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PODCAST ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS 08 DE JANEIRO

PODCAST ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS 08 DE JANEIRO

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The podcast episode discusses the antidemocratic acts that occurred on January 8, 2023, in Brazil. It aims to understand the context and motivations behind these acts, as well as their consequences for Brazilian democracy. Various perspectives are explored, including the organization of the acts, the reactions of society, the government, and other institutions, and the impact on Brazilian society and international relations. The importance of education, particularly in teaching about democracy, is highlighted. The interviewees express concern over the lack of understanding of democracy and the risks posed by these acts. The role of the youth in resisting antidemocratic movements and the need for a strong political fight against Bolsonarism are emphasized. The polarization in Brazilian politics is seen as contributing to the increase in antidemocratic acts. The role of the media and judiciary in protecting democracy is discussed, as well as the need for quality education and opportuniti Olá, sejam bem-vindos a mais um episódio do podcast Mundo Negro, com parceria com a ONU de Focos. Desta vez, iremos falar sobre os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro de 2023. Neste programa, vamos ouvir diversas vozes que têm opiniões e análises importantes sobre o que aconteceu naquele dia. O objetivo deste podcast é entender o contexto e as motivações por trás dos atos antidemocráticos, bem como refletir sobre as suas consequências para a democracia brasileira. Para isso, conversamos com várias pessoas e, ao longo do podcast, vamos explorar os diferentes aspectos dos atos, desde a sua organização até os discursos e slogans utilizados pelos manifestantes. Também vamos falar sobre as reações da sociedade, do governo e de outras instituições frente aos atos. Esperamos que este podcast ajude a ampliar o debate sobre a democracia no Brasil e que contribua para uma reflexão crítica e construtiva sobre o futuro do país. Então vamos começar? O professor Aldo Santos nasceu em uma cidade pequena do interior e, desde cedo, já mostrava seu interesse pela educação. Ele se formou em filosofia e, como professor, sempre acreditou que o ensino poderia ser mais do que simplesmente transmitir conteúdo para alunos. O seu maior objetivo é despertar a paixão pelo conhecimento em seus alunos, além de ajudá-los a desenvolver habilidades que seriam úteis em suas vidas pessoais e profissionais, e incentiva seus alunos a pensar de forma crítica e criativa. Além disso, ele ajuda seus alunos a desenvolver suas habilidades em diversas áreas, como a comunicação, liderança e resolução de problemas. O legado do professor Aldo Santos é uma inspiração para todos nós e, hoje, ele vai conversar e refletir conosco sobre os atos antidemocráticos que ocorreram no dia 8 de janeiro de 2023 em nosso país. No dia 8 não aconteceu, não tivemos atos democráticos no Brasil no dia 8. Na verdade, nós tivemos uma tentativa de golpe no país. Nós tivemos aquilo que já vinha sendo organizado com apoio direto e indiretamente nos quartéis e essas pessoas vinculadas ao ex-presidente Bolsonaro, as pessoas se articulam para tomar o poder, ocupam a sede dos poderes do executivo, do legislativo e do judiciário, depedram tudo, destrói, digamos assim, elementos da cultura geral e esse ato só não se consumou porque de forma esperta houve de imediato a intervenção no governo do Distrito Federal, o que possibilitou então recolocar as coisas no seu devido lugar. Portanto, o ato do dia 8 foi um ato que se insurgiu contra todo e qualquer forma de organização dos trabalhadores, de desobediência civil, de repulsa ao governo que tinha tomado posse, que tomou posse recentemente, portanto, a escalada do golpe que está em curso, o golpe este iniciado, em 16. Nos últimos anos, o Brasil tem vivido momentos políticos intensos e conturbados. As eleições presidenciais de 2018 foram marcadas por polarizações, discursos extremistas e muita tensão. Desde então, o país tem assistido a uma série de manifestações e movimentos sociais que buscam defender seus ideais e lutar contra as políticas do atual governo. Neste contexto, conversamos com Santos, um renomado analista político, para entender os impactos desses movimentos na sociedade brasileira e nas relações internacionais do país. Nos alerta para os riscos de paralisia do governo e aponta para a necessidade de uma luta política interna capaz de derrotar o bolsonarismo. Suas palavras são contundentes e nos fazem refletir sobre o futuro do Brasil diante desse cenário tão complexo. Um dos impactos, digamos assim, mais significativo é a tentativa de paralisar o governo, de colocar o governo na retaguarda, de colocar o governo voltado para si, voltado para dentro e não para a sociedade, e acenam para a sociedade de que eles não vão parar com essa manifestação que fizeram no dia 8. Não há, sim, uma cronologia definida de quais serão os próximos passos, mas, inegavelmente, outras ações irão acontecer em nosso país. É só uma questão de tempo, porque o Bolsonaro perdeu as eleições, mas o bolsonarismo não foi, não foi ainda derrotado. Eles estão extremamente articulados, eles saem fortalecidos na medida em que são presos e se tornam vítimas do novo governo e da sociedade na sua grande maioria, e que, portanto, o impacto é muito grande na sociedade, o impacto é muito grande do ponto de vista mundial, do ponto de vista das relações internacionais, o impacto é muito grande do ponto de vista da crença de que o Brasil vai recuperar a sua economia, que foi, durante vários anos, deixada de lado, e, portanto, o impacto é imenso. Eu espero que o governo Lula tenha a sabedoria e o pulso firme o suficiente para desenvolver uma luta política interna capaz de derrotar o bolsonarismo, que é esse segmento, digamos assim, que beira o nazifascismo que está extremamente articulado em nosso país. A juventude sempre teve um papel extremamente importante em nosso país e em qualquer parte do mundo. A juventude é a simbologia da mudança, do novo, da resistência, do vigor físico e a continuidade das nossas utopias em tese, e isso significa juventude. Mas nós precisamos politizar a juventude. Nós precisamos organizar os grêmios de estudantes nas escolas, nós precisamos organizar a juventude nas universidades, nós precisamos fortalecer a União Nacional dos Estudantes, a UBIS, que são entidades secundaristas, para que eles possam entender que o amanhã começa hoje, de que o futuro se constrói no presente, e o presente precisa ser recheado de políticas objetivas de acolhimento da juventude, que muitas vezes não são acolhidas como deveriam. A juventude teve um papel importante na resistência à ditadura militar no Brasil. A juventude saiu às ruas em 2013 e fez uma profunda mudança e uma profunda revolução nesse país, no primeiro momento ao questionar a situação do aumento da passagem, que eles queriam saúde, educação, habitação, modelo FIFA, portanto uma coisa internacionalizada ou internacional, e num primeiro momento tiveram um movimento Passe Livre como expressão dessa luta, dessa energia nas ruas, mas aos poucos a extrema direita disputou essa juventude e muito dos envolvidos sequer tinham noção de que eles estavam reproduzindo no Brasil, no país, algo que já estava acontecendo nos países centrais, fundamentalmente nos Estados Unidos e na Europa, que era a guerra híbrida, que a guerra híbrida significa a desestabilização de países, não necessariamente através de armas ou de confrontos direto ou de derramamento de sangue, mas através das redes sociais, que nesse novo momento, nesse novo estágio, tem um papel fundamental na desestabilização de governantes que eles não têm interesse, que continuem à frente do poder. A Dilma era uma dessas e que, portanto, eles foram rapidamente, digamos assim, pautados por esses interesses internacionais, pelos interesses dessa perspectiva da guerra híbrida, onde é uma guerra que dirige as pessoas negando ou desconstruindo os pressupostos normais como, por exemplo, não ter bandeira de partido político naquelas manifestações, não usar, não ter carro de som com políticos falando o que pensavam, não politizar o processo da disputa daquela multidão que tomava as ruas e que, portanto, foi um movimento belíssimo, mas ele foi cooptado e cumpriu um papel muito significativo que alicerçou todo o processo do golpe de 16 com forte respaldo popular, mas por trás dessa manifestação tinha todo o interesse que é próprio de quem tem conhecimento do que significa as guerras híbridas que estão em curso em várias partes do mundo e o Brasil não ficou de fora. Assim como foi na primavera árabe, também no Brasil ela teve um papel fundamental no sentido de conduzir grande parte da juventude para os interesses que eles apostavam e viabilizaram no que foi o golpe de 16. Agora tenho o prazer de apresentar o professor Sandro Feliciano, que é bacharel em ciências e humanidades e licenciado em filosofia pela Universidade Federal do ABC. Ele é professor de sociologia na escola preparatória da UFABC e tem uma vasta experiência em temas relacionados à democracia e sociedade brasileira. Gostaria de perguntar ao professor Sandro sua opinião em relação aos recentes atos antidemocráticos que ocorreram no Brasil. Sabemos que essas manifestações têm gerado preocupação em muitos setores da sociedade, mas também há um debate sobre a falta de compreensão da população sobre o que realmente é a democracia. Professor Sandro, como você enxerga esse cenário? Vejo com preocupação esses atos antidemocráticos, pois eles têm dois pontos a serem discutidos. O primeiro é que a democracia não é algo amplamente estudado ou ensinado, pelo menos no Brasil. O segundo é que devido a isso, poucas pessoas que praticaram esses atos têm alguma noção que eles são contra a democracia. O mesmo vale para as pessoas que apoiam um novo AI-5 ou uma outra intervenção qualquer, uma intervenção militar ou outra do tipo. A maioria das pessoas acima dos 45 não tiveram aulas de filosofia ou sociologia, apenas uma versão totalmente enviesada chamada educação moral e cívica. Isso por si só já diz muita coisa, porque foi no período militar. Historicamente, não é possível comparar esses atos sem cair em aglomeracronismos, mas podemos dizer que tem a mesma relevância que o caso do Rio Centro. Dentre os principais fatores que levaram a esta onda antidemocrática, ao meu ver, o principal é uma suposta imunidade ou amnistia que seria conferida caso o objetivo tivesse sido conquistado. Mas os financiadores, sabendo da grande chance da falha do plano, em 8 de janeiro, não deram as caras. Outros fatores foram o aumento da perigosidade por parte do próprio governo anterior e a liberação de armas e muita, mas muita informação falsa. Quando pensamos em atos antidemocráticos, é importante lembrar que a nossa democracia é um valor fundamental para a nossa sociedade. É através dela que podemos exercer nossos direitos e deveres como cidadãos, escolhendo nossos representantes e participando ativamente na construção de um país melhor. No entanto, muitas pessoas não compreendem plenamente o que é a democracia, como ela funciona. É por isso que é tão importante que os professores como o professor Sanda ensinem sobre esses valores e incentivem a participação dos alunos na vida política do país. Graças ao Xalá, eu não dou aula de história, mas esses temas serão melhores estudados e compreendidos pelos historiadores em todo o mundo daqui a alguns anos, quando a historiografia estiver totalmente analisada. A forma que os atos antidemocráticos podem nos afetar a longo prazo depende muito da maneira pela qual o judiciário entender os casos de fake news do próprio 8 de janeiro, da informação sabidamente equivocada a respeito da cloroquina, por exemplo, né, as fake news, que foi feita por autoridades constituídas, entre outros, né. Temos que lembrar que foi a amnistia irrestrita do período militar que foi na contramão dos outros países que passaram por processos semelhantes, né, por regimes semelhantes, que abriu um precedente para uma amnistia atual. Acho que a educação de qualidade e oportunidade é o melhor caminho. Como diz Paulo Freire, quando a educação não é libertadora, o desejo da oprimida é se tornar o opressor. Uma educação que permite perspectiva futura, de fato, como o novo ensino médio, né, que tá tentando ensinar a fazer brigadeiro, continuará a ser esse período da opressão. Aliás, o Brasil tem menos de 100 escolas que utilizam, de fato, o método Paulo Freire. Nenhuma delas é pública. Nenhuma delas é pública de fato, né, embora tenha a tentativa da, hoje, deputada Luiza Herondina de tentar ter criado uma educação em São Paulo, certo, que é onde tem mais pessoas estudando, né, escolas públicas não tem mais pessoas estudando. Então, quando falam que Paulo Freire estragou a educação no Brasil, não passa de uma fake news. Não temos como prever como esses eventos afetarão o ensino de história ou quaisquer outras disciplinas no futuro próximo, ou mesmo a médio prazo, né, daqui a uns 10 anos a gente vai ter uma certeza melhor do que vai acontecer. Veja bem, não é a polarização política que contribui com o aumento dos atos democráticos. Sempre houve polarização desde os tempos de MDB e Arena. Depois da redemocratização, a polarização passou a ser PSDB e PT, mas nenhum desses atores políticos promoveu atos antidemocráticos. Apenas a entrada de um novo ator no sistema político permitiu a apologia a antidemocráticos. Agora, a luta é para que aqueles que a perpetraram, esses atos que também são, além de tudo, inconstitucionais, sejam punidos de acordo com a Constituição e demais leis cabíveis. O professor Sandro acredita que a polarização política no Brasil está contribuindo para o aumento dos atos antidemocráticos. Isto acontece porque a polarização gera uma cultura de intolerância e ódio, dificultando o diálogo e a construção de consensos. No entanto, as instituições democráticas como a imprensa e o empresario são fundamentais para proteger a democracia em momentos de crise. Além disso, é importante aprender com as lições históricas para resistir aos ataques à democracia e defender os valores democráticos, como respeito às diferenças e à busca pelo diálogo e pelo consenso. Nos últimos anos, a imprensa não tem sido um ator tão democrático assim. Basta ver as reportagens sobre os 100 dias do governo atual. De fato, a imprensa só percebeu o problema no governo anterior quando houveram ataques à instituição. Uma imprensa livre é uma imprensa que escuta a todos, estuda os seus interlocutores e, principalmente, não apoia esse tipo de atos, como vimos alguns veículos fazerem. Podemos dizer que uma imprensa livre não pode ser leão com um e tutuca com outro. Já o judiciário pecou muito nos últimos 10 anos. É algo lento demais para a velocidade do mundo hoje. Alguns temas não podem nem devem demorar anos para serem julgados. E, muito menos, a PGR ou as próprias casas legislativas não deveriam sentar sobre problemas e só agir quando lhes convier. Um exemplo claro é que há uma mudança na legislação trabalhista ou mesmo a de trânsito a cada 4 anos. Em compensação, alguns pontos da Constituição de 88 que precisam de leis complementares, como a taxação de grandes fortunas, que é o artigo 153, parágrafo 7 da Constituição, nunca entraram em pauta. Durante as entrevistas que realizamos, conversamos com diferentes pessoas que, por cabeça ou indiretamente, participaram da manifestação ocorrida no dia 8 de janeiro em Brasília. Enquanto alguns acreditam que esses atos foram um alerta para o governo e representam uma manifestação legítima da sociedade, outros apontam para o perigo que essas manifestações representam para a democracia. Entre os entrevistados estavam 4 apoiadores do ex-presidente Bolsonaro, que defende que esses atos foram pacíficos e não representam um ataque à democracia. Eles afirmam que a presença de grupos radicais e ações violentas foram exceções isoladas e que a grande maioria dos manifestantes defendeu ideias legítimas e democráticas. Vamos ouvir agora as suas opiniões, entender melhor o que motivou esses apoiadores do presidente a sair às ruas no dia 8 de janeiro. A manifestação do povo brasileiro é legítima, ela é real e ela é justificada mediante a extrema corrupção praticada pelos políticos brasileiros. E o povo se indignou e foi às ruas para as pessoas se manifestarem, isso é totalmente ilegal. Porém, os atos de vandalismo eles são totalmente ilegais. Esses atos, a parte da manifestação deve ser sim penalizado, deve ser sim aberto um inquérito, uma CPI do dia 8 de janeiro para validação e encontrar os verdadeiros culpados dessa quebradeira toda que houve. Então são duas coisas distintas, os atos de vandalismo e a manifestação do povo brasileiro contra a extrema corrupção. Eu acredito sim que os atos foram pacíficos, mediante diversos vídeos que foram divulgados na internet, foram removidos por ordens judiciais, onde mostravam que próprios policiais do Corpo de Segurança do Palácio da Alvorada, inseriram a própria viatura dentro do lago do Palácio da Alvorada, onde houveram diversos manifestantes gritando em um só coro, uma só voz, dizendo não invadir, não invade, não invade, não invade, repetidamente. Então assim, são fortes os indícios onde mostram que os atos eram totalmente pacíficos. Então há de se analisar, há de se abrir uma CPI para investigação e aí nos levanta um alerta, por que o Governo Federal, com toda sua competência, previamente avisado, como mostrado em documentos por diversos deputados, não agiu previamente para a interceptação desses atos, aumentando as frotas de policiais, solicitando ajuda da guarda do Tribunal Federal, e por que também não querem que abra a investigação, comprando parlamentares para que votem contra a abertura da CPI. Assim foi enviado em diversos canais da mídia, a não abertura, a compra de votos. Eu acredito que as manifestações foram extremamente benéficas para o povo brasileiro. No entanto, os atos de vandalismo praticados, esses devem ser investigados com todo o rigor da lei por parte do Governo Federal. Eu acredito que as manifestações foram extremamente benéficas para o povo brasileiro. No entanto, os atos de vandalismo praticados, esses devem ser investigados com todo o rigor da lei por parte do Governo Federal. Sei lá, está meio estranho falar de um ato antidemocrático, porque tem que ver primeiro o contexto, não é nenhum ato antidemocrático, é pela democracia, é bem diferente, porque o comunismo não é democracia, nunca nem foi e nunca vai ser, e é o que o Lula defende, é o que o PT defende, democrático foi o que realmente fizeram no dia, mas nos outros, que o pessoal estava brigando pela democracia, não tem nada de antidemocrático, é pelo contrário, é pela democracia, entendeu? Ah, é, uma parte, um adendo, um comentário a mais, porque a mídia nunca apoiou o ato do pessoal lá na frente do quartel, nada, e quando foi no dia 8 de janeiro, a mídia deu uma cobertura tão grande, eu falei, o que aconteceu com a mídia? O que aconteceu, que agora o pessoal está falando do 8 de janeiro, está falando que o povo não aguenta mais, que estão tudo lá na porta do congresso, não sei lá onde foi o ato de janeiro, nem lembro onde foi, mas assim, até falei pra minha irmã, está estranho esse negócio, que a mídia nunca falou, nunca, eles só chamavam de golpista, golpista, mas nunca mais falou, foi uma cobertura assim, incrível, no dia 8, antes da bagunça, porque já estava tudo armado, já estava tudo pronto para o golpe, vamos dizer, do espetista. Olha, falando de uma área que é majoritariamente bolsonarista, que é no caso o Campo Grande, Maturas do Sul, aqui dentro da região, o ato antidemocrático foi visto como algo positivo, na cidade, por incrível que pareça, sendo que na realidade foi puro vandalismo e depredação, mas dentro que a cidade foi apoiada, tiveram representantes somatogrossenses, que participaram dessa ação, em Brasília, que dizem que Bolsonaro foi prejudicado, que queriam fazer um golpe militar, para que o Lula não assumisse novamente, com medo do Brasil se tornar uma ditadura comunista, e por isso eles solicitavam ao exército, a intervenção militar para acabar todos esses problemas, na cabeça deles, um militar entrando no poder, no governo, com força total, assim como relembrando o tempo da ditadura militar, em 1964, achavam, acredito que não viveram na realidade, achavam que um militar no poder seria melhor do que o próprio presidente Lula, por mais que possam haver ideias, que eu possa discordar ou não, mas acho que é completamente lúdico imaginar que um militar no poder seria melhor que o presidente Lula no poder, não participei, e mesmo se eu tivesse a oportunidade de participar, não participei, porque eu vejo como sendo um ato democrático, já lido o nome, que ferem, dentro de outras coisas, a constituição e a pátria, ferem muitas coisas, muitas lutas do passado, para se livrar desse mal que foi o exército no poder, a ditadura militar, e que queriam resgatar esse período, então, ferem completamente a constituição, ferem completamente os direitos humanos que eles queriam, e, as vezes foi positivo, até em certo modo, não a depredação, o vandalismo, mas sim que eles viram que o exército não está do lado deles, que o exército não assume o poder, que o exército não ficou do lado, no final das contas, não ficou do lado desses protestantes, desses criminosos, falando a verdade, que por mais que houve uma facilitação da situação, mas no final das contas, o exército agiu contra essas pessoas, então, que ficou, no final das contas, um bom recado do exército para esses manifestantes. Você acha que isso é normal? Não é normal. O homem quer ser Deus, o homem está passando em cima da natureza, ele quer ser Deus, e Deus está mostrando para o ser humano que quem manda é ele, ele que é o dono da vida, ele que é o dono do ar, se ele jogar a mão sobre a terra, acabou o mundo, e isso vai acontecer logo, logo, está muito próximo, é que o ser humano não está acreditando, na bíblia mesmo fala, o céu dará sinal, observa o céu, o céu dará sinal, e o céu está dando sinal, Então, eu, a minha opinião, que eu acho que eu tenho direito ainda de opinar, na minha opinião, a gente está vivendo, esse ano é o ano da treva, você tem que ter muita fé em Deus e rezar muito, porque está muito feia a coisa, entendeu? Então, cada um é cada um, mas é um absurdo as escolas dizerem que não pode falar em Deus, Deus abençoe, vai com Deus, Deus te proteja, não poder falar, que país é esse, que mundo é esse? É o mundo da treva? Só pode! Agora, eles querendo obrigar a criança a decidir o que quer ser, menina ou menino, absurdo, outro dia passou na televisão, a mãe, sapatona sem vergonha, que ela lia sem vergonha, nada contra, mas sem vergonha, um menino de 8 anos, ela levou o menino no SUS, que o menino queria virar menina, que ele entrou na fila do SUS para fazer a cirurgia, passou na Globo, passou em todos os canais, passou, pode procurar no G1, o menino 8 anos, a mãe transgênica, nesse negócio aí, levou o menino no SUS, o menino entrou na fila do SUS, porque ele decidiu que ele quer ser menina, então eles vão operar o menino, vai tirar o pênis dele para transformar na vagina, menino de 8 anos, no G1, só você tá no Google, você pesquisa, isso é normal? Não pode ser Brasil o mundo? Isso é normal viver isso no mundo? Não, não, tá muito errado, Mariela, muito errado essas coisas, não pode não, filha, pode dizer que isso não é muito absurdo, agora, o que eu acho engraçado assim, vamos lá, do dia 8, que eu penso também, a gente tem o direito de ir e vir, a gente tem o direito de falar o que você sente, então, quer dizer, nós brasileiros, esse ano, nós estamos amarrados, porque a gente não pode falar nada, por que que os brasileiros foram para a rua? Não foi pelo Bolsonaro? Os brasileiros foram para a rua porque sabiam que tinha alguma coisa errada, os brasileiros patriota entraram em conflito porque eles não queriam transformar o Brasil, deixar o Brasil se transformar em comunismo, eles não foram para a rua porque, ah, é bolsonarista, não, bolsonarista quem fala é a mídia, porque eles ficaram com tanto ódio do ex-governador, do governo federal, que ele estava enfrentando a cúpula, né, e eles não demitiam, então, eles apelidaram os brasileiros de bolsonarista e terrorista, agora, vamos lá, do dia 8 só tinha, tinha gente de várias idades, mas, porém, o mais que chamou a atenção foram os idosos, que rezaram com a bandeira e choraram e falaram que não queriam o Brasil um comunismo para os seus netos e para os seus bisnetos, foi isso que eles estavam lutando, pelo menos, foi o que eu entendi, quanto tempo eles ficaram na rua? Desde a época que surgiu que a eleição foi fraudada, e foi, todo mundo sabe disso, todas as pessoas sabem, mas não pode falar que tem medo, foi fraudada, teve falcatrua na urna? Teve, a gente sabe disso, soltaram o presidente lá? Falcatrua, a gente sabe muito bem disso, mas isso não vem no caso, porém, o próprio, né, o próprio disse, ele só fala besteira porque ele não veio para governar, ele veio para se vingar, porque ele está com o CP de tantos anos, ele veio para ferrar mesmo com o Brasil, ele mesmo disse, venci o Bolsonaro na urna, pois agora, tem um vídeo dele, dá um google, você vai ver, pois agora eu tenho que arrumar um jeito de tirar os bufonaristas da rua, e no dia 8, acontece tudo isso? E uma semana antes, saiu esse vídeo dele falando isso? Aí, isso porque eu ouvi, a tal de Priscila, que ninguém fala nada, que ela que foi a mentora da cabeça, ela que convenceu os bufonaristas que estavam ali no quartel, ali em Brasília, dando toda a ideia da invasão, só que os bufonaristas mais antiguinhos, tanto que eles não foram no começo, quem foi, foram os mais novos, que eles demoraram para ir, que andam pouco, eles andam pouquinho, né, devagarzinho, e eles foram depois e nem foram, só que quando eles chegaram lá no jardim, antes de invasão, já tinha gente lá dentro, tem até um vídeo rodando, que um cara filmou, um cara atrás da cortina, tem a bola assim, ele fez até a bola, já tinha gente lá dentro, olha como é que a história ficou louca, então, naquela vulvuca, naquela vulvuca, naquela vulvuca, ninguém sabia que era nada, a dona Priscila, incentivando, e aqueles outros, tudo que estava incentivando, tudo aquilo ali à esquerda, vestido de verde e amarelo, para dizer que era patriota, chamando os outros para entrar, e você pode ver que tem um vídeo dos bufonaristas mesmo, os que estavam lá dentro, já quebrando, ele falava, não quebra, não quebra, e tem esse vídeo, não quebra, não quebra, não quebra, e ao mesmo tempo, apareceu gente vestida de patriota, com a bandeira da CUT, do MST, com fogo fora do prédio, não está estranho isso? Aí, o que mais é estranho, aí a mídia meteu o pau, foi tão burra, que mostrou aquele cara, vestido de bufonarista, quebrando o relógio, simplesmente o Fantástico Globo, que o bufonarista quebrou o relógio, que o relógio foi ganho de não sei quem, de um país aí, era relíquia de não sei quantos anos, o que aconteceu? Fizou bem o cara, vestido com a camiseta preta do Bolsonaro, sendo que aquela camiseta não era usada, aí já está a falha, só que eles esqueceram, que quando o cara derruba o relógio, se você entrar na mídia, você vai ver, quando o cara derruba o relógio, está marcando, acho que 13 horas e 30 minutos, e a invasão começou, dos que estavam vindo, às três e meia, às 15 e 30 da tarde, então, como os patriota que invadiu, entrou, poderia estar ali, naquele horário, de 13 e 30, sem que eles chegaram às três e meia, é ter alguém burro? Esse é o meu jeito de pensar, Maria, eu não estou confundindo, não entendo muito bem essas coisas, não entendo muito, mas está muito estranho, sabe o que eu aprendi a escutar a política? Foi depois do Bolsonaro, não sou fã dele, não sou fã de política não, mas eu comecei a aprender a política, eu comecei a prestar atenção, quando eles começaram a falar de Deus, que a Michele Bolsonaro, ela é evangélica, e quando o Bolsonaro começou a falar de Deus, nas andanças dele, nunca teve um político que falasse em Deus, foi aí que ele começou a ser massacrado, Maria, todos os políticos têm seus defeitos, pode roubar, a gente não sabe, mas igual o Bolsonaro apanhou, não existe gente, Bolsonaro apanhou igual Jesus Cristo, e até hoje ele apanha, ele falou, eu vou ser preso? Podem me prender, eles vão ter que justificar porque eles estão me prendendo, aí falaram que não vai ser preso porque ele não tem crime, não conseguiu descobrir crime dele, aquele dino gordo lá, aquele bicho safado, ele não tem nada de prova que ele foi corrupto ou ladrão, muito pelo contrário, ele, o Paulo Guedes, deixou o Brasil no saldo trilionário de dinheiro, e o PT falou que deixou zero, depois o Guedes fez o levantamento e foi na rede social e falou, estavam deixando o Brasil no azul, com cento e não sei quantos trilhões, o Lula já entrou roubando, falando que não tinha dinheiro, que queria que furasse o técnico, como furou né, então, aí você já vê o erro, então, a partir do momento que o Bolsonaro começou a falar de Deus, eu me interessei, aquilo é petróleo, e eu me interessei ainda, aquilo eu comecei a prestar atenção, parece que foi Deus que fez assim, porque eu não gostava mesmo de política, e não gosto até hoje, mas eu gosto de saber o que está acontecendo, porque é o país que eu vivo, é o país que eu moro, é o país que eu nasci, então eu comecei a prestar atenção no que eles fazem, eu para mim esse Lula, Maria, é o capeta, para mim ele é o capeta, para mim ele, Macron, Macron da França, o Lula, Fabio Dino, e o xinguilingue é onde o Lula vai, são os quatro anticristos, só que o chefão do anticristo é o Macron, isso está na Bíblia, é o Macron da França, é o falso Messias, por que que a França está revoltada com ele? Você viu o que ele fez? Lá a aposentadoria era com 62 anos, igual aqui no Brasil, ele jogou a aposentadoria para 64 anos, com a mulher, e isso vai acontecer aqui no Brasil, até agora ele não apresentou um plano de governo, você pode entrar na mídia e pesquisar, ele não apresentou um plano de governo, o ministro dele da finança, que é o Haddad, já declarou, ele odeia, ele não entende nada de área de finanças, saiu o vídeo dele. Veja, o que existe no Brasil e o que existe em qualquer parte do mundo é a compreensão necessária sobre o que está em disputa em nosso país. Muitas pessoas analisam a sociedade numa perspectiva ou a partir de elementos de características universais, a democracia como valor universal, a luta pela cidadania, fala-se sociedade civil, essas são categorias que muitos sociólogos trabalharam e trabalham, mas que na minha opinião, ela não dialoga concretamente com a realidade do nosso povo. Eu diria que a partir da leitura, fundamentalmente de Karl Marx e Engels, um pouco já descrita no livro do Manifesto Comunista de 1848, eles recolocam a história, os embates, os conflitos numa perspectiva muito mais elucidadora, eles colocam que a história da humanidade, desde os primórdios, nada mais foi ou nada mais é do que a história da luta de classe, a história de interesses antagônicos entre opressores e oprimidos, entre escravagistas e escravizados, entre senhores e servos, entre burgueses e proletários, como é o dia de hoje, e ele então faz um recorte na história que possibilita compreender este processo. Então, na nossa opinião, no Brasil, que existe, assim como em grande parte do mundo, é um embate violento entre as classes que dominam, que concentram renda, riqueza e poder, em detrimento dos segmentos da sociedade que vivem numa miséria profunda e submetida a todo e qualquer tipo de opressão do capital. Portanto, eu entendo que o que existe no Brasil, o que existiu no governo passado, o que existiu no dia 8, o que vai existir pela frente, é um permanente embate de interesses entre a burguesia e o proletariado, entre a classe dominante e, entre aspas, a classe dominada, entre os opressores que detêm o capital e as pessoas que só detêm a sua energia, a sua força de trabalho. Portanto, essa compreensão facilita uma leitura da sociedade, uma leitura da realidade em novos patamares, diferentemente de leituras ou de narrativas onde coloca o ser indistintamente, como se todos fossem iguais, ou se todos tivessem os mesmos direitos e acessam as mesmas condições. Não é verdade, a sociedade não se organiza assim. A sociedade que nós vivemos é uma sociedade onde tudo, tudo para a classe que detém o poder se transforma em mercadoria, a moral se transforma em valores econômicos, a ética, muitas vezes subordinada aos interesses econômicos, a religião cumpre o papel, muitas vezes, de abençoar os opressores, embora ter um segmento importante que também tem compromisso com os oprimidos, os seres humanos são transformados em mercadoria, como foi na escravidão, como é agora a classe operária. Enfim, então, nós precisamos romper com isso, e romper com isso, ela passa pelo processo da disputa eleitoral, mas não se esgota da processa da disputa eleitoral, ou a humanidade, ou os oprimidos do mundo inteiro se organizam para poder lutar e destruir o modo de produção econômica que é o capitalismo, ou nós vamos continuar contabilizando a miséria, a fome e a morte precoce de milhões e milhões. De trabalhadores e pessoas pelo mundo afora. Nós somos favoráveis a liberdade de expressão, a existência da sociedade democrática, mas muitas vezes isso se traduz em jargões que não corresponde com a realidade. Que democracia que temos no Brasil hoje? A democracia de 40 milhões de famintos, de milhares de desempregados, dos povos originários morrendo em suas terras, as mulheres sendo oprimidas e vítimas de feminicídio, os negros, a juventude preta, pobre, periférica, a cada 23 minutos sendo assassinada nas periferias. Que democracia que é essa? A divisão de renda que existe, ela é uma divisão de renda igualitária? Não, percebemos que não. Então o conceito de democracia que nós temos, que fizeram a nossa cabeça, já começa por aí um conceito questionável, porque isso é uma aspiração da vontade burguesa, mas que não corresponde com o mundo concreto em que nós vivemos. Nós vivemos uma sociedade abalada pelos conflitos antagônicos, pelos conflitos e direitos antagônicos, entre os que tudo tem e a grande parte de quase nada tem, como diz o Fanon, os condenados da terra. Então essas categorias precisam ser discutidas, porque senão nós vamos continuar sendo reprodutores de uma ideologia que não corresponde com a realidade concreta que a humanidade vive. Então são categorias bonitas, interessantes, mas de que democracia nós estamos falando? Da democracia burguesa? Isso é uma democracia que serve para eles. Nós estamos falando da democracia operária, que é a democracia que nós ainda não temos, embora sejamos a maioria, somos a maioria do ponto de vista de um país, do ponto de vista mundial, mas o que é democracia? É bolso vazio? É panela vazia? É a morte nas filas do SUS, que muitas vezes não tem investimento para atender todo mundo? É a exclusão na educação? É a exclusão na saúde? É a exclusão na habitação? É a exclusão em seus territórios? De que democracia nós falamos? A partir do meu lugar social? Muitas vezes é fácil falar de democracia a partir do seu lugar social, do óculos social que você vê o mundo, mas a pergunta é essa de fato? É a democracia que temos? É a democracia da maioria? É a democracia que queremos? Enfim, então são elementos que precisam ser discutidos. Compreender os atos antidemocráticos pode ser extremamente complicado, pois muitas vezes eles se apresentam disfarçados de defesa da liberdade e dos valores democráticos. É necessário estar atento às nuances e intenções por trás desses atos, para não ser enganado ou manipulado. Além disso, o contexto político e social do país em que esses atos ocorrem também podem influenciar na sua compreensão. Em resumo, entender os atos antidemocráticos exige atenção, reflexão e senso crítico. A juventude tem que ser considerada não como o futuro, mas a juventude tem que ter oportunidade já no presente. A juventude tem que ter um espaço de tempo para poder organizar a sua formação intelectual, a sua capacidade de criticidade, de leitura do mundo. A juventude precisa ser tratada com muito acolhimento, o que não está acontecendo. A juventude de hoje vive uma crise concreta, um desajuste, que é o reflexo da sociedade desajustada que nós temos. A falta do amparo, muitas vezes familiar, que é a falta da família que não é mais igual à família de antigamente. A juventude não tem uma perspectiva de mercado de trabalho, a não ser para fazer coisas, do ponto de vista financeiro, irrelevantes. A juventude precisa ter um salário da juventude para que ela possa terminar a faculdade. O Estado tem que botar a mão no bolso, porque é melhor gastar com a educação do que você gastar com a ignorância, o atraso e o analfabetismo. Então o país deveria ter como prioridade políticas públicas para a juventude. Eles querem a juventude com experiência, mas não dão a essa própria juventude o direito de ter a experiência do trabalho. Então o que eles querem da juventude é força, mão de obra barata, veja o que está acontecendo com o novo ensino médio. Eles querem formar a cabeça da juventude para ser empreendedor do nada, mas é a fina flor da implementação neoliberal na sociedade. Nós precisamos combater e exigir uma nova educação, a revogação desse ensino médio golpista e ter uma nova educação que precisa ser politizada. Não dá para ter uma educação onde a juventude não é chamada para assumir o seu papel de transformação na sociedade. Então nós precisamos repensar de que juventude nós estamos falando. Um exemplo importante da juventude é os centenhos. Eles levam os centenas para fazer encontros, passeatas, manifestações, ou seja, eles vão se engajando desde pequenos na luta de valorização daquilo que foi conquistado pelos seus pais e de organização do seu próprio espaço geográfico e organização da sociedade em que ele pretende viver. Olha, a mídia, via de regra, a mídia também tem lado. A mídia não é neutra, o jornalismo não é neutro, assim como a filosofia não é neutra, assim como a sociologia não é neutra, a história não é neutra, a mídia também tem lado. As grandes empresas, os grandes grupos, eles defendem a ideologia do capital. Eles então, na verdade, são militantes de suas causas, dos seus interesses, dos seus valores e dos agrupamentos dos quais participam e são corporativistas, fiéis das suas doutrinas de classe que eles defendem. Acho que a mídia precisa ser reconstruída do ponto de vista da maioria, do ponto de vista dos trabalhadores. Eu entendo que a comunicação sindical cumpre um papel importante, sindicato, que eu digo dos trabalhadores, cumpre um papel importante. A imprensa alternativa cumpre um papel importante. Antigamente tinha o CPV, que também cumpria um papel importante, que é fazer a memória, a história dos movimentos sociais. Acho que os profissionais da mídia, da imprensa, têm que saber a serviço de quem eles estão, a serviço de quem eles estão. Claro que nós sempre defendemos que pessoas progressistas cumprem um papel importante, mas nós entendemos que ela não é neutra e cumpre um papel nefasto, muitas vezes defendendo os interesses corporativos, defendendo a sociedade capitalista, defendendo a moral capitalista, mesmo diante muitas vezes da hipocrisia que vivem a classe dominante historicamente falando. Portanto, a mídia também está dentro desse contexto geral, mas tem muitas pessoas que trabalham nessa área que tem compromisso com os de baixo, que tem compromisso com os empobrecidos do capitalismo, e é com esses que nós pretendemos e precisamos valorizar e fortalecer. Esse episódio do podcast Mundo Negro foi produzido em parceria com a Entrefocos, agência júnior do curso de jornalismo da Capricorn. Nele você pode acompanhar histórias e perspectivas sobre o tema dos atos antidemocráticos no Brasil e tentamos entender como essa questão é complexa e multifacetada. Vimos que há diferentes perspectivas sobre quem constitui um ato antidemocrático e que muitas vezes é difícil chegar a um consenso sobre o assunto. Além disso, discutimos as consequências desses atos para a democracia brasileira e para a sociedade como um todo, como a perda de confiança nas instituições, a polarização política e as ameaças aos direitos e liberdades fundamentais. Gostaríamos de agradecer a todos os nossos participantes e ouvintes por nos acompanhar nessa jornada de reflexão e debate sobre um assunto tão importante para o nosso país. Esperamos que essa discussão possa contribuir para uma maior conscientização sobre a importância da democracia e dos valores que a sustentam, como a tolerância, a pluralidade e o respeito pelas diferenças. E lembre-se, a defesa da democracia é uma responsabilidade de todos nós. Vamos continuar lutando por um país mais justo, humano e, acima de tudo, democrático. Este programa foi apresentado por Maria Lúcia Silva com produção técnica de Roger Romero Edição Maria Lúcia Silva Laboratório de Rádio da Faculdade Paulo de Tecnologia e Comunicação AFAficom Legendas pela comunidade Amara.org Legendas pela comunidade Amara.org

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