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Meio Século de Democracia - Testemunhos e Memoria Intergeracional- AESCD - Entrevistas 9ºA

Meio Século de Democracia - Testemunhos e Memoria Intergeracional- AESCD - Entrevistas 9ºA

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Before the 25th of April, people could demonstrate love by giving kisses and hugs in public. However, there were differences in the rights between men and women. The military occupation of the radio station Radio Renascença was crucial in informing the public about the ongoing military coup. It was difficult to talk about politics openly, but there was a program called Voz da Liberdade that discussed politics against the government. Emigration was restricted, but some people managed to escape to France with the help of others. A primeira pergunta é se antes do 25 de Abril, se vocês podiam demonstrar amor, podiam dar um beijinho ou um abraço na rua, ficava bem visto? Sim, sim podíamos cumprimentar qualquer pessoa, um beijinho, um abraço, sim, mas entre casais E entre casais, sim, sim, sim, ok. A segunda pergunta é se a mulher podia ter acesso às suas coisas, às suas correspondências e assim, ou se o homem também tinha que ter acesso, ficava bem visto e isso era permitido? Podia ter acesso às suas coisas, isso é proibido, acho eu. Mas antes do 25 de Abril a mulher tinha todos os direitos como homem? Não, não, não seria todos, todos. Havia diferenças? Havia diferenças. Pronto. Havia, não havia. Hoje não, hoje há mais coisas, mas havia diferenças. Ok. Obrigada. Antes do 25 de Abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas ocupou a Rádio Renascença, uma estação da rádio importante em Portugal, na época. Esta ocupação foi crucial para a divulgação das mensagens e para informar ao público sobre o golpe militar em curso. Naquele tempo era difícil falar-se em política, porque falava-se no interior, uns com os outros, falava-se num programa que existia, que era a Voz da Liberdade, que por vezes ouvíamos na rádio, onde se falava política contra a situação e onde havia pessoas portuguesas que estariam naquele setor, naquela rádio. Então nós ouvíamos, eu inclusive na tropa também ouvia a Voz da Liberdade, mas debaixo, com muito baixinho, para que os meus colegas não pudessem ouvir. Quer dizer, não podia ouvir a esquerda nem falar em política nessa altura. Os portugueses não podiam emigrar, segundo diziam, só emigravam para as Áfricas. Mas para as Áfricas ainda era preciso pedir com carta de chamada e não sei o que. Porto, país qualquer. Não se podia emigrar, só fugindo. Como eu conhecia, ajudei alguns ainda a tentar fugir para a França. Inclusive, esteve com um senhor francês, com um cunhado meu, que levou daqui 10 ou 12 pessoas de Santa Comba. Fizemos um adjunto lá embaixo no bairro municipal antigo, onde o próprio patrão esteve em minha casa até meia-noite, mora duas, até que se concentrassem as pessoas para poder fazer o arranque até a França. De assalto, claro. Era assim que se conseguia fugir. De outra maneira, não. Isso tudo para fugir à tropa naquela época. Legendas pela comunidade Amara.org

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