem falar das incertezas internas, basear a interpretação de um ato infantil numa única analogia. Por isso, retive durante anos minha concepção da ligeira cena de poesia e verdade. Um dia, veio-me um paciente que iniciou a análise com as seguintes afirmações, registradas literalmente. Sou o mais velho de oito ou nove irmãos. Uma de minhas primeiras recordações é de meu pai contando sorridente, sentado em sua cama, de pijamas, que eu havia ganhado um irmão. Na época, eu tinha três anos e nove meses. É a diferença de idade entre mim e meu irmão seguinte. E sei que, numa ocasião, pouco tempo depois, ou foi um pouco antes, joguei pela janela na rua vários objetos, escovas, sapatos e outras coisas. Ou foi somente uma escova. Tenho outra lembrança, ainda anterior a essa. Quando eu tinha dois anos, eu e meus pais pernoitamos num quarto de hotel em Linz, a caminho do Salsa Marriott. Eu estava tão inquieto durante a noite, fazendo o tamanho barulho que meu pai teve que bater em mim. Com essa declaração, desapareceram-me quaisquer dúvidas. Quando, numa situação analítica, duas coisas são apresentadas uma logo após a outra, como num só fôlego, devemos interpretar essa proximidade como uma relação. Era como se o paciente tivesse dito, porque soube que ganhei um irmão, joguei depois daqueles objetos na rua. O lançamento das escovas, sapatos, etc., deve ser percebido como reação ao nascimento do irmão. Também não é algo adverso que os objetos lançados fora, nesse caso, não tenham sido pratos, mas outras coisas, provavelmente as que o garoto podia alcançar. O arremesso para fora, para a rua, pela janela, demonstra ser o elemento essencial na ação. O prazer em quebrar, em fazer ruído e o tipo de objetos em que a execução é consumada revelam-se como algo inconstante e inessencial. Naturalmente, a exigência de haver uma relação vale também para a terceira recordação infantil do paciente, que, embora seja a mais antiga, é colocada no fim da pequena série. É fácil preenchê-la. Entendemos que o menino de dois anos mostrava-se tão inquieto porque não podia tolerar que os pais ficassem juntos na cama. Durante a viagem, era provavelmente impossível não deixá-lo presenciar isso. Dos sentimentos que agitaram, então, o pequeno ciumento ficou a amargura em relação às mulheres, que teve, por consequência, uma duradoura perturbação do seu desenvolvimento amoroso. Quando, após essas observações, manifestei a expectativa em encontro na sociedade psicanalítica de que eventos dessa espécie não seriam raros na vida de uma criança pequena, a doutora Van Houken-Helmuth colocou à minha disposição duas outras observações que aqui reproduzo. 1. Com aproximadamente três meses e meio de idade, o pequeno Eric, muito de repente, adquiriu o hábito de jogar pela janela tudo que não lhe agradava. Ele fazia isso também com objetos que não estavam em seu caminho nem lhe diziam respeito. Justamente no aniversário do pai, quando tinha três anos e quatro meses e meio, jogou ele na rua um pesado rolo de massas, que num instante havia pegado na cozinha e arrastado até o quarto. De uma janela do apartamento situado no terceiro andar. Alguns dias depois, fez o mesmo com um pilão, e depois com um par de pesadas botas de montanha do pai, que ainda precisou retirar da caixa. Naquele tempo, a mãe, no sétimo ou oitavo mês de gravidez, teve um falso coach, aborto, após o qual o menino ficou como que mudado, tranquilo e afetuoso. No quinto ou sexto mês, ele dizia à mãe, Mamãe, vou pular na sua barriga. Ou, mamãe, vou empurrar para dentro da sua barriga. Ou, pouco antes do falso coachê, em outubro, se vou mesmo ter um irmão, pelo menos só depois do natal. Dois. Uma moça de dezenove anos relata espontaneamente a sua mais remota lembrança infantil. Vejo uma garota horrivelmente mal educada debaixo da mesa da sala de jantar, a ponto de sair engatinhando. Sobre a mesa está minha xícara de café. Ainda vejo nitidamente o desenho da porcelana, que no momento em que vovó entrava na sala, eu queria lançar pela janela. O fato é que ninguém estava se incomodando comigo, e nesse meio tempo havia se formado uma pele no café, algo que detestava e ainda hoje detesto. Nesse dia nasceria meu irmão, dois anos e meio mais jovem que eu, e por isso ninguém tinha tempo para mim. Sempre me contam que naquele dia eu estava insuportável. Ao meio dia derrubei da mesa o copo preferido de papai. Várias vezes sujei minha roupa e estive de péssimo humor da manhã até a noite. Em minha raiva, destruí também a boneca com que tomava banho. Esses dois casos mal necessitam de comentários. Eles confirmam, sem maior esforço analítico, que a amargura da criança, quanto ao surgimento próximo ou já acontecido de um rival, manifesta-se no arremesso de objetos para fora de casa e em outros atos de grosseria e destrutividade. No primeiro caso, os objetos pesados provavelmente simbolizam a mãe mesma, contra a qual se dirige a cólera do menino, enquanto a nova criança ainda não aparece. O garoto, de três anos e meio, sabe da gravidez da mãe, e não tem dúvidas de que ela abriga no ventre uma criança. Lembramos-nos aqui do pequeno Hans e de seu medo especial de carroças bastante carregadas. No segundo caso, é digna de nota a idade tenra da criança, dois anos e meio. Se agora voltamos à recordação infantil de Goethe e introduzimos, no lugar que ocupa em Poesia e Verdade, o que acreditamos haver descoberto pela observação de outras crianças, há uma irrepreensível concatenação de ideias. Há que não teríamos chegado de outra forma. Ela diz, E assim vai a cadeia de prestamentos, até uma outra pessoa que morreu naqueles primeiros tempos, a avó, que habitava, como um espírito amável e silencioso, outro aposento da casa. Afirmei, em outra ocasião, que quando alguém foi o favorito indiscutível da mãe, por toda a vida conserva aquele sentimento de conquistador, a confiança no sucesso, que não raro realmente traz o sucesso. Goethe poderia, com todo direito, antepor a sua autobiografia uma observação como essa, Minha força tem sua raiz na relação com minha mãe. Você acabou de ouvir a leitura do artigo Uma Recordação de Infância em Poesia e Verdade, 1917, de Sigmund Freud, publicado pela Companhia das Letras no volume 14 de suas obras completas, tradução de Paulo César de Sousa. Não se esqueça de seguir o nosso podcast e deixar sua avaliação. Compartilhe com amigos e colegas que também têm interesse em psicanálise. Vamos juntos explorar o fascinante universo de Freud.