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parte dois

parte dois

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The main ideas from this information are: - The process of defining and ordering solutions for environmental and climate issues in Brazil needs to be addressed by politicians. - Once a contract is signed, it is difficult to make changes without incurring additional costs. - Society needs to be willing to pay for resilient infrastructure and solutions that consider environmental factors. - The EGEA faces risks related to financial availability, performance, and the ability to manage and execute contracts. - The privatization of sanitation companies can bring benefits, such as improved efficiency and the ability to address complex issues. - The construction of a positive reputation is a challenge for the EGEA and requires reaching opinion leaders and transforming actions into a valuable asset. Então, é ali que definem a encomenda. Então, quem faz a encomenda é o gestor público. É óbvio que a gente pode influenciar, e a gente tem procurado influenciar nessas discussões, mas essa agenda precisa entrar na agenda dos políticos brasileiros, de como encomendar soluções que levem em conta essas questões ambientais e climáticas. Uma vez que o contrato foi celebrado, aquele compromisso está feito, a concessionária, de certa forma, está restrita àquela moldura do contrato. Não adianta eu dizer que vou fazer um sistema resiliente se o meu contrato não prever isso. Eu vou ter que remodelar esse contrato e, obviamente, isso tem custo. Então, se isso já sai no nascedor da licitação, da modelagem, que é encomendada pelo gestor público, isso tudo vem mais fluido depois. Então, mudar essa cabeça e também ter a disposição da sociedade, de uma maneira geral, de pagar por isso, porque, obviamente, vai haver custos, à medida que você precisa fazer estruturas que resistam a cheias ou sistemas que tenham contingências para escassez prolongada, conceitualmente, é um sistema mais oneroso. Então, a sociedade precisa topar pagar por isso também. É uma conta que tem que fechar. Então, isso precisa ir. E a catástrofe está acelerando esse convencimento. Cada catástrofe dessa acelera o convencimento, mas muito de quem foi afetado, quem não está lá no Rio Grande do Sul, olha aquilo, se promove com aquilo, mas não está vivendo aquilo ali. Então, também tem isso. Quem mais paga o preço é quem está diretamente afetado. Quem não está, está em uma outra situação. Então, até formar essa consciência coletiva da sociedade de que essas questões precisam ser endereçadas, sejam preventivamente, sejam na ponta da reação e resiliência, que não é bem prevenção, mas se acontecer, resistir, mas também prevenir, precisa ser encarada essa discussão. Uma discussão que a sociedade precisa incorporar e decidir arcar com os seus custos. Todo esse programa de descarbonização, mudar a matriz energética, requer investimento. Então, passou a enchente, a água baixou, ou tem uma seca, começou a chover, meio que se esquece, do alto pra frente isso não vai mais voltar a acontecer tão cedo, é um evento isolado e até que vem a próxima e assim por diante. E nós estamos em um país de desenvolvimento. Uma coisa é você falar em resiliência, mais que na Alemanha, na Suíça, na Inglaterra, você tem que construir toda a infraestrutura, você tem uma série de necessidades. Então, é uma discussão difícil, mas necessária. O saneamento básico ainda é o básico do básico, né? Já está aí. Como você vê o grande risco para a EGEA nos próximos dez anos? Nesse aspecto? No aspecto do saneamento, é, de tudo. O risco para a empresa. Eu acho que tem alguns, mas o primeiro é o risco de ter dinheiro disponível. Ter crédito e ter recurso alocado. Isso, disponibilidade de liquidez, disponibilidade financeira. Você tem que ter crédito, tem que ter capacidade de captação, e do outro lado tem que ter quem financiar. Então, esse é sempre o maior insumo da EGEA. Hoje é dinheiro, não é mão de obra, não é energia elétrica, não é nada disso. Isso é sempre um risco. As questões associadas à política são riscos, mas os contratos têm mecanismos para resistir. Nosso judiciário já mostrou que respeita contratos de maneira geral. Tenho aqui a colar uma decisão mais polêmica, mas de maneira geral, eu acho que nós estamos bem posicionados nessa questão. Tem o risco de performance da própria EGEA conseguir fazer frente aos seus compromissos, ter gente, ter capacidade de cumprir os seus contratos e se quer ir além ainda deles. Então, precisa que haja capacidade de gestão, mão de obra qualificada, precisa haver líderes capazes de levar esse desenvolvimento. Enfim, precisa ter capacidade de execução, ter parceiros que topem essa empreitada e venham trabalhar com a gente, empresas, fornecedoras, é todo um ecossistema que precisa funcionar para que você consiga cumprir o que está ali combinado no contrato, que é um desafio enorme por si só. Então, é um risco de performance grande que a gente precisa ficar atento. Riscos ambientais e climáticos, bom, esses são riscos para toda a sociedade, a EGEA está inserida nisso aí, mas que precisa começar a olhar para isso também de uma forma mais estruturada. E como é que você vê o futuro das companhias de saneamento privado? Vocês, a EGEA, eu lembro que em 2014 eu fiz um projeto de saneamento, já era praticamente uma desconhecida. Vocês cresceram muito rápido? É, o mercado se desorganizou. Os grandes concorrentes daquela época, de 2014, eram as grandes empresas de infraestrutura do Brasil. A Odebrecht, a OAS, a Queirol Galvão, a Galvão, a Andrade Gutiérrez. Você tinha grandes empresas do ramo de infraestrutura que atuavam também no setor de concessões, inclusive de saneamento. Que implodiram, né? Que implodiram, e ali a EGEA estava no segundo pelotão, ou talvez no terceiro, e o primeiro e o segundo pelotão foram abatidos. E a EGEA estava ali bem posicionada, e aí teve competência, claro, para aproveitar as oportunidades, tem tido competência para cumprir os seus compromissos, entregar os resultados que estão prometidos, etc. Agora, daqui para frente, eu acho que essa janela ainda dura um tempo de mercado. O saneamento no Brasil, apesar de ter tudo para ser feito, são poucos operadores que topam esse risco, o risco da regulação, o risco do político local, prefeito, câmara de vereador. Enfim, acho que são poucas ainda que topam, e os estrangeiros já deram mostras que não estão afim de correr esse tipo de risco. Então, acho que temos ainda uma janela pela frente, mas que, se não performarmos e não entregarmos o resultado prometido, esse modelo cai em descrédito, e pelo tamanho e relevância que a EGEA está conquistando, vai botar em xeque o próprio sistema privado de prestação de serviço. Sim, quando eu pergunto para as pessoas quem é o principal concorrente da EGEA, não tem. Um ou outro fala com muita distância, Águas do Brasil ou igual. Hoje, você vê que algumas dessas, ou outra, pode vir a ser concorrente? Acho que um projeto aqui, outro ali, tem players que vão conquistar, mas, de uma maneira geral, acho que não mesmo. A gente está, de certa forma, em uma posição mais privilegiada do mercado. Hoje, a maior concorrente da EGEA é ela mesma. A gente não pode perder para nós mesmos. Precisamos continuar entregando, precisamos continuar performando, que é disso que se faz o... Esse é o concorrente pior que tem, não é? Com relação à privatização da Sabesp, eu tenho escutado que quem levar a Sabesp e se tiver, vai virar um monopólio, vai ser a maior que tem. Como é que você vê, o que a população ganha com as privatizações? Não vou entrar nem no mérito da Sabesp, mas de um modo geral. De um modo geral, a Sabesp acho que é um caso à parte, mas, de um modo geral, o poder público já deu todas as demonstrações de incapacidade de fazer a gestão do saneamento. Então, não faz muito sentido, em um Estado que tem tudo para ser feito, operar uma companhia de saneamento. Por quê? Porque não tem capacidade financeira, não tem agilidade administrativa, principalmente, isso eu acho, a agilidade administrativa é muito pequena, mesmo da Sabesp, tem uma burocracia enorme, e isso tudo somado, falta de capacidade financeira, falta de agilidade administrativa, falta de... A tomada pelas corporações, das companhias, que se lucupletam por interesses próprios, é isso que acaba acontecendo. Isso, somado, dá no déficit de saneamento que a gente tem hoje, que é o modelo que foi adotado no décimo 70, e companhias estaduais, se alguém tem mais dúvidas de que não funcionou, de uma maneira geral, não sei o que mais precisa acontecer. Existem exceções, existem. Aqui no Brasil, principalmente, Sabesp, Acopado e Sanepar, e também parou por aí. Mesmo assim, com uma série de dificuldades, da burocracia, elas não têm tantas dificuldades para atrair capital, acho que elas têm uma boa capacidade financeira, mas para aplicar, para executar, para se modernizar, acho que ainda não está, mesmo essas três companhias, não têm a agilidade que a iniciativa privada tem. Do ponto de vista da população, acho que tem um novo fôlego para Sabesp resolver problemas que não conseguiam resolver até hoje. O Rio Pinheiros, o Rio Tietê, toda a questão da melhoria da resiliência, que eles resolveram bem, depois dessa crise do Cantareira, parece que está mais robusto o sistema. Mas a questão, principalmente, do esgotamento sanitário, essa está muito longe de qualquer... Então, talvez por aí, eu acho que a iniciativa privada possa contribuir, já que é mais ágil, que tem mais facilidade de empregar soluções, que tem mais disposição para encarar alguns problemas mais difíceis politicamente, que uma companhia estadual sempre tem, que está sempre a questão política à frente de qualquer decisão, porque é uma companhia pública. E se a iniciativa privada não vai ter, acho que dá para encarar alguns problemas que a Sabesp não conseguiu resolver. Acho que é isso, de maneira geral. Certo. Eu não quero tomar muito do seu tempo, você tem... E agora? Está me ouvindo? Espera que eu parei de te ouvir aqui. Deixa eu ver se o meu sistema caiu aqui. E agora? Ah, voltou. Eu não quero tomar muito do seu tempo. Faltou alguma coisa que eu não falei? Porque eu ficaria mais tempo aqui conversando com você. Você acha que vale a pena falar em termos de reputação? Eu acho que... Eu acho que a gente precisa, de fato, pensar... Acho que a gente tem muita coisa para mostrar. Acho que a EGE tem muito resultado, muita iniciativa, muita coisa boa para fazer e para mostrar que já está feita. Mas a construção da reputação vai muito além de fazer o dever de casa. Ela precisa chegar nos formadores de opinião. Ela precisa virar um ativo da empresa e hoje não é ainda. E em maior ou menor grau, localmente, você tem aqui e por lá uma visibilidade melhor. Mas eu acho que o grande desafio nosso é como transformar esse ativo em reputação. Essa que é a nossa maior missão que a gente tem hoje. Porque a gente não faz bem isso ainda. Tem sempre essa questão de não parecer marqueteiro em excesso. É sempre delicado, mas precisamos fazer. Então, eu acho que nessa questão a gente precisa melhorar muito. Como transformar tudo que a gente faz, que a gente vem fazendo, em reputação de verdade, que agregue valor ao negócio de fato, que reduz a taxa de financiamento, que ganhe a simpatia e o desejo até das comunidades que a higiene permaneça ali, que os governantes, quando forem fazer uma licitação, queiram que a higiene abençoe. Como tirar proveito da reputação, porque a reputação é um negócio meio etéreo. Acho que precisa materializar onde e como melhorar a reputação e qual é o resultado que se espera disso. Acho que isso é o que nós estamos a mergulhar mais daqui para frente. Certo. Então, está bom. Se faltar alguma coisa, posso passar um atizado para você? Pode. Então, está bom. Se você lembrar de mais alguma coisa, você também pode passar também. Está bem. Obrigado. Muito obrigada e boa reunião agora. Obrigado. Um abraço. Tchau. Tchau. Legendas pela comunidade Amara.org

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