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Senor Abravanel, also known as Silvio Sancho, discusses how he has made money through hard work and dedication. He mentions working every day for the past 26 or 27 years without a day off. He talks about making money through inspiration and mentions a famous mountain in the Alps called Chamonix, where he relaxes and enjoys skiing. He contrasts the American work ethic with the Brazilian perception of laziness, highlighting the lack of basic necessities such as food, housing, healthcare, medicine, and education in Brazil. He emphasizes the importance of living in the present and mentions that money is subjective and represents different things to different people. He concludes by stating that if he has his voice, he is content, even if he has nothing else. Meu nome completo é Senor Abravanel. Ei, eu queria saber como é que a gente ganha tanto dinheiro, Silvio Sancho? Trabalhando. Eu há 26 ou 27 anos, de segunda a segunda, porque eu não tenho folga, eu me doa ao povo. Eu estou fazendo o seguinte, ganha dinheiro com 10% de... 10% de inspiração... Eu vou nessa montanha famosa, essa montanha famosa fica nos Alpes. É uma montanha que está localizada lá nos Alpes, é uma estação de ski chamada Chamonix. Chamonix, conhece? Agora a pergunta é a seguinte, em que montanha famosa dos Alpes está localizada a estação de ski? Ela relaxava e dizia, agora sou uma cidadã, mas enquanto ela trabalhava pra lá e pra cá, pra lá e pra cá, pra lá e pra cá, se a mãe dela passasse na porta do hotel, ela não tinha tempo de dizer nada além do... Alô, mamãe, mais nada. O americano trabalha duro. Uma das palavras que os americanos aprendem na escola é trabalho duro, work, work. Deve ser isso, trabalho duro. Mas o americano trabalha duro, os povos desenvolvidos trabalham duro, oito horas só, as outras oito horas dormem e as outras oito horas se divertem, porque trabalhar duro é uma obrigação de quem quer trabalhar. Mas o americano trabalha duro, muito duro. Não tem tempo nem de bater um papo com a mamãe se a mamãe passar no emprego dele. Mas ele tem casa, ele tem comida, ele tem hospital, ele tem remédio, ele tem educação para os filhos. Dizem que o brasileiro é indolente. E aí eu parei, lembram? Agora continuo. É indolente por quê? Porque ele também trabalha duro, mas ele não tem comida, ele não tem casa, ele não tem hospital, ele não tem remédio e ele não tem educação para os filhos. Então, pra quê trabalhar? Ele é indolente? Ou será, traduzindo o que a Silvinha disse, ele não ganha pra comer, não ganha pra morar, não ganha pra pagar o hospital, não ganha pra comprar remédio e não ganha pra educar os filhos. Eu vou te acompanhar até o último suspiro, hein? Então, a minha razão policia a minha emoção e a minha consciência policiam a minha razão e a minha emoção. Então, eu me preocupo com hoje, só hoje. Amanhã, se eu tiver saúde, e esse Deus, que pode ser o meu Deus, que pode ser o Deus que está dentro de cada um de nós, que pode ser o Deus, o Deus da pureza, o Deus dos ecologistas, que pode ser o Deus dos budistas, não importa. Eu quero ser esse Deus que nos rege e que nos diz o seguinte, amai aos outros como a ti mesmo. Muita gente pergunta pra mim, e o teu dinheiro? O dinheiro é muito subjetivo. O dinheiro, ele representa alguma coisa dependendo de quem vai usar o dinheiro. O meu dinheiro não é nada na frente do Rockefeller. O meu dinheiro não é nenhum na frente dos homens que saíram na veja com um bilhão de dólares. O dinheiro é aquilo que a pessoa acha que é, é subjetivo. Então, o meu dinheiro não representa nada. E se amanhã não tiver mais nada, mas eu tiver a minha voz...