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João Romão worked for a shopkeeper and saved enough money to buy the shop when the owner left. He worked hard and lived frugally, even sleeping on the shop counter. He hired a woman named Bertoleza to cook for him. She was a slave and had a partner who worked as a porter. O Cortiço de Aloísio de Azevedo Na voz de Eduardo Gomes CAPÍTULO I João Romão foi dos treze aos vinte e cinco anos empregado de um vendeiro, que enriqueceu entre as quatro paredes de uma suja e obscura taverna, nos refolhos do bairro do Botafogo, e tanto economizou do pouco que ganhara nessa dúzia de anos, que, ao retirasse o patrão para a terra, lhe deixou em pagamento de ordenados vencidos nem sua venda com o que estava dentro, com ainda um conto e quinhentos em dinheiro. Proprietário e estabelecido por sua conta, o rapaz atirou-se a labutação ainda com mais ardor, possuindo-se de tal delírio de enriquecer que afrontava, resignado às mais duras privações. Dormia sobre o balcão da própria venda, em cima de uma esteira, fazendo travesseiro de um saco de estopa cheio de palha. A comida arranjava-lhe, mediante quatrocentos réis por dia, uma quitandeira, sua vizinha, a Bertoleza, crioula, trintona, escrava de um velho cego residente em Juiz de Fora e amigada com um português que tinha uma carroça de mão e fazia fretes na cidade.