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In this video, the main topic is the author Valon and his theories. Valon was a doctor and lived in Paris from 1879 to 1962. His studies focused on the interconnected themes of movement, emotion, intelligence, and personality. He believed in studying the human being as a whole, not just cognitively. Valon's research was multidimensional and compared different aspects across species and historical moments. He used a hybrid scientific approach that considered both nature and culture. Valon's theory emphasized the relationship between motor development and emotions, specifically the functions of muscular activity and the impact of emotions on muscle tone. He also discussed the development of affectivity and emotions, highlighting their importance in early childhood and personal and intellectual development. Valon believed that emotions could hinder cognitive functioning and that it was important to recognize and control emotions in order to effectively handle situations. Emotions were des o terceiro vídeo sobre o livro Piaget, Vygotsky e Valon, Teorias Psicogenéticas em Discussão. Eu vou deixar na descrição os vídeos sobre o Piaget e também sobre Vygotsky, mas hoje o nosso assunto principal é o Valon ou Valon. É importante eu dizer desde já que a autora de hoje, a Heloisa Dantas, é aquela que vai trazer mais nomenclaturas, terminologias e termos que foram usados pelo autor e ela também é a autora que tem a linguagem mais acadêmica dos três autores. E essa informação é muito importante, principalmente se você está pensando em adquirir este livro. Mas como sempre, vamos direto ao assunto, sem enrolação. Antes de nós falarmos especificamente sobre os conceitos do Valon, é muito importante nós termos em mente algumas características desse autor. É por isso que a primeira informação que eu vou te trazer é sobre a localidade onde residia o autor E o Valon, ele viveu em Paris, na França, entre os anos de 1879 a 1962. Valon era médico e atuou durante a Segunda Guerra Mundial, ele fez o atendimento. E hoje em dia, ele é um autor muito conhecido, principalmente por abordar muitos temas, todos eles interligados, relacionados. Os temas abordados por Valon são movimento, emoção, inteligência e personalidade. E esse autor, ele estudava tantos temas, principalmente de forma interligada, porque ele acreditava que o ser humano deve ser visto de forma integral, em todas as suas partes. E não somente pelo cognitivo, pelo pensamento, que é o que as pessoas defendiam até esse momento na história. E é por isso que as formas de estudo desse autor, elas serão muito amplas, e também abordando vários aspectos, assim como a sua teoria. Ou seja, a sua pesquisa, ela vai ter um tratamento que é histórico, genético, neurofuncional, multidimensional e comparativo. A ciência que ele defende, ela é híbrida, que vai verificar tanto a natureza quanto a cultura, o orgânico e o social. E a metodologia que ele utiliza é o conhecido materialismo dialético. O ser humano, para o Valon, ele não é linear, não é absoluto e também não é fechado. Ele também não acredita em uma evolução que ocorre de forma sempre progressiva, sem oscilar. É por isso que no texto você vai perceber bastante a ideia de antagonismo, zigue-zague, de momentos de evolução e involução. Aliás, durante os seus estudos, ele vai verificar bastante tantos processos de nascimento que ocorrem desde o nascimento, indo até o estudo da doença e também da velhice, a involução. É por isso que a autora vai falar que os seus estudos, eles vão partir de bases neurológicas e vai comparar as suas equivalentes em diferentes espécies animais, em diferentes momentos da história humana individual e coletiva. Feito essa primeira análise, vamos começar a conversar sobre os temas que esse autor vai conectar ou ele vai interligar. A primeira deles é a relação entre o desenvolvimento motor e as emoções. A primeira informação que nós temos que ter sobre o desenvolvimento motor ou sobre a palavra motor é justamente compreender que o autor vai entender motor e psicomotor como sinônimos. Então a gente vai identificar nos seus livros a utilização dos dois termos. E é a partir de agora que nós vamos falar sobre dois conceitos bem importantes sobre desenvolvimento motor. O primeiro deles é como ocorre a atividade muscular ou quais são as funções dessa atividade muscular, que o Valon vão dizer que são duas. A primeira delas chama-se cinética ou clônica, responsável pelo movimento visível dos músculos. E a segunda chama-se tônica postural, responsável pela manutenção do músculo parado. É a função mais arcaica. Essa informação, essa descrição é muito importante na teoria de Valon, principalmente quando nós vamos falar sobre emoção. Isso porque pra ele essa função tônica, a mais arcaica, ela tem uma relação muito grande com as emoções. Ou ela é impactada pelas emoções. Vou dar um exemplo. É muito provável que após levar um susto muito grande ou ter uma surpresa, a gente relate ficar com o corpo mole ou ter uma breve sensação de relaxamento. Segundo o autor, isso acontece porque eu tive uma emoção hipotônica. Uma emoção que deixou o corpo na mesma consistência de um boneco de pano. Em contrapartida, o autor vai falar em emoções que são hipertônicas, que geram o tônus. Ou que nos deixam tensos. Entre eles, a gente pode usar o exemplo da raiva, o ódio ou mesmo a ansiedade. Ficou tenso? Lembre-se, é hipertônico. É importante a gente ter em mente que oscilar, fazer uma oscilação entre um hipertônico e hipotônico não é algo ruim. Ruim é quando a gente fica em apenas um. A concentração sem escoamento do tônus, nessas últimas, é percebida como extremamente penosa. Vem daí o caráter prazeroso das situações afetivas, em que se estabelece um fluxo tônico. De tal sorte que ele se eleva e se escoa imediatamente em movimentos expressivos. É o caso da alegria e também, de certa forma, do orgasmo venéreo. Sobre a função do movimento ou como ocorre o movimento, como ele se desenvolve. Esse autor, que era médico, vai trazer uma nomenclatura. E junto a essa nomenclatura, ele vai falar em que parte do nosso corpo isso vai ocorrer, ou isso vai se desenvolver primeiro. Há os movimentos reflexos controlados no nível da medula. Há movimentos involuntários, automáticos, controlados em nível subcortical pelo sistema extra piramidal. E há movimentos voluntários, ou praxias, controlados no nível cortical pelo sistema piramidal. Em outras palavras, o amadurecimento das nossas estruturas e dos movimentos. Eles vão ocorrer de baixo, da espinha, para cima, para o nosso córtex. Sobre o surgimento e o desenvolvimento, tanto da afetividade quanto das emoções. O autor vai trazer muitas informações e é isso que a gente vai começar a conversar agora. Aliás, de todos os autores deste livro, a Heloisa Dantas é a que traz mais informações sobre afetividade. Mas vamos direto ao assunto. A primeira informação que nós temos que ter em mente é que Valon era darwinista. Então ele acreditava que os bebês, desde o nascimento, geravam uma afetividade, uma amorosidade como forma de sobrevivência. Isso porque o bebê, quando nasce, ele pode movimentar braços e pernas, mas essa movimentação é tão insuficiente que é incapaz de ajudar a criança a se movimentar, a sair de uma postura incômoda. É por isso que o ambiente afetivo que a criança gera é super importante para nós adultos termos essa vontade de cuidar. É por isso que para o Valon a dimensão afetiva possui um destaque central, um local central. Tanto porque a afetividade vai nos salvar nos primeiros anos de vida, mas também porque ela vai ser importante na nossa construção pessoal, a construção do eu, e também a construção do conhecimento, a construção da inteligência. A consciência afetiva é a forma como o psiquismo emerge da vida orgânica, corresponde a sua primeira manifestação. Dito isso, em todo o texto a gente vai encontrar várias informações importantes sobre as emoções, e inclusive é bem possível que algumas informações dessas você já tenha conhecimento, ou porque viu algum vídeo na internet, ou porque fez algum curso de inteligência emocional. A diferença entre o que a gente verificou em outros espaços para esse texto é mesmo a linguagem. Como eu mencionei anteriormente, a linguagem da Heloísa é bem acadêmica, e é por isso que a partir de agora a gente vai começar a fazer um diálogo entre a linguagem que a gente utiliza normalmente, mas fundamentando essa informação com uma citação da Heloísa. A primeira ideia que vai aparecer nesse livro é a ideia de que a emotividade, ou a emoção pura, ela nos atrapalha no dia a dia, ela nos cega diante das situações, e ela nos afasta da razão. Em outras palavras, quanto mais emotivo você estiver em uma situação, mais difícil será você achar respostas para resolver aquela problemática. E é por isso que saber reconhecer os seus sentimentos, as suas emoções, para poder em seguida controlar as emoções e controlar a situação, ela é muito importante. Mas vamos verificar essa mesma ideia nas palavras da autora. A emoção traz consigo a tendência para reduzir a eficácia do funcionamento cognitivo. Nesse sentido, ela é regressiva, mas a qualidade final do comportamento do qual ela está na origem dependerá da capacidade cortical de retomar o controle da situação. Segundo a informação, o contrário de uma pessoa emotiva ou uma pessoa puramente emocional não é uma pessoa sem emoção. Segundo a autora, é um meio termo. Afinal de contas, o ser humano, ele é um ser emocional também. Então não há como a gente não ter emoção nenhuma. O ideal é que a gente busque ter durante as situações a serenidade, a calma. Aliás, segundo a autora, uma pessoa puramente emocional, ou que age pela pura emoção, ela é uma pessoa imprevisível. Não existe um estado não emocional, já que para Valon, a afetividade é componente permanente da ação. E que por isso, o que buscamos é um estado de serenidade. Sobre a emoção pura, é possível descrevê-la como potencialmente anárquica e explosiva, imprevisível e, por isso, assustadora. E está aí a razão pela qual é tão raramente enfrentada pela reflexão pedagógica. Terceira informação muito importante do texto. Quando você estiver em uma situação e você perceber que você transbordou emocionalmente, ou que você teve uma reação muito emocional, preste atenção. É um sinal de que você não tem as ferramentas ou todas as informações necessárias para resolver a situação. É muito provável que você esteja diante de uma situação em que você vai precisar de ajuda. Ou seja, a emotividade ou excesso de emoção serve para nos alertar sobre uma situação que a gente não tem todas as ferramentas ainda para lidar. Onde a gente não consegue ter calma para atuar sobre a situação. Nas palavras da autora, a emotividade é diretamente proporcional ao grau de inaptidão, de incompetência, de insuficiência de meios. A segunda informação que a autora traz é que as emoções são contagiosas. Aqui ela vai falar sobre por que isso acontece e como isso acontece. Você conhece alguém que tem uma energia tão boa que quando você chega perto dela, você se sente mais relaxado, sorri mais, se sente mais expansivo? Pois é, se existe essa pessoa na sua vida, provavelmente você é contagiado por ela. Felizmente, contagiado por boas emoções. E por que nós nos contagiamos? Porque as emoções são visíveis. Você olha para a pessoa e normalmente consegue identificar por quais emoções, positivas ou negativas, aquela pessoa está passando. E é essa visibilidade que é tão contagiosa. Ou seja, o caráter altamente contagioso da emoção vem do fato de que ela é visível. Abre-se para o exterior por meio de modificações na mínica e na expressão facial. Sobre essa ideia de emoções que são visíveis ou como visualizar a emoção, a autora vai trazer dois termos bem importantes para a gente. O primeiro deles se chama sensibilidade protopática. Sensibilidade, lembre-se de sensações. Então sempre que a gente tem algum tipo de emoção muito forte, é bem possível que apareça algumas sensações como dor no estômago, as sensações viscerais, a respiração diminuída ou a dificuldade de respirar e também algum tipo de confusão mental. A autora também vai falar que essa sensação vem com a onda que pode ser de amor, de felicidade, de ódio ou qualquer outro sentimento que esteja acontecendo naquele momento. Mas atenção, sentiu essa onda? Lembre-se, quanto mais emocional nós estivermos, menos racional nós estaremos. Então se você verificar no seu dia a dia o surgimento dessas ondas emocionais, você já sabe, não tome nenhuma decisão, porque é muito provável que essa onda tenha te afetado racionalmente, logicamente. Uma forma somática, confusa, global da sensibilidade sobe numa onda, apagando a percepção intelectual e analítica do exterior. A sensibilidade tem um nível afetivo e outro cognitivo, assim como a motricidade. Então quando eu tenho a sensibilidade, eu vou ficar oscilando. Às vezes eu consigo manter a razão e logo em seguida eu perco a razão, eu vou para um lado muito mais emocional. É por isso que seguir uma linha de raciocínio é mais difícil durante uma onda. O segundo conceito ainda sobre essa visibilidade dos sentimentos no corpo é a atividade proprioplástica. Proprioplástica tem a ideia de moldar o corpo conforme a emoção, ou que as emoções têm uma forma própria de aparecer no nosso corpo. A emoção esculpe o corpo e imprime-lhe forma e consistência. Ou seja, ao chegar em casa e ver o seu filho com os olhos brilhando, as expressões mais abertas e uma postura mais leve, provavelmente você chega à conclusão de que ele está feliz. E é por perceber essa atividade tônico-postural de alegria que você é contagiado pela presença do seu filho. A autora inclusivamente tem um termo para explicar essa comunicação que ocorre só visualizando a emoção do outro, o corpo do outro. Ela vai chamar de diálogo tônico. Uma comunicação forte e primitiva que fazemos por meio dessa atividade tônico-postural. Então, vimos até aqui que as emoções são contagiosas, elas são regressivas, aliás, ela diminui a nossa capacidade cognitiva ou nossa capacidade de refletir sobre o que está acontecendo. E ela também aumenta a nossa incapacidade de raciocínio. Ou seja, quanto mais nervosa eu estou, menor será a minha capacidade de analisar a situação. Ter todas essas informações vai ser muito importante para a gente falar agora sobre o último item, que se chama circuito perverso da emoção. O que essa palavra, esse termo significa na prática? Nós já sabemos que as emoções são contagiosas, então eu posso chegar em qualquer lugar e sair com um estado emocional completamente diferente daquele que eu entrei. Ter isso em mente é muito importante, principalmente quando eu estou numa situação onde as pessoas estão em desequilíbrio, transbordando emocionalmente. Por quê? Se eu não tiver isso em mente, é muito provável que ao chegar ou estar perto de pessoas muito irritadas ou com muito ódio, eu saia do ambiente também com ódio. Mas lembre-se, a emoção é contagiosa não só para a imitação, eu também posso contagiar os outros. Então, se eu chego em um ambiente com muito ódio, eu também tenho a condição de levar tranquilidade ou de permanecer tranquilo e com isso eu acabar contagiando o outro. Aliás, manter-se com serenidade, com calma, mesmo em ambientes contaminados, com emoções mais difíceis, é um ótimo exercício para a gente entender se a gente tem equilíbrio emocional ou não. Ou ainda, é um ótimo ambiente para a gente compreender se nós conseguimos controlar as nossas emoções. Aliás, eu estou falando aqui em ser humano, porque pode ser uma pessoa irritada ou que está tentando me irritar, me tirar do controle, mas também pode ser uma criança fazendo birra no supermercado. Quem vai conseguir contagiar quem? Você que vai controlar a criança e mostrar para ela como ter serenidade mesmo diante da frustração? Ou é a criança que vai conseguir tirar você do controle? Romper este círculo exigiria uma elaboração racional da situação, fora do estado afetivo que a envolve. Agora vamos mudar um pouco de assunto de novo. Vamos falar sobre emoção e inteligência. Segundo o autor, quando nós nascemos, nós somos mais emoção. Aliás, ele fala que a afetividade é nosso estágio de desenvolvimento mais arcaico. Mas aos poucos, a nossa relação, a nossa interação com o outro vai nos levando para movimentos cada vez mais racionais. Lembrando que essa racionalidade não é linear. Então vai ter momentos em que a gente está mais racional e em momentos que a gente está mais emocional. Por isso que é tão importante conhecer esses sentimentos. Saber quando eles estão ativados no seu corpo. No início da vida, afetividade e inteligência são sincreticamente misturadas. Compreendomínio da primeira, a emoção. A partir daí, a história da construção da pessoa será construída por uma sucessão pendular de momentos dominantemente afetivos ou dominantemente cognitivos. Não paralelos, mas integrados. E sobre esse caminho, essa aprendizagem que vai do mais emocional para o mais racional ou do emocional para o cognitivo, o autor vai falar em três momentos. Ele vai trazer três fases do desenvolvimento da inteligência. Mas veja, a inteligência, o intelecto para esse autor está completamente conectado com a emoção. A primeira delas é a afetividade emocional ou tônica. Se reduz praticamente às suas manifestações somáticas, vale dizer, é pura emoção. É aquela que ocorre logo após o nosso nascimento. É epidérmica, ela está na pele. É demonstrada no toque, por isso as trocas afetivas dependem da presença concreta dos parceiros. E a criança perceberá a afetividade não só pelo toque, pelo carinho, mas também como a entonação da voz. No segundo momento, nós vamos para uma inteligência que é chamada de simbólica ou afetividade simbólica. Depois que a inteligência construiu a função simbólica, utilizar símbolos para representar as coisas que não estão próximas, a comunicação se beneficia alargando o seu raio de ação. Ela incorpora a linguagem em sua dimensão semântica. Primeiro oral, depois escrita. Instala-se o que poderia denominar forma cognitiva de vinculação afetiva. E o terceiro chama-se afetividade categorial. Nasce então aquele tipo de conduta que coloca exigências racionais às relações afetivas. Exigências de respeito recíproco, justiça, igualdade, direitos. Não atender essas exigências tende a ser percebido como desamor, o que ocorre frequentemente entre adolescentes e seus pais. Quando estes persistem em alimentá-los com um tipo de manifestação que não corresponde mais às expectativas de sua nova organização afetiva. Depois dessa explicação emocional, a autora vai entrar em uma segunda forma de divisão de etapas ou estágios, mas agora sobre o desenvolvimento psicomotor. Talvez este seja o conteúdo mais abordado nas aulas imateriais, mas aqui nesse texto ele não é a prioridade, ou não é somente essa prioridade da autora. É por isso que a partir de agora a gente vai começar a conversar sobre como acontece o desenvolvimento motor da criança. Ou principalmente, o que acontece com a criança em cada faixa etária. Lembrando que principalmente Vygotsky e Vallon não são muito apegados à idade, eles não ficam paralisados nessa informação. Eles entendem que as pessoas recebem estímulos diferentes das interações que eles têm no local onde eles nasceram e que por isso as idades podem variar também. Mas vamos voltar ao assunto. A primeira fase de desenvolvimento motor ou psicomotor para esse autor se chama impulso emocional. Lembra-se que a gente falou até agora que a emoção pura vai ocorrer nos bebês? Por isso é emocional. Impulsivo tem relação com a criança ter os movimentos dela ainda muito ligado com impulsos. Não é algo controlado ainda. É por isso que o autor vai considerar que nessa fase a gente ainda não fala em inteligência ou a inteligência ainda não está desassociada da emoção. Ela ainda é conjunta. Ele também vai falar sobre algumas mudanças que vão ocorrer. Aos seis meses, onde a criança começa a ter mais atenção para a voz dos adultos e aos seis meses, quando ela para de olhar somente horizontalmente e começa a visualizar tudo o que está ao seu redor. Também é dito que nessa fase a criança ainda não tem uma compreensão do que é ela e o que é o outro. Ou seja, as suas reações são puramente fisiológicas. O segundo período ele vai chamar de sensório motor e projetivo. Sensório motor é uma ideia muito parecida com PIAG, sensório de sentir todas as sensações, pegar tudo o que está ao seu redor. E motor porque é a fase que eu estou aprendendo a engatinhar, a caminhar, a me movimentar por todos os espaços. É por isso que os autores sempre dizem que nesse momento é uma fase de exploração e moderada, sem moderação, onde eu quero verificar tudo o que está ao meu redor. Esse autor vai falar que é nesse momento que surge a oposição do polegar e do indicador que normalmente a gente chama de movimento de pinça ou apreensão de pinça. É a fase em que a criança deixa de fazer apreensões palmares e começa a pegar com maior facilidade os objetos. Também é nessa fase que nós vamos verificar qual será a mão diretora da criança e qual será a mão auxiliar. O termo projetivo, ele tem essa ideia de projeção da criança para se comunicar, para passar as ideias, ainda precisará apontar, mostrar ou usar objetos para explicar quais são seus pensamentos. Ou seja, o termo projetivo surge devido ao fato de que os gestos da mímica ou da fala apoiam-se e até conduzem o pensamento, ainda frágil. Com essa expressão revelam-se as sutis relações entre o gesto, intenção, palavra, ideia, que tendem a se inverter ao longo do desenvolvimento. A fase de agora chama personalismo, ocorre por volta dos 3 aos 6 anos. Até esse momento o autor vai defender que a criança passa por um período centrípedas, ou seja, em que tudo ainda é o eu, o interior, eu comigo mesmo. A partir desse momento nós vamos começar a falar sobre um movimento que ocorre para fora, cetrifuga, onde eu começo a agir e pensar com o outro, onde eu começo a perceber o outro. E o autor vai falar sempre que esse conhecimento do outro também constrói o eu, mas eu já chego a essa informação. Por ora é importante a gente saber que é no personalismo, esse momento para fora, é que eu vou começar a identificar ou realizar a construção do eu, criar a minha autoconsciência e formar a minha personalidade. Conhecer-se de fora para dentro depois de se ter conhecido de dentro para fora. Agora instrumentada pela função simbólica, a percepção de si poderá transformar-se em consciência de si, ampliando na direção do passado e do futuro. Esse momento também é conhecido como o momento do espelho, a fase do espelho, porque a criança começa a se identificar, a se ver projetada, e é o momento de formação da inteligência, onde eu começo a fazer as interações, mas não é qualquer interação, é uma interação repleta de negação e oposição do outro. A ideia que o autor traz aqui é que nós observamos o outro e expulsamos de nós aquilo do outro que nós não queremos. É pela expulsão do que há de alheio dentro de si que se fabrica o eu. É claro que esse movimento de expulsão, de verificar o que é meu e o que é do outro, ele forma o eu, afinal de contas eu vou definir o que eu quero, o que eu não quero, mas também é um período repleto de conflitos. Mas o autor não vê esse conflito como algo negativo, muito ao contrário. O conflito faz parte do desenvolvimento normal, desempenha uma função dinamogênica, ativadora. A construção do eu é um processo condenado ao inacabamento, persistirá sempre dentro de cada um, o que Valon chama de fantasma do outro, de sub-eu. O próximo estágio, o categorial, ele ocorre dos 6 aos 11 anos, e aqui uma das principais características é a redução do pensamento simprético, que é mesmo essa ideia de eu não saber o que é meu e o que é do outro. Como eu comecei a fazer essa identificação, essa oposição no momento anterior, aqui isso já estará mais reduzido, eu já vou ter mais noção de quem eu sou. Também é nesse período que as funções mentais de abstração, operações lógicas e tudo mais vai surgir. E por fim, ela é conhecida como fase da autodisciplina mental, em outras palavras, atenção. É aqui que a criança aprende a ter atenção. A última fase é a da puberdade e da adolescência, onde vai acontecer diversas crises, onde eu vou tentar me colocar para o mundo, onde minhas capacidades mentais serão ampliadas, mas hoje a gente não vai entrar muito nesse assunto. Pra finalizar, tem duas informações que a gente vai fechar esse conteúdo. A primeira é sobre essa construção do eu, como ela acontece. Segundo o autor, a construção do eu, a construção da nossa personalidade é uma autoconstrução. Eu que tenho que me esforçar, eu que tenho que ser a pessoa ativa nessa construção. Afinal de contas, essa autoconstrução, ela significa a longo prazo eu ter meus próprios pensamentos e eu também me reconhecer como um indivíduo único, com as minhas características, após essa análise do que é o outro e do que é o eu. A autora chega a citar aqui a palavra individualidade, eu ter a minha individualidade. E pra finalizar, a nossa história individual ou coletiva, ela também tem essa conexão, essa relação com a afetividade. Afinal de contas, o vínculo afetivo supre a insuficiência da inteligência no início, quando ainda não é possível a ação cooperativa, que vem da articulação de pontos de vista bem diferenciados. O contágio afetivo cria os elos necessários à ação coletiva. Com o passar do tempo, a essa forma primitiva se acrescenta à outra. Mas em todos os momentos da história da espécie, como da história individual, o ser humano se dispõe de recursos para associar-se aos seus semelhantes. Com essa última citação, é muito importante, de novo, voltarmos à ideia de contágio emocional. Nesse momento, ou na maioria das atividades que estão acontecendo ao seu redor agora, o contágio ao qual você está se unindo, ele tem mais pontos positivos ou negativos? Bem, por hoje eu vou ficando por aqui, espero muito que você tenha gostado desse vídeo. E não se esqueça de curtir, comentar, deixar a sua opinião, a sua indicação sobre outros textos que nós deixamos aqui.