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Victor Hermê

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The speaker discusses the specific attributes of their school, which is a Jewish community school. They mention that to study there, one must be Jewish or have a family connection. The school aims to prepare students for the globalized world and emphasizes the importance of English language learning. The speaker also mentions that parents are more focused on the socio-emotional well-being of their children rather than the language teaching aspect. They believe that English language teaching will continue to increase in schools and that schools will need to adapt to different levels of language proficiency. The speaker also mentions the use of small groups for language classes and the importance of differentiation based on language proficiency levels. They express concern about the growing social divide in education. de atributos? A minha escola é muito específica, então talvez ela vai sair um pouco de outras escolas que você faz a permissão. Mas é porque ela é uma escola da comunidade judaica. E para estudar lá, tem que ser ou pai ou mãe, alguém da sua família, tem que ser judeu. Então, não é interesse da escola, tem crianças que não têm nenhuma ligação com a comunidade e estude nela. Então, por exemplo, ano passado eu recusei 82 matrículas só de primeiro a quinto por causa disso. Então, se for pensar na parte comercial, isso é um crime, né? Falar até o último atendedor de escola que eu recusei matrícula e mais de 80, nossa, ele cai no chão duro assim, né? É porque tem essa especificidade. Mas dentro da comunidade judaica, a escola se coloca como jiush, que é judeu, né? E global. Então, essa coisa de preparar o filho para o mundo, global, isso é muito forte em como a escola se coloca no mercado. Então, se, por exemplo, todos os povos que estão nessa adrenação escrevem em inglês. Toda comunicação que a gente faz com a família, a gente sempre coloca muita coisa em inglês na comunicação. Nem que seja assim, ó, Dear families, aí depois fala o que tem que falar, assim, thank you. Tem emoção, sim, que essa parte do bilinguismo do inglês é algo realmente vivenciado. Então, a escola se coloca, assim, dentro da comunidade como uma escola global que vai preparar seu filho para o mundo globalizado, sabe? E é isso que os pais querem? Queria entender o que os pais buscam. Querem muito. Querem muito. Percebo, assim, que a expectativa de famílias em relação às crianças, acho que na época tinha muito, assim, USP, ITA, ia muito por aí, sabe? Hoje eu não vejo nenhum, ninguém falar, queria que meu filho estudasse na USP, não vejo ninguém falar isso. É mesmo? Olha! Eu vejo muitas famílias que os filhos vão para universidades no exterior e, no meu caso, muitas famílias também fizeram universidade em Israel. Então, os pais buscam muito isso, assim, eles têm uma fala, assim, eu não sei se vai precisar, mas eu já quero que o inglês fique garantido. Tem muitos pais, assim, que tem também uma coisa assim, ah, eu gostei aprendendo inglês, ou ah, eu não sei falar inglês até hoje, mas meu filho, eu quero que ele cresça aprendendo a falar inglês. Então, essa coisa do inglês é quase que primordial, assim. Eu fico vendo no mercado muitas escolas bilíngues, né? Acho que agora, é quase que agora é isso, sabe? Sempre essa classe social não faz sentido mais não ser bilíngue. E os pais participam do ensino de inglês, uma vez que é tão importante nessa escola? Eles participam, eles acompanham, eles vão conversar com os professores, com você? Como é que é? Acho que o que mais traz os pais já dentro da escola são questões socioemocionais. Então, se meu filho está bem, se meu filho está com a coleguinha, se meu filho está sofrendo bullying, se meu filho está respeitando a professora, respeitando os combinados. Então, as famílias se mobilizam mais por essa parte socioemocional do que pelo ensino da língua. Sobre o ensino da língua, a preocupação que eles têm é justamente essa. Eu não quero que meu filho fique defasado no aprendizado de ciências porque ele não está entendendo. Tá. Essa, esse medinho que eles têm, sabe? Não, ele precisa saber geografia. E aí, estão ensinando geografia e aprendem inglês. Será que ele está aprendendo geografia? Será que um conceito não está passando? Então, eles têm essa preocupação, sabe? Mas, não sei se é algo que mobiliza. Eu acho que, ah, é bullying? É bullying? Então, tá, coloco aí. E aí, às vezes, eles fazem esse problema. Quanto custa a aula de inglês? O que é que é dado em inglês? Beleza. Então, depois eles não acompanham muito o processo, não. Eu não sinto que acompanham. Tá. Aí, tem alguns pais que reclamam que não recebem a tarefa de auxílio. Ah, eu não sei fazer tarefa em inglês. Ah, beleza. Deixa que a gente ajuda aqui. Vocês dão certificações para os alunos? Sim, no nono ano a gente já sai em C1 ou C2, né? Que é a meta. Que é o nível de Oxford, lá de Cambridge. Tá. Só no nono ano? É. Então, assim, a minha responsabilidade, a minha promessa é entregar um aluno certificado no final do nono ano. Entendi. Ok. E assim, como é que você enxerga o futuro do ensino de idioma inglês, assim, 2030, 2035? Nossa, eu acho que só tende a crescer. Então, isso que eu falo, assim, que eu já percebo essa mudança, que o inglês não tá alheio, o inglês não tá à parte, o inglês tá imerso na escola, ele tá no refeitório, ele tá no dia a dia. Então, eu acho que, assim, pensando 2030 daqui a seis anos, eu acho que vai estar muito mais. Eu tenho uma preocupação que eu acho que isso são pais das escolas que já são bilíngues de uma determinada classe social. Não vejo que como educadora, assim, que isso vai ser uma realidade também nas escolas públicas ou numa escola de outro, sei lá, de nível C, sabe, classe C, essas coisas assim. Então, eu tenho um triste recado que eu acho que esse abismo social, assim, que acaba que a educação vai criando, sabe, eu acho que isso vai aumentar. Então, eu tenho crianças aqui, por exemplo, eu tenho crianças, alunos meus, que crescem com três línguas, de maneira natural, sabe, assim, eu falo hebraico, eu falo inglês, eu falo português. E crianças que estão sempre professores na escola pública, sabe, então eu acho que esse abismo, eu acho que só vai crescer, infelizmente falando. Mas dessas escolas que já são bilíngues, que já acabaram o inglês, eu acho que, não sei, sabe, assim, eu acho que é um nível absurdo, assim, eu acho que só tem que acreditar como o inglês vai estar no dia a dia, assim, das crianças. Eu não sei se você consegue me responder, mas eu queria pedir para você fazer um exercício de como você imagina que o ensino de inglês vai estar nas escolas, nas outras escolas, tá, diferentes das suas, digo, nas particulares, por exemplo. Você acha que o ensino de inglês vai, também, vai acontecer alguma coisa nesses três anos? Você consegue? Nessas escolas que, ó, tem que ser bilíngue, mas por dar um ensino de inglês dentro da escola, eu vejo que esse caminho não tem volta. Então, é aquilo que eu falei, não dá para ser só de vez em quando, vai ter que ser uma carga horária grande, talvez comparado com o português e matemática e inglês, tá ali no mesmo nível de carga horária. E outra coisa, também, que eu enxergo que não dá mais e ninguém consegue mais, é isso que, às vezes, as escolas ainda estão presas, né? Ficar no verbo to be, ficar no verbo to be, ficar no verbo to be. E as escolas vão ter que desenvolver mecanismos para isso, porque eu entendo o desafio que tem, é isso que eu te falei. Tem gente que chega na escola particular mesmo e já é fluente, morou nos Estados Unidos, morou em um país de língua inglesa, então ele já tem um aprofundamento com a língua e é muito comum a gente receber uma criança no oitavo ano, no nono ano, que é de Bolsa, que acabou de mudar para São Paulo, que nunca viu inglês na história. E aí, como que a gente concilia isso dentro da mesma sala de aula? É um desafio, é um desafio que as escolas vão ter que dar conta, porque não dá para eu ficar sempre nivelando por baixo. Porque fica desinteressante para quem tem, fica desafiador para quem não tem e ninguém evolui. Então, assim, alguns mecanismos de sub-salas, de diferenciações por nível, nivelar as crianças dentro da série. Então, acho que é uma tendência, acho que não ficar parada. Eu acho que é isso, sabe? A carga horária de inglês vai aumentar e as escolas vão ter que se especializar mais em relação ao nível das crianças, oferecer tanto nível básico para quem precisa de básico, um intermediário avançado para quem precisa e etc. Entendi. Ok. Nós terminamos a nossa conversa. Queria agradecer. Ai, que rápida! Foi rápida, né? Foi fácil. E eu gosto de conversar isso. Já me parece que eu estava na mesa de um restaurante. Tem alguma coisa que você gostaria de me contar que eu não perguntei? Não, só agora no final eu fui pensando num detalhe que eu não te contei. Lá na escola, todas as aulas de línguas, então de inglês e de hebraico, elas são, a gente divide a sala em pequenos grupos. Então a gente já tem salas com 18, 20 estudantes, nas aulas de línguas fica 9, 10 no passo disso. Então já são salas pequenas que ficam ainda menores que a língua. Justamente porque a gente tem que avaliar todas essas habilidades, escrita, leitura, como que ele ouve, como que ele fala. Então não dá pra fazer isso em grandes grupos. Então acho que outra característica é isso, sabe? Dos pequenos grupos. E aí pensando nessas outras escolas, talvez é isso também, trabalhar com pequenos grupos mexendo na língua. Quando você fala pequenos grupos, você está dizendo que são grupos diferentes por nível, né? Por nível de conhecimento da língua, é isso? Sim. E vamos supor que eu tenho o sétimo ano. Tem sétimo ano a, b e c. Normalmente uma turma de sétimo ano tem mais ou menos 25 estudantes. Na hora da aula de inglês, os três sétimos anos estão tendo aula de inglês. Aí a gente divide em níveis. Então tem o nível mais básico, intermediário. Eu estou misturando salas e tudo mais. Mas um mais intermediário. Tem a gente de retinite por nível que fica um grupo pequeno. E também mistura as salas. Isso é muito positivo também. Eles testam novas parcerias. Eles conhecem novas pessoas. Saem do coletivinho lá da sala. Então, coisas que ajudam. Bacana. Tá bom, Carol. Muito obrigada. Queria que você tivesse uma ótima noite. Obrigada pela sua contribuição. Foi excelente. Obrigada, viu, Vitória? Eu fico à disposição. O Cade ouro nosso puder contribuir de mais alguma maneira, eu falo. É bom saber. Tá bom. Obrigada. Boa noite. Obrigada, viu? Tchau, tchau. Tchau.

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