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Voz 006

Voz 006

Sufi Remshell

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A tarde cinza de domingo e o passeio no boulevard sentido antigo e teatro. Tem um bosque aqui, jĂ¡ escuto do arvoredo, e o teiro canta homĂ³grafo ao pequeno espaço. Cedros e pesos a nĂ£o entrada e a lameda, a trilha sinuosa levam nos chafariz. De lĂ¡ me cantam folgazinho olhos de Ă¡guia, mas eu duvido ser verdade o que lhe diz. Irreverente, eloquente, irresistĂ­vel. SĂ³ que o rio sempre me inspira essa vendeta, seja pra mim que a outra seja outro sentido de olhar pra cima e procurar o cagoeta. Vendido entra, ele repete a mesma frase, a mesma frase, nunca a mesma entonaĂ§Ă£o. Pra seu sonho custa sĂ³ alma, arte, ficar bem perto e escutar todo sermĂ£o. O bicho mede um palme, tem bom colorido, seu alarido denuncia o paradeiro, mas vai saber de qual altura do pinheiro vai encontrar papo amarelo imperfluĂ­vel. Por fim do sempre a fonte esguichei na beirada, molho as garrinhas, corto o pelo e o nariz. Ao ver-lhe canta outra parte da charada, sou feliz, sou feliz, sou feliz. Segura o passo, junto o galho, folha seca, pegada pela um banco da gente inteira. Ele acompanha e nĂ£o parece perturbado. Perguntou-lhe o que foi, ele respondeu, um sol de espaço. De cada lado um olho em par, outro em quadrante. O foco Ă© feito a terem certo no sobrevoo, mas o tempo tem a mim e a o estrangeiro. Em cada mĂ£o, mas no verbo Ă© o que se sente. Quando eu me aproximo, a ave muda seu compasso. No mesme meio ela se irrita e se assusta. EntĂ£o deslizo, fico doce, arranca a perna. Tirei o meu cuidado e certo, o salto sai de cena. Para narrar o decorrer de seu assalto, isto Ă©, igual de sua sobrancelha, mas para manter o som que fez em seu traçado, bem que se deveria ter menos problemas. Distante a penda na calçada, cativara. Num sĂ³ suspiro foi buscar o que existia. Garras em rixo, um encontro violento. NĂ£o foi serguer antes a pedra, um chĂ£o de vento. Tirou da terra, foi servir lĂ¡ na aralcĂ¡ria. E sĂ³ entĂ£o caiu a pena que arrancara. Por todo bosque ecoa agora o grande feito. O papo brinda e tambĂ©m rima o corpo inteiro. É o tom do herĂ³i em seu devido dialeto. Ouço de novo tudo que jĂ¡ vi de perto. Cuidando bem a nota e tento traduzir. SerĂ¡ que cabe alguma vĂ­rgula ali? SerĂ¡ que volta a fonte e deixa ver direito no salto? Me desvendo outro soneto. Dentre o mistĂ©rio, o papo e a pena sĂ£o as asas. Seu desejo, seu sentido, suas camadas. Duas verdades, mas nenhuma em si contida. SĂ³ no contraste cai o vĂ©u e pisca a vida. Mais espantoso do bailar destes encontros. Ter o que a besta jĂ¡ conhece desde o ovo. Mas basta um instante distraĂ­do e quem diria? Tem adiante o autor da cantoria. Colo no banco, limpo as garras. E nos olhamos. Como Ă© o grande adante que nĂ³s somos? Eu morro um dedo e lhe pergunto, como? Se assim se subentendi, tambĂ©m ao homo? Comparsa d'Ă¡gua, com pulmões e coraĂ§Ă£o. Estrei queimando sempre nova digestĂ£o. Dodendo, a massa arrasta o velho mostro. Mas a energia se gasta pulso por pulso. O sol dos pĂ©s se faz um pepço contĂ­nuo. Aves e pĂ¡lpebra cantam sempre um novo hino. Os raios solteiros nĂ£o nos deixam ir Ă  toa. Agora em hora vĂ£o nos trĂªs fios de cabelo. Mas cresce muito lento para percebĂª-lo. A manufatura repetindo-se a vizinha. Os dedos marcam passo a passo da pontinha. Faz uma risada no pentala do gargalo que os caixas da terra tem embalo. Mas outro dia, outro modo. O meu irmĂ£o tambĂ©m oscila no nosso afeto e comunhĂ£o. Quando se ama, ficar deitado sĂ³ Ă© bom quando se ama. Enquanto os sinos batem vibra a nossa vida. Para o ciclo pode ser mais uma vida. A matelada Ă© prĂ³pria busca por sentido. Todas as neurais repetem sempre o que Ă© sabido. E Ă© sĂ³ o desejo de seguir ou ir embora. Qual o soluço de quem ri ou de quem chora. NĂ£o era o sapo. Por que nĂ£o parar agora? Os meus olhos vazios e desgastados. Uns suborvidos de lado a outro. E sou... nĂ£o sei se sinto me atrevido ou atrasado. Percebo a Ă¡gua que caia em uma pessoa. No carafonte tenho em mente um passarinho. Mas uma expectativa a outra Ă© o cenĂ¡rio. O lago brinca um casalzinho de canĂ¡rios. Meu companheiro vem te ver seguir o caminho. Qual raio frio meu coraĂ§Ă£o. Qual raio frio me toma instinto e segundo. Estou de pĂ© e dou sentido ao meu solado. Sei que sĂ³ sonho fica do que vejo e sinto. Mas mal tristonho Ă© que nĂ£o temo estar parado. De banco a frente o moço olha de seus laios. Passando ergo de uma cena desmedida. Ele sorri tambĂ©m balança seu mĂ³vel. O que escolhe quando vĂª sorrir por esse espelho. Bem vou seguir quem mais quiser. Seja bem vindo. JĂ¡ bem te vi e eu cantamos a jornada. O eterno ciclo enxerga quem fica assistindo. Mas tudo muda quando gira a nossa entrada. Obrigado por assistir.

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