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The speaker believes that as a governor or mayor, you are the most important person and the face of your city. You have the responsibility to present and sell the opportunities and good things about your state or city. They discuss the improvements they made in education in their state, such as increasing the number of schools, providing better meals for students, and implementing a cívico-military school model. They also emphasize the importance of preparing students for the future, including teaching financial education. They mention the need for a new generation to present proposals for the country and criticize the polarization in politics. They suggest looking at successful methods from other countries and rationalizing processes, such as environmental licensing and infrastructure development. They mention their achievements in sustainability in their state. Eu acho que é essa, eu acho que a minha função, você sendo governador ou prefeito da sua cidade, você é a pessoa mais importante. E você é o cartão de visita. Você tem a responsabilidade de apresentar e vender aquilo que você tem de bom, apresentar para o mundo, as oportunidades. E você também é o estimulador, o indutor. Se você não acreditar no seu Estado, se você vender ele mal, quem que vai acreditar? Ninguém vai. Agora, claro, tem que fazer lição de casa, o Estado tem que estar organizado, tem que estar saneado. Por exemplo, eu assumi o governo, o Paraná era sétimo lugar no IDEB. Isso lá na primeira gestão. Em 2019, era sétimo. Hoje é primeiro lugar no IDEB, a melhor educação do Brasil. Eu tinha 30 escolas em tempo integral, tenho 460 escolas em tempo integral. O jovem comia carne uma vez por semana. Hoje come frango, peixe, carne de porco, boi, todos os dias. Quando entra na escola se alimenta, no recreio se alimenta de novo. Vai embora, antes de ir embora, se alimenta de novo. Mas foi uma ideia minha? Não. Eu fui na Coreia do Sul. A Coreia do Sul era o país mais miserável na década de 60. Hoje é uma das grandes potências, inovação, explodindo, crescendo. O país bobando. O que eles fizeram? O jovem não quer estudar. Vamos trazer uma boa alimentação. Pela alimentação eles conseguiram trazer o jovem, porque ele se concentra melhor, bem alimentado e aprende mais. Quantas escolas cívico-militares vocês têm? Quando eu assumi era 7 e hoje nós temos 312 escolas cívico-militares. Se juntar todos os estados não dá o que eu tenho de escolas cívico-militares no estado do Paraná. E é um exemplo de educação. Tenho fila de pais querendo colocar filhos e tenho fila de escolas que diretora querem transformar em cívico-militares. Quer dizer, o pai escolhe. O pai escolhe que tipo de escola ele quer para os filhos. Exatamente. Eu tenho escola convencional, de 6 horas. Eu tenho escola em tempo integral e tenho escola cívico-militar. O pai que decide. E quem decide se transforma em cívico-militar ou não é o pai, a mãe e os professores. Mas como é que você arrumou tanto militar? Eu fiz uma lei onde a gente fez uma reconvocação com os aposentados, demos treinamento, passa por um rígido teste de psicotécnico e de físico e fizemos uma avaliação e trouxemos. Uma boa remuneração, obviamente. E o seguinte, hoje o policial se aposenta muito cedo. O cara com 50 anos está aposentado. Ele fica um mês em casa, é legal. Passeou com a esposa, passeou com o sexo no segundo mês, ele não aguenta. Ninguém aguenta, ele tem que fazer alguma coisa. Aí o que ele vai fazer? Bico em bailão. Bico em casa, que não é de família, para ganhar 50, 100 reais. A hora que se apresenta um projeto, que ele vai poder ajudar a educar os filhos dos vizinhos dele, bem feito, ele vai para o projeto e vai ser bem remunerado. Então ele quer, ele opta por esse projeto. E foi o que aconteceu. Hoje o meu problema de não abrir mais, que eu tenho fila, é porque eu não tenho mais quadro técnico para poder colocar. Aliás, governador, acho que tem um mito em torno dessa questão da escola cívico-militar, né? Como que funciona na prática no Paraná? O professor é do Estado, quem manda é a diretora convencional. Ele só é um diretor, que não é nenhum diretor, é um assessor disciplinar. Porque o aluno tem nota disciplinar. Se ele pixa a escola, ele leva nota. Se ele risca a carteira, ele leva nota. Ele vai perder nota. Se ele faz bagunça, tem uma brincadeira que é de machucar o amigo, é disciplina. E os alunos gostam. E vai aprendendo, vai melhorando. O jovem precisa de disciplina e ele quer disciplina. E o pai e a mãe querem que isso aconteça. Se você vê os relatos da melhora do filho em casa, depois que implantou... Agora, a gente fez um modelo democrático. O pai escolhe aonde quer colocar o filho. Ninguém obriga a nada. Agora os programas, os conteúdos dos programas, a pedagogia, isso fica por conta de... Aí é tudo Secretaria de Educação. Secretaria de Educação. As três escolas têm o mesmo modelo pedagógico, por exemplo. Eu tenho robótica e tenho aula de programação. 500 mil alunos meus fazem programação, porque eu quero criar um berçário de mão de obra para a tecnologia. Os próximos 10 anos, de cada 6 novas profissões, todas estão ligadas à tecnologia. As 10 novas profissões nos próximos 10 anos que foram criadas, 6 estão ligadas à tecnologia. Então, eu estou fazendo o Paraná ter um berçário de mão de obra tecnológico. Por quê? É o que o menino geralmente gosta, porque já está conectado. Segundo, o salário médio de um programador é de 7 a 15 mil reais no Brasil. Hoje você tem no Brasil mais de 600 mil vagas abertas para programadores. E não tem gente para preencher. Não tem gente. E pode trabalhar em casa. Aí, você matou. Trabalha em casa. Você imagina um menino de 16 anos, 17, saiu do 2º ano, 3º ano, começa a ganhar 7, 10 pau por mês trabalhando de casa. É transformador. Se aumenta o salário médio desse rapaz, começa a melhorar a vida dele em casa. Agora, governador, a pandemia mostrou que o nosso ensino, de modo geral, estava em uma situação muito difícil. E com a pandemia ficou mais difícil ainda. Porque há 30 anos ninguém mudou. Eu sou o único estado do Brasil que tem educação financeira. Os meninos lá aprendem associativismo, empreendedorismo, cooperativismo e aprendem oratória. Falar em público. Tem que aprender a falar em público. Porque ele vai ser um cara que vai gerenciar uma equipe, vai gerenciar uma empresa, vai ser um vendedor. Ele vai ser um advogado, tem que ser um bom advogado, tem que ter uma boa oratória. Então, nós estamos preparando essa safra para ensinar educação financeira familiar. Porque nós somos um país que, infelizmente, as pessoas se endividam. Por muitas vezes não ter tido uma oportunidade escolar de saber mexer com dinheiro. Pagar juros exorbitantes, entrar em cheque especial, entrar em juros de cartão. Nós queremos que esses meninos e meninas que estão na nossa escola ensinem os pais e a mãe a lidar com dinheiro. E é isso que está acontecendo. Já vemos que o senhor é candidato. Não. O que eu estou falando? Tem uma nova geração chegando. Tem uma nova safra. E o Brasil, Fernando, se você parar... A minha geração, ela está sendo governada há 40 anos pela geração da década de 50 e 60. 50 e 60. Que fizeram a sua parte. Ajudaram o Brasil. Ajudaram. Agora, a minha geração tem a obrigação de apresentar uma proposta para o país. Nós temos a obrigação. Nós não podemos ficar jogando... Ah, não. Deixa aqueles se virem. Aqueles que estão mais dentro da política. Aqueles que pegam a bomba. Ou que resolvam o problema. Que fiquem com a solução das questões. A minha geração, como já está acontecendo nas empresas. Como está acontecendo no setor educacional. Nós temos essa obrigação. Agora, isso quer dizer que eu tenho que ser protagonista? Não. Eu posso ser um coadjuvante. Posso ser um colaborador. Pode ser que esses governadores se reúnam e posso ter um nome de consenso para poder apresentar uma proposta de futuro. Eu acho que a gente tem que estar organizado nesse sentido. O futuro estará dentro desse quadro. Eu quero. Pela minha geração, eu gostaria de estar ajudando a construir um projeto de um país moderno. Governador, outro dia eu ouvi uma frase sua. Eu até anotei aqui. Esse flaflu não ajuda o país. Empobrece. E frase seguinte. Mas isso vai cansar. O senhor está se referindo à polarização política no Brasil. Que não é uma polarização só no país. Isso está acontecendo no mundo todo. Estados Unidos hoje... Essa questão da... Vai cansar como? Quando? As pessoas terem um norte ideológico. Faz parte. Eu tenho o meu, você tem o teu. Cada um tem o seu norte ideológico. A maneira de viver a sociedade. E na política tem que ter isso. Agora, eu falo o seguinte. Eu não fico perdendo tempo discutindo ideologia. Eu discuto metodologia. O que está dando certo? O que está dando certo em Israel? O que está dando certo no Japão? O que está dando certo na Alemanha? Na Inglaterra? Nos Estados Unidos? Esses países já testaram muita coisa. Que deu certo e deu errado. Então vamos pegar o que deu certo. E vamos trazer pra cá. Não precisa a gente ficar inventando as coisas. Problema ambiental. Uma discussão gigante. Nós ficamos discutindo a questão da árvore. E esquece de fazer o saneamento básico. Que é uma das coisas que mais polui o meio ambiente. É a falta de saneamento básico. E pra você fazer o saneamento básico, você precisa de uma licença ambiental. Se resolver o problema do esgoto da casa da Dona Maria, você precisa de uma licença ambiental, que às vezes demora um, dois, três anos. É uma falta de raciocínio lógico. Isso tem que ser modernizado. O Mitri falou de polarização. Eu queria ouvir o senhor falar sobre racionalização. O senhor falou de meio ambiente. É racional a forma como a gente faz o licençamento ambiental? É razoável o tempo que a gente gasta no Brasil pra poder executar uma obra? Por exemplo, a gente está discutindo margem equatorial. Tem lá um monte de petróleo lá embaixo. A gente tem que decidir como país. Se a gente quer deixar a riqueza lá embaixo e a pobreza aqui em cima, tudo bem. O Brasil resolveu. Mas se a gente quiser juntar a riqueza com a pobreza, também a gente não consegue. Porque tem o meio ambiente que diz que não pode. Porque, afinal, por infelicidade, resolveram chamar um pedaço daquele lugar de fós do Amazonas até ele ficar 500 quilômetros dali. Eu queria ouvir o senhor falar disso. Oleg, você tem um negócio. Primeiro, é importante eu relatar. O Paraná foi eleito três vezes o estado mais sustentável do Brasil, na minha gestão. Nós fomos reconhecidos pela OCDE num relatório mundial o ano passado que colocou o Paraná e uma província do Japão como referências para o mundo em sustentabilidade. O maior programa de árvore nativa do Brasil foi o meu governo que fez no Paraná. O programa de repovamento de peixe nativo 3 milhões e meio de elevinos eu joguei nos rios do Paraná. Nós somos o estado que mais tem proteção da Mata Atlântica, o coração da Mata Atlântica na América do Sul, e eu fui o estado que mais diminuiu o desmatamento da Mata Atlântica. Foi o estado do Paraná, inclusive com o bioma MAPS, se não me engano, que faz esse levantamento. O que acontece com a questão ambiental? Você tem uma indústria da consultoria. Tem a indústria da consultoria. Você pode fazer uma uma duplicação numa rodovia que já existe, que ela já tem a caixa dela, lá atrás, há 30 anos atrás, já foi colocada como utilidade pública, que ela já tem um nome que fala mais de segurança, não é? Enfim, no eixo dela, que já está documentado e lá atrás é dito, isso aqui em algum momento vai ter que ser duplicado? Afetação, não é? Não, ela tem um outro nome. Você vai ter que fazer o Ivetéia. O Ivetéia é pra dar o traçado. Demora dois anos, tem que estudar todas as fa... todas as estações, estudar fauna, estudar... Mas se eu já tenho o traçado da rodovia, vou fazer a obra nessa rodovia, não vou mudar o traçado? Pra que que eu vou ter o Ivetéia? Amor, o Ivetéia custa 3 milhões pra você fazer. Alguém vai fazer esse Ivetéia? Existe uma indústria. E essa indústria conseguiu aprovar muita lei com o discurso que é... Proteção. Proteção. E o Congresso tem que rever isso. Como eu falo, a coisa mais absurda que eu não entendo é que eu preciso tirar o esgoto da frente da casa da Dona Maria. Pra eu fazer isso, eu tenho que ter uma licença ambiental. Não que você não tenha que ter o órgão dizendo, obviamente, mas é uma coisa que... Se ficar dois anos pra fazer um saneamento básico, pra tirar o esgoto, é uma loucura. Ele deixa o esgoto lá, né? Agressão ambiental pros rios, pros lençóis freáticos. É falta de raciocínio lógico. É isso que eu fico indignado. Voltando no tema que o Mitra tocou bem no início, acho que é um depoimento seu interessante. O Paraná descomplicou a vida do empreendedor. Descomplica, né? Então virou um estado onde é rápido abrir. Eu até provoquei o senhor antes ali, uma espécie de aplicação da lei de liberdade econômica no Paraná, em grande estilo, digamos assim. Muita gente tem medo disso, porque diz, bom, pode passar muito projeto que não tinha as condições adequadas, pode ter fraude, etc. Qual é a sua experiência? Porque se colocou no Brasil, Fernando, que o não, a demora da resposta é sinônimo de competência. E não é. Você pode dar um não pro cara. No meu instituto aguenta. O órgão nosso, licenciador, fala milhares de não por dia. Só que fala rápido. Aí você leva oito meses, um ano, pra dizer pro cara, infelizmente, não vai dar. Como se isso fosse um sinônimo de rigidez, de análise, bobagem. Conversa fiada. Então, o que nós fizemos? Nós damos um não. Só que nós damos um não rápido. Porque se você não puder empreender no meu estado, você vai trocar a sua vida em outro lugar. Você vai poder fazer outros projetos em outro lugar e eu não fico te empreendendo. Empreendendo você oito, nove meses. Então é só colocar a questão racional. O mundo desenvolvido é assim. Nós temos que só partir pro... Ou não, mas de forma rápida, eficiente. Perfeiçoar a legislação, inclusive. Aliás, governador, isso vale também pra grandes empresas? Porque a gente sabe que indústria... Não, claro que grandes projetos você tem que ter um olhar muito mais criterioso. O cara vai fazer uma, sei lá, uma usina de alguma coisa, uma metalúrgica... O que que você tem hoje de indústria entrando no Paraná? Hoje o Paraná, nós, em cinco anos, atraímos 250 bilhões arredondando os números de novos investimentos privados. Hoje o Paraná é o supermercado do mundo. Nós somos o estado que mais produz alimento por metro quadrado e que mais industrializa esses alimentos. Nós temos o segundo maior polo automotivo do Brasil, com grandes marcas de automóveis, fábricas de caminhões e de tratores. Somos o maior parque de celulose e derivados de madeira de reflorestamento do Brasil. 25% em torno do reflorestamento de pinos e eucalipto é no Paraná. E nós hoje estamos transformando um grande polo tecnológico com esse berçário de mão de obra que eu falei pra vocês agora há pouco na educação. Nenhum outro estado tem 500 mil alunos aprendendo a programação no Brasil. Então isso faz com que a... Eu fechei agora na Índia, 20 dias atrás na Índia, trouxemos a Tata, que já tinha um começo de escritório em Londrina e agora anunciou que o centro logístico de atendimento ao cliente tecnológico da América do Sul vai ser o Paraná. Na cidade de Londrina. Já vão pra 3 mil funcionários e a meta deles é pra chegar quase próximo de 10 a médio prazo. Como é que isso vai ver com essa experiência, a indústria nacional competindo com players gigantes especialmente da China? A gente tá nessa discussão agora sobre taxar ou não taxar as compras pelos sites, enfim. Veja, eu acho que o Brasil tá perdendo uma grande oportunidade de ser a opção para o mundo ocidental da China. Nós deveríamos ser a China do Ocidente para o Ocidente. O mercado europeu não quer mais ficar dependente da China. Os países europeus. Os Estados Unidos não quer mais ficar dependente da China para alguns produtos que eles não produzem. Quem que tá ganhando esse espaço? O México. Tá se posicionando. E perdendo muita oportunidade. O Brasil se ficasse parado, só se organizando, tendo uma boa relação diplomática, não precisa ser inimigo da China muito, pelo contrário, um parceiro comercial estratégico importantíssimo pro Brasil. Mas só de ter um alinhamento com o Ocidente nas questões políticas, questões de relações internacionais, automaticamente viria a migrar pro Brasil, porque nós temos energia limpa e barata comparado com o mundo. Muita energia. O Brasil tem um canhão de produção de energia que pode vir a acontecer com biogás, energia solar, energia eólica, agora vai entrar o hidrogênio, que vai acontecer o hidrogênio a médio e longo prazo. Você tem uma mão de obra boa e relativamente barata comparado aos países de primeiro mundo. O brasileiro gosta de trabalhar. E o que você tem que fazer é facilitar. Água, né? Tem espaço físico. Tem espaço físico pra montar a indústria. Só pra lembrar, o México, o custo de produção no México está empatando com o da China. O custo de produção da China está subindo. E a câmara tributária, né, Mithri? Que a nossa aqui, na comparação com o México, é um absurdo. É onde vai entrar minha pergunta agora, para o governador. Então, quer dizer, nós temos que competir com o México e com outros países que estão aí representando uma certa ameaça pra gente, porque o México se continuar desse jeito, ele vai tomar muito desse lugar que seria nosso. Já está tomando. Eu só vejo o Brasil se mexendo nessa direção. Porque a inquietação do Mithri é fundamentada, a sua também. Mas a gente vê o Brasil se mexendo pra isso, a gente vê o Brasil indo na outra direção. Mas aí entra minha pergunta sobre a reforma tributária. Governador, eu queria que o senhor desse a sua opinião, a avaliação da reforma tributária. Só pra finalizar esse ponto que ele falou. Por isso que eu falo, se você tiver um mínimo de posicionamento, menos posicionamento político, ficar discutindo Hamas e Palestina, essa briga de Israel, briga de Ucrânia e Rússia, pra nós não interessa, não vai resolver os nossos problemas. Nem a gente vai conseguir resolver. Não é na cervejinha que vai resolver. Não vai resolver. É um problema muito mais complexo que as grandes potências estão voltando a querer polarizar o jogo. Então o Brasil pode ser parado, ser o país que pode ser mais beneficiado desse problema que está tendo o geral político. É isso a minha visão. Veja, essa que foi feita é a melhor do mundo ou não é? Nós temos muito pra avançar ainda. Mas o sistema tributário brasileiro é tão complexo que você explicar pro investidor que ele vai pegar uma pedra, vai transformar em alguma coisa e falar, você tem que pagar o IPI pra você, nessa matéria-prima que você vai industrializar, o cara não entende. Aí tem mais o imposto do Estado, tem mais não sei o quê. Simplificando já é um avanço. Eu acho que ficou faltando um pouquinho da sua resposta. O Brasil tem aqui os empregos que precisam ser gerados e lá fora tem umas megacorporações vendendo pra cá as 50 dólares, uma série de produtos sem pagar imposto. Aí nós temos esse dilema. E aí? Como é que resolve isso? É um planejamento estratégico tributário e o senhor está de que lado? O senhor é a favor de taxar essas empresas como é o projeto que está no Congresso ou o senhor é como disse o presidente Lula? A minha tendência é vetar. Nesse caso eu defendo as empresas brasileiras. Porque você não pode competir ou fazer umas empresas brasileiras competir com muitas vezes a produção que muitas vezes você não sabe como que é se é escravizada, se não é, se tem uma exploração ou não tem, pra chegar um produto tão barato como chega no Brasil. Então acho que tem que ter uma organização até pra proteger o mercado interno. Daqui a pouco você tem o comércio das grandes cidades abandonado aí, porque está vindo tudo de fora. E outra coisa, isso não é uma questão de direita ou esquerda, isso o mundo inteiro faz. Os Estados Unidos acabou de taxar 100% do mercado elétrico, do carro elétrico. Ele está protegendo a indústria dele. A pergunta que o Mitri fez sobre a reforma tributária, a minha impressão da reforma, ver se o senhor concorda, que é uma excelente ideia, modelo moderno, alinha o Brasil com o padrão internacional, tudo maravilhoso. O IVA, substituição tributária, você tem uma série de ganhos evidentes aí, diminuição do contencioso e tal. Agora, o show de lobbies que a gente viu no Congresso, nós podíamos estar com uma alíquota baixa de 22, 21, vamos pra 27, 28, quer dizer, o Brasil não perdeu uma chance boa aí? Perdeu, você está correto nesse sentido. Também concordo com você, acho que essa questão de ficar abrindo concessão pra nichos de mercado, se todo mundo pagar, a alíquota baixa. Uma coisa que é questão lógica. Agora, se eu ficar abrindo uma concessão pra esse setor, pra esse setor, quem vai pagar vai ter que pagar por eles. Então, essa concessão é ruim. E aí os lobbies não acabaram, né? Porque agora na regulamentação vai ter mais coisa. Mas de um modo geral, o senhor acha que foi um passo importante, porque saiu daquele manicômio. Eu acho que o fato de simplificar já é um grande negócio. Nós gastamos bilhões de reais com contabilidade nas empresas. É uma loucura. Bom, e com essa resposta, a gente chega ao fim desse canal livre. Eu queria agradecer a participação do governador do Paraná, Ratinho Júnior. Muito obrigado por ter vindo ao programa. Eu queria fazer três programas aqui, mas é um. E também eu queria agradecer aos meus colegas Fernando Mitri, Thais Freitas e o cientista político Fernando Schiller. Semana que vem tem mais canal livre. Até lá. . . . . . . . . . . . . . . .