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This is the first episode of the podcast "Lugar à Porta". The host, Elizabeth Inácio, is an anonymous person from Algarve who works in tourism. She decided to create this podcast to share her thoughts and ideas that don't fit into her writing. The podcast will be recorded in one take and will talk about everyday trivialities. Elizabeth doesn't have a background in marketing or editing, so it will be a casual conversation. Each episode will be around 20 minutes long and will have a surprise at the end. Elizabeth doesn't believe in New Year's resolutions but prefers setting small achievable goals. She hopes the podcast will bring a smile to listeners' faces. Olá, sejam muito bem-vindos ao primeiro episódio do Lugar à Porta. O Lugar à Porta é o podcast que eu imagino fazer durante oito semanas. Será um podcast semanal onde eu, Elizabeth Inácio, uma anónima que mora no Algarve e faz a sua vida a trabalhar no turismo, decidi-me criar. E decido criar porque tenho muitas ideias na minha cabeça que me assolam, são temas premendos, que não interessam assim a tanta gente, mas nos quais eu perco algum tempo a pensar e que não têm lugar numa outra atividade que eu gosto de empenhar que é escrever. Eu já lancei um livro e eu posso dar-te a palavra e portanto tenho muito hábito de colocar por escrito aquilo que me vai na cabeça, mas depois há pensamentos que não desenvolvem o suficiente para, na minha maneira de escrever, serem interessantes para quem os lê. Se isto vai ser interessante para quem ouve, tenho dúvidas, mas também só há uma maneira de descobrirmos, não é? O meu nome é Elizabeth Inácio, como já disse, uma anónima que mora no Algarve, com 40 anos, algum tempo livre, por isso é que se dedica a isto, e vontade de tentar expressar-se de diferentes maneiras. Este será então um podcast que eu conto, que seja semanal, que não tem uma linha de orientação, portanto se gostam de podcasts temáticos, não, não é o sítio certo. Este tenderá a falar sobre as banalidades do dia-a-dia. Quais? Também vamos ver de semana à semana. Eu sei, eu sei. Se eu vos contasse que tenho a formação de marketing, vocês não acreditavam, não é? Porque a vender-me assim tão bem ia ser difícil. Como vos disse, terá então, expectavelmente, oito edições e peço desde já desculpa aos profissionais de comunicação, a quem tem podcast a sério, que fazem isto com empenho e com conhecimento, mais do que empenho, com conhecimento, porque não é nada disso que vamos encontrar aqui, não é? Estes podcasts tenho a ideia de os fazer como se fosse uma conversa, que terei com vocês como se tem no café, ou seja, não há interrupções, vai ser tudo gravado num take e por duas razões, para já, porque as conversas não têm repetições, as conversas são as coisas que falamos quando têm interrupções, mas não repetições. E depois, porque não sei editar, essa também é uma razão pela qual isto será tudo gravado num take. Portanto, vamos indo e vamos vendo, seja o que quiser, porque eu já estou aqui a aprender e conto que todas as edições tenham alguma melhoria, mas não. Repetir, cortar, colar e depois, quando são conversas espontâneas, tem também essa questão de que não dá para repetir os pensamentos exatamente da mesma forma, ou dá, mas não para mim, acho que é mais isso, não é? Portanto, eu espero que gostem, a ideia é que tenham aproximadamente 20 minutos para ouvir quando se está a ir para algum lado, quando se está a cozinhar, quando se está a fazer qualquer coisa, uma coisa levezinha, que não vos faça pensar muito, já há muito conteúdo para pensar e para, às vezes, nos deixar ainda mais envoltos naquilo que é a atualidade, as preocupações e tudo mais. Portanto, não é nada disso que eu vos quero trazer aqui e julgo que estas são as ressalvas principais que eu vos quero fazer neste primeiro podcast. Isto terá também uma surpresa no final, que conto que seja de todas as edições. Peço desculpa por isto, que era isto que eu devia editar, não é? Tirar, mas pronto, faz de conta que estamos a conversar e eu me perdi. Mas, dizia, vai ter uma surpresa no final que conto que seja em todos os episódios. Já repararam qual é? E pronto, feitas as apresentações, coloca-se a pergunta, como é que estão? Quando me estiverem a ouvir, já é Fevereiro e eu espero que vocês estejam com a alegria inerente a já ser Fevereiro. Não sei se vocês partirão comigo esta sensação de que Janeiro está a ter, mais uma vez, cerca de 584 dias. Também sentem que a passagem de ano foi há 3 meses? Eu sinto-me. Isto nunca mais acaba. Continuamos a escrever Janeiro, quer dizer, demoramos uma semana a aprender a escrever Janeiro, não é? Pelo 1 e o 24, vamos sempre pôr o anterior. E depois continuamos a escrever Janeiro, Janeiro, Janeiro. Isto nunca mais acaba. É uma coisa que eu não entendo e que me tem a esse lado. E vocês dizem, ah, mas Fevereiro vai ser igual. Eu sei, Fevereiro a vida vai continuar igual. As resoluções de ano novo já ficaram lá atrás. Quem a está a cumprir já está mesmo no limitezinho. Ou então é uma coisa para ficar. Há essa distinção, não é? Que é a resolução de ano novo que dura ali 3 semanas, 4, a puxar com esforço e depois a malta que as coloca mesmo. Quem tem como solução o ginásio, tem mais um tempinho porque ainda não começou o bom tempo. Portanto, eu acho que até começar o bom tempo a malta limpa-se mais um bocadinho e ir ao ginásio. Que eu acho que deve ser a resolução de grande parte das pessoas na passagem de ano, não é? Seja para ficar mais magro, seja porque há um sentido da obrigatoriedade de fazer qualquer coisa, porque agora é isto, não é? Temos de ser todos muito saudáveis, temos de praticar desporto, ter tempos. Nós sabemos que é um fato, mas acho que há uma pressão muito grande para que tenhamos esses estilos de vida saudáveis e sim ser felizes, como se nota nas redes sociais. Temos todos de ser muito felizes e ter uma vida digna de série de televisão, das boas, não é como aquelas da Netflix que nós começamos a ver e depois percebemos que estamos a perder tempo da nossa vida. Confesso que não sou da equipa do clã das resoluções de ano novo. Se calhar porque tenho 40 anos, acho que há coisas que nós vamos deixar de fazer, nomeadamente acreditar que vamos ser novas pessoas no ano novo. Eu já não tenho essa. Portanto, é menos uma frustração, já não tenho aquela coisa de chegar passado um tempo e dizer, não fiz aquilo que pensei enquanto comia as passas na passagem de ano. Já não estou aí, já não faço resoluções. Isto é aguentar até o próximo fim de semana. Vamos assim com metas pequeninas e objetivos tangíveis. Portanto, se nós pensarmos, ok, eu só quero chegar à próxima sexta-feira, é mais realista. A gente não consegue. Portanto, eu acho que às vezes é prendermos aos detalhes que interessam. Mas não, falando um bocadinho mais a sério, não tenho a pressão da resolução de ano novo por achar efetivamente que essa questão da passagem de ano nos deturpa um bocadinho a lucidez e nos faz querer assumir compromissos que se calhar não fazem se tanto sentido na nossa vida e que vão exigir muito mais de nós e que se calhar não estamos preparados naquele momento. Falei do ginásio um bocadinho por brincadeira. O ginásio, deixar de fumar, comer mais saudável, acho que tudo isso são coisas que devem vir, são decisões muito importantes e que, para mim, devem ser um bocadinho mais graduais e devem ser coisas que têm de ser interiorizadas e têm alguma dificuldade em fazê-las de um dia para o outro. Admiro quem consegue. Eu acho que a única resolução de ano novo que consegui cumprir foi deixar de pôr o açúcar no café. E comecei por passar a colocar só meio pacote de açúcar no café. É o quanto eu me comprometo na passagem de ano, com o ano que aí vem. Foi isso. Mas acho que foi das poucas que cumpri. E depois fico com os meus desejos muito mais vagos para serem mais fáceis de cumprir. Que eu seja feliz, que a minha família seja feliz, que tenhamos muita saúde. Coisas assim um bocadinho mais no campo do suponhamos e que não exigem tanta minha entrega. Ou, pelo menos, não mais do que no resto dos dias do ano. Dito isto, espero que quem tem o princípio de fazer resoluções de ano novo, o faça, o tenha feito e esteja a conseguir cumpri-las. Se não estão, não há problema. Isto o caminho faz-se caminhando. Falha-se um dia, tenta-se novamente no outro. Mais do que a passagem de ano, lá está. É todos os dias pensarmos que vamos conseguir fazer aquilo que queremos e que nos faz felizes. Por falar em o que nos faz felizes, fecho aqui esta primeira parte do podcast com um bocadinho de explicação do porquê do lugar à porta. O lugar à porta é aquilo que alguém que, como já perceberam, não é fã de ginásio, como eu, gosta muito, que é chegar a um sítio e estacionar à porta. Eu acho que isto é das coisas mais felizes. Eu fico feliz quando chego a um sítio e tenho um lugar à porta. Para já porque parece que estou ali à minha espera, não é? E depois que não tenho de andar quilómetros para chegar, é que perco a vontade que não tenho de estacionar longe. E como moro num algarve longe, é uma noção muito própria. Um bocadinho oposto ao Alentejo. É que não longe não é, ah, estou a um quilómetro. Não. Longe é estou a 250 metros e, portanto, já tenho de pensar bem se quero me ir para ali ou não. Porque tenho de andar, obviamente, tirando o verão, o algarve, não sendo muito populoso durante o inverno, dá-nos esta coisa do lugar à porta. E, portanto, isto foi uma piada que eu fui criando, que tenho sempre um lugar à porta. E, portanto, é isso que eu quero que sintam também, que têm aqui sempre um lugar à porta para ter conversas que, como acabaram de ver, não vos vão deixar mais ricos, mas espero que vos ponham um sorriso de quando em vez. E, quem sabe, hoje, por exemplo, vos ponham a pensar se vale mesmo a pena fazer resoluções de passagem de ano e, mais ainda, se as fazem com plena certeza de que as querem cumprir. E, se mesmo quando começam a falhar, têm a vontade de perceber que, falhar uma vez tudo bem, continuamos no dia a seguir. Obrigada desde já. Vou fazer aqui uma pequena pausa, que vocês não vão dar conta nenhuma, para vos trazer, então, uma surpresa. Até já!

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