Details
Nothing to say, yet
Big christmas sale
Premium Access 35% OFF
Nothing to say, yet
The yellow fever virus has been in Brazil for centuries, brought over during the slave trade. In the late 19th and early 20th centuries, epidemics were primarily urban and transmitted by the Aedes aegypti mosquito. The transmission was not known until the early 20th century. In 1936, a outbreak in Espírito Santo showed that other mosquitoes may be involved in transmission. There are now two cycles of transmission - urban, through the Aedes aegypti mosquito, and sylvatic, through mosquitoes in the forest. The main forest mosquitoes that transmit the virus are hemagogos and sabetes, and the vertebrate hosts in the forest are non-human primates. Ei, Gisele, bom dia, tudo bem? Eu vou respondendo suas questões por aqui, tá? Em relação à primeira, é importante a gente fazer um contexto histórico, né? O vírus da febre amarela, ele ocorre no Brasil há vários séculos. É um vírus de origem africana que chegou aqui no nosso continente durante o tráfico de pessoas escravizadas. Então, a gente convive com ele há pelo menos 200 anos. No final do século XIX, no início do século XX, as epidemias eram essencialmente urbanas. Então, o vírus era transmitido pelo mosquito urbano Aedes aegypti, que também é um mosquito africano, que também chegou no Brasil durante o tráfico de pessoas escravizadas. E aí, até o final do século XIX, nem se sabia que o transmissor era o mosquito, sabe? Então, eles tentavam conter os surtos, queimando folhas, ervas nas ruas, achando que a febre amarela era causada por um ar contaminado, um ar pestilento, sabe? E aí, depois, no comecinho do século XX, descobriu-se que o transmissor era o mosquito Aedes aegypti, então, começaram-se as campanhas de combate ao mosquito. E, nessa época ainda, até a década de 30, até 1930, só se conhecia, então, a transmissão urbana mediada pelo mosquito Aedes aegypti. Só que, em 1936, detectou-se um surto no Espírito Santo, uma região de mata no Vale do Canaã, e aí viram que ali não tinha Aedes aegypti. Então, começaram a desconfiar que outros mosquitos poderiam estar envolvidos na transmissão da febre amarela. E aí, nesse caso, ocorreriam dois tipos de ciclos. O ciclo urbano, que é esse que já se conhecia, o vírus passando para os humanos através da picada do Aedes aegypti, e o ciclo silvestre, que seria transmitido por mosquitos da mata. Hoje em dia, a gente sabe que os principais mosquitos da mata que transmitem a febre amarela são os hemagogos e os sabetes, e lá na mata, os hospedeiros vertebrados são os primatas não-humanos, que a gente conhece popularmente como macaco, soinho, miquinho, o guariba, o bugio, o barbado, enfim, várias espécies de primatas das nossas matas. Vou dividindo os áudios aqui.